De saída da CGU, Hage critica controle e fiscalização das estatais

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – De saída da Controladoria-Geral da União (CGU), o ministro-chefe Jorge Hage criticou, nesta segunda-feira (8), o controle interno exercido pelo Palácio do Planalto sobre as estatais, principalmente as companhias de economia mista (metade pertencente ao Estado e a outra metade, a acionistas). Segundo Hage, o caso da Petrobras é um grande exemplo de como essas empresas deveriam ser melhor fiscalizadas.

“É preciso trazer as estatais para o foco do controle porque atualmente elas têm sistema de licitações próprio, no caso da Petrobrás, não utilizam o sistema corporativo do governo, o que faz com que fique fora do alcance dessas atividades”, ressaltou o ministro após a palestra em evento de abertura do Dia Internacional contra a Corrupção.

Ainda segundo Hage, o sistema de controle interno do Poder Executivo está “incompleto”, mas observou que sua ampliação depende de uma decisão política de querer combater a corrupção. “Essa ampliação e complementação do sistema demanda, é certo, uma decisão política de investir mais em controle e prevenção da corrupção, com uma mudança de patamar nas dimensões do sistema de controle, hoje ainda acanhado e limitado”, ressaltou o ministro.

Na ocasião, Hage também informou que não pretende continuar mais no posto de ministro-chefe da CGU durante o segundo mandato de Dilma Rousseff, a partir de 2015. Ele disse que já entregou sua carta de demissão à presidente.

Desde 2006 no comando do órgão, Hage foi indicado ainda no primeiro mandato do governo Lula e foi mantido na função por Dilma. “Apresentei à presidente Dilma Rousseff a minha carta pedindo que ela me dispense do próximo mandato. Apresentei isso nos primeiros dias de novembro. A minha pretensão é não ter a minha nomeação renovada”, afirmou.

As informações são do Estadão.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

18 Comentários

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  1. Vejam como são “corajosos”

    Vejam como são “corajosos” nossos “homens de bem”. Se aposentando, com quinhentos anos no serviço público, então vem com pérolas para a mídia. São esses homens que deixaram tudo rolar na corrupção endêmica em nossas instituições e cultura. Pior, dormem achando que, depois de décadas de maus serviços públicos, dizer essa coisa sabida por minerais, só para agradar a velha corrupta, corruptora conhecida desses serviçais públicos-privados, máfia midiática. Esses são os funcionários públicos de “bem”, só porque foram entrevistados pela corrupta mídia e dizendo exatemente o que ele sabe que a mídia quer que ele fale a palavra mágica – HOJE,, e a frase mágica – NESSES ultimos 12 anos nada foi feito contra a corrupção. E olhem, o homem é velhinho de serviço público, que ninguém conhecia até o governo do PT.

  2. TITANIC

    Como é interessante a conduta desses caras, mamam nas tetas do estado a vida toda, banho na piscina do convés do Titanic a vida toda e quando o grande Titanic dá mostras de que vai afundar aí eles pulam fora no bote salva-vidas( ou melhor Iate salva-vidas); a roubalheira correndo solta por anos e ninguém( que deveria ver) vê nada; e ainda tem gente que mete o pau na mídia, se não fosse essa tal de mídia a roubalheira ainda estaria debaixo do tapete.

    1. A mídia ignorou a roubalheira

      A mídia ignorou a roubalheira na Petrobrás da ditadura ao fim do governo FHC, sempre a manteve debaixo do tapete.

      Comparar um governo que tem 42% de ótimo e bom, segundo o Datafolha do fim de semana, ao Titanic é confundir os seus desejos com a realidade.

