O projeto “escola sem partido” e as incoerências das direitas

Por Roberto Bitencourt da Silva

Muitos personagens individuais e coletivos têm se manifestado com bastante propriedade acerca do projeto de lei do Senado no. 193, de 2016. De autoria do senador Magno Malta (PR-ES), o projeto é conhecido como “escola sem partido” (1). Trata-se de uma excrescência autoritária e obscurantista.

O projeto legislativo visa suspender a liberdade de pensamento e a autonomia pedagógica no ambiente escolar. O seu próprio nome de “batismo” é destituído de sentido, já que sugere a absurda ideia de que as escolas e as universidades estão sob o controle de partidos políticos, especialmente de esquerda.

Um projeto dessa natureza é que se propõe a partidarizar, direta ou indiretamente, a educação brasileira.

Contudo, um dos aspectos que mais chamam a atenção na retórica e nas iniciativas dos respectivos apoiadores do projeto é, precisamente, o uso irrestrito e abusivo da liberdade de pensamento.

Consiste em um caso curioso no panorama das direitas brasileiras de nossos dias. Sempre ciosas na mobilização de categorias como “mérito” e “competência”, praticamente não se tem notícias de professores que apoiem o tal projeto.

Pelo contrário. Quem conhece o riscado, quem lida cotidianamente com as agruras e limitações envolvidas no processo ensino/aprendizagem da educação brasileira só pode receber as ideias que giram em torno do “escola sem partido” com um misto de preocupação, indignação e surpresa.

Setores religiosos, políticos e jornalísticos convergentes com um imaginário liberal-conservador, senão mesmo fascistóide, estão à frente de tal projeto.

Em regra, tratam-se de estratos da sociedade que desconhecem completamente a realidade escolar nacional. Não raro, envolvem personagens que mal conseguem articular uma frase com clareza. Balbuciam ideias fragmentárias e pretendem dar lições aos educadores.

Caso realmente curioso. Talvez patológico. Explico: entre os aderentes e estimuladores de tal projeto encontram-se não poucos personagens que, até hoje, defendem a ditadura empresarial-militar instalada em 1964.

Nessa mesma ditadura foram adotados livros didáticos para as crianças e os jovens, por anos a fio, que exaltavam conservadores valores relativos à “harmonia”, “coesão” e “integração” social, repudiando qualquer noção de conflito e desigualdades na sociedade.

As diferentes tarefas, especialidades profissionais, saberes e posições sociais “caminhariam juntas”, “unidas” para a “felicidade do país”. Era o que nos diziam muitos daqueles livros. Desse modo, o uso de expressões e de imagens que exploravam os aludidos valores, como o recorrente “cada macaco no seu galho”, eram comuns nas obras destinadas aos estudantes.

Nesse sentido, se grossa parte dos reacionários adeptos do projeto legislativo guardasse alguma coerência trataria de calar-se. Não conhece o assunto. Não possui “mérito”, nem “competência” para falar a respeito da educação. Se coerente, ficaria em seus respectivos “galhos”.

Mas, os princípios das liberdades de expressão e de pensamento valem e atraem a todos. Correspondem a artigos caros a uma sociedade que se pretenda democrática. Mesmo para aqueles sujeitos que não contribuíram para a retomada dessas liberdades em meio e após a ditadura.

Já não bastassem defender a alta concentração de riqueza, propriedade e rendimentos no país, pretendem concentrar também as liberdades apenas para os seus partidários obscurantistas, antinacionais e antipopulares.

Um uso abusivo das liberdades constitucionais consagradas, pois, visa suprimir a natureza intrínseca do magistério, assim como o direito inalienável dos estudantes em exercitarem o pensamento crítico e livre.

Combater as transferências de recursos públicos para o grande capital, nacional e internacional, que tanto promovem desinvestimentos e limitações na escola e na universidade pública, isso os reacionários pregadores das trevas não querem, não é verdade? Nem tocam no assunto.

