Até o fim do ano, Ciência Sem Fronteiras terá 70 mil egressos

Enviado por alfeu

Do Jornal Ciência

Ciência Sem Fronteiras terá mais de 70 mil egressos até o fim deste ano
 
Suzana Liskauskas
 
Maioria dos bolsistas pertence à graduação, é da área de engenharias, e elege os Estados Unidos como destino prioritário
 
Até o final deste ano, retornarão ao Brasil 32.681 alunos egressos do programa Ciências Sem Fronteiras. Em 2014, o total de egressos chegou a 40.298. Este ano mais 14.050 terão partido para o exterior, desde junho. Os números fazem parte de uma avaliação da Primeira Etapa do Programa feita pela Capes e pelo CNPq. Esses resultados foram apresentados durante a 67ª Reunião Anual da SBPC, realizada em São Carlos (SP), entre 12 e 18 de julho.

 
A maioria dos alunos matriculados no CsF (32,7%) elege as universidades dos Estados Unidos como destino prioritário. As instituições do Reino Unido aparecem em segundo lugar, são eleitas por 11,4% dos bolsistas. Em terceiro lugar, estão as universidades do Canadá, preferência de 8% dos bolsistas.
 
A maior parte dos estudantes são da graduação (78%). Os alunos de doutorado sanduíche representam 9%; os de pós-doutorado, 6%; os de doutorado pleno, 3%. Entre os contemplados pelo programa, 2% são professores visitantes, e os representantes do mestrado profissional e jovens talentos correspondem a 1%, cada grupo.
 
Entre a divisão por áreas, a maioria (45,1%) é estudante de cursos de engenharias e áreas tecnológicas. Em segundo lugar, vêm os estudantes de biologia, ciências biomédicas e da saúde, somando 18,3%. Os alunos da indústria criativa (8,4%) ocupam o terceiro lugar do ranking. Um pouco abaixo, com 8,3% do total, aparecem os estudantes de ciências exatas e da Terra, 8,3%. Na quinta posição, vêm os que estudam computação e tecnologia da informação.
 
Destaque para o ITA
 
Do ponto de vistas das Instituições de Ensino Superior (IES), há um destaque para o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), que ocupa a primeira posição com o maior percentual de alunos participantes do programa. De todas as bolsas concedidas, 35,08% pertencem a alunos matriculados no ITA. Em segundo e terceiro lugares com relação ao número de alunos matriculados, estão duas instituições mineiras, Universidade Federal de Itajubá (22,88%) e Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (18%).
 
Na avaliação dos alunos, mais de 40% consideram bons os processos de avaliação. E a maioria acha eficiente o sistema de pagamentos de bolsas e taxas. Na avalição total do programa, mais de 70% dos matriculados consideram bom e ótimo o CsF.
 
Do ponto de vista das Instituições de Ensino, 98% afirmam que não houve problemas com os egressos com relação à retenção. Cerca de 70% dos avaliadores das IES acham que o desempenho dos alunos foi bom e ótimo.
 
No quesito aproveitamento das disciplinas cursadas no exterior, 76% dos egressos afirmaram terem aproveitado, sendo que 68% classificaram como total o aproveitamento, e 8%, como parcial.
 
Embora o balanço tenha números favoráveis, Adalberto Val, diretor de Relações Internacionais da Capes, encerrou a apresentação dos resultados da avaliação com uma lista de desafios para a segunda etapa do programa. De acordo com os representantes da Capes, Adalberto Val, e do CNPq, Geraldo Nunes, responsável pela Coordenação Geral do Programa Ciência sem Fronteira – CGCSF/DCOI, a continuação do programa está garantida pela presidente Dilma Rousseff, mas há pontos que precisam ser revistos.
 
