Arte não é pedofilia, por Rita Lisauskas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Ilustração: James Vaughan

Jornal GGN – Um dos atos mais convencionais da elite informada, levar um filho a uma exposição em um museu tornou-se um drama, nos últimos tempos, para uma mãe. Porque os conceitos criados por outros de que um pênis não é “apenas um pênis”, mas “pedofilia”, passaram a predominar desde que a exposição do QueerMuseu foi cancelada em Porto Alegre e, mais recentemente, que o MAM trouxe um homem nu como releitura da série Bicho, de Lygia Clark, e uma criança que acompanhava com a sua mãe tocou o pé do artista.
 
Arte Não é Pedofilia
 
POR RITA LISAUSKAS
 
De seu blog

A mãe que os reacionários exigem que eu seja

E que eu não vou ser nunca. Jamais. Em tempo algum

Não, eu não posso achar que um pênis é apenas um pênis. Eu tenho que achar que o órgão sexual masculino em uma exposição de arte que recebeu uma criança com sua mãe é pedofilia. Nossa, se eu não achar isso sou uma péssima mãe, que precisa perder a guarda do filho, aliás. Haja ginástica mental para acompanhar esse raciocínio e seus desdobramentos, mas vamos lá.
 
Eu também não posso achar que a música da Anitta não é apropriada para crianças sob pena de entrar em contradição com o raciocínio avacalhadamente expandido do parágrafo anterior. Mas se você acha que o ‘Show das Poderosas’ não é música para crianças, uma exposição de arte com um peladão é?, ahaha, te peguei, sua esquerdalha. Desatar esse nó górdio da indigência mental demanda tempo e paciência.

A exposição do MAM não era para crianças, mas recebeu algumas cujos pais acharam por bem levá-las. No mínimo porque, ao se depararem com uma performance de um artista nu, logo lembraram que um pênis é apenas um pênis e que pedofilia, segundo Antonio Houaiss (filólogo e autor de um dicionário, tá? Não é um pensador comunista-petista-vermelho e dicionários são livros aceitos em todos os países capitalistas, ok?) não tem a ver com o órgão sexual masculino fora da cueca, mas sim é a “perversão que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças” e a “prática efetiva de atos sexuais com crianças”.

Não, o homem não estava ali pelado esperando pelas criancinhas e nem os pais saíram de casa para mostrar aos filhos um adulto despido. Eles foram ao Museu de Arte Moderna, uma das mais importantes instituições culturais do Brasil e encontraram, entre uma sala de exposição e outra, um artista fazendo, segundo o MAM, uma “leitura interpretativa da obra ‘Bicho’, de Lygia Clark”. As crianças viram a performance, uma delas encostou no pé do artista (e não no pênis, como os compartilhadores seriais de fake news disseram por aí) e a vida seguiu. Na verdade deveria ter seguido, né? Mas, como havia imagens dessa criança em “situação de risco”, alguém muito preocupado com o futuro dela achou por bem compartilhar o vídeo nas redes em nome da “moral e os bons costumes” e para salvar o “país de uma agenda de esquerda”. Salvaguardaram o Brasil, os princípios, mas não a identidade da menina. (Ah, e nem a imagem do meu filho, já que algumas fotos dele que estão no meu Instagram, agora fechado para quem não é amigo, também foram atacadas – mas os direitos à imagem do meu filho são apenas detalhes desimportantes nessa luta por um país ameaçado pela“ditadura da esquerda que apóia a pedofilia”).

Eu já estava na mira do ódio porque apoiei a exposição do QueerMuseu, cancelada em Porto Alegre. Como uma mãe cogita a ideia de levar o filho a uma exposição maldita que fala sobre “crianças viadas”? Ora, ora, uma mãe que quer que o filho conheça arte leva ele a toda parte: para ver as obras da Bia Leite no Santander Cultural, a Monalisa no Louvre, os Toulouse Lautrec no MASP ou os reis fálicos da cultura Mochica onde quer que estejam expostos.

Não serão as irmãs Cajazeiras do MBL ou bots sem rosto do Twitter que vão me dizer o que é arte, o que é literatura e onde eu posso ou não levar meu filho. O fato dele saber que os antigos habitantes do Peru veneravam o órgão sexual masculino vai fazer apenas que entenda o que é o falocentrismo, olha o Houaiss aqui para ajudar de novo.

É a doutrina ou crença centrada no falona convicção da superioridade do sexo masculino”. Um pênis é apenas um pênis. Um órgão que é extremamente superestimado, precisava contar isso também para vocês.

