Idéias para o ônibus chinês em São Paulo

Achei a ideia bem interessante, até porque eles levaram em conta o fato de que ônibus em si também pode causar problemas de engarrafamento (vide corredor da Rebouças à noite).

No caso específico chinês, quem viu o videozinho notou que o veículo tem pontos de recarga de energia a cada parada. Eles são análogos aos que a própria China vem desenvolvendo para dar uma carga rápida em ônibus elétricos. Ao menos essa solução poderia ser adotada aqui no Brasil, pois evitaria os fios suspensos do trólebus e daria à tração elétrica a mesma capacidade de poder mudar de trajeto que um ônibus convencional possui. E creio que seria extremamente simples adaptar os “chifrudos” já existentes para essa tecnologia, o que inclusive favoreceria sua difusão para toda uma cidade. Já pensaram o que seria uma São Paulo só com ônibus elétricos e capazes de circular independentes de fios? Com certeza bem mais agradável do que ouvir aquele ronco cacofônico de motor Mercedes (uma vez que são pouquíssimos os ônibus paulistanos com motores Scania e Volvo, cujo ronco tem padrão mais agradável e é mais contido).

VoltVoltando ao ônibus chinês (que pode ser apelidado de “arraia jamanta” devido ao formato de sua frente), o mais interessante dele é a capacidade de pensar em vias de alta velocidade (e que em tese repeliriam pedestres) quase como linhas enrustidas de metrô, só faltando o “metrô” que as pudesse trafegar. Agora, não mais (claro que ainda faltaria uma versão real). Como dá para ver em uma das notícias, seria necessário apenas um ano para construir 40 km. A grosso modo, em São Paulo daria para dotar o Corredor Norte-Sul e a Radial Leste de tal solução. E pelo que vi da altura, de 4 a 4,5 m, não é superior à de um ônibus de turismo de dois andares.

Aqui em São Paulo, as vias em que ele poderia funcionar melhor são:

1) Marginais (como sua altura não é maior que a de um ônibus de turismo com dois andares, por onde este passa, passam também os chinesões);

2) Radial Leste (e talvez até mesmo Leste-Oeste e Amaral Gurgel, se demolido o Minhocão);

3) Corredor Norte-Sul;

4) Eixo Rio Branco-Rudge-Brás Leme;

5) Avenida do Estado (e aqui, daria para pensar intermunicipalmente);

6) Aricanduva;

7) Jacu Pêssego;

8) Eixo Rebouças-Eusébio Matoso-Francisco Morato;

9) Eixo Sumaré-Paulo VI-Henrique Schaumann-Brasil;

10) Eixo Ibirapuera-Vereador José Diniz;

11) Eixo Heitor Penteado-Dr. Arnaldo-Paulista-Vergueiro-Domingos de Morais-Jabaquara.

E aqui só a grosso modo mesmo, pois estou pensando apenas em vias sem pontes e viadutos ou com os mesmos tendo vão alto. O mais interessante de tudo seria um desestímulo ao uso de carro particular pelo simples fato de se ver um desses troços passando por cima de você na maior. Tudo bem que indiretamente ele ajudaria a diminuir o engarrafamento de carros pelo fato de tirar ônibus convencionais da rua, mas ainda assim é um bom exemplo.
Fora isso, pensando ainda em Brasil, imagino que em outras cidades grandes de nossa nação, haja mais condições ainda para que ele seja implantado de forma extensiva. Brasília, por exemplo, parece ter sido feita desde sempre para eles.

Luis Nassif

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