Perguntaram a Bolsonaro como ficam os não-evangélicos, e ele respondeu: “Não governo pra Cuba”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A última aparição de Jair Bolsonaro em coletiva de imprensa mostrou que a posição do novo governo sobre a “refundação” do Ministério da Educação é tão intransigente com o pluralismo de ideais e valores quanto a cartilha do ministro escolhido para a Pasta, o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez. Na entrevista, Bolsonaro admitiu que Vélez foi escolhido porque atende aos interesses da bancada evangélica, defensora da Escola Sem Partido, ansiosa por alterar as bases educacionais do País.

Quando questionado por um repórter se não é “contraditório” ter dito, na campanha, que “governaria para todos” e, agora, escolher um ministro que vai mudar o ensino público para supervalorizar a agenda da bancada evangélica, Bolsonaro respondeu de pronto: “Não vou governar para Cuba nem para a Venezuela, por isso estou indicando essa pessoa.”

O repórter insistiu e foi mais direto na pergunta: quem não é evangélico, como fica? 

“Não tem problema nenhum”, rebateu Bolsonaro. “O que todos queremos é que nossos filhos sejam melhores do que nós. Escola é lugar de aprender uma profissão e ter noções de cidadania, patriotismo, de amor à pátria. E não ficar com essa história de ideologia de gênero ou formando militantes.”

Quando o jornalista emendou dizendo que Vélez é criticado por defender a Escola Sem Partido, um projeto que censura a “educação plural”, Bolsonaro ficou exaltado, deu uma resposta curta e mudou rapidamente de assunto: “Se ensino plural é ensinar sexo para criancinhas em sala de aula, parabéns ao meu futuro ministro”, resumiu.

O vídeo da coletiva foi divulgado na página do presidente eleito neste domingo (25).

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

35 Comentários

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  1. Perguntar não ofende.

    “Se ensino plural é ensinar sexo para criancinhas em sala de aula, parabéns ao meu futuro ministro”, 

    Vamos lá, então… 

    O que ele quer dizer com “ensinar sexo”?

    Como é esse “ensinar sexo”? Pode detalhar?

    Essa é pra gente, não pra ele. O que ele esconde com esse jeito curto e grosso, além de explosivo? 

     

  2. Esgotamento

    Bolsonaro é avesso ao diálogo. Ele, seus filhos e seus parças ganharam as eleições, e se acham no direito de ditar regras conservadoras para os progressistas. Estamos vivendo o esgotamento de um modelo, de um movimento, de uma ideologia. Se ele tivesse perdido, estaríamos livres, por pelo menos quatro anos, de suas bravatas e frases de efeito. Agora aguentem.. 

  3. A obra do Senhor

    Bolsonaro foi convertido ao evangelho porque o Senhor  fez a obra nele.

    Bolsonaro, investido nos poderes do Senhor , passará a obrar no povo.

    Esse Bolsonaro é uma obra!

    1. Lição de Coisas

      AMORAIZA: Deus custuma mostra por caminhos estranhos o futuro. No passado, por exemplo, mandou Nabucodonosor para ensinar determinado Povo que obediência deve ter critérios e precisa de organização. Não deu tão certo. Então, mandou Hitler, para mostrar que sovinice e ambição pode produzir inimigos. Hoje, numa terra latino-americana, agora, contando com o nome de Jesus, os cristãos avivados (e alguns desavivados) estão plantando em terras tupiniquins o novo Reino do Terror de Deus na Terra da Santa Cruz, contra aqueles que não são dizimistas no Templo de Salomão, nem ouvintes do Profeta do Carcamano da Moóca. Taí a lição.

      A Obra de Deus é estranha, como em Dachau…

       

      1. Resultados

        Nós somos resultado de duas coisas muito importantes:

        Nossas crenças e nossas escolhas.

        Quando,  e se,  nossas crenças limitam nossas escolhas, ficamos com muita crença e sem nenhuma escolha, a não ser aquela imposta pelas nossas limitações.

        Parece um raciocínio circular, mas na vida prática, o quanto deixarmos de responder pelas consequências de nossos atos, culpando os outros por escolhas que nós mesmos fizemos,o mais permaneceremos presos às nossas limitações e sofrendo com elas.

