Jornal GGN – Em sua tradicional live de quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro criticou o “ativismo ambiental”, afirmou que deve fazer a reforma tributária este ano e disse que a venda de terras brasileiras para estrangeiros não devem ir para frente.
“Vamos, se Deus quiser, fazer a reforma tributária no corrente ano. E o que eu falei com o Paulo Guedes? Eu não sou economista, mas fazer as quatro operações a gente sabe fazer”, disse, indicando que deve ceder a Guedes neste aspecto.
Ressalvou, ainda que sem se comprometer: “No final das contas, não podemos ter majoração da carga tributária, senão deixa como está.”
A criação do novo imposto está sendo discutida ainda no Congresso, no formato da antiga CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Enquanto o mandatário indica que não aceitará o aumento dos impostos, Guedes e a equipe econômica pressionam o governo para aumentar a arrecadação.
Publicamente, as declarações de Bolsonaro contradizem o que deve aceitar: o aumento do imposto, alegando que outras medidas irão compensar os bolsos dos brasileiros, como a desoneração da folha de pagamento.
Antes da matéria chegar ao Congresso, o governo prepara o terreno nas Casas Legislativas para ter o apoio. Um deles está justamente no resultado da Presidência: caso o apoiado de Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), vencer na Casa, o texto deverá ser imediatamente enviado.
Também na live, o mandatário falou sobre a necessidade de ter uma boa relação com o Congresso, admitindo que quer que seus projetos de interesse sejam pautados e aprovados. “Hoje em dia estamos tendo um bom relacionamento com Câmara e com o Senado”, disse, sem citar Rodrigo Maia (DEM-RJ), o atual presidente da Câmara, que é desafeto político do governo.
Ainda, na transmissão ao vivo, Jair Bolsonaro falou que, “se depender” dele, a venda de terras a estrangeiros não será feita; “”Nós sabemos o risco que corremos se um quarto do Brasil for destinado a estrangeiros.”.
Mas, em contradição, defendeu a “importância de destravar o Brasil do ativismo ambiental”. “O Brasil tem que ir para a frente, Não podemos ficar parados nessas questões que muitas vezes é um ativismo ambiental”, acrescentou.