O acesso à educação universitária como direito fundamental

Educação superior pública: em busca do direito

Por Soraya Smaili, reitora da Universidade Federal de São Paulo

A realização do Fórum em Defesa da Educação Pública pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) trouxe mais um debate interessante e fundamental, o da Educação como direito. É certo que, como assegura a Constituição, a Educação é um direito do cidadão e um dever do Estado. Todos deveriam ter a oportunidade de acessá-la e ao mesmo tempo de receber uma educação de qualidade. Apesar de verificarmos, nos últimos anos, um aumento das possibilidades de acesso, isso não se traduziu em melhoria de qualidade ou de acesso democrático. Por isso, a defesa do aumento nos investimentos em Educação, em especial a Educação Pública, é tão premente e necessária. De fato, é a Educação que universaliza e cria isonomia de condições, independente da classe social.

Se para a Educação básica e fundamental, há o que fazer para garantir o acesso a todas as crianças em idade escolar, a situação na Educação Superior é mais difícil. Isso porque ela ainda não é considerada um direito e a garantia de acesso a todos os jovens entre 18-24 anos precisa caminhar rapidamente para ser alcançada. Ao contrário, o que verificamos mais recentemente, tem sido um ataque ao pensamento crítico, que é a base da universidade. Esse aspecto se agrava com a inclusão da educação como parte do acordo internacional do comércio, onde a Educação Superior passou a ser considerada um serviço.

Aqui está algo que deveríamos nos perguntar e refletir: a Educação Superior deve ser um bem de consumo ou uma prestação de serviço por empresas privadas e com fins lucrativos. Porém, o que vemos são fusões de empresas de capital externo e interno, conglomerados educacionais que compram faculdades todos os dias. Um dado alarmante desse crescimento é que os três maiores grupos privados de ensino, detêm mais de 2 milhões de estudantes em nível superior.

Por isso, queremos não só a defesa da Educação Pública. Queremos também a consolidação e expansão do nosso projeto de Educação Superior Pública que hoje atende 1,1 milhão nas Universidades, mais de 2 milhões no ensino técnico e tecnológico, mas que poderá atender muito mais.

Justamente porque queremos consolidar e crescer, realizamos o Fórum em Defesa da Educação Superior Pública, que reuniu excelentes especialistas e um debate aprofundado. Aprovamos um manifesto que passou a receber assinaturas de entidades, reitores, parlamentares e intelectuais preocupados com a continuidade da universidade pública e de qualidade. O objetivo é apenas e tão somente um: unir forças para alcançar uma universidade acessível e com padrão de qualidade aos jovens que queiram adentrá-la.

Por isso, lançamos um Manifesto em Defesa da Educação Superior Pública que está agora  sendo enviado aos Ministérios e governos Estaduais e Municipais, com um apelo: que não tenhamos cortes na Educação, pois Educação não combina com ajuste fiscal. O manifesto aceita adesões pelo email [email protected] . Esperamos que este seja o início de um Fórum permanente de valorização da Educação Pública e que a universidade cumpra o seu papel em prol da sociedade.

Manifesto no dia 27 de Abril

Manifesto em defesa da educação pública

Contra os cortes no orçamento e por mais verbas para a educação

Com a Constituição Federal de 1988, foram determinados alguns princípios fundamentais para a educação nacional, tais como a gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, para todos os níveis; a perspectiva de obrigatoriedade para o Ensino Médio e o atendimento às crianças de 0 a 6 anos na educação infantil. Do ponto de vista do financiamento, foi estabelecida uma política de fundos para a educação básica – inicialmente, com o Fundef, e, atualmente, com o Fundeb -, tendo sido vinculados constitucionalmente recursos para a viabilização de tal política. Do ponto de vista do atendimento, a educação básica avançou nos últimos anos, ainda que não tenha alcançado a universalização e nem superado as desigualdades regionais. Um dado digno de nota é que 83% do total das matrículas para este nível de ensino ocorreram na rede pública (dados de 2013).

Do ponto de vista da qualidade, ainda há muito a avançar, por isso, continuamos alinhados à luta histórica por mais recursos, defendendo o cumprimento imediato dos 10% do PIB para a educação pública.