  3. Esse foi embora porque é

    Esse foi embora porque é honesto. Tem uma biografia irretocável. Sabe que o gorverno no fundo não quer combater a corrupção e gostaria que o caso do Petrolão jamais tivesse chegado a tona. Fosse o contrário, Dima não teria cortado o orçamento da CGU, reconhecidamente um dos órgão de maior competência da administração pública federal e vital importância para o controle da corrupção. Governo hipócrita!

    http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/11/06/interna_politica,467729/corte-no-orcamento-da-cgu-teve-impacto-na-fiscalizacao-de-prefeituras.shtml

  4. Agressividade e bom senso

    Os comentários sobre a saída de Hage, até o momento, estão carregados de agressividade e injustiça. O sujeito, sempre longe dos holofotes , nesses oito anos ficou fora de qualquer acusação pesada e fez bem o seu serviço, inclusive contra figuras de destaque no Planalto. AGora que termina o primeiro mandato de Dilma e já idoso, ele quer sair. Tudo bem, tudo digno. Na saída, aponta mixordia que existe no comportamnento das empresas mistas do governo. E cita a Petrobrás. Uma lição a nossa mídia que nunca se preocupou, por exemplo, com a Sabesp. Por que a empresa paulista de uma área essencial para a população (recursos hídricos ) deixou a situação da escassez da água chegar ao ponto que está, ao mesmo tempo que distribuia bons dividendos aos acionistas e colocava a sua marca, pagando é claro, em espetáculos teatrais e filmes? A Sabesp não podia ser empresa, tinha que continuar sendo um serviço do estado. E tinha que ter tido mais clareza junto ao povo, mesmo antes da eleição para governador. Porém…

  5. TODO CONTROLADOR É CONTROLADO

    Esse órgãos chamados Controladorias são uma farsa, pois quando começam ou têm a chance de atacar o próprio PT, são silenciados, neutralizados, e se silenciam, se calam. Esse Hage é o exemplo máximo, basta ler suas declarações. Se ele tivesse uma vocação sincera para o bem, jogava tudo no ventilador, vazava pro Wikileaks, sei lá… Mas vai descansar. Aquele Spinelli que o Haddad colocou em sp é outro. Fala, fala, vocifera, só falta ter um chilique, mas quando a investigação se aproxima do PT (Donato, Tatto, construtoras amigas e mil et ceteras) o chefe dele, o prefeito, dá a ordem:  “sossega, abafa”. E ele baixa a crista e vai policiar a oposição ou algum peixe pequeno. Imaginem quando o Haddad for embora e a Controladoria que ele criou começar a levantar a podridão do governo petista dele (executivo/legislativo/empresariado)!!!. Basta ler as notícias. Sr. Hage, sua ética é peculiar: sua fiscalização acaba onde começa a corrupção petista.

    Parabéns Hage, Haddad! Vocês enganam a maioria e distorcem a idéia de uma controladoria isenta. Se não,

    deem o nome aos bois do empresariado e da alta cúpula do PT.

     

     

  6. De saída da CGU, Hage critica fiscalização das estatais.

    Mas isso de CONTROLAR e FISCALIZAR não são ATRIBUIÇÕES de RESPONSABILIDADE da Controladoria-Geral da União (CGU), o que ficou fazendo este ministro-chefe JORGE HAGE desde 2006?

     

    Esta cuspindo no prato que comeu isto esta CHEIRANDO a TIRAR o dele da RETA.

     

    1. Que estupidez.
      O problema é

      Que estupidez.

      O problema é justamente que controlar e fiscalizar as empresas estatais não é atribuição da CGU. Então o que o ministro Jorge Hage “ficou fazendo” é o que ele tinha que fazer: fiscalizar e controlar as contas da administração pública direta.

      É inacreditável como as pessoas que querem “defender” o governo aqui sistematicamente o atacam, ao invés de defender. Não há nada para o ministro Jorge Hage “tirar da reta”, ou você acha que tem? Nem ele está “cuspindo no prato em que comeu”. Está fazendo uma crítica perfeitamente válida ao funcionamento do sistema de controle: por uma decisão infeliz do ministro Gilmar Mendes, as empresas estatais ficaram fora da alçada da CGU e do alcance da Lei 8.666. Isso é um problema, e precisa ser resolvido.

  7. IDIOTAS

    Quanta idiotice dita aqui. O cara tava a doze anos lá e fez com aval dos governos do PT, um inestimável serviço a Nação. Os incautos deveriam ser informar melhor e os desonestos tomarem chá se simancol, sob pena de continuarem pigmeus.. Parabéns ministro, o descanço é mericido.