 

Leia mais: Parem de tocar Anitta nas festas de criança. Apenas parem

Leia também: Mas você levaria seu filho a essa exposição?

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

36 Comentários

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  1. Gosto da Rita

    mas nessa ela errou feio. O problema hj dessa polaridade é isso ninguem recolhe as armas quando esta errado. Concordo que é uma escolha dos pais levar seus filhos. Não acho que seja pedofilia, mas uma exposição dessas não deveria aceitar crianças. Nao é conveniente com essa situação de um homem nu uma criança na exposição.

    1. Eu já não tenho problema
      Eu já não tenho problema nenhum comentário a nudez, levaria meu filho a está exposição, bem como os levaria a uma praia de naturismo.

    2. Questão de opinião mesmo!

      Talvez você tenha problemas com relação ao corpo humano nú, seja feminino ou masculino.

      Tenho 4 filhos, três meninas e um menino. Quando crianças tratávamos o corpo nú com naturalidade. Tomávamos – eu e minha esposa- banho e ficávamos à vontade na frente das crianças, cientes de que à medida que fossem crescendo eles iriam se afastando desta prática naturalmente.

      E éramos leitores de Pais e Filhos, e outras revistas que nos ajudavam a buscar informações de como educar nossas crianças, uma vez que os tivemos na faixa dos 22 aos 28 anos.

      Hoje, as “crianças” estão acima dos 30 e são adultos sem problemas. Nem conservadores, nem liberais ao extremo. Enfim, saudáveis e equilibrados.

      Talvez, nosso costume não tenha recebido nenhuma crítica, por ter sido nos anos 80. Será que hoje, com essa loucura conservadora e religiosa seríamos criticados como país irresponsáveis?

      Era costume de tias e tios e pais e mães, dar um tapinha na bunda das crianças, quando peladinhas, quando eu ainda o era…Uma brincadeira inocente e todos riam. Hoje em dia isso é pedofilia?

      Será que o pessoal desaprendeu que o corpo humano nú, nada tem a ver com erotização?

      1. Como eu disse

        não acho pedofilia, só não acho adequado, mas é uma decisão dos pais. O problema que a Rita arrumou uma mega briga com a foto cortada onde a criança estava no twitter. Foi ai que surgiu a confusão.

        1. Você é uma pessoa educada…

          Obrigado pelo retorno ao comentário GUERAS.

          Você é uma pessoa educada, assim como eu procurei ser ao comentar suas colocações, ilustrando meu pensamento com fatos pessoais. 

          Discordar e debater para mim é conversar, algo saudável. O incrível é como hoje, as “redes sociais” gerou este tipo de gente como o sopa de letrinhas que me mandou “vai se tratar”!

          Se eles soubessem como são patéticos.

      2. Era costume

        e ainda é, dar um tapinha na bunda das crianças peladinhas após o banho.

        Achei legal essa criação que eu também tive. Cuidei de meus irmãos até que eles crescessem e nunca tivemos vergonha de nossa nudez, o que não quer dizer que gostemos que crianças tenham que sair apalpando homens nús em público porque é artístico.

        Há que se levar em conta o que se quer impor como “arte” e as intenções de quem promove.

  2. Tempos bicudos

    Nestes tempos medievais de patrulhamento identitário politicamente correto, qualquer noção (e argumento) de contexto está perdendo a legitimidade.

    Tudo agora virou reificação dos signos. A própria ideia de “identidade” é assumida de uma forma fetichizada.

    Tal como o fetiche da mercadoria, de Marx, próprio da lógica utilitarista do pensamento econômico liberal, o que se perde nessa operação de fetichizaação é o reconhecimento das relações (de produção).

    Quando se fetichiza a identidade (ou qualquer signo do reconhecimento social) o que se perde são as relações que conformam o contexto discursivo. É a paranoia da absolutização dos termos.

  3. Cadê a moralidade na política

    Pois é, a pouco mais de um ano esta gente tão carola latia e espumava contra a impunidade e corrupção, do PT, claro. Agora que uma conhecida quadrilha tomou o poder, entramos firme em uma luta contra os maus costumes e a arte decadente.

    Depois de rezas e bençãos ao quadrilhão  veio o tomalá-dacá do mais deslavado, apenas para os ungidos. Neste quadro a teologia da sucesso pela fé deve ficar um pouco de lado, funcionou bem com a parca e porca distribuição de renda que foi ensaida, mas não combina com o processo de concentração de renda em curso. E tome sermão moral, saiu a exigência de mais verba para educação entrou escola sem partido. E o dinheiro da educação vai para o estamento parasitário e cartorial hereditário. Certamente esta luta pode ser simbolizada pelo ator pornô na sua luta incansável contra a pedofilia.