Em relação ao ensino superior público, houve, na última década, um movimento de expansão, iniciado, em 2003, e estendido, em 2007, com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). No entanto, cinco anos depois, em 2012, o atendimento público em nível superior continuou tímido: dos 7,2 milhões de alunos matriculados em cursos de graduação, 73,4% estavam em instituições privadas; 15,2% em federais, 8,8% em estaduais e 2,6% em municipais.

Os desafios da democratização do acesso à educação superior de qualidade ainda estão longe de serem alcançados. Uma das metas do atual Plano Nacional de Educação é a de elevar a taxa de matrícula para 33% da população de 18 a 24 anos e assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% das novas matrículas, no segmento público. Para além da expansão quantitativa, é fundamental a defesa da qualidade do ensino superior, assim como a garantia de recursos adicionais de custeio proporcionais à expansão já alcançada, ampliando ações afirmativas e de assistência estudantil.

Infelizmente, entre 2013 e 2014, houve um ponto de inflexão nas políticas do governo federal  para a educação superior pública, com o fim do Programa Reuni e a ausência de novas diretrizes para a consolidação e expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Concomitantemente, houve a criação ou ampliação de programas de incentivo ao ensino privado, tais como o Programa Universidade para Todos(Prouni), o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e a alteração e flexibilização das regras do Fundo do Financiamento Estudantil(Fies). Para efeito de comparação no orçamento de 2015, somente para empréstimos do Fies, estão previstos R$ 15 bilhões e o orçamento de custeio básico de todas as universidades federais do país, em 2014, foi muito inferior, de R$ 2,4 bilhões.

Em 2015, as dificuldades na aprovação do orçamento no Congresso Nacional e a política de ajuste das contas públicas do governo federal produziram uma redução na liberação de recursos para as IFES, o que prejudicou o desenvolvimento adequado das atividades básicas de ensino, pesquisa e extensão.

As universidades públicas, entre elas as federais, são as principais responsáveis pela produção de conhecimento no Brasil. Desempenham um papel chave no debate de ideias, na discussão pública e na formação democrática dos jovens estudantes. Ocupam, por isso, um lugar de destaque no desenvolvimento do país e na vida da população.

Nesse contexto, ganha importância estratégica a definição de uma política de Estado que permita o fortalecimento da educação como um todo, e em particular a consolidação e a expansão das IFES no país, estabelecendo metas e prazos e, fundamentalmente, com compromisso por parte do governo federal de garantir os recursos humanos e financeiros necessários ao cumprimento dessa política. Nos colocamos a disposição para atingir o objetivo de transformar o Brasil em “Pátria educadora”.

Precisamos, portanto, que o governo federal:

– Libere urgentemente e sem cortes o orçamento do MEC de 2015

– Acelere a aplicação dos 10% do PIB na educação pública

– Defina uma política de Estado sobre consolidação e expansão com qualidade do ensino público superior

– Aumente as verbas para a pesquisa científica, tecnológica e em humanidades

– Encaminhe, e lute pela aprovação junto ao Congresso Nacional, uma proposta de criação de novas vagas para professores e técnicos administrativos em educação

– Garanta auxílios e assistência estudantil com ampliação das verbas do PNAES e de outras políticas de assistência

ASSINATURAS*

REITORES :

Profa. Soraya Smaili – Reitora da Universidade Federal de São Paulo

Prof. Carlos A. Levi da Conceição – Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Prof. Jaime Ramires – Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais

Prof. Elmiro Santos Resende – Reitor da Universidade Federal de Uberlândia

Prof. Ivan Marques de Toledo Camargo – Reitor da Universidade de Brasília

Profa. Célia Maria S. Correa Oliveira – Reitora da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Prof. João Carlos Salles – Reitor da Universidade Federal da Bahia

Prof. Naomar de Almeida Filho – Reitor da Universidade do Sul da Bahia

Profa. Margareth F. Melo Diniz – Reitora da Universidade Federal da Paraíba

Prof. Dagoberto Alves de Almeida – Reitor da Universidade Federal de Itajubá

Prof. José Edilson de Amorim – Reitor da Universidade Federal de Campina Grande

Prof. Carlos Edilson de Almeida Maneschy – Reitor da Universidade Federal do Pará

Prof. Natalino Salgado Filho – Reitor da Universidade Federal do Maranhão

Prof. Eduardo A. Modena – Reitor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo

PARLAMENTARES E PREFEITURAS:

Jorge Lapas – Prefeito de Osasco (pela Frente de Prefeitos para o Desenvolvimento da Unifesp)

Lauro Michels – Prefeito de Diadema

Arnaldo Faria de Sá – Deputado Federal

Ivan Valente – Deputado Federal

Paulo Texeira – Deputado Federal

Carlos Giannazi – Deputado Estadual

(novas adesões em andamento)

ENTIDADES E GRUPOS DA EDUCAÇÃO:

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

Ação Educativa

Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP)

Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (Abepss)

Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca)

Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped)

Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG)

Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope)

Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Centro de Cultura Luiz Freire

Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará

Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec)

Centro de Estudos Educação e Sociedade (CEDES)

Fórum de Educação Infantil do Ceará (FEIC)

Programa de Direito à Educação, ActionAid Brasil

Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE)

Alfabetização, Leitura e Escrita (ALLE – Unicamp)

Grupo de Estudos de Gênero, Educação e Cultura Sexual (EdGES – USP)

Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação (GREPPE – Unicamp)

Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente – GESTRADO

Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais da Faculdade de Educação da UFMG

Núcleo de Estudos do Trabalho, Saúde e Subjetividade (Educação – Unicamp)

DIRETORES DE CAMPUS DA UNIFESP:

Profa. Rosana Puccini – Diretora do Campus São Paulo/Unifesp

Profa. Regina Spadari – Diretora do Campus Baixada Santista/Unifesp

Prof. João Alexandrino – Diretor do Campus Diadema/Unifesp

Prof. Daniel Arias Vazquez – Diretor do Campus Guarulhos/Unifesp

Prof. Luiz Leduíno – Diretor do Campus São José dos Campos/Unifesp

Prof. Murilo Leal Pereira Neto – Diretor do Campus Osasco/Unifesp

PRÓ-REITORES DA UNIFESP:

Profa. Andrea Rabinovici – Pró-reitoria de Assuntos Estudantis

Profa. Aparecida Tanaka – Pró-reitoria de Administração

Profa. Conceição da Silva O’Hara – Pró-reitoria de Assuntos Estudantis

Profa. Débora Scerni Amado – Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Prof. Esper Abrão Cavalheiro – Pró-reitoria de Planejamento

Profa. Florianita Coelho Braga Campos – Pró-reitoria de Extensão

Profa. Jacqueline Luz – Pró-reitoria de Graduação

Profa. Maria Angélica Minhoto – Pró-reitoria de Graduação

Profa. Maria Lucia O. Souza-Formigoni – Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Prof. Murched Taha – Pró-reitoria de Gestão com Pessoas

Prof. Pedro Fiori Arantes – Pró-reitoria de Planejamento

Profa. Raquel Furuie – Pró-reitoria de Extensão

Profa. Rosemarie Andreazza – Pró-reitoria de Gestão com Pessoas

INTELECTUAIS E PROFESSORES:

Prof. Daniel Cara – Coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

Prof. Elisaldo Carlini – Universidade Federal de São Paulo

Prof. Franklin Leopoldo e Silva – Universidade de São Paulo

Profa. Helena Nader – Universidade Federal de São Paulo

Prof. José Arbex Jr. – Pontifícia Universidade Católica – SP

Profa. Lisete Arelaro – Universidade de São Paulo

Profa. Marilena Chauí – Universidade de São Paulo

Prof. Mauro Iasi – Universidade Federal do Rio de Janeiro

Profa. Olgária Matos – Universidade Federal de São Paulo

Prof. Plínio de Arruda Sampaio Jr. – Universidade Estadual de Campinas

Prof. Ricardo Antunes – Universidade Estadual de Campinas

Prof. Ruy Braga – Universidade de São Paulo

Prof. Valério Arcary – Instituto Federal de São Paulo

Profa. Zilda Márcia Grícoli Iokoi – Universidade de São Paulo

Profa. Ana Maria Tancredi Carvalho – Universidade Federal do Pará

Profa. Analise de Jesus da Silva – Universidade Federal de Minas Gerais

Profa. Andréa Almeida Torres – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Andréa Caldas – Universidade Federal do Paraná

Prof. Antonio Miguel –Universidade Estadual de Campinas

Prof. Carlos Lopes – Universidade de Brasília

Profa. Carmenisia Jacobina Aires – Universidade de Brasília

Profa. Claudia Massei Nogueira – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Cláudia Pereira Vianna – Universidade de São Paulo