        Circular de novo?

        Nascemos sem crenças. Elas nos são inculcadas por educação e imposição social e somente o desconforto e a contrariedade nos fazem duvidar delas, de modo que, com raríssimas exceções nos livramos de nossas crenças voluntariamente.

        Com isso, somos facilmente conduzidos, enganados e reproduzimos o sistema.

        Não necessitamos de histórias de reis antigos, sobremaneira belicosos e injustos para fundamentar os desmandos de hoje e nem as suas conhecidas consequências, a não ser para perpetuar o sistema.

        Havemos que conquistar a liberdade do pensar para existir com responsabilidade.

        1. O Destino do Governo Humano

          Todo governo humano é mais ou menos maligno, de Ninrode ao Anticristo.

          Porém, no tocante à soberania, é o céu que governa, pois Deus é quem “estabelece e remove reis”, (Daniel 2:21) como fez com o próprio rei da Babilônia, Nabucodonosor.

          Mas esse governo humano, caído, que se rebela contra Deus, exalta o nome do homem, e adora ídolos, terá fim, na grande batalha do Armagedom, na segunda vinda de Cristo, para reinar sobre todas as nações com cetro de ferro.

          Essa batalha que é descrita em Apocalipse 19, será também o cumprimento da profecia de Daniel, quando uma pedra cortada sem auxílio de mãos baterá nos pés da grande estátua que simboliza o governo humano, e a esmiuçará, e essa pedra crescerá e se transformará em uma grande montanha que se estenderá por toda a terra. Essa pedra é Cristo, a pedra que os construtores rejeitaram!

          1. Divergências

            No contexto citado, a única possível divergência é saber se será mais ou menos maligno do que todos os outros governos que o precederam no Brasil.

        2. Não existe nem uma coisa nem outra.

          As crenças, ou seu outro nome, as tradições são comportamentos ritualisticos hedados sem que saibamos qual é a origem desse saber (quase sempre uma origem estupida).

          As escolhas não existem porquê são condicionadas pelos meios de produção disponiveis, acreditar em escolhas é como acreditar no pensamento positivo ou imaginar um filosofo do seculo III a.c.mandado um email para o rei sem que houvesse tal tecnologia na época.

  4. O Futuro Tá Chegando

    Nassif: concordo com daBala. Escola pra pobre? Prá quê? A fórmula educacional e pedagógica aplicada pelos VerdeOlivas, no tempo da DitaMole, é suficiente — MOBRAL. Sabendo escrever o suficiente pra votar, saber mais prá quê. Isto é coisa de Kummunista, querer ilustrar classe proletária. Quando muito, a escola do presidente da poderosa FIESP é suficiente. Grande parte dos 56 milhões de eleitores dele são de lá, no sul, centroeste e sudeste. Com este já tá de bom tamanho governar o Pais. O resto que se dane. E se reclamarem, os VerdeOlivas servem prá quê?

    E agora como as bênçãos do Apóstolo do Carcamano da Moóca e os auspícios do Templo de Salomão, Ou Deus se enquadra, nessa de “protegeros fracos”, ou vai parar nas garras de Savonarola dos Pinhais. Só os da EstrelaAmarela, que votaram e deram grana ao Príncipe de Paris, serão separado do gado ao matadouro.

    Cuba e Venezuela já eram. O exemplo agora é Croácia, o novo símbolo da Democracia de Botas. Tanto que um oficial de alta patente foi designado para estudos minuciosos sobre as técnicas aplicadas no Hospital de Vukovar. Parece que daBalinha já tem um administrador.

    Até que enfim, teremos futuro…

  5. Não há como negar….
    É um
    Não há como negar….

    É um governo com a cara desses execráveis tempos em que vivemos, malucos que justificam sua insanidade no fantasma do comunismo ou da diversidade sexual….

    Essa digressão serve para esconder o principal….a falta de cultura, preparo, argumentos, tolerância e humanidade dos brucutus, que só sabem existir se tiverem algo para espancar….

