Presidente do Inep irá rever o Enem

“Vamos fazer com que o banco de questões tenha postura não ideológica”, disse Marcus Vinícius Rodrigues
 
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
Jornal GGN – O novo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinícios Rodrigues, tomou posse nesta quinta-feira (24). O cargo estava vago desde o dia 14 de janeiro, quando o governo publicou no Diário Oficial da União a exoneração da professora Maria Inês Fini.
 
O Inep é vinculado ao Ministério da Educação (MEC) e tem a responsabilidade de subsidiar a formulação de políticas públicas educacionais promovendo estudos, pesquisas e avaliações periódicas do sistema educacional. Suas atividades mais conhecidas são a aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes).
 
Após o discurso de posse, Rodrigues disse à imprensa que pretende examinar as provas do Enem antes de serem aplicadas, o que nunca foi feito por seus antecessores. 
 
“Uma coisa é não ser de praxe, outra é não ser legal, o presidente do Inep tem autoridade para ver a prova”, respondeu a jornalistas.
 
“Vamos fazer com que o banco de questões tenha postura não ideológica, fazer com que esse banco priorize o que realmente é necessário medir, o conhecimento”, completou o porta-voz da instituição.
 
Tomou posse também hoje os novos diretores do Inep. Um deles é Paulo César Teixeira, que assume a Diretoria de Avaliação da Educação Básica, responsável pela formulação do Enem. O cargo havia sido ocupado antes por Murilo Resende, remanejado, sem explicações, pelo governo para trabalhar na Secretaria de Educação Superior do MEC, como assessor.
 
Murilo seguia a linha ideológica do governo Bolsonaro. Em uma audiência no Ministério Público Federal sobre “Doutrinação Político-Partidária no Sistema de Ensino”, em 2016, ele afirmou que os professores são “desqualificados” e “manipuladores, que tentam roubar o poder da família praticando a ideologia de gênero”. 
 
Por outro lado, não tinha nenhuma experiência na área de educação básica. A saída repentina de Ferreira, aponta para um perfil genioso. O economista foi integrante do MBL (Movimento Brasil Livre), mas expulso do grupo, segundo Alan Santos, um dos líderes do movimento, por ser “um maluco completo”:
 
“Foi do MBL de Goiás. Expulso, vivia xingando a gente por lutarmos pelo impeachment… Lunático, conspiratório, fora da realidade”, completou Santos em postagem no Twitter. Na época, Ferreira respondeu, em nota enviada ao jornal “O Globo”, que deixou o MBL por “divergências insanáveis”. 
 
*Com informações da Agência Brasil
 
Redação

2 Comentários

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  1. O semi-analfabetismo do inep

    essas aberrações mal conseguem escrever um texto no twitter e acham que possuem capacidade de editar o enem. Nem as aberrações do MBLixo querem essa coisa por perto.

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