Alckmin paralisa quarta obra do Metrô e reabre uma

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – No mesmo dia em que anuncia a reabertura da licitação das obras da Linha 4-Amarela, do Metrô, o governo de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) suspende, por pelo menos mais 12 meses, o inícios das obras para extensão da Linha 2-Verde até Guarulhos. 
 
Hoje, a linha Verde liga a Vila Madalena, na zona oeste da capital, à Vila Prudente, na zona leste. O congelamento das obras foi oficializado no Diário Oficial do Estado, do dia 31 de dezembro, prevendo aditivos contratuais, ou seja, a extensão do prazo para a entrega da conclusão das obras.
 
O início da extensão vinha sendo atrasada desde setembro de 2014, quando o governo de Alckmin terminou a licitação e assinou contratos com oito consórcios de construtoras diferentes, cada um para a execução de um lote da obra.
 
Com a paralisação, já são quatro linhas de transporte suspensas pelo governo estadual, desde a reeleição de Alckmin em 2014: a Linha 15-Prata, paralisada a partir de São Mateus, sem seguir para Cidade Tiradentes; a Linha 17-Ouro, que iria do Morumbi até Jabaquara, mas agora só está garantido do Aeroporto de Congonhas até a Marginal Pinheiros; e a Linha 18-Bronze, que teve os contratos assinados em 2014 e está paralizada.
 
A justificativa do governo Alckmin é que a suspensão das obras da Linha 2-Verde são efeitos das restrições orçamentárias feitas pela União para o ajuste fiscal. “Em decorrência da não liberação de limite pela União durante o Plano de Ajuste Fiscal, no segundo semestre de 2015, de um financiamento de R$ 2,5 bilhões via BNDES previstos para a extensão da Linha 2-Verde, os 8 contratos da obra foram suspensos até dezembro de 2016”, disse o Metrô, em nota oficial.
 
“Priorizando a conclusão de empreendimentos já iniciados, o governo do Estado decidiu realocar os recursos de outro financiamento do BNDES destinado à Linha 2 (R$ 1,5 bilhão) para a conclusão de duas obras já em andamento: R$ 760 milhões para a Linha 5-Lilás (na zona sul) e R$ 740 milhões para a Linha 6-Laranja (feita por meio de uma parceria público-privada)”, concluiu a nota.
 
Por outro lado, seis meses depois da paralisação das obras da Linha 4-Amarela do Metrô, o governador anunciou que abrirá na próxima segunda (11) a licitação para o término das Estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, além de uma extensão do pátio de manobras do ramal. O contrato com o consórcio formado pelas empresas Isolux, Corsán e Corvian, foi rompido em julho de 2015 por causa de atrasos. 
 
Iniciadas em 2004, as obras estavam previstas para serem finalizadas no ano de 2014. Mas algumas estações não foram entregues. Na época do rompimento do contrato, Alckmin disse que faltava estrutura e funcionários por parte do consórcio. Já as empresas criticaram que houve “falta de gestão” por parte do governo, sem regularizar itens dos contratos em vigência e a celebração de aditivos, relacionado a prazo e obras. A nova expectativa do governo é que as obras sejam concluídas em 12 meses.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1.   Farinha pouca… das três

      Farinha pouca… das três obras mantidas, duas fazem parte de parceria$ público-privada$.

      Se não houvesse uma ditadura midiática, gostaria de saber a reação dos contribuintes paulistas aos termos de gordos lucros garantidos aos “participantes” privados do sistema.

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