    Vamos entrar em tempos cada vez mais sombrios com esse governo natimorto, o Mefistófeles não chega ao fim, o problema é o que vier em seu lugar……

    1. Uma construção de décadas

      O fantasma do comunismo foi reconstruido ao longo dos governos petistas sobre os olhos de todos, em 2005 Olavo de carvalho e seus fetos em garrafa de pepsi erram uma piada, mas suas insanidades alimentaram a cabeça de pessoas que anos mais tarde ocuparia espaços dentro do estado brasileiro e após a eleição violênta de 2014 eles foram usados pela grande midia para desistabilizar o governo, o que a grande midia não esperava é que eles eliminariam o intermediario.

      cada ação do governo dilma, entre eles a comissão da verdade, abraço as causas identitarias, as cotas raciais e outras politicas basicas aplicadas em qualquer governo liberal do primeiro mundo foram vistas como provas da dominação comunista no brasil, um país que nunca viu um governo liberal (que não o fosse apenas na economia) caiu em uma narrativa conspiracionista porquê justamente tais politicas aplicas a décadas pelos governos Clinton e Blair foram uma novidade amendrontadora para alguém acostumado com piadas e esteriotipos sobre gays, mulheres loiras e “preto bandido”.

       

       

       

       

       

  6. Tem problema com sexo ?

    Vai procurar o divan do analista! I O MEC não tem nada a ver com recalques! Pago para ver a cara dos eleitores de bozo que não são evangélicos. 

  7. Sobre a resposta de Bolsonaro..
    Achei corretíssimo o conceito de ensino sem doutrinação por parte de seus professores, até porque todos os cidadãos têm o direito de escolher qual partido ou qual religião quer seguir, introduzir o cristianismo nos livros de escola é ensinar aos alunos que eles podem escolher sim o cristianismo como mecanismo de expansão do digamos, amor ao próximo.

    1. Verdade

      O Bozo deveria instituir que as crianças fossem alfabetizadas pela escola dominical nas igrejas protestantes.

      Os católicos, se os crentes deixarem, podem estudar nas paróquias, nas aulas de catecismo.

      Os demais, ou se convertem ou fazem as malas.

      1. Paga a minha passagem para um
        Paga a minha passagem para um país que respeite a diversidade de culturas e crenças que eu vou sem pensar duas vezes, porque nunca irão me converter e isso que vocês chamam de “amor ao próximo” é com várias vírgulas e aspas, não é mesmo? Só esquecem de olhar e cuidar das próprias vidas. Foda-se isso de “o amor é lindo”, lindo só quando convém pra você né?

  8. Menos técnico, impossível,

    Menos técnico, impossível, pelo menos essa escolha do ministro da educação. As outras, partem para o lado do “técnico conveniente”. Mas também, apesar das promessas, era um quadro que se desenhava forte já na campanha. 

    Essa história de a educação estar tomada por ideologias começou a um tempo atrás, com o lugar comum do pensamento de que as universidades eram cheias pessoas de esquerda, alunos e professores. Daí em diante, a ideia se intensificou na cabeça do povo, fomentada pelas “ferramentas educacionais brasileiras de adultos”: O “zap” e as redes sociais. A coisa ficou mais forte na época eleitoral, com gente que nunca mais entrou numa sala de aula depois do médio (ou fundamental) nem tem filhos em idade escolar, bradando com força, de que os professores só faltavam fazer os alunos vestirem vermelho e usarem boinas do Guevara. O pior, o presidente eleito e essas bancadas obscuras compraram a fala. O que temos nas mãos? 

    Um monte de gente com papel importantíssimo no governo priorizando o tal projeto “escola sem partido”, gastando energia, tempo e recursos imensos no famigerado plano (na melhor das hipóteses, redudante, já que existem regimentos e ferramentas regulando sobre o papel do professor em sala de aula), cujo impacto no problema da educação no Brasil é de inócuo, para pior. Até mesmo Olavo de Carvalho (pasme) questionou a importância que o governo está dando para isso. Por mais que eu discorde das ideias do dito “filósofo”, ele ainda entende que o papo de doutrinação é especulação, carecem de pesquisas ou levantamentos sérios para saber como anda o pensamento político nas salas de aula. É como se se o Brasil estivesse preparando o terreno, gastando dinheiro, para uma invasão de girafas no território nacional, levarando cercas e armadilhas. Ué, por quê? Porque falaram no zap, então deve ser isso mesmo. 