Prof. Cleverson Suzart Silva – Universidade Federal da Bahia

Profa. Danielle Xabregas Pamplona Nogueira – Universidade de Brasília

Prof. Décio Semensatto Jr. – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Edvania Ângela de Souza Lourenço – Universidade Estadual Paulista

Profa. Francisca Maciel – Universidade Federal de Minas Gerais

Prof. Francisco José Lima Sales – Universidade Federal do Ceará

Prof. Geraldo Magela Pereira Leão – Universidade Federal de Minas Gerais

Prof. Gilberto Aparecido Damiano – Universidade Federal de São João Del-Rei

Profa. Girlene Ribeiro de Jesus – Universidade de Brasília

Prof. Idevaldo Bodião – Universidade Federal do Ceará

Profa. Iria Brzezinski – Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Profa. Isabel M. Hartmann de Quadros – Universidade Federal de São Paulo

Prof. Jarbas José Cardoso – Universidade do Estado de Santa Catarina

Prof. Javier Amadeo – Universidade Federal de São Paulo

Prof. João Ferreira de Oliveira – Universidade Federal de Goiás

Prof. João Valdir Alves de Souza – Universidade Federal de Minas Gerais

Prof. José Fernando Siqueira da Silva – Universidade Federal de São Paulo

Prof. José Vieira de Souza – Universidade de Brasília

Profa. Josebel Akel Fares – Universidade do Estado do Pará

Profa. Karine Nunes de Moraes – Universidade Federal de Goiás

Profa. Kátia Augusta Curado Pinheiro Cordeiro da Silva– Universidade de Brasília

Profa. Leda Scheibe – Universidade Federal de Santa Catarina

Profa Liége Maria Sitja Fornari – Universidade do Estado da Bahia

Profa. Luciana Maria Cavalcante Melo – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Luciane Pezzato – Universidade Federal de São Paulo

Prof. Marcelo Roman – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Margarita V. Rodríguez – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Profa. Maria Augusta Peixoto – Universidade Federal de Goiás

Profa. Maria Christina W. Avellar – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Maria José Fernandes – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Maria Liduina de Oliveira e Silva – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Marília Pinto de Carvalho – Universidade de São Paulo

Prof. Mauricio Lorenção – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Miriam Fábia Alves – Universidade Federal de Goiás

Profa. Nara Maria Pimentel – Universidade de Brasília

Prof. Ocimar Alavarse – Universidade de São Paulo

Profa. Olgamir Carvalho – Universidade de Brasília

Prof. Pedro Athayde – Universidade de Brasília

Profa. Raiane Patricio Severino Assunção – Universidade Federal de São Paulo

Prof. Raimundo Luiz Araújo – Universidade de Brasília

Profa. Ranilce M. Guimarães Iosif – Universidade Católica de Brasília

Profa. Raquel Almeida de Moraes – Universidade de Brasília

Profa. Raquel Santos Sant’ana – Universidade Estadual Paulista

Profa. Regina Célia Campos – Universidade Federal de Minas Gerais

Prof. Rodrigo Pereira – Universidade de Brasília

Prof. Rodrigo Teixeira – Universidade Federal Fluminense

Profa. Rosilda Mendes – Universidade Federal de São Paulo

Prof. Sebastião de Souza Lemes – Universidade Estadual Paulista

Prof. Segen Farid Estefen – Universidade Federal do Rio de Janeiro

Profa. Selma Venco – Universidade Estadual de Campinas

Profa. Shirleide Silva Cruz – Universidade de Brasília

Prof. Sidnei Cassetto – Universidade Federal de São Paulo

Profa. Simone Lisniowski – Universidade de Brasília

Profa. Terezinha Oliveira – Universidade Estadual de Maringá

Profa. Theresa Adrião – Universidade Estadual de Campinas

Profa. Vera Lúcia Bazzo – Universidade Federal de Santa Catarina

*Assinaturas em construção. Manifesto permanecerá aberto a adesões pelo email [email protected]

Redação

27 Comentários

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  1. Não é uma boa idéia.
    Está
    Não é uma boa idéia.
    Está idéia estapafúrdia vem do conceito errado que basta se formar para ser “rico”.
    Mas ao observar países RICOS percebes com facilidade que o que garante a RENDA é o salário mínimo para trabalhos técnicos.
    Por técnico entenda NÃO universitário.

