Indicado pelo PDT assume lugar de aliado de Lula nos Correios

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – A presidente Dilma Rousseff fez mais algumas concessões nos cargos de segundo e terceiro escalões do governo federal. Dessa vez, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, foi exonerado para dar lugar ao ex-deputado paraense Giovanni Queiroz, escolhido pelo PDT. 
 
O executivo foi comunicado na manhã da última quarta-feira (04), pelo ministro das Comunicações, André Figueiredo. A demissão do nome de confiança do PT, que preside os Correios desde 2011, causou insatisfação ao partido, que tem reclamado da perda de espaço nos escalões inferiores da gestão da presidente Dilma.
 
As nomeações dão continuidade à reforma ministerial, diante das cobranças da bancada aliada que assumiu novas funções, como forma de garantir apoio e governabilidade em meio ao cenário de crise política que Dilma enfrenta.
 
Aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ligado ao PT de Campinas, Wagner Pinheiro ajudou a coordenar a equipe da transição de Lula em 2002, e comandou por oito anos o Fundo de Pensão da Petrobras (Petros). 
 
No seu lugar, ligado à Frente Agropecuária, Giovanni Queiroz foi deputado por cinco mandatos pelo PDT do Pará. Além do próprio presidente dos Correios, a troca seguirá o modelo “porteira fechada”, quando o ministro, neste caso Figueiredo, indica todos os ocupantes da estrutura.
 
Com informações de O Globo e Folha de S. Paulo.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Blog do Jeso Carneiro (Santarém-PA), 11.maio.2015

    Ex-deputado do Pará que apoiou Aécio Neves ganha cargo no governo Dilma

    mai 11th, 2015 0 Comentário

    GQueiroz

    Derrotado na eleição do ano passado, quando tentou emplacar mais um mandato de deputado federal, Giovanni Queiroz (foto) é um dos mais novos inquilinos do condomínio político que o PDT tem em Brasília, o Ministério do Trabalho (MTE).

    O médico e pecuarista paraense acaba de assumir a Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, vinculada ao MTE.

    Dois fatos depõem contra Giovanni por ter assumido essa, diria Antony Garotinho, “boquinha” no governo federal:

    1) Fez campanha escancarada para o tucano Aécio Neves para presidente em 2014, principalmente no sul e sudeste do Pará;

    2) Na eleição de 2006, a candidatura do ex-deputado recebeu doação de uma empresa que figurava na “lista suja” do Ministério do Trabalho, a Simasa, carvoaria denunciada por trabalho escravo.

     

    Nem por isso, o nº 1 do PDT no Pará vacilou ao receber o sinal verde do partido para assumir a secretaria.

     

  2. Na boa, assim nem com reza brava

    Houve um tempo que se entregava um Ministério mas se preservava os cargos de segundo e terceiro escalão. Agora, porteira fechada, dá nisso. Giovanni Queitoz vai continuar trabalhando em favor do PSDB na condição de chefe dos Correios. e vai fazer política em todo seu Estado do Pará contra Dilma. Nenhum governo em nenhum lugar do mundo dá certo assim. 

  3. Da última vez que fiz comentário sobre a Dilma(sem ofensas)

     lá no PHA(conversa Afiada) fui bloqueado, perguntei por e-mail o motivo e até hoje não obtive resposta. A Dilma deveria dizer que cansou e vai cuidar do neto(a) sei lá, ela já me encheu a p. do saco. Me indispus com amigos e parentes a troco de nada.

  4. O Postalis está trêmulo?

    Toda vez que há mudanças desse tipo, os funcionários das estatais que têm fundo de pensão, como é o caso dos Correios, ficam tremendo como varas verdes.

    Daí que rezam e torcem para que não metam a mão nos fundos de pensão – que em verdade são fundos de investimento bancados  em grande parte pela grana dos funcionários, que investem mensalmente nesses fundos na espectativa de receberem de volta a grana atualizada, no futuro, ao se aposentarem.

  5. Não há o que recriminar no ato da Dilma,

    Infelizmente esta é a política no Brasil e um governo acossado como o dela não tem outra alternativa a não ser conceder estas benesses em troca do apoio político no Congresso. A única coisa a se preocupar é se o PDT vai realmente apoiar o governo federal.  Seria muito mal a Dilma comprar um apoio e não receber.  Acontece que hoje a putaria é tanta que isto até pode acontecer.  Aí sim veremos o que ela vai fazer, boazinha que é.

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