Climatologia para generais, por Felipe A. P. L. Costa

Podemos levantar várias questões intrigantes a respeito dos padrões climáticos. Um exemplo: por que – na maioria dos estados brasileiros – faz calor no verão e frio no inverno?

Climatologia para generais.

por Felipe A. P. L. Costa [*]

  1. Tempo e clima.

A experiência prática nos mostra que o tempo atmosférico muda com o tempo cronológico. A expressão tempo atmosférico (ou simplesmente tempo) é usada em alusão às condições atmosféricas que vigem em um local, durante um intervalo de tempo cronológico relativamente curto – horas, dias ou semanas. Não deve ser confundida com o termo clima. Este último é usado em alusão às condições atmosféricas que caracterizam uma determinada região durante longos intervalos de tempo cronológico – anos, décadas ou séculos.

O estudo do tempo atmosférico é tarefa da meteorologia, a ciência que lida com a estrutura física, a dinâmica e a composição química da atmosfera. O estudo do clima é tarefa da climatologia, uma ciência que se ocupa em descrever e explicar os diferentes padrões de tempo atmosférico observados em todo o planeta Terra [1].

Estimar as chances de que haja chuva no próximo fim de semana, por exemplo, é um problema meteorológico. Caracterizar as estações do ano em determinada região (e.g., o verão é a estação mais quente e úmida, enquanto o inverno é frio e seco?) é uma questão de climatologia.

  1. A sucessão das estações.

Nós, brasileiros, estamos acostumados a experimentar mudanças sazonais mais ou menos notáveis em dois elementos fundamentais do clima: a temperatura do ar e a pluviosidade. Todavia, ao contrário do que alguns imaginam, essas mudanças não são aleatórias nem repentinas.

Na verdade, os elementos do clima mudam de modo gradativo e algo previsível, ainda que o modo exato como as mudanças se processam ao longo do ano possa variar de uma região para outra [2]. As razões para isso nem sempre são simples e diretas, o que dá margem a uma série de erros e mal-entendidos.

Podemos levantar várias questões intrigantes a respeito dos padrões climáticos. Um exemplo: por que – na maioria dos estados brasileiros – faz calor no verão e frio no inverno? A resposta correta a esta pergunta não é nenhum bicho de sete cabeças, embora o assunto muitas vezes seja tratado em meio a doses apreciáveis de desinformação [3].

Eis algumas variações em torno do tipo de explicação que o leitor poderá encontrar na internet: “o verão é quente porque nessa época do ano a temperatura sobe”; “o verão é quente porque o Sol nessa época do ano está ainda mais quente que o normal”; “o verão é quente porque nessa época do ano ocorre o chamado vento solar”; e “o verão é quente porque nessa época do ano a Terra está mais perto do Sol”. Há ainda quem discorde dos próprios termos da pergunta, com afirmações do tipo “o verão nem sempre é a estação mais quente do ano” ou “o verão só é a estação mais quente do ano no hemisfério Sul”.

Todas as ‘explicações’ acima estão erradas – seja porque fogem da pergunta, seja porque não a respondem corretamente. Os erros e mal-entendidos a respeito do assunto, no entanto, não se restringem ao mundo virtual. A noção de que a temperatura do ar varia ao longo do ano em função de mudanças periódicas na distância Terra-Sol, por exemplo, talvez seja a explicação errada a respeito do assunto mais difundida entre professores de Ciências e Geografia.

Antes de prosseguir, não custa lembrar: a sucessão das estações se dá com uma diferença de seis meses entre os hemisférios Sul e Norte. Quando é primavera no Sul, é outono no Norte; quando é verão no Sul, é inverno no Norte, e assim sucessivamente.

No hemisfério Sul, onde está situada a maior parte do território brasileiro (> 90%; ver a figura que acompanha este artigo), a sucessão cronológica é a seguinte: (1) verão – de fins de dezembro a fins de março (ou, por simplificação, o trimestre janeiro-março, JFM); (2) outono – de fins de março a fins de junho (ou o trimestre abril-junho, AMJ); (3) inverno – de fins de junho a fins de setembro (ou o trimestre julho-setembro, JAS); e (4) primavera – de fins de setembro a fins de dezembro (ou o trimestre outubro-dezembro, OND).

