Pitaco das trevas

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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no Diario Nordeste – Coluna Comunicados – 17 e 18 de março

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

8 Comentários

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  1. A ignorância leva à escuridão e esta é a mãe dos medos

    Se a deputada ou ao menos os diversos assessores que o erário público lhe permite ter, se dispusesse a dar uma leve pesquisada, já que ninguém é obrigado a saber de tudo, lhe/nos faria enorme bem, sem a necessidade de passarmos por estes avexamentos. Tempos cada vez mais sombrios.

  2. Esse pessoal gazeou a aula de interpretação

    A CF dispõe que ninguém será considerado culpado antes do trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A Meretríssima Raquel Dodge afirma que encarcerar pessoas presumidamente inocentes não viola o princípio da presunção de inocência.

    Acho que se formaram nas Facus Tabajaras.

    1. A deputada do PLJ, Raquel

      A deputada do PLJ, Raquel Dodge, não faz jus ao título de Meretríssima. O meretrício é atividade exclusiva dos membros da Turma do Judiciário; aos reles procuradores e/ou escondedores, cabe no máximo o lenocínio.

  3. cristianismo..

    .. o nome dessa doença é cristianismo.. me perdoem os cristãos normais.. se acharem ruim, que se juntem num fusca e deixem a cidade..

    1. Mau caratismo…

      Parabéns! Se igualou em estupidez à deputada desavisada. Ela, a puritana do sexo, você o troglodita da má-fé. 

      Pena que pessoas como você e ela enchem muito mais que um fusca…

       

      Sampa/SP, 23/03/2018 – 15:16

       

       

  4. Comum, com ou sem gênero

    Em que mundo ela vive?  Ou: em que mundo vivemos…

     

    MASCULINO E FEMININO – de e com Pepeu Gomes 

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=AKDMRz_gM84%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=AKDMRz_gM84

     

    Não desperdicemos a chance que a “filha do medo, a raiva, (é) mãe da covardia” (Chico Buarque) nos permite de pensar sobre o assunto. 

    O que a deputada na verdade revela em sua ignorância literal (desconhecimento) é o temor da discussão sobre sexualidades, identidades e generidades, incluída sua negação (há os assexuados e não binários, que cansaram dessa polêmica toda e partiram para o ateísmo/gnosticismo do desejo…, brincadeirinha, mas que impõe a conversa pública e institucional sobre esses temas, em escolas e meios de comunicação de massa, a fim de que aqueles que não aceitem a liberdade alheia de autodeterminação (do sexo identitário ou sua negação) pelo menos reconheçam o direito às diferenças afirmativas da vida com dignidade e liberdade de escolha. Ninguém é obrigado a entender nem a gostar de nada, mas não tem o direito de desrespeitar nem negar direitos humanos básicos de que usufrui ou pretende para si e para os seus.  

     

    DO JORNAL DA USP (ah, “esse povo de Humanas”, hahaha, em um mundo de inexatas).

     

    Ciências Humanas – 29/06/2017

    Laerte: heroína trans ou homem vestido de mulher?

    Estudo mostra como foi a cobertura da imprensa durante a transição de gênero da cartunista Laerte Coutinho

    Por  – Editorias: Ciências Humanas

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    Laerte passou por várias transformações, começou como crossdresser, passando depois a travesti e mulher transgênera, atualmente se denomina uma mulher social ou uma mulher possível – Foto: Divulgação

    .

    Você está louco, Laerte? Essa pergunta foi feita à cartunista Laerte Coutinho em entrevista à Folha de S.Paulo, em 2010. À época, ela estava começando a tornar pública sua transição de gênero que já estava presente explicitamente em seu trabalho.

    A partir de então, passou a ser personagem de reportagens sobre transgêneros, sendo retratada pela grande imprensa, sem aprofundamento dos debates, como causadora de polêmicas, um homem vestido de mulher e outros estereótipos. Por outro lado, virou uma espécie de heroína da causa trans em algumas mídias alternativas, onde a questão foi mais desenvolvida.

    Essa cobertura foi analisada em uma pesquisa de mestrado defendida no Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), em novembro de 2016. O autor, Tulio Heleno de Aguiar Bucchioni, utilizou dois recortes de publicações entre 2012 e 2015: imprensa hegemônica (jornais brasileiros de grande circulação) e mídias alternativas (portais, blogs e veículos ligados a direitos humanos).