    Ou seja, temos inúmeros dados e pesquisas, nacionais e internacionais, pelo estado, por orgãos independentes, por acadêmicos, mostrando os problemas do analfabetismo, do lecionar fragmentado, da desvalorização do professor, da edcuação anacrônica e fraca em geral. Mas zero pesquisa com dado real falando sobre doutrinação e ideologias em sala de aula. E adivinha no que o governo futuro está batendo a tecla com força? Voltemos ao primeiro paragráfo: Menos técnica essa escolha, quase impossível.

    Para um governo que falou tanto, de modo pejorativo, das ideologias contrárias, esse está prometendo ser um dos mais ideologicamente carregados que já tivemos.  

  9. Retorno a Freud: quem é
    Retorno a Freud: quem é fixado demais na sexualidade alheia é porque tem questões mal resolvidas com a própria. Ou o objetivo é somente ganhar apoio “conservador” mesmo.

  10. Bozonazi
    Dá ânsia ouvir ou olhar para cara dessa escória. Presidente meu ele não é. E se quer me mandar para Cuba, paga minha passagem,já que vai receber 60mil. Só ele pode receber, os outros funcionários públicos estão gastando demais né? Nojento!

  11. As respostas de Bolsonaro,

    As respostas de Bolsonaro, educadas, detalhadas e bem fundamentadas combinam perfeitamente com seus eleitores. Para tirar nota 10, só falta responder com memes.

    1. bol

      Até agora, desde 2014 em crescendo, foram só os coices e os pataços; preparemo-nos pois para 2019.

      Quanto à fixação do sujeito em gênero e sexo (pra ele é a mesma coisa),é caso perdido; nem S. Freud..

  12. Me ajudem!
    Saudações pessoal!
    Eu gostaria de entender o que é a tal escola sem partido, porque isso está ferindo tantas pessoas (pelo que percebi, de esquerda) e o que finalmente vai mudar nas escolas.
    Se alguém puder sanar quaisquer dúvidas apresentadas, eu agradeço.
    Dispenso ofensas e ironias. Estou em busca de conhecimento.
    Obrigado a todos.

  13. Asqueroso projeto de poder dos pastores picaretas

    Bostonauro não quer que a escola forme militantes, mas quer que a escola forme fiéis.

    Asqueroso projeto de poder dos pastores picaretas, uma vez que cada fiel formado pela escola PÚBLICA pagará o dízimo.

     

     

  14.  “Cuba” e “sexo nas escolas”

     “Cuba” e “sexo nas escolas” funcionam como uma esécie de Vedacit para todos os buraços e rachaduras argumentativas desse crápula.

  15. Força a Barra
    Gostaria que os jornalistas realizassem um plebiscito no Brasil acerca do tema Escola sem partido! Quando sair o resultado vocês irão ver que a sociedade está cheia desse mimi

  16. Centralização e consequências

    O governo prepara a maior maquina de engenharia social da história e nada pode ser feito, em nunhum momento houveram debates contra a centralização da administração do estado brasileiro, herança maldita Impérial que agora ameaça triturar a liberdade de expressão.

  17. Ele não passou em nossas
    Ele não passou em nossas escolas. O seu fundamento é a grosseria. A aplogia à violência e ao estupro não aprendeu estudando sobre sexualidade e gênero, mas com seu livro de cabeceira e seu protagonista torturador “Ustra”.
    O que se esperar?

  18. Bolsonaro vai governar prá Colômbia

    Se fosse governar para o Brasil, e não para a Colômbia, o Bolsonaro deveria governar para todos, sem distinção de qualquer natureza, pois o art. 3º da Constituição Federal dispõe que constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

    I – [omissis];

    II – [omissis];

    III – [omissis];

    IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

  19. Entrevista de Bolsonaro sobre Educaçao
    SR Bolsonaro sou professora nao sou evangelica Graças a Deus e nunca ensinei sexo aos meus alunos . Isso eles aprenderao no momento certo . Sou Candomblecista professora do Municipio do Rj e so uma coisa: Nao moro na Venezuela nem em Cuba ,nao faço a minima questao de ser governada pelo senhor e nao seguirei essa cartilha do seu ministro . Meu Planejamento quem faz sou eu

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