ECONOMÊS, sem precisar desenhar, por Caetano Scannavino

Por Caetano Scannavino


“Numa cidade, os habitantes, endividados, estão vivendo à custa de crédito.

Por sorte, chega um gringo e entra no único hotel. Ele saca uma nota de R$ 100,00, põe no balcão e pede para ver um quarto.

Enquanto o gringo vê o quarto, o gerente do hotel sai correndo com a nota de R$ 100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas.

O açougueiro pega a nota, e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo.

O criador, por sua vez, pega também a nota e corre ao veterinário para liquidar sua dívida.

O veterinário, com a nota de R$ 100,00 em mãos, vai até a zona pagar o que devia a uma prostituta (que em tempos de crise, também trabalha a crédito).

A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde levava seus clientes, e como ultimamente não havia pago pelas acomodações, paga a conta de R$ 100,00.

Nesse momento, o gringo chega novamente ao balcão, pede sua nota de R$ 100,00 de volta, agradece e diz não ser o que esperava. Sai do hotel e da cidade.”

[recebido via whatsApp de um amigo]

PS: No final, talvez nem seja o hotel quem paga a conta, imaginando que vai registrá-la como diárias não-contabilizadas.

Redação

9 Comentários

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  1. Interessante

    Isso mostra como o dinheiro, quando circula apenas no Brasil (sem perdas internacionais), gera riqueza para todos.

    O Bolsa Família, por exemplo, gira muito parecido com o exemplo acima. O Beneficiado compra arroz e feijão, e por aí vai, voltando esse dinheiro ao Governo, aos poucos, em forma de PIB, impostos ou outras ações sinérgicas.

    Tanto este assunto como o exemplo colocado no post, esbarra quando um coxinha pega a grana e leva os seus pimpolhos para Disney, ou compra apartamento em Miami, como o Barbosa.

    O problema do Brasil são os maus brasileiros, colonizados, do andar de cima.

    1. Na verdade, no exemplo

      Na verdade, no exemplo mostrado, haveria mais um elemento que quebraria a corrente. Bastaria qualquer um deles dever para um banco (que, por sua vez, não deve para ninguém) e a corrente é quebrada.

      PS.: O “não deve para ninguém” tem algumas ressalvas, como o Itaú, por exemplo, que deve bilhões para a receita federal e não paga, ou no caso de bancos do exterior, que repassavam dívidas podres entre eles como se fossem de primeira linha, gerando a crise do subprime em 2008.

      PS2: O banco também pode “dever” os rendimentos pagos a quem tem investimentos, mas com o spread brasileiro, que lhe permite pagar 1% ao mês e cobrar 15%, isso é irrelevante.

  2. Simonsen já repetia: dinheiro

    Simonsen já repetia: dinheiro tem de circular. Lula compreendia isso:

    1)Lula: “Dinheiro na mão do pobre é injeção na veia da economia, rico não precisa de governo quem precisa é pobre. Rico pega grana aplica no mercado financeiro gasta em Maimi, na Europa; na mão do pobre é no mercadinho da esquina, a lição é essa o resto é balela pra boi dormir”

    2) Ricardo Paes de Barros: “Nos governos, o PSDB tinha talvez uma ideia de que a pobreza era uma coisa complexa, multidimensional… que precisava de uma política bem sofisticada etc.

    Quando entra o presidente Lula, ele entra com uma coisa do tipo: ‘Pobreza é uma coisa trivial, é ridículo, qualquer R$ 10 na mão do pobre faz uma tremenda diferença, vamos parar com isso, qualquer coisa serve e o que não servir depois a gente muda’

    De repente você abre uma frente enorme… A gente todo dia faz uma política de combate à pobreza, essas políticas vão sendo acumuladas e a pobreza vai caindo”

  3. Moral da história. Dinheiro

    Moral da história. Dinheiro não produz riqueza. É apenas meio circulante necessário e, por isso, quem o detém possui poder.

     

  4. Inflação

    O problema é qdo o prefeito dona da grafica da cidade deve mais do que os 100 reais e passa a imprmir outros 100 reais para pagar suas dividas. Ai a vaca vai pro brejo.

    1. Ele irá preso por

      Ele irá preso por falsificação de dinheiro ao tentar pagar suas dívidas pessoais.

      Por outro lado, se forem dívidas do Estado e o dinheiro for impresso na casa da moeda, a história é outra.

      Esse é o problema dos liberais, acham que um país se administra da mesma forma que uma cozinha.

  5. A verdade

    A verdade por trás da crise é a seguinte: Tem uma elite, seja na Europa, nos EUA ou aqui no Brasil, que quer acabar com os pobres. Não digo com a pobreza, mas com os pobres mesmo.

    Isto seria muito fácil, a China tem feito isto, com a lei do filho único. Sem precisar mexer no crescimento do PIB, controlaram a população principalmente dos mais pobres.

    O brasil poderia fazer isto também, só liberar vasectomia e laqueadura de trompas a vontade pelo SUS para qualquer um. Mas aí vem a moral e ética “cristã”. Então eles querem diminuir a população de pobres sim, mas da forma mais dolorosa, pois a “ética cristã” não permite controle de natalidade. controle de natalidade não pode, mas aumentar desemprego, aumentar a Selic, derrubar o PIB em 3% isto pode. Deixar dezenas de milhões na miséria isto pode. Torturar economicamente pode.

    Então voltando a história todo mundo precisa daqueles 100 reais, mas aí vem um grupo de banqueiros, pede para aumentar a Selic e centenas de bilhões de reais são retirados da economia, para “acabar com os pobres”, pois assim, eles não se casam, nem tem filhos, se estiverem desempregados, isto na mentalidade de um banqueiro.

    Cruel, mas está dentro da “etica cristã”, segundo os banqueiros.  Na verdade, o cristianismo não tem nada a ver com isto, pois tiraram da biblia só o que os interessava. Na biblia há uma passagem que incentivava a deixarem no chão as espigas de trigo que caiam durante as colheitas, para alimentarem os orfãos e as viuvas, e os pobres e os estrangeiros, mas estas passagens foram omitidas. O “crescei e multiplicai-vos” que só era util para aquela época, isto pregam até hoje. 

  6. ECONOMÊS, sem precisar desenhar, mas filmado

    Essa “história” é o enredo de um filme, curta metragem, com os excelentes atores Paulo José e Zezé Polessa, entre outros. A nota de cem reais é substituída no filme por um cheque.

    Por coincidência, assisti-o ontem (sábado, 24/10/2015) no canal Curta!

    Está disponível no youtube:

    https://www.youtube.com/watch?v=rY-dgtqLtCw

    Já que o texto do whatszap foi elevado a post, sugiro, para deleite dos apreciadores do blog, que o filme também seja.

  7. E os impostos??

    Nessa economia ninguém paga impostos??? Parece que todo mundo opera na informalidade. Supondo que os 100 reais pagos ao hotel como diuária fosse taxado em 25%, então somente iriam 75 reais para a mão do açougueiro,, que se fosse taxada em hipotéticos 20%, só liberaria 60 reais para o veterinário, e assim por diante. 

     

    A história é muito bonita, mas a economia não funciona assim no mundo real, principalmente em um país com tantos impostos.

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