As eleições blindaram José Serra, especialmente nas tragédias da chuva em São Paulo. Escondeu-se que a razão principal foi o não desassoreamento do rio Tietê durante três anos e o abandono das obras anti-enchentes.
Nos próximos meses, se completará o desenho que antecipei no ano passado. A velha mídia começará a levantar as tragédias administrativas de São Paulo e com uma gana adicional: o fato de se sentir traída por ter acreditado que a ficção que criou (o Serra eficiente) não existia. Jogarão a culpa no personagem, não no autor.
Por Edson Joanni
Grandes obras de combate a enchentes patinam em SP
EDUARDO GERAQUE
JOSÉ BENEDITO DA SILVA
FOLHA DE SÃO PAULO
A execução de grandes obras para minimizar o impacto das enchentes na capital e na zona metropolitana de São Paulo avançou quase nada desde o último verão, quando temporais mataram 12 pessoas e fizeram o rio Tietê transbordar duas vezes. A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL.
Na capital, nenhum dos piscinões planejados pela prefeitura sairá do papel até o próximo verão, que começa no dia 21 de dezembro. Quatro reservatórios na região central –dois na praça 14 Bis e dois na praça da Bandeira– tiveram a licitação suspensa pela prefeitura em maio, por tempo indefinido.
Outro piscinão, o da Pompeia (zona oeste), que estava incluído na Operação Urbana Água Branca, vai depender da conclusão de estudo contratado pela prefeitura e não ficará pronto este ano. O piscinão com obras mais avançadas, o do córrego dos Machados (São Mateus), ficará pronto apenas em 2011.
Somados todos os piscinões estaduais em funcionamento hoje, eles seguram 27% do volume de água considerado ideal para que a região metropolitana não submerja mais. As 27 obras consumiram R$ 252 milhões em praticamente dez anos.
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