    Na ocasião, Laerte era um homem com mais de 60 anos, com uma namorada mulher, em um processo de transição sem intenções de fazer cirurgias. Bucchioni conta que viu uma oportunidade de levantar um debate qualificado sobre gênero: “Havia ali uma pessoa pública experimentando uma desconexão entre sexo biológico, identidade de gênero e desejo sexual”.

    Segundo o pesquisador, seu objetivo era entender como as diferentes mídias podem ou não contribuir com o debate de gênero no Brasil. Bucchioni reforça: “Não foi uma pesquisa sobre a Laerte, mas sobre como as mídias representaram esse processo em que ela publicamente foi se afirmando como uma mulher transgênero e vivendo uma série de entendimentos sobre si mesma”.

    Esse entendimento foi progressivo. Laerte começou como crossdresser (homem que veste roupas de mulher, mas não é, necessariamente, homossexual), passando depois a se entender como travesti, mulher transgênera, até se denominar atualmente uma mulher social ou uma mulher possível. “Ela criou esse termo, não é uma coisa da academia. Na antropologia, buscamos trabalhar com os conceitos dos nossos interlocutores. Partimos dessas categorizações deles e buscamos entender como eles próprios articulam isso”, esclarece o antropólogo.

    Banheiro feminino

     

    caso do banheiro – no qual Laerte foi repreendida ao utilizar o banheiro feminino em um restaurante – foi um dos abordados na pesquisa. Para o antropólogo, a grande imprensa tratou a cartunista como a causadora da polêmica. “Ela passou de vítima de uma proibição para sujeito de uma polêmica”, avalia.

    O pesquisador observou que a grande imprensa cobriu o episódio privilegiando discursos cisnormativos e heteronormativos, caracterizando Laerte como um homem que se veste de mulher, por exemplo. “Ela foi tratada como uma causadora de problema, sendo até associada à pedofilia. A grande imprensa repercutiu muito essa notícia, mas não a problematizou”, explica.

     

    Aqui vale uma explicação: os termos cisnormatividade e heteronormatividade se referem à ideia de que ser cisgênero ou heterossexual é algo normal ou natural, em detrimento de outras sexualidades e identidades de gênero, além de aspectos da vida social desses grupos.

    Bucchioni avaliou que há um discurso naturalizado na grande imprensa, no qual há uma associação entre pessoas transgênero e uma suposta anormalidade. “As matérias das mídias hegemônicas caracterizavam a Laerte como alguém que se veste de mulher apenas. E a transgeneridade era resumida a isso, especificamente como um homem que se veste de mulher”, esclarece.

     

    .O pesquisador conta que viu uma oportunidade de levantar um debate qualificado sobre gênero: “Havia ali uma pessoa pública experimentando uma desconexão entre sexo biológico, identidade de gênero e desejo sexual” – Foto: Divulgação.

     

    Uma heroína?

    Por outro lado, as mídias alternativas ampliaram o debate além da questão pessoal da cartunista. “As mídias alternativas não a limitaram apenas como uma pessoa trans, mas deram voz a ela por entender que é preciso dar voz de modo complexo às pessoas trans. Então, ela é tida como uma referência no debate dos direitos de pessoas trans”, explica o pesquisador.

    A visível ascensão de pautas femininas e de gênero nos últimos anos pode ter contribuído para uma maior exposição da cartunista na imprensa. Por isso, Bucchioni diz que é importante não tomar Laerte como uma heroína, como parte da imprensa alternativa a retratou.

    Sua trajetória como figura pública, com alta escolaridade, em um círculo social intelectualizado e progressista não é um caso comum. “Ela tem uma trajetória muito ímpar e individual, mas devemos pensar em como o contexto histórico [de ascensão dos debates de gênero] também propiciou isso tudo”, avalia.

    Por Paulo Andrade 

    http://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-humanas/laerte-heroina-trans-ou-homem-vestido-de-mulher/

     

    Pra ficar na família

     

    SUPER-HOMEM, A CANÇÃO – de Gilberto Gil, com Baby do Brasil

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=Vgg7LAD32fs%5D

    https://www.youtube.com/watch?v=Vgg7LAD32fs

     

     

     Sampa/SP, 14:42 (alterado às 15:09).  

     

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