Valeu Gordo! Eu estava lá!

Apenas o elato de quem um dia pode presenciar uma partida com um dos maiores craques da história do futebol.

Publicado no meu blog pessoal em 04/04/2011

http://futebolmulhererockandroll.wordpress.com/

 

No dia 08/03/09, tive a honra de assistir ao Derby Paulista no Prudentão. Sol escaldante. Calor insuportável, mas, estavamos lá, para cantar e apoiar.

Na chegada ao estádio, tudo tranquilo. Os corinthianos entravam pela parte de cima do estádio e os palmeirenses por baixo. Nada de confusão, brigas, tudo como deve ser num clássico. O clima era de espetáculo mesmo. A maioria vestia o manto, muitos carregavam bandeiras, balões, chapéus. Tudo para mostrar a paixão que se tem por um time, algo inexplicável.

Mas, naquele jogo, existia uma certeza. Teriamos um tempero especial. Havia a possibilidade de Ronaldo jogar.

Já na arquibancada, ficamos ali, próximos à Gaviões, para não só assistir ao show mas fazer parte dele. A torcida participa do jogo do início ao fim. Naquela tarde, o Corinthians entrava sob o comando de Mano Menezes com Felipe, Alessandro, Chicão, Willian, André Santos, Cristian, Elias, Douglas, Jorge Henrique, Dentinho e Souza. Sim, Souza! Nessa hora comecei a me perguntar? Será que vai?

Ronaldo estava no banco. Podia entrar a qualquer momento, mas ainda era duvida se ele ainda era decisivo. Todos se perguntavam se ele ia jogar após aquela contusão que teve jogando pelo Milan. Muitos diziam que era um ex-jogador em atividade, falavam que ele não daria a volta por cima mas, falando de Ronaldo, temos o maior exemplo de superação no esporte.

O jogo começou, clima quente, jogo pegado. É aquela frase clichê né? Classico é classico. E é mesmo, Corinthians e Palmeiras é diferente de qualquer outro jogo. A rivalidade é muito grande e histórica, dentro e fora de campo.

Primeiro tempo, bons ataques para ambos os lados, com mais perigo para o Corinthians, já que o Souza não oferecia muitos riscos. A natureza tratava de marcar o atacante. Intervalo, e, corre eu pra buscar água. O calor estava terrível.

Logo, começou o segundo tempo. A festa recomeça, a torcida desce o bandeirão e, ao subir, temos a triste surpresa. Diego Souza marcava um gol na falha do goleiro Felipe. Que balde de água fria. A torcida ficou em silêncio… Por 5 segundos! Passamos a cantar mais, gritar mais, apoiar mais. Sim, a Gaviões nunca se cala.

Após alguns minutos, não me lembro quantos exatamente, vi, lá de longe, Mano chamava Ronaldo. A Torcida estava eufórica. Essa seria a verdadeira estréia. Eu gritava: – VAI GORDO!!! – Logo, saía o pseudo-atacante Souza e entrava o melhor centro avante que já vi atuar, Ronaldo. Alí, depositávamos nossas esperanças. Não tinha mais noção do tempo. Não sabia se era cedo ou tarde demais para a entrada do fenômeno. Parecia que o segundo tempo não tinha 45 minutos. Parecia muito mais. Com alguns minutos em campo, o gordo mostrou pra que veio. Pegou na bola e mandou no travessão. Nessa hora, eu, com meus olhos marejados sob os óculos, me perguntava, por que corinthiano tem que sofrer tanto?

O jogo rolava, o Corinthians nessa hora, mais atacava, a fiel cantava. Na busca pelo empate. Perguntei quanto tempo faltava para o fim à um torcedor que acompanhava o jogo com seu radinho colado na orelha: Menos de 5 minutos, ele disse… Me bateu um vazio na hora, voltaria para casa triste. Logo mais, Elias invadiu a área, foi derrubado. – PENALTI!!! – Mas, aquele abençoado senhor não marcou. Eu, inutilmente amaldiçoei até a 5° geração daquele homem sem mãe. – PORCO FILHO DA PUTA!!! – Logo mais, tivemos que nos contentar com um escanteio. Douglas partiu para a cobrança, empurra-empurra na área e GOL!!! (Me arrepio de lembrar) – Ronaldo marcava de cabeça e corria pra galera, lembro como se fosse hoje, todos correndo em direção ao “alambrado fenomenal” derrubado por todos aqueles torcedores que estavam com o grito preso na garganta. Ali acabava o jogo. Só deu tempo pra um cartão amarelo por gordo, por subir no alambrado e alguns toques bola e fom de jogo.

Nelson Coelho/AFP

 

Na súmula, um empate de dois gols. cada time com seu tento, no sentimento, uma vitória. Vitória de quem mostrou para que veio, e que ali voltava. Vitória do maior artilheiro de todas as copas, do três vezes o melhor do mundo, de quem levou uma seleção ao título mundial e que sempre será do Timão.

E, lembro que, feliz no carro apenas pensava. Presenciei um classico que ficará marcado na história. Sim, eu estava lá!

Valeu Ronaldo, missão cumprida! #ValeuGordo

Redação

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