    Uma vendedora de loja precisa ser formada em que? Na Suécia ganham o mesmo salário de um cirurgião.
    É cirurgião aquele que quer ser. Não por dinheiro.

    Este “DIREITO” está sendo posto pelo dinheiro.
    E tem mais, na.lista do Abaixo assinado não vi qualquer menção a direito de acesos!

      1. O mesmo não mas tem

        O mesmo não mas tem aproximadamente a mesma renda…moram no mesmo prédio…frequentam os mesmos lugares.

        Um cirurguão ganha 30% a mais que um balconista.

        A fonte é a GloboNews. Não sei como passou isso por lá. Alguém deu mole porque países nórdicos são tabu por estas bandas.

         

        Mas SE eu provar que É ASSIM, vc vai concordar comigo ou vem com outra ainda?

         

        1. Venho com outras…

          Mesmo porque, ainda que você se prove, já se desmentiu: já disse que um cirurgião ganha 30% a mais que uma balconista…

          1. O que eu quis dizer é que

            O que eu quis dizer é que possuem a mesma faixa de renda.

             

            Mas se vc quer fingir que ganhou, tudo bem. Já vi desonestidades intelectuais muito maiores que esta sua e isso não me espanta mais.

            Vc venceu, sendo desonesto, parabéns!

          2. Ô, troll, presta atenção…

            Você tá defendendo a Suécia, sua paixão, e lá a educação superior é gratuita, pro filho do médico e do balconista – que segundo você ganham na mesma “faixa de renda”…

            Deixa de pensar como troll que isso tá atacando o teu próprio argumento!

            (Por fim, quem me proclamou vencedor, com toda a minha desonestidade intelectual, foi você!)

  2. Isso NÃO exuste em nenhum

    Isso NÃO exuste em nenhum Pais do mundo. Educação superior NÃO é  um direito,  é um serviço que custa caro e quem quiser tem que pagar, a maioria da população em qualquer lugar NÂO precisa ter educação superior, um balconista de padaria não precisa ter para vender pão tampouco precisa um porteiro de edificio ou um motorista de caminhão.

    Na maioria dos paises educação superior é paga, não é de graça. No Brasil já é uma aberração ter Universidade publica gratuita, no patio dessas escolas se ve grande quantidade de carros novos de alunos, a maioria dos quais é de classe média. O que existe na maioria dos paises é curso caro e bem pago COM bolsas de estudos conferidas sob criterios e regras bem definidas para alunos que não podem pagar, baseada no mérito de notas e avaliação.

    O que tem que ser de graça é EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DE BOA QUALIDADE, extamente o que não é de graça no Brasil.

    1. Isso! Vamos cobrar!

      Aí o filho do rico e do classe média-alta faz faculdade, e o filho do pobre não!

      Tanto que o Andre Motta Araújo escreveu acima: balconistas de padaria e motoristas de caminhão não precisam de diploma. Filho de pobre tem que se contetar com esses empregos mesmo. Onde já se viu filho de pobre querer ser médico, engenheiro, advogado?

      Se quiser que dependa de bolsa, como nos EUA!

      Esse sempre foi o cerne dessa ideia exposta pelo A. Motta Araújo: garantir a exclusividade para os ricos. Eles, os defensores dessa ideia, nunca irão admitir isso, mas a ideia é essa: pobres fora. 

      O resto é discurso ensaiado e chorumela…

       

       

    2. um balconista de padaria não

      um balconista de padaria não precisa ter para vender pão tampouco precisa um porteiro de edificio ou um motorista de caminhão.

      Quanta infelicidade meu Deus! Mesmo assim ainda vale a pena ler o que você escreve.