As discussões em torno das avaliações do CsF dizem respeito a um equilíbrio maior de bolsas distribuídas entre a graduação e a pós-graduação, a necessidade de um acompanhamento mais intenso por parte das IES no Brasil das atividades dos alunos no exterior e maior aproveitamento dos créditos cursados no exterior no regresso à universidade brasileira. Além de uma expansão das áreas previstas, a fim de contemplar setores estratégicos para o Brasil, como educação e economia. As áreas de humanas não são contempladas atualmente no programa.
 
Para Nunes, a ideia é transformar o CsF em um programa de Estado a fim de inserir o Brasil em um movimento de internacionalização no ensino superior. Do ponto de vista da Capes, há uma expectativa de que as IESs tenham uma participação maior no processo seletivo e no acompanhamento das atividades dos alunos enquanto cursam disciplinas no exterior.
Redação

3 Comentários

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  1. Um dia
    Quando o terror do PIG, dos politicos da oposicao e dos desencontros das informacoes chegarem um dia. Estes filhos das politicas sociais tomaram conciencia e carregaram o Brasil que um dia sonhamos!
    Eles estao crescendo dia a dia.

  2. Há tempos espero por uma

    Há tempos espero por uma matéria jornalística sobre o PSF, até para ver se o olhar sobre o programa seria realístico, e quando finalmente ela vem, não há a menor avaliação crítica.

    A realidade é que, pelo menos entre alunos de graduação, esse programa é uma viagem de turismo paga com dinheiro público. O governo contrata empresas no exterior, que ficam responsáveis pela colocação dos estudantes, sem nunca verificar se essas empresas realmente estão cumprindo suas obrigações ou se apenas descobriram como é fácil ganhar dinheiro do Estado brasileiro.

    Os estudantes, por sua vez, passam a maior parte do tempo viajando e curtindo, sem nenhum compromisso com educação, muito menos com o programa. Basta conferir no facebook.

    Recebem mesadas em dólares, ganham um laptop, e ainda sobra grana para adquirirem outros brinquedinhos eletrônicos, enquanto criticam ferozmente o mesmo governo que lhes proporcionou tudo isso.

    Vamos falar a verdade: o que era uma bela intenção revelou-se, na prática, mais um escoadouro de dinheiro público que ninguém terá interesse em investigar: nem o governo, porque é vitrine de algo que supostamente está dando certo; nem a oposição, porque os principais beneficiados pelo programa são justamente seus eleitores padrão.

     

     

  3. 7 CIDADES EM QUE O “CULTO AOS
    universo-jatoba-madrid-ecod

    7 CIDADES EM QUE O “CULTO AOS CARROS” PERDE CADA VEZ MAIS ESPAÇO

    por EcoD

    Depois de conviverem mais de um século com o desenvolvimento dos automóveis, algumas cidades pelo mundo começam a perceber, mesmo que lentamente, que as ruas devem priorizar as pessoas e os carros não fazem muito sentido no contexto urbano. Em que pesem as sensações de independência e conforto, também é notório se considerar fatores negativos como a poluição atmosférica, as mortes no trânsito e os frequentes congestionamentos.

    Só para se ter ideia, um estudo britânico constatou que os motoristas têm se movido, em média, mais lentamente do que os ciclistas em algumas horas do dia e, como se não bastasse, ainda gastam 106 dias de suas vidas a procura de lugares para estacionar.

    A FastCo.Exist listou sete cidades pelo mundo que restringem, cada vez mais, a circulação de carros, por meio de medidas que buscam democratizar mais o espaço urbano. São elas:

    MADRID
    A capital da Espanha já proibiu o tráfego em determinadas ruas da cidade e, neste mês, a zona livre de carros será aumentada. A área permitirá que os moradores dos bairros do entorno possam usar seus veículos, mas os motoristas de outras áreas não serão autorizados, sob pena de pagar uma multa de US$ 100. A medida faz parte de um plano mais amplo do poder público, que busca tornar o centro livre de carros nos próximos cinco anos. Ao todo, 24 das ruas mais movimentadas serão redesenhadas para privilegiar os pedestres. Para completar, os carros mais poluentes terão que pagar mais caro para estacionar.
    PARIS
    No ano passado, quando os níveis de poluição atmosférica em Paris chegaram ao topo, a cidade chegou a promover rodízio entre os veículos. Como os poluentes chegaram a cair 30% em algumas áreas, depois da iniciativa, a meta agora é desencorajar o uso dos carros com mais freuquência. No centro da capital francesa, as pessoas que não vivem nos bairros locais não serão autorizadas a dirigir nos finais de semana – regra que poderá em breve ser estendida para todos os dias.

    Até 2020, o poder público planeja dobrar o número de ciclovias na cidade, proibir carros a diesel e limitar certas ruas aos veículos convencionais, priorizando os automóveis elétricos e outros modelos com baixo nível de emissões. O número de motoristas em Paris já começou a cair. Em 2001, 40% dos parisienses não possuíam carro; agora esse índice é de 60%.
    HAMBURGO
    Apesar de Hamburgo não planejar a proibição de carros no centro, a cidade tem pensado em medidas para desencorajar o uso dos automóveis. Um exemplo é a construção de uma “rede verde” que irá conectar parques, tornando possível ir de bicicleta ou a pé para qualquer lugar. A rede irá cobrir 40% do espaço do município.

    CHENGDU
    Uma nova cidade satélite planejada no sudoeste da China pode servir de modelo para um município moderno: em vez de projetadas para os carros, as ruas são desenvolvidas de modo que qualquer localização possa ser alcançada em 15 minutos a pé.

    Os planos, desenhados pelos arquitetos de Chicago Adrian Smith e Gordon Gill, não buscam a proibição total dos carros, mas apenas metade das vias permitirão os veículos motorizados. A cidade também promete priorizar o transporte público. Com uma população prevista de 80.000 pessoas, a maioria desses habitantes vai ser capaz de ir para o trabalho a pé. O projeto foi originalmente planejado para ser concluído em 2020, a depender das questões de zoneamento.
    HELSINKI
    Helsinki, na Finlândia, espera uma enxurrada de novos residentes ao longo das próximas décadas, mas menos carros serão permitidos nas ruas da cidade. Seu mais novo plano projeta a transformação de áreas dependentes de automóveis em comunidades densas, tranquilas, ligadas ao Centro por meio de um rápido e eficiente transporte público. A cidade também está construindo novos serviços de mobilidade-on-demand para facilitar a vida dos cidadãos. Um novo aplicativo em testes agora permite que as pessoas acessem, instantaneamente, uma bicicleta, carro ou táxi compartilhado, ou encontrar o ônibus ou trem mais próximos. Em uma década, a cidade espera tornar os carros completamente desnecessários.
    MILÃO
    Milão testa atualmente uma nova maneira de manter os carros fora do centro da cidade: se os motoristas deixarem seus veículos em casa, eles ganham vale-transporte gratuito. Um sistema conectado à internet no painel dos carros mantém o controle de localização, de modo que ninguém possa tentar burlá-lo. Para cada veículo deixado em casa, a prefeitura envia um voucher com o mesmo valor de um bilhete de ônibus ou trem.

    COPENHAGUE
    Há 40 anos, o tráfego em Copenhague era tão ruim como em qualquer outra grande cidade. Agora, mais de metade da população utiliza a bicicleta como meio de transporte. As zonas para ciclistas passaram a ser introduzidas na década de 1960 no centro da cidade. A capital da Dinamarca dispõe hoje de 200 km de ciclovias e até autoestradas para bicicletas em seus arredores. Vender carros nesta cidade europeia não parece um bom negócio.

    Será que essa tendência de restrição aos carros e democratização do espaço público vai chegar aqui no Brasil também? Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura já estuda a possibilidade de fechar a Avenida Paulista para carros aos domingos.

    Matéria do site EcoDesenvolvimento

     

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