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FIGURA. A figura que acompanha este artigo ilustra a posição do território brasileiro no globo terrestre. Com exceção da maior parte dos estados de Roraima e do Amapá e de porções ao norte dos estados do Amazonas e do Pará, que estão situados no hemisfério Norte, o restante do território do país se distribui pelo hemisfério Sul. (Fonte da imagem: Google Maps.)

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  1. Estações meteorológicas.

A caracterização do clima de uma região ou país depende da obtenção de dados meteorológicos (temperatura, pluviosidade, umidade relativa do ar, direção dos ventos etc.) e da organização desses dados em séries históricas. Por convenção, uma série histórica deve ter ao menos 30 anos de duração, o que significa dizer que a obtenção de um conjunto representativo de dados depende do funcionamento duradouro de uma rede de estações meteorológicas [4]. Levando em conta o tamanho e algumas outras características físicas da região de interesse (ver adiante), é necessário dispor de muitas estações, cada uma delas localizada em um ponto estratégico.

No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Ministério da Agricultura, é o órgão oficial responsável pela coleta e processamento dos dados obtidos em estações meteorológicas. O Inmet foi criado em 1909, começando a operar estações de modo regular já no ano seguinte. A primeira caracterização climática do país foi publicada em 1969, compreendendo dados obtidos em 209 estações ao longo do período 1931-1960. Mais recentemente, foi publicada uma segunda caracterização, agora com dados para o período 1961-1990.

O Inmet opera diferentes tipos de estações, incluindo algumas radiossondas e estações em alto-mar. O tipo mais comum, no entanto, são as chamadas estações de superfície. Em 2012, o instituto contava com 520 dessas estações, das quais 490 estavam a operar: 239 eram convencionais e 251, automáticas [5]. Uma estação é chamada de convencional quando a coleta de dados depende da presença de um observador humano. Na estação automática, o registro é feito por uma máquina. A maioria das estações do Inmet foi construída nos últimos 30 anos e, portanto, ainda não teve tempo suficiente para produzir uma série histórica correspondente.

É importante ressaltar também que a obtenção de séries históricas é comprometida sempre que a estação muda de lugar, um problema que já afetou várias estações brasileiras [6].

Além do Inmet, outros órgãos federais, como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), do Ministério da Ciência e Tecnologia, e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo, do Ministério da Defesa, também mantêm e operam estações meteorológicas. O mesmo se passa com diversos órgãos estaduais e municipais. Há, além disso, uma profusão de pequenas estações – muitas universidades, escolas, empresas etc. têm sua própria estação, ainda que nem todas sigam os padrões mínimos exigidos para se ter uma estação de primeira classe. Os dados obtidos em todas essas estações deveriam, a princípio, ser encaminhados ao Inmet.

No fim das contas, porém, o número de estações meteorológicas em operação no país ainda é muito acanhado. Para ter uma ideia, basta observar o seguinte exemplo: o número de estações necessárias para produzir estimativas confiáveis a respeito do regime pluviométrico no estado do Espírito Santo (81,14 mil km2) foi estimado em 37 unidades (Silva & Lima 2011), o que corresponderia a uma cobertura média de uma estação para cada 2,19 mil km2 de área territorial.

Para manter esse nível de cobertura em escala nacional seriam necessárias quase 4 mil unidades, o que equivaleria a oito vezes o número que o Inmet opera atualmente. Mesmo levando em conta que o número acima possa estar superdimensionado (o relevo do Espírito Santo é bem mais acidentado que a média nacional e quanto mais montanhosa uma região, mais estações são necessárias), fica claro que o número atual está bem aquém do mínimo necessário.

  1. Séries históricas.

Com o advento e disseminação dos satélites meteorológicos, ficou mais fácil obter dados da atmosfera em tempo real. Vários países, incluindo o Brasil, recebem dados de satélites meteorológicos, embora isso de modo algum venha a suprimir a necessidade de se manter em funcionamento uma rede de estações de superfície.

Alguns dos países mais avançados do mundo, como o Japão, a Inglaterra e os Estados Unidos, possuem séries históricas ininterruptas com mais de um século de duração. As séries históricas para a temperatura do ar em certas cidades da Inglaterra, por exemplo, retrocedem até meados do século 17, enquanto as séries históricas para a pluviosidade retrocedem até meados do século 18.