    3. propostas irrealistas não são construtivas

      Nos EUA, cerca de 80% dos alunos fazem curso superior em escolas públicas, principalmente nos Community Colleges, que oferecem gratuitamente cursos de 2 anos. Os melhores dentre esses alunos costumam receber bolsas para completar sua formação emcursos de 4 anos. Mas só cerca de 15 milhões de estudantes de curso superior americanos, apenas 1,3 milhões estão nas chamadas research universities, que são o que o post chama de universidade de ponta. Isso não impede que os EUA tenham a melhor ciência e melhor tecnologia do mundo. Cito dados de 2008, que tenho à mão, mas os números não devem ter mudado muito. Nenhum país do mundo tem recursos para oferecer ensino superior de ponta a todos os seus cidadãos, seja com fonte estatal ou privada. Nos EUA e em todos os países europeus, os alunos tem uma carga horária de aulas muito menor do que a brasileira. A formação é muito mais baseada no esforço do aluno do que na tutoria do professor, como deve ser qualquer pedagogia para pessoas acima de uns 16 anos. Na Finlândia, país louvado pela qualidade da educação, há boas universidades com 100 alunos por professor, o que seria considerado absurdo no Brasil. Na Universidade Técnica de Berlim, tive contato com um professor que estava dando aulas para uma classe de 800 alunos, em um enorme auditório. Este post é quase uma alucinação.

  3. Acho que o vestibular deveria

    Acho que o vestibular deveria ser abolido e implantado um sistema de sorteios. As pessoas com o minimo de nota em um pre-exame poderiam ter direito a concorrer a esse sorteio.

    Dessa maneira, tiraria se todo esse entrave do vestibular, a classe media pararia de colocar o filho em escolas particulares e tiraria toda essa industria de educacao que se formou no Brasil. O sistema se tornaria mais democratico.

     

  4. O negócia, a moda é empurar

    O negócia, a moda é empurar ao Estado mais “direitos” brasileiros.

    Sabe aqueles “direitos” que não existem em qualquer lugar do mundo? São os “direitos” brasileiros.

    Trânsito em julgado, prisão especial…”direitos” brasileiros.

     

    Se alguém citar UM país do mundo que tenha “direito” semelhante eu mudo de opinião!

    Já viu coisa mais fácil? Não precisa argumentar, só CITE UM!

    Para FINALIZAR, o texto do abaixo assinado NÃO FALA de qualquer DIREITO. Não há qualquer abaixo assinado por direito a acesso a universidade.

    Os ITENS do abaixo assinado estão LSITADOS para quem quiser ler!

  5. Não acho que isso seja bom

    Não acho que isso seja bom para o Brasil.

    A prioridade nossa deve ser o ensino básico. Deveriamos gastar muito mais em ensino básico do que em ensino superior por aluno.

    Ampliação do acesso, aumento de financiamento, tudo isso é bom, mas a prioridade e o foco, a meu ver, devem ser no ensino básico, até a 8 séria, atual nono ano. Em seguinda para o nivel médio, antigo colegial. Só depois, nível universitário.

    Ademais, como o Govenro iria prover vagas universitárias em escolas de ponta para todos ? É impossível, o custo disso seria altíssimo, como já é nas universidades de ponta, aonde a grande maioria que frequente poderia pagar tranquilamente pelo curso.

    O que vem ocorrendo nos últimos anos são os novos bilionários da educação, com suas universidades caça-níqueis crescendo sem parar.

     

     

  6. Farinha pouca, meu pirão primeiro…

    O que a reitora, figurinha carimbada do partidão, faz é quase correto: dá uma no cravo, espinafrando o ensino privado para dar uma, bem levinha, na ferradura, reclamando timidamente da diminuição de verbas públicas, em todos os níveis, diga-se de passagem, principalmente este ano. Não custa lembrar aos mestres que assinam o choro que o FIES também fechou as torneiras este ano. O noma da tragédia se chama Decreto Federal 8.389/2015, nada a ver com as instituições privadas.

    Falando em UNIFESP: reitora, quando o bandeijão da Vila Clementino (Sampa) volta a funcionar? Sim, porque ninguém merece pagar 25 paus por refeição, ao invés dos simbólicos 5 merréis…

  7. Sempre os EUA, sempre os EUA!

    O modelo defendido pelas nossas elites é sempre o dos EUA, onde ensino superior é pago…

    Na Finlândia, o melhor sistema educacional do mundo, é tudo gratuito:

    http://noticias.r7.com/educacao/noticias/com-universidades-entre-as-melhores-do-mundo-finlandia-oferece-ensino-superior-de-graca-a-brasileiros-20131126.html

    Vários países europeus oferecem ensino superior gratuito, como a Suécia, Dinamarca e a Alemanha – que aboliu a cobrança pelo ensino superior na década de 1960, assim como a Irlanda, em 1996/1997 e a Escócia, em 2003:

    http://jpn.up.pt/2005/02/14/as-propinas-na-europa/

    No entanto, no Brasil só se debate e se defende o modelo dos EUA. Ou seja, pobre estudar, não pode!

