Jornal GGN – A USP continua sendo a pedra no sapato do governo de Geraldo Alckmin. À ‘falência’ anunciada por professores, funcionários, alunos e colaboradores, soma-se a sindicância que tem por fim apontar os responsáveis. A Folha, traz reportagem com afirmações de que a sindicância aponta ex-reitor como responsável por ampliar as despesas sem consultar conselho. O ex-reitor é João Grandino Rodas, ficou no cargo entre 2010 e 2013, e consta da sindicância um comprometimento recorde de 105,5% para 2014.
A matéria, no entanto, não aborda a questão dos recursos que alimentam o orçamento da USP, alvo de denúncias por parte de professores e alunos, que colocam para Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo, a responsabilidade sobre a situação da universidade. Segundo eles, o governo do Estado não repassou à USP a fatia de ICMS que lhe cabe por direito.
Leia a matéria sobre da Folha sobre a sindicância em torno da gestão Rodas.
da Folha
Sem aval, USP aumentou gastos com funcionários
Sindicância aponta que ex-reitor ampliou despesas sem consultar conselho
Regimento prevê que conselho delibere sobre política salarial; órgão não teve acesso a etapas do plano de carreira
THAIS BILENKY
DE SÃO PAULO
Sindicância instaurada pela USP apurou que o ex-reitor João Grandino Rodas (2010-2013) autorizou aumentos de gastos com recursos humanos sem consentimento do Conselho Universitário.
O regimento geral da instituição estabelece que cabe ao conselho “deliberar sobre a política salarial do pessoal docente e dos servidores não docentes, ouvida a Comissão de Orçamento e Patrimônio”.
A Folha teve acesso a documentos examinados pela comissão sindicante designada a apurar as causas da maior crise da USP desde 1989, quando obteve autonomia financeira. Em 2014, a fatia do orçamento comprometida com pessoal bate o índice recorde de 105,5%.
PLANO DE CARREIRA
De 2009 a 2013, os repasses do Estado para a USP cresceram 51% (de R$ 2,89 bilhões para R$ 4,36 bilhões), ao passo que as despesas com pessoal subiram 83% (de R$ 2,37 bilhões para R$ 4,35 bilhões).
Em andamento, a sindicância aponta a implantação do plano de carreira dos servidores como responsável por parcela expressiva desses gastos.
Em maio de 2011, ao aprovar a nova carreira, o Conselho Universitário estimava que o comprometimento do orçamento com pessoal passaria de 78,5% para 82,36%.
Como as diretrizes daquele ano previam que a folha comprometeria 80% do orçamento, as sobras seriam pagas pela reserva da USP.
O impacto na folha de pagamento foi de 7,2%, apontam os documentos examinados pela sindicância.
Em novembro, no entanto, foi necessária nova etapa de implantação, com impacto de 6%. No ano seguinte, foram feitas duas movimentações de carreira que geraram impactos semelhantes aos da segunda etapa.
De acordo com a sindicância, nenhuma dessas despesas adicionais foi prevista pela reitoria ou submetida ao Conselho Universitário.
PRÊMIO DE EXCELÊNCIA
No final de 2012, os gastos com pessoal representavam mais de 95% do orçamento da USP, enquanto a previsão era de 85%. Ainda assim, Rodas concedeu prêmio de excelência de R$ 6.000 aos quase 23 mil servidores e professores. Teria tomado a decisão sem aval do Conselho Universitário, segundo a sindicância.
A resolução n° 5.483, de 2008, estabelece que o prêmio só pode ser concedido se houver “disponibilidade orçamentária/financeira” de acordo com o orçamento aprovado pelo conselho.
Ainda em 2012, a concessão de vale-refeição, de 2.000 beneficiários, passou a abranger 22 mil pessoas. Além disso, o auxílio-alimentação foi reajustado.
Como resultado, entre 2009 e 2013 houve aumento de 251% nessa rubrica (R$ 242 milhões a mais), conforme aponta a sindicância.
Em 2013, o comprometimento do orçamento da USP com a folha de pagamentos chegou a 100%, a despeito da diretriz orçamentária aprovada, que previa 92,8%.
O atual reitor, Marco Antonio Zago, disse que não se manifestará até receber o relatório final da sindicância.
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outros tempos, … outras atitudes do governo ….
Nos tempos em que só a elite frequentava a USP, … não faltavam verbas, os professores eram bem remunerados e reconhecidos internacionalmente, …
É que agora tem muito pobre lá, … então os tucas vão diminuir a grana até ela morrer, … devagarzinho….
Depois privatiza, já que não
Depois privatiza, já que não funciona.
Mas os tucanos são ótimos
Mas os tucanos são ótimos administradores e sempre escolhem os melhores administradores, só pode ser mentira o que se escreve sobre a atual situação da USP. Por lá não existe problema. O jornal deve ter passado para o outro lado.
É o PSDB acabando com o
É o PSDB acabando com o Estado de são Paulo, cujo governador pode ser reeleito em 1º turno. Ainda há pouco eu reclamava que os moradores de Brasília não pensam antes de dar o seu voto, ou futuro voto p/ o ex Governador Arruda, filmado recebendo contribuição p/ os Panetones do final do ano. E os paulistas ? Será que desconhecem que o Alckmin está acabando com as outroras excelentes USP, UNICAMP, Sta Casa, e o abastecimento de água no estado, além da corrupção no metrô, Pinheirinho, etc, etc.
Perguntar não ofende…
Quer dizer que a Folha “sabe” da conclusão da sindicância antes de seu término?
Isso cheira a trololó.
Se não houve “consentimento”, só consultando as atas do Conselho Universitário de 2010, 2011 e 2012. E o que se sabe é que os orçamentos foram aprovados e referendados pelo Conselho Universitário.
Acontece que o Conselho Universitário é composto por diretores de unidades, de museus, pró-reitores e, claro, o reitor é quem preside.
Além disso, o plano de carreira foi discutido internamente, nas unidades, autorizado e homogado localmente os seus resultados. Em caso de “distorções”, foram enviados para serem revistos por parte dos “recursos humanos”.
Essa notícia tem algumas funções: livrar a cara de diretores irresponsáveis e mudos; recriar atmosfera de “alívio” ao Conselho Universitário e melhorar as relações com as unidades (por causa da greve, em franca ruptura). Para que Zago tenha êxito em sua empreitada não restam dúvidas: ele está “aliviando” desde o início com os docentes (vejam como é o tratamento desigual dado para professores e para funcionários administrativos).
Com tanto “macaco velho” há anos na máquina burocrática da USP, quer dizer que ninguém percebeu a coisa acontecendo?
Tem que parar de passar a mão na cabeça de quem sacaneia.