No que segue, examinaremos algumas conclusões obtidas a respeito de padrões climáticos em território brasileiro com base no exame de séries históricas. Desde já, porém, cabe uma advertência: salvo alguma mudança ocorrida em anos recentes, as duas séries históricas (1931-1960 e 1961-1990) disponíveis para consulta no sítio do Inmet se referem apenas às capitais (26 capitais estaduais mais o Distrito Federal). Outra coisa: embora os dados apresentados nos dois conjuntos tendam em muitos casos a convergir, levei em consideração apenas os dados da série mais recente (1961-1990).

Os comentários feitos nos próximos parágrafos não têm a pretensão de caracterizar o clima do país [7]. O objetivo aqui é tão somente ilustrar como o leitor poderia detectar certos padrões climáticos em larga escala. Na verdade, iremos nos concentrar em dois elementos do clima, a temperatura do ar e a pluviosidade. Como um eixo condutor da análise, examino especificamente a validade de duas generalizações, a saber: (1) Os meses de verão (= trimestre JFM) são os mais quentes e chuvosos do ano; e (2) Os meses de inverno (= trimestre JAS) são os mais frios e secos.

  1. Padrões de sazonalidade térmica.

Em âmbito nacional, a estação mais quente do ano costuma ser o verão. Esse resultado, porém, está longe de ser uma unanimidade. De acordo com os dados da série histórica 1961-1990, o trimestre JFM foi o mais quente em 12 das 27 capitais analisadas. Nas 15 capitais restantes, o trimestre mais quente foi outro, com destaque para SON (6 capitais) e OND (4). Analisando os meses separadamente, janeiro e fevereiro apareceram como um dos três meses mais quentes do ano em 15 das 27 capitais.

O inverno tende a ser a estação mais fria do ano, embora esse resultado não tenha sido uma unanimidade. O trimestre JJA foi o mais frio em 13 das 27 capitais, seguido de MJJ (7 capitais). O mês mais frequente nas computações foi julho, registrado como um dos três meses mais frios do ano em 22 das 27 capitais. Este último resultado é dos mais expressivos, permitindo que se diga que o primeiro mês inteiramente invernal é de fato um mês de temperaturas relativamente baixas na grande maioria das capitais brasileiras.

A heterogeneidade dos resultados a respeito da temperatura do ar em âmbito nacional reflete algumas diferenças regionais significativas. Na região Norte, por exemplo, o trimestre SON foi o mais quente em três das sete capitais. Analisando os meses separadamente, outubro apareceu como um dos três meses mais quentes do ano em seis capitais. Por sua vez, os trimestres JFM e JJA apareceram como os mais frios em três das sete capitais. (Vale aqui ressaltar que em dois dos três casos envolvendo o trimestre JFM, o ‘frio’ registrado coincidiu parcial ou inteiramente com a estação mais chuvosa; o terceiro caso foi Macapá, capital situada no hemisfério Norte, onde o trimestre JFM já não corresponde ao verão, mas sim ao inverno.) Os meses mais frequentes nas computações foram junho e julho, ambos registrados como um dos três meses mais frios do ano em quatro capitais.

5.1. Resultado mais comum: julho é o mês mais frio.

No Nordeste, o trimestre JFM foi o mais quente em seis das nove capitais. Analisando os meses separadamente, janeiro apareceu como um dos três meses mais quentes do ano em sete capitais. Por sua vez, o trimestre JJA foi o mais frio em quatro capitais, enquanto julho foi um dos três meses mais frios do ano em sete das nove capitais.

No Sudeste, o trimestre JFM foi o mais quente em todas as quatro capitais. Os meses de janeiro, fevereiro e março foram registrados como os três meses mais quentes do ano nas quatro. Por sua vez, o trimestre JJA foi o mais frio em três capitais, enquanto junho e julho foram registrados como dois dos três meses mais frios do ano em três capitais.

No Sul, o trimestre JFM foi o mais quente em duas das três capitais. Os meses de janeiro e fevereiro foram os mais frequentes nas computações, aparecendo como dois dos três meses mais quentes do ano em duas capitais. O trimestre JJA foi o mais frio do ano nas três capitais, de modo que os meses de junho, julho e agosto foram registrados como os três meses mais frios do ano em todas elas.

