MEC libera R$ 1,1 bilhão para federais e instituições federais

Montante corresponde ao que permanecia congelado para as instituições; Pasta diz que valor é fruto de remanejamento orçamentário

Foto: Marcos Corrêa/PR

Jornal GGN – O governo Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (18) a liberação de R$ 1,1 bilhão para universidades e instituições federais. Em abril, o ministro da Educação, Abraham Weintraub havia noticiado o contingenciou 30% do orçamento discricionário do MEC. A medida atingiu cerca de R$ 2 bilhões das instituições de ensino e pesquisa.

A contenção de recursos na Educação gerou uma série de protestos em várias cidades do país contra a gestão Bolsonaro. No dia 30 de setembro, a pasta liberou outros R$ 1,2 bilhão às universidades e institutos federais. Portanto, o anúncio da nova liberação coloca em dia os recursos que já estavam previstos para o orçamento discricionário das instituições para o ano de 2019.

Segundo o anúncio realizado hoje, dos R$ 1,1 bilhão liberados, R$ 771 milhões são para as universidades e R$ 336 milhões para os institutos. O MEC, entretanto, não informou de onde foram retirados os recursos. Estranhamente, os R$ 2,9 bilhões congelados desde abril pertencentes à pasta continuam contingenciados.

“Estamos realocando recursos que estavam liberados em outras áreas para poder liberar aqui para as universidades e institutos”, explicou o secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel sem dar mais detalhes.

Na segunda-feira (14), o governo havia anunciado a liberação de R$ 7,3 bilhões para outros órgãos e ministérios, não contemplando o MEC.

Administrando crises

Em dez meses de governo, é possível dizer que Bolsonaro esteja no momento mais delicado por conta da crise envolvendo o PSL, enfraquecendo sua relação com o Congresso.

Na semana passada, gestores das universidades públicas deram um sinal de alerta afirmando que, mesmo após a liberação dos recursos de 30 de setembro, o orçamento não seria capaz de cobrir as despesas até o final do ano.

Logo, é possível que a liberação de recursos à Educação seja uma forma de o Planalto evitar uma nova frente de protestos, o que ampliaria a crise dentro do governo Bolsonaro.

*Com informações do UOL

Redação

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