    1. Vc confunde ser contra tornar

      Vc confunde ser contra tornar o acesso ao TERCEIRO grau direito básico com ser contra ensino gratúito.

      São assuntos diferentes.

      Como disse antes, são assuntos diferentes e, pelo que me parece, vc não percebeu as implicações de tornar o acesso a universidade direito básico.

       

      Outro arguento para vc brincar, se terceito grau garante renda, porque os cubanos são tão pobres? 

      Citei o nome Cuba, agora como fica a situação? Vai deixar o nome Cuba ser usado assim desse jeito?

      1. Use o nome de Cuba como quiser. Problema seu…

        Não sou embaixador de Cuba – e nem dos EUA.

        Você que confunde uma ideia com outra, com esse papo troll de “agora refute”…

    2. Alan, infelizemte no Brasil,

      Alan, infelizemte no Brasil, a educação pública de terceiro grau é financiada pelo País para uma minoria que poderia pagar. Há raras exceções que fogem a esta regras. Se for pegar os cursos de medicina e engenharia, as exceções são ainda mais raras.

      Há muito despedício de dinheiro em grandes campi. Na usp por ex, a refeiçao custa R$ 1,90 há mais de 13 anos. A grande maioria poderia pagar mais do que isso, poderia pagar um valor justo. E exstem bolsas para quem não pode pagar.

      Infelizemnte também não tem como comparar Brasil com Finlandia, em termos de tamanha, população e muito menos renda per capita.

       

       

  8. Eu concordo que ninguém

    Eu concordo que ninguém precisa se formar para ser rico. Mas também ser rico não é e nem deve ser o objetivo final simplesmente porque isso é impossível para todos. A questão da educação superior está no (potencial) aumento de oportunidades. Além disso, o universo universitário traz mais do que um diploma, Alguns podem argumentar que serve como um playgraound esquerdistas, uma espécie de fase infantil antes de encarar a realidade. No entanto, todos devem ter o direito de optar por fazedr uma universidade pública, gratuita e de quialidade, mesmo que seja para vender pães ou dar troco em ônibus. Talvez assim diminuem os casos em que se ouve coisas absurdas como:”bolsonaro é pica! Aff!

    1. No nosso pais um professor de

      No nosso pais um professor de nível básico ganha menos que a grande maioria dos funcionários de nível médio, do judiciário, por ex. Temos que investir mais é na educação básica e não drenar mais dinheiro para o ensino superior.

      1. Daniel, drenar mais dinheiro

        Daniel, drenar mais dinheiro para educação superior? Mas é disso que precisamos para buscar aumentar competitividade tecnológica. Você realmente acha que os recursos à educação superior são “demais”? Se sim creio que você está redondamente enganado. 

        Concordo em relação às resssalvas quanto a qualidade da prestação de serviços e como o comodismo pode negativamente afetar o ímpeto educacional dos magistrados do ensino superior. Mas isso não é a regra. Vivemos um mundo de disputas ferozes por editais com orçamento pífio. Tudo isso para fazer com que a roda continue andando.

        A questão da educação no ensino básico já virou mantra. è óbvio que o professor precisa ser valorizado, mas isso não encobre apenas aumento de salários. MAs ao que parece a disputa é sempre pelo primeiro item de prioridade, caso esse seja atendido o descontentamento tende a arrefecer. 

        A educação precisa de melhores salários, mas de maior investimento em infraestrutura e uma mudança radical no sistema forsdista. Isso é inegável.

        1. Não se aumenta

          Não se aumenta competitividade tecnológica garantindo que todas possam cursar faculdade de ponta e gratuita.. Aliás, duvido muito que exita País que propcie isso, até mesmo os nórdicos.

          Nâo se iludam ninguem tem recursos para isso. Muito menos o Brasil

  9. Esse papo de “ensino fundamental”…

    Isso é conversa mole pra boi dormir.

    Primeiro porque uma coisa não exclui outra. O Governo Federal investe no ensino fundamental, repassando muito dinheiro aos estados e municípios. No ano passado foram 22,3 bilhões para a educação básica, 31,2 bilhões para o FUNDEB e mais 10,8 bilhões para o salário-educação.

