STF questiona cidades em Pernambuco que proíbem discussão de gênero nas escolas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello questionou os poderes Executivo e Legistativo de duas cidades de Pernambuco que proibiram menções a “gênero” nas escolas municipais por meio de projeto de lei, contrariando as diretrizes educacionais construídas pela União.
 
Segundo informaçõs do Estadão desta quarta (18), a ação no STF foi movida pelo PSOL, que apontou violações na competência da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional.
 
As câmaras de Petrolina e Garanhuns, em Pernambuco, aprovaram as leis municipais 2.985/2017 e 4.432/2017, respectivamente, “o plano municipal de educação” vendando “políticas de ensino com informações sobre gênero”. Segundo o PSOL, as duas regras “desrespeitam normas editadas pela União, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996) e o Plano Nacional de Educação (Lei 13.005/2014), de observância obrigatória por todos os entes federados.”
 
Na visão da legenda, a Constituição “adotou a concepção de educação como preparação para o exercício de cidadania, respeito à diversidade e convívio em sociedade plural, com múltiplas expressões religiosas, políticas, culturais e étnicas”. Banir discussões de gênero nas escolas por meio legislativo é “incompatível com o direito público subjetivo ao acesso a ensino plural e democrático.”
 
Além disso, impedir que estudantes debatam “sexualidade e diversidade de gênero” é uma forma de perpetuar “a cultura de violência, tanto psicológica quanto fisica, contra as mulheres e a população LGBT do País, distanciando-se do objetivo constitucional de construir uma sociedade livre, justa e solidária.”
 
Marco Aurélio pediu informação às câmaras, às prefeituras e à Advocacia-Geral da União (AGU) e Procuradoria-Geral da República (PGR).
 
Segundo o Estadão, as prefeituras de Petrolina e Garanhuns ainda não se manifestaram sobre o assunto. 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Constitucional?

    Deve ser um assunto que exigirá a consulta à constituição, não é? Como discutir um assunto tão banal e insignificante enquanto há um preso político no país? Neste caso, atesta-se, a própria constituição está suspensa.

  2. supremo tribunal de farsantes….

    Será que os ministrinhos do supreminho ainda não se ligaram que ao impedirem que o povo brasileiro vote no Lula, mais de 70% da população nordestina os consideram piores que vermes ? 

    Aliás, brevemente ( em menos de 20 anos) teremos conflitos separatistas do norte/nordeste contra os fascistas do sul/sudeste .

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