No Centro-Oeste, o trimestre SON foi o mais quente do ano em duas das quatro capitais. Os meses de outubro e novembro foram os mais frequentes nas computações, aparecendo como dois dos três meses mais quentes do ano em três capitais. Por sua vez, o trimestre MJJ foi o mais frio do ano nas quatro capitais, de sorte que os meses de maio, junho e julho apareceram como os três meses mais frios do ano em todas as capitais.

Em resumo, levando em consideração o trimestre mais quente do ano, podemos dizer que o país está dividido em duas grandes áreas: a primeira inclui grande parte do Norte e do Centro-Oeste, onde o trimestre mais quente não coincide com o verão; a segunda abrange as regiões Nordeste, Sudeste e Sul. Em compensação, a situação é menos heterogênea quando examinamos o trimestre mais frio do ano. Julho, por exemplo, aparece como um dos três meses mais frios do ano em todas as regiões, ainda que não em todos os estados.

  1. Padrões de sazonalidade pluvial.

Em âmbito nacional, o trimestre DJF foi o mais chuvoso em seis das 27 capitais. Em seguida apareceram NDJ e AMJ, ambos em quatro capitais. Analisando os meses separadamente, janeiro apareceu como um dos três meses mais chuvosos do ano em 13 capitais.

O trimestre JJA foi registrado como o mais seco em 12 das 27 capitais, seguido de OND (em 5 capitais) e SON (4). O mês mais frequente nas computações foi agosto, registrado como um dos três meses mais secos do ano em 15 capitais.

Essa heterogeneidade em escala nacional é, mais uma vez, reflexo de diferenças regionais significativas. Na região Norte, por exemplo, o trimestre DJF foi registrado como o mais chuvoso em três das sete capitais. O mês mais frequente nas computações foi fevereiro, registrado como um dos três meses mais chuvosos do ano em cinco capitais. Por sua vez, JJA apareceu como o trimestre mais seco em três capitais, enquanto julho e agosto apareceram como dois dos três meses mais frios do ano em quatro capitais. Vale registrar que Boa Vista (RR) e Macapá (AP), situadas no hemisfério Norte, exibiram resultados algo destoantes.

6.1. Resultado mais comum: agosto é o mês mais seco.

No Nordeste, o trimestre AMJ foi o mais chuvoso em quatro das 9 capitais. O mês mais frequente nas computações foi maio, registrado como um dos três meses mais chuvosos em sete capitais. Por sua vez, o trimestre OND foi o mais seco em cinco capitais, enquanto outubro apareceu como um dos três meses mais secos do ano em oito capitais.

No Sudeste, o trimestre mais chuvoso variou nas quatro capitais, sendo que os meses mais frequentes nas computações foram dezembro e janeiro, registrados como dois dos três meses mais chuvosos em três capitais. O trimestre JJA foi o mais seco em todas elas, de sorte que os meses de junho, julho e agosto foram registrados como os três meses mais secos do ano nas quatro capitais.

No Sul, o trimestre mais chuvoso variou nas três capitais, sendo que os meses mais frequentes nas computações foram janeiro e fevereiro, registrados como dois dos meses mais chuvosos em duas delas. O trimestre mais seco também variou nas três capitais. Os meses de abril, maio e junho apareceram empatados nas computações como os meses mais secos do ano em duas capitais.

No Centro-Oeste, o trimestre NDJ foi o mais chuvoso em três das quatro capitais. Os meses de dezembro e janeiro apareceram como dois dos três meses mais chuvosos do ano nas quatro capitais. Por sua vez, o trimestre JJA foi o mais seco em todas elas, de modo que os meses de junho, julho e agosto apareceram como os três meses mais secos do ano nas quatro capitais.

  1. Comentários finais.

Em linhas gerais, levando em conta a distribuição da população brasileira em diferentes regiões geográficas [8], podemos concluir o seguinte:

(1) A maioria (> 70%) da população do país (mas não necessariamente a maior parte do território brasileiro) experimenta um verão (JFM) quente e chuvoso. O principal contraste é experimentado pela população do Nordeste, onde o verão também predomina como a estação mais quente, mas não como a mais chuvosa; naquela região é o outono (AMJ) que predomina como a estação mais chuvosa.