Roberto Bitencourt da Silva – historiador e cientista político.

Publicado no Diário Liberdade.

Ver e votar: Consulta Pública – PLS 193/2016 – PROJETO DE LEI DO SENADO nº 193 de 2016 –

Autoria Senador Magno Malta, disponível em: http://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=125666

 

 

 

Redação

20 Comentários

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  1. Eh o que eu sempre disse:

    Eh o que eu sempre disse:  nao eh so que a direita eh analfabeta e fala pela bunda.  Eh que eles sao aleijados mentais tambem.

    DESAFIO:  Mostrem nos UM grande pensador de direita brasileira digno de cheirar o xuleh do nosso comentarista Andre Araujo, por exemplo.

    Eles nao existem.

  2. Não existe neutralidade em

    Não existe neutralidade em qualquer campo da natureza humana, e por isso sou contra o projeto.

    Entretanto, há um problema que merece atenção. A maior parte dos professores, por uma questão de formação, transmitem uma educação com orientação esquerdista.

    Eu fui para uma reunião e pais e mestres na escola do meu filho. 90% dos pais eram de direita, e 90% dos professores eram de esquerda. É lógico é óbvio que isso está errado.

    Eu não quero que meu filho seja educado com orientação esquerdista. 

    1. Realmente, tem algo de muito

      Realmente, tem algo de muito errado!

      Como pode haver 10% de educadores de direita?? Não tem mesmo lógica!

      A mesmo que seja uma escola beeeeeeeeeeeeeeem elitizada

    2. Aleandro,
      Respeito tuas

      Aleandro,

      Respeito tuas preocupações e aspirações como pai até mesmo por uma questão de empatia, dado que também tenho uma prole.

      Permita-se, assim, algumas observações. 

      Partindo do princípio que existe mesmo esse viés na escola do teu filho, pergunto:

      1º) Tu tens ciência efetiva do que seria essa “educação esquerdista” visto que se filtra, ou se subtende no teu comentário uma certa aversão à mesma? Por que e em que a orientação esquerdista é assim tão perniciosa? Em que ela é pior ou menor que as demais?

      2º) Pretendes colocar teu filho numa redoma, ou seja, sem assistir TV, acessar a internet, conversar com amigos etc a fim de que não haja contaminação por outros meios considerando inexistir(ainda) uma vacina anti-esquerdismo?

      3º) Poderias, se possível, nos relatar um caso no qual houve tentativa de doutrinação por parte de algum(a) professor(a) do teu filho?

       

       

    3. Já que não quer que seu filho

      Já que não quer que seu filho seja educado com orientação esquerdista, é simples: como estamos em uma economia de livre mercado, é só procurar uma boa escola com orientação de direita. O difícil será encontrar uma ótima escola com professores com visão direitista.

  3. Jamais na história do debate

    Jamais na história do debate político-ideológico foi foi inserido um ESPANTALHO da dimensão desse “Escola sem partido”. 

     

  4. Realmente o que era de se esperar quando existe uma bancada ….

    Realmente o que era de se esperar quando existe uma bancada que se intitula BANCADA EVANGÉLICA.

  5. Escola sem partido já
    Sou totalmente a favor do projeto, da maneira que está a maior função das instituição de ensino publica é manipular os alunos e no final acaba sendo recrutado para partidos políticos da esquerda

    1. De fato, a “escola sem

      De fato, a “escola sem partido” é um conceito primoroso de marking.

      Primeiro, falsamente, insinua que que as escolas públicas brasileiras têm partido, logo deveriam ser “SEM PARTIDO”. Uma grande mentira!!

      Segundo, porque quer combater uma certa “ideologia” com outra “ideologia” – de que é possível viver sem ideologia… outra grande MENTIRA, afinal quem não tem uma ideologia – remete-se a Cazuza!!!

