Com dois ministros militares, Bolsonaro sonda comandantes das Forças Armadas

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – O futuro presidente Jair Bolsonaro está definindo nos últimos dias os nomes dos três comandantes das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica. Articulando junto a diversas figuras, Bolsonaro tenta marcar bom trânsito junto aos militares e faz visitas recorrentes a comandantes.
 
Dois dos ministros com funções importantes dentro do governo já saíram de nomes militares – o general Augusto Heleno, escolhido por Bolsonaro para atuar no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o general Fernando Azevedo e Silva, para capitanear o Ministério da Defesa.
 
Pelas escolhas, Bolsonaro quer deixar nas mãos dos dois ministros um peso importante para decidir os próximos comandos das Forças Armadas. Na manhã de hoje (16), o futuro presidente voltou a se reunir com o comandante da Marinha, o Almirante Eduardo Bacellar, no centro do Rio de Janeiro.
 
É a segunda vez que eles se encontram desde que Bolsonaro foi eleito, no final de outubro. Em ambas reuniões, Bolsonaro indicou que deve garantir um espaço importante também para a Marinha. O presidente eleito chegou ao local escoltado por um total de 7 carros, da Polícia Federal e de sua segurança.
 
No primeiro encontro com Bacellar, assim como o fez durante a campanha eleitoral, Bolsonaro defendeu a presença de figuras das Forças Armadas em seu governo.
 
“As Forças Armadas são as guardiãs da nossa Constituição. As Forças Armadas ocuparão lugar de destaque e voltarão a fazer parte da mesa ministerial, mesmo na informalidade, se for o caso”, disse.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Governo Militar

    Será que os oficiais da Marinha e da Aeronáutica são tão ignorantes como esses generais que ocupam a mídia ? Eu tendo a acreditar que não, baseado no que essas corporações já foram capazes de produzir.

    A Aeronáutica criou o ITA (a melhor escola de engenharia do Brasil) e por meio da Embraer contribuiu para o desenvolvimento e sucesso da indústria aeronáutica. Agora está a um passo do domínio da tecnologia de caças supersônicos com o acordo com a SAAB-Volvo-Gripen.

    A Marinha desenvolveu tecnologia original para enriquecimento de urânio, tem domínio sobre a tecnologia nuclear e está construindo um submarino nuclear. Além do que, a nossa indústria naval (não militar) tem competência internacional.

    E quanto ao Exército ? Tirando a IMBEL (munição) e a limitada Engenharia Civil sobra o quê ? Todos os equipamentos sofisticados de defesa sempre foram desenvolvidos a revelia do Exército. Por exemplo, pela Avibras (Sistema Astros, EDT Fila, etc) e pela Engesa (veículos militares – faliu em 1993).

    Curiosamente, a Aeronáutica e a Marinha sempre se apresentaram como subordinadas ao Exército. Durante toda a ditadura militar, nunca a presidência foi ocupada por um Brigadeiro ou um Almirante. Curioso, não ?

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