Isolamento geográfico provoca falta de uma estratégia coerente e duradoura no Brasil

Por Fábio de Oliveira Ribeiro

Comentário ao post “Falta visão estratégica ao país”

Nenhuma novidade. O Brasil nasceu virado pelo avesso. Cá vieram uns portugueses aventureiros cuja sagrada missão era conquistar a terra nova para praticar a extração (de pau-brasil, ouro, prata, pedras preciosas, etc…) e a produção de bens de consumo (açúcar) para enriquecer-se e enriquecer a Metrópole mediante a brutalização e escravização de índios e negros. Os descendentes deles continuaram fazendo a mesma coisa antes e depois da independência com pequenas alterações impostas pelas necessidades internacionais (o café se tornou mais importante que o açúcar, assim como a soja, o milho e o algodão são hoje mais importantes do que o café).

Novas atividades de exportação foram acrescentadas às antigas (produção de carne de suínos, bovinos e peixe) e algumas industrias foram sendo implantadas no Brasil ao sabor dos incentivos para substituição de importações (Getúlio Vargas e Lula) ou a instalação de multinacionais atraídas com facilidades fiscais (Juscelino Kubitschek e FHC). Mas o foco do país nunca foi verdadeiramente sua autonomia e independência.

Rússia e China seguiram caminhos diferentes daqueles que foram e são trilhados pelo Brasil. A primeira se fechou totalmente e esforçou-se para superar inclusive militarmente seus rivais adotando um ambicioso e bem sucedido programa de modernização industrial nas primeiras décadas de socialismo (e depois amargou fracassos decorrentes do peso dos seus gastos militares ao final da Guerra Fria). O mesmo ocorreu com a China, que soube tirar proveito de suas vantagens comparativas antes do colapso do modelo socialista. Os fracassos do Brasil tem sido maiores, mais dolorosos e mais duradouros que os que se abateram sobre Russia e China, dois países que foram parcialmente destruídos duas vezes (durante as guerras revolucionárias e durante a II Guerra Mundial).

A falta de uma estratégia coerente e duradoura no caso do Brasil talvez possa ser creditada ao seu isolamento geográfico. Nosso país passou praticamente incólume à guerras napoleônicas (que modernizaram os regimes políticos europeus e acarretaram na vinda de D. João para o Brasil, cujo legado foi o fortalecimento do ‘antigo regime’ em território brasileiro) e não chegou a sofrer as devastações e depopulações impostas aos atores/vítimas da I e II Guerra Mundiais. Esta falta de inimigos nos torna não somente indolentes, mas paradoxalmente satisfeitos. Falta-nos o desejo de vingança (que fez a Alemanha Nazista erguer-se após a I Guerra Mundial para iniciar a II) e o medo do inimigo externo mais poderoso (que fizeram a Russia e China se superarem). Não nos falta colhões… falta-nos algo que a geografia sempre será incapaz de nos proporcionar, as condições permanente da guerra. Ficaremos sempre em paz e justamente por causa disto oscilando entre uma mediocridade maior e outra menor.   

Luis Nassif

22 Comentários

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  1. Visão singular

    Quer dizer então que só vai pra frente país cheio de “desejo de vingança”, como mostra o excelente exemplo da Alemanha Nazista, e morto de “medo [de um] inimigo externo mais poderoso”. Nunca tinha pensado nisso. Vejam só.

    De minha parte, prefiro que, se assim de fato for, fiquemos indolentemente pra trás, colecionando fracassos como a formidável inclusão social dos últimos anos e o papel que passamos a ter no tal de “concerto das nações”.

    Em tempo: será que já não ouvi alhures essa história de que brasileiro é indolente, povo de vagabundos, ou estou enganado?

  2. Falta ego e ufanismo

    Concordo em parte com o que foi colocado, mas acho que nos falta mais é nacionalismo. 