      Terceiro, porque a verdadeira “doutrinação’ deve ser pelo mercado e a “livre iniciativa’ da Televisão. Qualquer crítica a esses canais é idelogia marxista e deve ser eliminado da face da Terra. Tempos díficeis esses do Brasil. Mas isso é uma constante no nosso país (Estado Novo, Ditadura Militar e agora na “Direita volver!”).

      Santo Deus!

      Eu vejo pelos comentários de seus defensores que eles nunca tiveram numa escola partidária (e não sabem nem o que é isso), mas que só ouviram falar que a escola pública é assim, que na escola pública o professor de história é assado.

       

       

  6. lembro com nojo do tal ospb

    lembro com nojo do tal ospb (minúsculo), excretora de irrealidade deformadora daqueles jovens. nunca sofri tanto quanto naquela época em que ficar calado, alheio, era considerado a “menos pior” opção de vida. os de agora são mais obscuro do que aqueles que, à época, por ignorância (principalmente) “adoraram” a morte dos comunistas brasileiros (os mesmo jornalecos de hoje, acrescidos de duas “perceVejas”: o cruzeiro e a manchete) pela “fé, família e tradição”. dizer que 90% dos professores são “esquerdistas” também não corresponde à verdade. A imensa maioria professoral é composta por aqueles que “sobrevivem-social-escolaridade” através da triste vivência, aí sim, de mais de 90% dos seus alunos. essa corja que golpeou o país não tem limites em sua insanidade-negocial-picareta.

  7. Sensacional! Texto de Paulo Cândido

    Sensacional! Texto de Paulo Cândido – Bom dia, professor, aqui é Luíza, do Depar…tamento de Desideologização de Material Didático da editora.
    – Bom dia, Luíza. Em que posso ajudar?
    – É sobre algumas modificações que precisamos que sejam feitas no seu livro.
    – Mas eu sou professor de matemática, filha…
    – Sim, mas tem uns problemas.
    – Meu livro é para o ensino fundamental…
    – Então. O seu caso é simples, o senhor vai ver.
    – Fale…
    – Logo no início, nos exercícios de adição. Tem o exercício 6 na página 23, “João não conseguia dormir então começou a contar os carneirinhos que, na sua imaginação, pulavam uma cerca”.
    – E qual o problema.
    – O problema é que os carneirinhos pulando a cerca são uma crítica velada aos enclosements ingleses e uma referência à acumulação primitiva do capital. Propomos mudar para “franguinhos entrando no navio, que o pujante agronegócio brasileiro exporta para a Europa”.
    – Ninguém conta frangos para dormir.
    – Justo, por causa da ideologia que sataniza o produtores rurais que põe comida na nossa mesa. Tem outro, mais para frente, na página 32, o exercício 7 diz que “Rita tinha 18 bananas e comeu 4”. Bananas é uma referência ao Brasil como uma Banana Republic, não pode.
    – Troca por laranjas.
    – Aí seria uma crítica aos prestadores de serviço financeiros que ajudam os empresários a impedir que o governo tome seu dinheiro através dos impostos. Trocamos por abacaxis.
    – Abacaxis? Ninguém come quatro abacaxis.
    – Sim, também trocamos “comeu 4” por “vendeu 4 livremente realizando um justo lucro por seu esforço”.
    – As crianças de 8 anos vão entender isso?
    – Vão entender se for explicado, se a ideologia deixar de ocultar delas como as relações comerciais fazem justiça a quem produz.
    – Ah, tá. Mais alguma coisa?
    – Tem mais umas coisinhas, eu mando por email. Mas o mais grave é a parte final do livro. Precisamos marcar uma reunião para rever os capítulos 7 e 8.
    – Divisão?
    – Isso. Divisão é um conceito marxista que não pode ser usado para doutrinar as criancinhas.
    – Mas como as crianças vão aprender aritmética sem divisão?
    – Nossos especialistas estão finalizando uma proposta. A ideia geral é mostrar que a divisão pode ser correta, desde que a operação reflita que, por exemplo, 100 reais divididos por 100 pessoas resulte em 99 reais para uma e o real restante dividido entre as outras 99.
    – Mas isso acaba com a Matemática!
    – Acaba com a Matemática Igualitária e Comunista que imperou até hoje, professor, e a substitui por uma matemática mais justa! Já temos até um projeto de lei para ser apresentado ao Congresso tornando obrigatório o ensino da Matemática Meritocrática!!