    Só nesses 3 programas o Governo Federal repassou 64,3 bilhões de reais para estados e municípios em 2014. Ainda teve mais 2,6 bilhões para a educação profissional e tecnológica. E o ensino superior federal contou com 27,1 bilhões, no mesmo ano de 2014!

    (Os dados são do Portal da Transparência)

    Segundo, porque não é porque o ensino superior é gratuito que o ensino fundamental vai mal, mas sim por causa da falta de investimento e principalmente de planejamento dos estados (a crise da USP é o melhor retrato disso), mas ainda mais dos municípios. 

    Vamos pegar um exemplo, Águas Lindas de Goiás, colado aqui no DF. Em 2013 recebeu 16,4 milhões de FUNDEB, mais 3,1 milhões direto para educação básica e 4,1 milhões de salário-educação. E em 2014 (segundo dados do INEP), no ensino fundamental público, Águas Lindas tinha 20% dos professores sem formação superior. É falta de verba?

    Tanto não é falta de verba (e sim de gestão) que na mesma cidade, na rede privada do ensino fundamental, 50% dos professores tem nível superior, número inferior aos da escola pública.

    1. Concordo com Alan Souza

      Gestão, planejamento, correta distribuição de verbas para prioridades de cada estado etc. e não investir-se mais e melhor apenas no ensino básico.

  10. educação

    A questão da educação é o drama eterno do País.

    A nível federal, o FIES acabou permitindo que muitas “bocas de porco” enriquecessem, mas também houve “auxílios” a nível estadual. Se for analisada a quantidade de  estudantes que fizeram o curso de pedagogia nessas instituições, vai aparecer qual a verdadeira fonte de renda para muitos empresários.

    Antes discutia-se muito se o ensino superior devia ser gratuito, as crítica à USP no nosso Estado eram dominantes, ainda bem que hoje se pensa na ampliação do ensino superior público.

    O que chama a atenção é que algumas regras nem precisariam ser discutidas:  o público deve preponderar sobre o privado, o nacional sobre o internacional, e que a educação realmente não pode ser vista como mercadoria. 

  11. Há diversos assuntos embolados que confundem o debate.

    Como há diversos assuntos embolados que confundem o debate vou introduzir mais um para confundir mais ainda!

    Por incrível que pareça, no Brasil a pressão sobre o ensino de primeiro e de segundo grau começa a diminuir e talvez seja possível em médio prezo, com mais de esforço dar solução para este problema.

    Vocês podem pensar que estou ficando louco, porém não estou, porém como sou engenheiro e gosto de figuras, vou tentar através da evolução da pirâmide etária brasileira explicar rapidamente o meu raciocínio.

    Conforme se vê na distribuição de população por faixas etárias a pressão sobre o ensino do primeiro e segundo grau atingiu o máximo nestes últimos dez anos, e daqui por diante a quantidade de alunos começará a cair violentamente, vejam em 2010 tínhamos uma população de 10 a 19 anos em 2010 de  34.157.632, que era maior do que na década anterior 2000 (27.387.882), por outro lado a população de 0 a 9 anos caiu de 2000 para 2010 de 32.918.055 para 28.765.534 respectivamente.

    Esta tendência é ainda mais notável quando olhamos as faixas de 0 a 4 anos em relação ao tempo. A população de    0 a 4 passa de 16.375.728 para 13.796.159 ou seja cai em 15% em uma década. A medida que estas faixas de menor população chegarem a idades de mais de 19 anos, a queda vai se acentuar ainda mais, podendo em dez a quinze anos chegarmos a uma solicitação de matrículas de primeiro e segundo grau 20% a 30% menor do que os dias atuais.

    Com o aumento da urbanização e com o emprego intensificado do transporte escolar, além de diminuir a quantidade de matrículas poderão ser fechadas uns 10% de escolas no campo, concentrando as crianças na cidade e proporcionando um ensino de melhor qualidade.

    Por outro lado a demanda pelo ensino superior é crescente e será crescente nas próximas décadas, logo por mais incrível que possa parecer, a pressão diminuirá com o tempo permitindo uma melhor remuneração dos professores de 1º e 2º grau e um ensino melhor.

    Vejam, não é tudo aquele inferno que todos pensam, devemos ser otimistas.

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