(2) A maioria (> 55%) da população do país experimenta um inverno (JAS) frio e seco. Os principais contrastes são experimentados pelas populações do Sul e do Nordeste, principalmente em termos de pluviosidade. No Sul, o outono (AMJ) predomina como a estação mais seca do ano, enquanto no Nordeste a estação mais seca é a primavera (OND).

Em resumo, embora muitos de nós tenhamos o costume de descrever o verão brasileiro como uma estação quente e chuvosa e o inverno, como uma estação fria e seca, tais generalizações devem ser qualificadas em termos regionais. Tal advertência é ainda mais significativa no caso do verão.

As dimensões continentais do país e a sua heterogeneidade física (amplo espectro latitudinal, contraste litoral/interior, particularidades de relevo etc.) tendem a alterar os padrões climáticos que podem ser antecipados com base no conhecimento de variáveis astronômicas (tamanho e forma do planeta, movimento de rotação em torno do Sol etc.).

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Notas.

[*] Versão anterior deste artigo, sob o título ‘Climatologia para jornalistas’, foi publicada no Observatório da Imprensa (edição 709), em 28/8/2012. Para detalhes e informações sobre o livro mais recente do autor, O que é darwinismo (2019), inclusive sobre o modo de aquisição por via postal, faça contato pelo endereço [email protected]. Para conhecer outros livros e artigos, ver aqui.

[1] Para um contraste detalhado entre meteorologia e climatologia, ver Ferreira (2006) e Barry & Chorley (2013).

[2] Para exemplos e detalhes técnicos, ver Ayoade (1986) e Walter (1986).

[3] A resposta correta tem a ver com a inclinação do eixo de rotação do planeta em relação ao plano de translação – para detalhes, ver Costa (2014).

[4] Sobre estações meteorológicas, ver Torres & Machado (2012).

[5] Para detalhes, ver Rede de Estações, no sítio do Inmet.

[6] Ver a matéria ‘A vida na estação meteorológica’, publicada pelo Estado de S. Paulo, em 12/8/2011. Para um exemplo de estação longeva, ver matéria ‘Weather history offers insight into global warming’, publicada pelo The New York Times, em 15/9/2008.

[7] Para uma caracterização dos climas tropicais, ver Ayoade (1986) e Barry & Chorley (2013). Para uma caracterização dos climas brasileiros, ver Nimer (1989).

[8] Em 1/7/2019, a população brasileira totalizava 210,15 milhões de habitantes, assim distribuídos (em milhões): Norte, 18,43; Nordeste, 57,07; Sudeste, 88,37; Sul, 29,98; e Centro-Oeste, 16,3 – para detalhes, ver sítio do IBGE

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Referências citadas.

+ AYOADE, JO. 1986. Introdução à climatologia para os trópicos. SP, Difel.

+ BARRY, RG & CHORLEY, RJ. 2013. Atmosfera, tempo e clima, 9ª ed. Porto Alegre, Artmed.

+ COSTA, FAPL. 2014. Ecologia, evolução & o valor das pequenas coisas, 2ª ed. Viçosa, Edição do autor.

+ FERREIRA, AG. 2006. Meteorologia prática. SP, Oficina de Textos.

+ NIMER, E. 1989. Climatologia do Brasil, 2ª ed. RJ, IBGE.

+ SILVA, SA & LIMA, JSS. 2011. Número de postos pluviométricos necessários para a estimativa da precipitação mensal no estado do Espírito Santo, Brasil. Revista Brasileira de Meteorologia 26: 555-60.

+ TORRES, FTP & MACHADO, PJO. 2012. Introdução à climatologia. SP, Cengage.

+ WALTER, H. 1986. Vegetação e zonas climáticas. SP, EPU & Edusp.

 

Redação

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  1. O que os generais entendem muito bem chama-se “geoengenharia”:

    Italia. Programa TV, novembro de 2018. Tema da entrevista: “Por que o clima enlouqueceu?” O entrevistado, referindo-se à frequência de eventos climáticos catastróficos, falou, falou, falou e no meio da conversa cometeu um lapso: «Estamos bem no meio de uma experimentação planetária, uma experimentação de mudança do clima, da qual não temos a menor idéia dos efeitos de lungo período».