  8. Não há incoerência alguma…

    Não vejo incoerência alguma no projeto “Escola Sem Partido”. Isto porque nunca esteve em seu escopo retirar uma partidarização do ensino que todos, inclusive seus autores, sabem não existir. Tampouco seu alvo principal seria retirar do professor sua autonomia, embora seja claro que tal passo é, sim, primordial para concretizar seu real objetivo. Que é o de extinguir, ao cabo de duas ou três gerações, quaisquer ideias progressistas ou de esquerda, criando-se uma criminalização de fato das mesmas, ainda que não de direito.

    Cada vez mais fica patente que a direita nacional se deu conta que não tem recursos para vencer a esquerda no debate intelectual ou nas urnas, e está agindo em consonância a tal condição. “Já que não posso vencê-los no debate de ideias, que sejam suprimidas tais ideias do debate, até que desapareçam”. E, se nada fizermos, é o que acontecerá. Enquanto ficarmos criticando o obscurantismo do discurso, a ação vai tomando corpo. Enquanto discute-se o óbvio teor reacionário da proposta (e que progressista defenderia tamanho absurdo?), ela já está no corpo de projetos a serem discutidos pelo Senado. Quantos já foram votar contrariamente a esta aberração, na pesquisa que a Casa Legislativa está realizando sobre o projeto? Basta entrar no site, cadastrar-se e votar.

    Vejo tais discussões como os debates sobre a legitimidade do impeachment e a possibilidade de revertê-lo. Enquanto gasta-se tempo frente ao computador, a discutir o impossível, a direita age e consolida o esbulho. Depois, de nada adiantará o choramingo lacrimoso de que a democracia foi violentada. Foi mesmo, e pouco fizemos de fato para evitá-lo. Se há algo de que não podemos acusar a direita, é de não estar fazendo a sua parte ou de ser incoerente. Incoerência mesmo é parte da esquerda brigando com outra parte, enquanto ambas as partes marcham rumo ao abismo. E isto sempre foi, talvez, a única reação previsível das esquerdas brasileiras: a de só se juntar nos cárceres.

  9. isso é o tipo de desgraça que

    isso é o tipo de desgraça que acontece quando Cuba , china, Corréia do Nort, etc, deixa gente entrar e ver o que faz com que sua sua edscola seja uma das melhores do mundp

  10. O Senhor Professor: a minha homenagem!

    Somos todos um pouco “Professores”, assim como o Papai Noel que acompanha as nossas vidas: Quando crianças, nós acreditamos no Papai Noel (ele é o máximo), já na Juventude questionamos a sua existência (contestamos e discutimos), mas, na idade adulta, todos “somos” – na prática – o Papai Noel.

    Como impedir que um menino sinta admiração pelos seus Professores? (eu sinto até agora, e os meus pais foram Professores). Como impedir a um Professor tentar fazer dos seus alunos pessoas melhores? Como frear a vocação pelo magistério que fez o Professor se preparar para esta nobre tarefa de educar e formar valores morais e cívicos à juventude?

    É como pedir que a água não molhe; que cura não reze; que soldado não faça continência. É como “desbrasileirar” o Brasil, tarefa que já é cumprida diariamente pela mídia, pelo mercado, pelo poder econômico, pelo mundo global, pelas “tias” que levam meninos bobos a ver um Pato e um Rato de mentirinha em Disney.

    Talvez um dos melhores presidentes que teve Chile, de 38 a 41, foi o Professor Pedro Aguirre Cerda, cujo slogam foi: “Governar é Educar”, e que fez da educação chilena um exemplo na América Latina. Um país desenvolvido não é medido apenas pelo PIB ou pelo fato de lançar bombas atômicas, mas um país é desenvolvido pelo fato de possuir um povo desenvolvido, que pensa por sim e que caminha com todos.

