Estudantes da Unicamp que se beneficiaram de programa de inclusão têm desempenho igual ou melhor aos demais

do Blog de Stanilaw Calandreli no Brasilianas.org

Um programa de inclusão da Universidade de Campinas (a Unicamp, mantida pelo governo do estado de São Paulo), que facilita a minorias o acesso aos campi da universidade, constata que o desempenho desses estudantes é igual ou superior ao dos demais, embora seja inferior no momento do ingresso.

O resultado, aferido por estudo comparativo, é similar ao alcançado com os programas de cotas do governo federal, de acordo com matéria da Agência Estado reproduzida abaixo. O Jornal GGN pergunta aos leitores: você é a favor de programas voltados ao ingresso de minorias das universidades públicas?
 

 

Unicamp: nota de alunos com bônus é igual à dos demais

Ricardo Brandt

 

Um estudo da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) mostrou que os alunos que ingressaram na universidade por meio do Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (Paais), que concede pontuações extras para alunos que cursaram a rede pública de ensino ou que se declararam pretos, pardos ou indígenas, tiveram desempenho igual ou superior aos alunos que ingressaram na faculdade pelas vias tradicionais.

Foram avaliados os desempenhos de estudantes de sete áreas – artes, biológicas, exatas, engenharia, humanas, medicina e tecnológicas – e, em todos os casos de ingressos de alunos pelo programa de 2005 até 2008, as notas dos estudantes foram mais baixas que os demais estudantes no começo do curso, mas melhorando significativamente ao longo da graduação – em muitos casos, com ultrapassagem de coeficiente acadêmico.

No caso específico de medicina, por exemplo – que tem a maior relação de candidato por vaga –, das quatro turmas avaliadas, 347 alunos entraram pelo vestibular tradicional, sem os bônus do programa, e 93 ingressaram por meio do Paais. Os universitários aprovados com auxílio do programa tiveram nota média de 644 no vestibular, contra 667 dos que não usaram o benefício. Ao final do curso, no entanto, o coeficiente de rendimento dos alunos do Paais foi 7,8 e dos demais, 7,7.

O resultado foi similar no curso de engenharia. “Os resultados mostram claramente o sucesso do Paais em fazer a inclusão com manutenção da qualidade dos estudantes e dos profissionais formados. Ficou estatisticamente demonstrado que os alunos se saíram muito bem nos cursos e concluíram nas mesmas condições dos não beneficiados, talvez até com ganho de qualidade”, afirma o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge.

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Veja o artigo original, no Brasilianas.org.

Redação

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