  4. Todo mundo pode achar o que

    Todo mundo pode achar o que quiser, mas existe uma coisa chamada “Estatuto da criança e do adolecente” e essa turma vai ter que se entendre com a justiça agora. A nota do MAM foi só para tenter se livrar das responsabilidades, não vai adiantar, eles foram negligentes. Nesta vai dançar quem inventou a tal Performance, o ärtista e a mamãe moderninha…….. “Art.240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. ……… § 1o : Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008).

  5. Me pergunto
    A exposição do corpo nu como releitura ( que acredito personalíssima) de obra de Lígia Clark pode ser válida.
    O que não é válido? Quem julgaria( se é que se deva) o que é ou não?
    Uma vez que estamos no campo das observações interpretaçao pessoal, que tudo venha.

  6. O xisda questão, pra mim é:

    O xisda questão, pra mim é: vamos aceitar que um grupo de extrema direita por motivos políticos diga o que pode e o que não pode e, ainda por cima, mobilizar um bando de boçais e ignorantes contra a cultura? Isto está cheirando àquela história da “arte degenrada” que os nazistas usaram.

  7. Sem nenhum falso moralismo,

    Sem nenhum falso moralismo, sem nenhum excesso de pudor, não consigo engolir que um cabra pelado deitado no chão seja arte. Pode ser uma deficiência cultural minha, mas eu jamais sairia de casa para ver isso, imagina levar crianças. Em todo o caso, viva a liberdade, se há quem goste disso, bom proveito.

     

  8. #

    Pedofilia é quando alguém se interessa sexualmente por crianças. Não é o caso em questão.

    Existe arte moderna de bom gosto e arte moderna de mau gosto.

    Essa foi de mau gosto porque permitiu a interação física de uma criança com o artista nu.

    A criança tocou os pés do artista… E se ela tivesse tocado ou mesmo pegado no pênis?

    Continuaria “tudo bem”?

    Caso haja algum erro aí, esse erro foi de quem?

    Em minha opinião faltou bom senso à organização do evento e à mãe da criança.

     

  9. Déjà vu

    “A campanha nazista contra a arte moderna começa com a tomada de poder. Em 1933, Hitler fecha a Bauhaus e promove a primeira exposição difamatória da arte moderna em Karlsruhe e Mannheim. Segue-se a cassação de diversos curadores, diretores de museus e artistas-professores como Willi Baumeister (1889 – 1955) e Otto Dix. Os artistas começam a emigrar. Livros são queimados em praça pública e inicia-se um verdadeiro processo de expropriação arbitrária pelos nazistas dos acervos dos museus: mais de 16.500 obras de arte consideradas degeneradas são confiscadas, muitas das quais foram destruídas ou perdidas. Obras de valor – como Auto-Retrato (1888) de Vincent van Gogh (1853 – 1890) ou Acrobata e Jovem Arlequim(1905), de Pablo Picasso (1881 – 1973) – são vendidas num leilão em 1939 na Galeria Fischer, em Lucerna, Suíça, e revertidas em divisas para os nazistas. Nota-se que o comportamento político ou religioso dos artistas passa a não importar, sendo perseguidos todos aqueles identificáveis com qualquer corrente oposta às diretrizes artísticas nacionalistas e de cunho realista estabelecidas pelo governo.”

  10. A discussao eh primitiva

    A discussao eh primitiva demais pra mim.

    Nao foi Yoko Ono no comeco dos anos 70 que convidava os visitantes a cortar pedacos de sua propria roupa?  E “nao” havia criancas la tampouco?

    Penis eh pedofilia mas vagina nao eh?  Hei, eu acho que Yoko Ono era pedofila tambem!  De fato, acho ate hoje!

    Provem o contrario!

  11. O problema é a confusão que

    O problema é a confusão que pode criar na cabeça de uma criança tão nova quando a sua própria mãe mandar ela tocar um estranho pelado. Enfim, não acho que seja lá muito prudente. 

    Quanto à “arte” em si, sinto muito. É uma “releitura” sem sentido, com o único intuito de “chocar”. Mas nem nisso é original. Já aconteceram centenas de performances semelhantes no passado e a única “novidade” no caso foi a presença de crianças.

  12. Acho legal

    as pessoas terem a mente aberta nestes tempos modernos que vivemos.

    Muito legal mesmo. Tanto que se a pessoa chegasse em casa e encontrasse o filho pequeno  acariciando o pênis   do parente pelado na cama ou a  filha  sendo convidada a fazer o mesmo, o pai que reclamasse estaria tolhendo um movimento de arte autêntica.