  11. Afirmar que o Brasil é um dos
    Afirmar que o Brasil é um dos maiores produtores de alimento do mundo é ensinar geografia; refletir que a dinâmica dessa produção gerou muito desemprego no campo é doutrinação ideológica; ensinar a calcular juros é educar para a vida; explicar de que maneira as altas taxas de juros concentram a riqueza e aumentam a pobreza é doutrinação. Einstein formulou a teoria da relatividade: ensino. Einstein foi fundamental para a criação da bomba atômica: doutrinação. O Direito é um dos grandes legados dos Romanos: ensino. A luta de classes foi a base do direito romano: doutrinação. O dia “D” foi a batalha decisiva da segunda guerra: ensino. Os soviéticos derrotaram os nazistas: doutrinação. “A riqueza das nações” é uma teoria econômica, “O capital” é comunista. Liberdade, igualdade e fraternidade é revolução francesa, igualdade de gênero, raça e etnia é doutrinação. Enfim, faço minhas as palavras de Dom Helder: ”Quando alimentei os pobres,chamaram-me santo, mas quando perguntei por que há gente pobre chamaram-me comunista.”

  12. O curioso nesse projeto é ver

    O curioso nesse projeto é ver como a extrema direita vê o mundo com um óculos completamente distorcido. Um projeto de lei assim faria sentido para escolas e academias militares que são ambientes altamente doutrinadores e onde esse tipo de problema ocorre em larga escala. Mas eu duvido que os autores deste projeto queiram que ele seja plicado neste ambiente. para eles, esse tipo de ambiente doutrinador é que é considerado “neutro”.

  13. A direita é burra, vai proibir o ‘comunista’ Adam Smith.

    Da série, “a direita é burra”: pela lei da Escola sem partido, Adam Smith o defensor do liberalismo econômico seria proibido de ser ensinado nas escolasn por ser um ‘perigoso comunista’. Vejam algumas frases do livro “A Riqueza das Nações”, considerado uma das Bilblias do liberalismo econômico.

    Sobre a queixa dos comerciantes em relação aos aumentos de salários.

    “Nossos comerciantes e donos de manufaturas reclamam muito dos efeitos perniciosos dos altos salários, aumentando o preço das mercadorias, e assim diminuindo a venda de seus produtos tanto no país como no exterior. Nada dizem sobre os efeitos prejudiciais dos lucros altos. Silenciam sobre os efeitos danosos de seus próprios ganhos. Queixam-se somente dos ganhos dos outros.”(cap IX)

    Ao comentar um decreto do rei que estabelecia um teto para os salários, favorecendo os empregadores:

    “Mas o Decreto 8, de Jorge III, favorece os mestres. Quando estes combinam entre si para reduzir os salários de seus empregados, é comum assumirem um compromisso particular de, sob pena de incorrerem em alguma penalidade, não pagar mais do que um determinado salário. Se os empregados fizessem entre si um acordo contrário do mesmo tipo, de não aceitarem determinado salário, sob pena de incorrerem em alguma penalidade, a lei os puniria com grande rigor.”(cpa.IX)

    sobre as propostas de politicas economicas dos empresários:

    A proposta de qualquer nova lei ou regulamento comercial que provenha de sua categoria sempre deve ser examinada com grande precaução e cautela, não devendo nunca ser adotada antes de ser longa e cuidadosamente estudada, não somente com a atenção mais escrupulosa, mas também com a maior desconfiança. É proposta que advém de uma categoria de pessoas cujo interesse  jamais coincide exatamente com o do povo, as quais geralmente têm interesse em enganá-lo e mesmo oprimi-lo e que, conseqüentemente, têm em muitas oportunidades tanto iludido quanto oprimido esse povo.(cap. XI)

     

     

     

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