  8. Biografia Jorge Hage


    Vou deixar aqui um breve comentário para fazer jus à biografia do Dr. Jorge Hage, injustamente atacada abaixo por comentaristas que não o conhecem. Eu, que não sou eleitor do PT, via nele um dos poucos quadros realmente decentes no 1º escalão do governo Dilma. Fez o que pôde com um orçamento limitadíssimo. Sai provavelmente insatisfeito com com a atenção dada pelo Ministério do Planejamento à sua pasta, mas também (e sobretudo) pela idade, eis que possui quase 80 anos. Foi prefeito de Salvador, deputado constiuinte e professor de universidade federal… E, depois dos 50 anos, resolveu ingressar na magistratura por concurso público, no cargo de juiz substituto (!!!). Vejam bem… Alguém com a biografia dele, se quisesse, poderia muito bem pleitear entrar no Judiciário já nos tribunais, pela via do quinto constitucional ou da nomeação para tribunais superiores. Mas preferiu, em idade em que muitos só pensam em aposentadoria, estudar e passar no concurso para juiz substituto do DF(!). Em tempos de juízes que se acham deuses, é praticamente um caso único. Como entrou já velho na carreira, não chegou ao tribunal. Aposentou-se como juiz de direito – à altura um dos mais respeitados do DF (pergunte a qualquer advogado). Concluiu um mestrado na UnB aos 60 anos (novamente, resolveu vencer mais uma etapa quando muitos só pensam em pijama). A dissertação foi publicada em livro e constitui um belo trabalho acadêmico. Como magistrado aposentado, poderia muito bem ficar na praia. Mas entrou na CGU… Primeiramente, no segundo escalão, como secretário do Ministério. E depois, em reconhecimento aos serviços prestados, acabou herdando o posto de minitro quando seu então chefe pediu o boné. Por tudo isso, e muito mais, esse homem é um exemplo. A ele, deixo a minha admiração.

  9. Incrível, qualquer um que

    Incrível, qualquer um que “saia” do Governo, não importa o caráter, os bons serviços prestados ou a competência, se falou mal do Governo, imediatamente é alvejado, é vilipendiado, etc. Depois reclamam dos assassinatos de reputação, mas tem muito esquerdista que faz pior e nem se dá conta.

     

  10. Estou de saco cheio

    O PT não é um partido, é uma religião e seus adébitos são pessoas fanáticas e alienadas que estão sendo passadas para trás junto com toda a massa. Caramba, os petistas estão sempre criticando as pessoas que não estão macomunadas com o PT, criticam as pessoas que mostram a falta de compromisso do PT com a ética e a moral. Gente não é porque políticos de outros partidos roubaram no passado que no presente não possa ser diferente. Nós não elegemos uma quadrilha, mas sim representantes e eu repudio essa corrupção desemfreada independentemente de quem a pratique porque quando eu voto imagino que estou escolhendo alguém que represente os interesses da sociedade como um todo e não corruptos com interesses pessoais e escusos. Está na hora do povo brasileiro tirar o foco dos partidos e focar nas pessoas que elegemos para nos representar, está na hora do povo brasileiro abominar qualquer governo que desvie dinheiro público independentemente do partido e exigir que esses ladrões paguem por seus crimes e devolva tudo o que roubou para os cofres públicos. O povo é a maioria, porém, não sabe usar a força que tem para fazer com que esses políticos respeitem os compromissos assumidos nas eleições, ao invés de exigir respeito com a coisa pública fica se degladiando uns com os outros na tentativa de convencer que o PT não é tão corrupto assim, que o PSDB é pior… blá blá blá…só que lá no senado, na câmara, e na presidência tem pessoas de vários partidos que deveriam respeitar a sociedade que os colocou lá. Em contrapartida nós, eleitores, ao invés de defender partidos políticos deveríamos repudiar cada um que nos rouba e torna os nossos dias mais difíceis. 

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