    Instado a retratar-se, bastaria ao parente dizer que se tratava de  um “nú artístico”.

  13. estupidez ou endemoninhada?

    é o que me pergunto… seria essa mulher uma simples estúpida, e que com sua estupidez faria mal a toda uma sociedade, ou seria uma endemoninhada? Talvez os dois… Pois somente uma estúpida não perceberia que não é saudável para uma CRIANÇA ter esse tipo de “experiência”. Caso ela queira argumentos teóricos, basta pesquisar sobre o assunto, pois há um vasto material a respeito. Se não for isso, somente uma endemoninhada seria capaz de atentar contra os valores morais que elevam a condição humana. Rita Lisauskas, prefiro crer que você é apenas uma estúpida.

  14. Cuidado com os “modernosos”

    Discussão de “arte” ingenuamente leva votos (que poderiam ser do Lula) para Marina e Bolsonaro, cada vez que alguém fica discutindo assuntos comportamentais e de família em plena guerra pela supervivência do Brasil como nação.

    Essa “arte” relativa parece interessante para uma conversa de boteco em Paris, mas, parece que essas divergências estão sendo usadas a cada instante para arrancar votos de esquerda e transferi-los para a população evangélica conservadora, afastando eleitores que na época do Lula não discutiam sobre pênis, mas apenas de desenvolver o Brasil.

    Estes temas aqui colocados, de foro pessoal e comportamental de uma comunidade ou nação, são legítimos, e sempre haverá espaço para discutir, mas, hoje, é apenas mais uma armadilha da mídia global para trazer uma modernidade do hemisfério norte para o debate popular que aqui temos. Ser esquerda lá na Europa nada tem a ver com a esquerda que aqui precisamos, neste momento.

    Estes temas aqui colocados em discussão são como cusparadas do Wyllys ou brigas da Maria do Rosário contra Bolsonaro, que o único que tem feito é perder votos da esquerda para turbinar votos em favos dessas candidaturas conservadoras.

    Hoje, é fundamental trazer de volta para o eleitorado de Lula aquela parcela pobre da população que é evangélica e/ou conservadora nos seus costumes, que deram ao Lula mais de 80% de popularidade, pois esta conversa de “arte” é uma estratégia esperta da direita para “carimbar” a esquerda como sendo modernosa demais e assim afastar votos do nosso campo da esquerda.

    Cuidado com estes temas e com quem os coloca para dar polêmica, pois há uma intenção clara por trás, um caça bobos, para nos carimbar e tirar votos. Aquela criança deveria ter outras prioridades para nós, saber se está bem alimentado, se vá para a escola, se o seu pai possui emprego e etc., mas isso é que estes assuntos fazem, ao trocar nas nossas cabeças as verdadeiras prioridades do Brasil de hoje.

  15. A grande oportunidade de ser neutro

    Aqui, a esquerda, perde novamente a oportunidade de ser neutra, e com isto perde muitos votos.

    Poucos perceberam, mais este episódio ( e outros semelhantes que surgirão até as eleições ) são ciladas, feitas para a esquerda e os partidos progressistas perderem votos. 

    Num país como o Brasil, onde a grande maioria é conservadora com assuntos sexuais, a grande maioria é católica ou evangelica, um episódio como este não vai convencer muitas pessoas de que ” nudez é arte ” e ainda por cima vai adicionar muitos votos a partidos ultra conservadores, como Bolsonaro, Pastor Feliciano, etc. 

    Por isto Marta Suplicy perdeu a eleição para o Senado para Serra, aqui em SP a maioria comentava este fato, num estado ultra conservador, Marta só servia para afugentar eleitores. 

    Eu conheço muita gente que  vota pela esquerda, mas em relação a sexualidade é ultraconservadora. Misturar política com religião, é uma mistura na qual ambas saem perdendo. O respeito pelo modo de pensar da maioria brasileira, é a grande oportunidade de permanecer neutro, é um tremendo diferencial que poderia dar ás esquerdas uma vitória gigantesca, inclusive nas eleições para legislativo, caso que dificilmente ocorre. 

    Isto explica porque partidos como PSOL terem apenas 3 deputados na camara.

    Este episódio é uma emboscada montada para a esquerda cair, provavelmente pelo próprio governo reaça que nos governa, pois se ele realmente quisesse, uma apresentação como esta nem ocorreria. Se ocorreru, se o governo permitiu, tem um motivo anti esquerda, o governo não dá ponto sem nó. 

