Universidades federais podem explicar origem de óleo no Nordeste

Análises apontam exploração intensa de petróleo nas proximidades da mancha de óleo; contaminação já ameaça Abrolhos

Foto: Reprodução

Jornal GGN – Pesquisadores de universidades federais encontram imagens que podem ajudar a explicar a origem das manchas de óleo no litoral do Nordeste.

Informações do site Gazeta Web mostram que um estudo do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) encontrou um padrão de manchas de óleo no oceano, com 55 km de extensão, 6 km de largura e formato de meia lua, a uma distância de 54 km da costa da Bahia.

A região, localizada nas cercanias dos municípios de Itamaraju e Prado, está nas proximidades de áreas de exploração de petróleo. Segundo o pesquisador Humberto Barbosa, do Lapis, a poluição pode ter sido causada por um grande vazamento em minas de petróleo ou mesmo na região do Pré-Sal.

Barbosa havia detectado manchas menores de óleo no mar em datas retroativas dos últimos sessenta dias, a partir de estudos de imagens de satélite. Porém, não havia como identificar o padrão de vazamento uma vez que o piche era mostrado de forma fragmentada. Só se encontrou uma imagem mais clara na última segunda-feira (28), e essa detecção foi complementada com a apuração de dados sísmicos e de outras variáveis do local.

A partir desse levantamento, o Lapis registrou manchas de petróleo chegando ao litoral da região Sudeste, com a detecção de um menor volume de piche próximo da costa do Espírito Santo. Contudo, o padrão apurado na área capixaba é diferente do visto no litoral da Bahia.

As pesquisas da UFAL apresentaram resultado semelhante ao divulgado pelo departamento de geologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). De acordo com o jornal O Globo, a descoberta foi apurada a partir de análise de imagem de radar, gerada em 28 de outubro por um satélite da Agência Espacial Europeia. Os dados apontam uma mancha de 200 km² próxima ao sul da Bahia – o petróleo já chegou na fronteira Norte da região de Abrolhos, o que coloca em risco a reserva ambiental.

 

Redação

2 Comentários

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  1. Ou a pesquisa da UFAL ou a matéria da Gazeta Web é uma grande, gigantesca, descomunal falácia. Primeiro, Itamaraju não é um município costeiro. Prado, sim. Segundo: não há campo de produção no mar nas cercanias deste município baiano. O campo de produção marítimo mais próximo, ao norte, o de Sardinha, está a 380 km de Prado, em frente à cidade de Camamu (BA); e ao sul, o campo de Peroá, em frente à cidade de Linhares (ES), 290 km ao sul de Prado. Temos, portanto, quase 700 km de litoral entre o norte do estado do Espírito Santo e o sul do estado da Bahia onde NÃO HÁ PRODUÇÃO de petróleo ou gás natural.

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