    Dias depois o expert foi procurado telefonicamente para explicar a tal experimentação planetária mas ele saiu pela tangente afirmando desconhecer tais experimentações. E assim livrou-se de levar um pé na bunda e perder o emprego.

    Experimentação planetária (geoengenharia)

    Em agosto de 1996 a USAF concluiu o imponente estudo “AIR FORCE 2005”. Na introdução do capitulo intitulado “WEATHER AS A FORCE MULTIPLIER: Owning the Weather in 2025”, está escrito:

    «Em 2025, as forças aeroespaciais estadunidenses poderão “possuir o controle do tempo atmosférico” capitalizando tecnologias emergentes e concentrando-se no desenvolvimento de tecnologias para serem usadas em aplicações bélicas inéditas como instrumentos para modificar o campo de batalha num modo antes impossível. E’ esforço de alto risco e grande benefício; a modificação do tempo atmosférico põe um dilema semelhante ao do átomo. Alguns segmentos da sociedade serão avêssos a examinar questões como a modificação do clima.» […]

    O estudo é complexo, amplo e aborda técnicas que utilizam o campo eletromagnético para a modificação e domínio da ionosfera visando o controle da comunicação de longa distância (impedir seu uso aos “inimigos”).

    Um dos realizadores e financiadores desse imponente estudo é a Microsoft do Bill Gates (não é coincidência vê-lo hoje como o mais importante financiador da pandemia/vacina covid-19). Outro importante nome é o de Edward Teller, físico que dedicou a vida ao estudo e realização de armas de destruição em massa e em 1996 passou para o time “ambientalista”, integrando o grupo de estudo da USAF. Nesse âmbito ele publicou vários estudos como o “Global Warming and Ice Ages: Prospects for Physics-Based Modulation of Global Change” (1996) onde descreve nos mínimos detalhes as técnicas de aplicação do SRM (Solar Radiation Management); e o “Active Climate Stabilization: Practical Physics-Based Approaches to Prevention of Climate Change” (2002).

    Nesses dois trabalhos Teller propõe o uso de vários tipos de aerosol para aspergir na estratosfera os compostos que produzem difusão da radiação solar com ângulo oportuno, para diminuir a potência solar que atinge a superficie terrestre (conceito do SRM). Diz Teller: «A nossa tecnologia é capaz de compensar variações climáticas, sejam elas provocadas pelo homem ou resultantes de causas naturais, como as atividades solares».

    Para isso Teller propõe duas tecnologias: balões estratosféricos revestidos com película de alumínio que degradando-se no tempo espalha-se no ambiente criando o efeito albedo (luz solar refletida da Terra). Teller estabelece que a quantidade necessária de alumínio disperso no ambiente deve ser na ordem de 20 mil toneladas/ano. Em alternativa ele sugere o enxôfre na ordem de 700 mil toneladas/ano.

    A guerra do Pentágono / deep state (Amazon, Silicon Valley, Tesla, etc.) contra tudo e todos está em curso faz tempo mas agora escalou e assumiu perfil inédito envolvendo tudo o que existe na crosta terrestre.

    A edição italiana da revista Science de março de 2017 na seção TODAY, publicou o artigo: “Clima enlouquecido, cientistas alarmados: a Terra se aquece mais rápido do previsto: os oceanos se aquecem com uma rapidez de cerca 13% superior do previsto e esse aquecimento procede de modo acelerado. Outono e primavera não existem mais.” Outro artigo da mesma edição: “Ursos polares reduzidos de 1/3 nos últimos 35 anos”.

    O cidadão mais atento nota e observa inquieto toda uma série ocorrências ao seu redor e põe legítimas interrogações.
    E’ nesse momento que aparecem os “especialistas”. O Dr. Ken Caldeira (o sobrenome já é um programa), outro inglês que a curriola dele considera o guru da geoengenharia, escreveu em 2006 um artigo com o titulo: «Quantificando o consenso de experts contra a existência do SLAP» (acrônimo inventado por ele para Secret Large-scale Atmospheric Spraying Program). Dias depois da publicação desse artigo que não passava de simples sondagem de opinião, a imprensa presstituta internacional estrila aos quatro ventos para tranquilizar todos aqueles que Caldeira considera como complotistas teóricos do SLAP : a opinião pública mundial. — NEW YORK TIMES: «Scientists Just Say No to “Chemtrails Conspiracy Theory».

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