    Uma vez, perguntaram ao governo chinês, qual seria a sua políticaco relação á  homosexualidade na china, e ele sabiamente respondeu:

    ” Não aprovo, não desaprovo, não promovo “

    Em outras palavras, não é contra nem a favor, muito pelo contrário. 

    É a arte de ser neutro em assuntos alheios á economia, virtude unifica. e fortificadora  de um governo. 

    Ou seja, o governo chinês não mistura política com assuntos religiosos, talvez por isto consiga governar sobre mais de 1 bilhão de pessoas, e crescer no PIB a quase 10% ao ano. 

     

    1. Muito boa

      Valeu Zé.

      Devemos ficar espertos. Nada contra estes debates, no local e no momento certo. O Brasil desenvolvido será o que os brasileiros quiserem, lá adiante, depois de salvar a nação e desenvolver o povo.

    2. Ah, a neutralidade…

      A neutralidade dos sociais democratas e comunistas quanto à perseguição dos judeus na Alemenaha nazista, alguém se lembra?

      1. A neutralidade no lugar certo

        Caro Sr. Rodrigo

        Aqui há de se dicernir a necessidade ou não da neutralidade para cada assunto.

        Uma coisa é a esquerda ficar defendendo temas e assuntos pequenos, como o direito à nudez, e perder dezenas de milhões de votos por isto. 

        Outra coisa é defendermos o direito ao emprego, ou lutarmos contra o consenso de Whashington, coisas que não podemos ficar neutros. 

        Saudações

    3. Perfeito ze.
      A esquerda tem

      Perfeito ze.

      A esquerda tem comido mosca nesse e em muitos assuntos polemicos.

      Na boa, o que de fato é arte num marmanjo feio e nu em pleno local publico? isso é falta de criatividade e mais apelação para vê se gera polemica para ser visto. Aquilo pode ser tudo menos arte. E se arte for feia daquele jeito, prefiro não vê nunca mais…xô.

  16. Com todas essas opiniões,

    Com todas essas opiniões, fico intrigado no porque tanta indignação no fato de um homem tirar o membro dentro de um ônibus em São Paulo!!!

  17.  Sobre os últimos ataques à arte

     

    Sobre os últimos ataques à arte “degenerada” *

     

    Só sei que os regressistas vitoriosos de um golpe de estado fomentado a partir das jornadas de 2013 tomadas pela Rxxxede Gxxxobo e entregue aos goriletes do Mbl e Vem pra rua, mercenários fianciados por oligarcas nacionais e internacionais de olho no butim..,..estes  são os donos do poder que, , sob uma ideologia ditada pela superestrutura neoliberal que controi subjetividades através de suas Instituições e midia nem um pouco republicanas..,…o resultado dessa tragédia é que  tudo está travado impedido: de delações que comprometam aos donos do golpe e do poder, às manifestações de arte, passando pelo Escola Sem Partido do eximio pedagogo Alexandre Frota,..,..quanto à manifestação artistica abordada neste post, o que vejo é uma manifestação de espontaneidade e não de sexo ou, como dizem, pedofilia.,…,.a pedofilia é sempre invisivel e pode ser praticada pelo amigo ou padastro ou parente prôximo distante que amassa o rostinho do bebê no colo da mãe.,.. .nesta hora vc mãe diz: ele não gosta de ser tocado no rosto: toque apenas no pé da criança, nesta parte vc pode tocar massagear porque o pé é desinfectante..,..,.. a vibração   será sentida  pela criança, esta deve, neste momento,  ser oscultada amparada observada as suas reações, pois é esta a função dos pais: fazer com que a criança se sinta segura e sob proteção dos adultos.,…,.quanto a esta performance, não se vislumbra qualquer maldade ou gesto maléfico ou atrofiante por parte do artista que, como se vê, está nu como o estaria um indigena,..,.. no caso da obra em debate, os males à criança não terão sido provocados pelo artista em seu estado de arte e sim por quem fez o registro e isolou do contexto a cena para, do alto de sua ignorância,  exclamar: pedofilia!!!

    SQN

     

    * O que é arte “degenerada”

     

    http://obviousmag.org/archives/2008/04/arte_degenerada.html

      

     

  18. O sentimento de culpa dos enrustidos

    Como afirmou o Dr. Freud, por trás de tanto conservadorismo, cuja repressão e negação da sexualidade infantil é o aspecto mais ruidoso, está o sentimento de culpa em relação à própria sexualidade por parte dos adultos enrustidos que conformam nossa sociedade patriarcal.

    1. Fariseus de largo espectro

      Não existe realpolitik que me convença do contrário: por tras de todo fariseu, neutro ou declarado, existe um direitista idem.

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