    Nossos empresários foram e são sempre apaixonados pelo menor esforço. Não gostam e não querem investir em pesquisas e desenvolvimento, que representa redução de margens de lucro.

    Como um país tão grande como o nosso não tem suaS própriaS montadoraS de automóveis? O argumento sempre foi que o mercado era pequeno (mais de 500 mil veículos há cerca de 25 anos atrás), mas o que eles não querem é investir para  competir. Preferem ficar gritando que a carga tributária é muito grande e culpam o governo.

    Os poucos que surgem, logo cedem às ofertas das grandes, como foi a Troller há alguns anos. Os empresários preferem garantir um gordo colchão de dinheiro do que brigar por uma empresa verde-e-amarela.

    Uso o exemplo da indústria automobilística, mas há outras: eletrônicos nas décadas de 80, 90 e informática a partir de então, fora algumas honrosas exceções, como a Positivo. Mais recentemente, vemos a indústria da telefonia móvel explodindo, que também não tem um fabricante brasileiro de peso.

     

  3. que estrategia para que república?

    Se realmente um foco autonomista  não foi interessante a aritocracia brasileira parasitária ou a burguesia de são paulo –  mais interessadas em estreitar os laços diretos de dependência, o poder local-regional e a relação de especialização na troca – não dá também para dizer que nunca tivemos, no âmbito de uma pequena e altiva burocracia estatal, inclusive compondo om o pior do imperialismo e colonialismo genocidida europeu ,uma mesma tentativa de modernização periféria, relativamente bem ou mais sucedida.

     

    Os bandeirantes, a guerra do paraguai , a batalha por fronteiras, catastróficos projetos de “desenvolvimento e ate o golpe de 64” são um exemplo que um lixo de projeto nacional sempre houve que não tem nada de indolente, pacifico envolvendo inclusive inimigos internos e com outros nacionalismo rivais de forma muito objetiva.  (indios, negros, oligarquias autonomistas como os farropilhas, argentina, comunistas, inimigos não faltaram. Tampouco foi ineficiente esse nacionalismo, já que o Brasil não é Bangladesh, Somália ou Congo para ser comparado como um fracasso total na historia enquanto projeto de modernização nacional com a China ou a Russia. 

     

     

    O autor do texto não lamenta ou toca no ponto de que talvez a russia e a china tenham mais autonomia militar porque seu desenvolvimento autonomo foi  ameação por uma guerra economica e politica contrarevolucionaria contra seus regimes socialistas. Nesse sentido, nao da para comparar, achei esse comentário literalmente ididiota, que o Brasil sofre um doloroso e duradouro fracasso em relação a China e da Russia, os dois invadidos por forças estupradoras, genocidas e brutais do Japão e da Alemanha Nazista, para ficarmos só com a segunda guerra mundial, em que a economia do brasil até se beneficiou.  Russia sofreu um colapso social com o fim da urss, enfim, são incomparavelmente povos que fracassaram muito, vao continuar se levantando e fracassando de novo, e não creio que isso tenha haver com “desejo de vingança”, ou um devir meio facistóide e paranóico de inimigos externos como talvez seja desejo do autor.

    Por fim não dá para falar de isolmamento geográfico, sendo que temos vastas fronteiras com vários paises sul-americanos. Falta culhão sim ao borrabostas cabeças de war, perceber que a guerra real é vivida nos centros urbanos e no brasil real de jagunços e miseráveis no meio rural, que a elite brasileira cria já um efetivo projeto nacional, também oligarca, privatizado e sempre elitista em condições permanentes de guerra com os pobres, com os indios, com o meio ambiente, com os que são “obstáculos ao progresso”.  Com relação aos inimigos externos mais clássicos, outros projetos nacionais, o autor demonstra total desconhecimento de rivalidade brasileira-argentina-chile, em que tivemos inclusive programa nuclear…

      

     

    1. A China não era

      socialista quando foi ocupada pelo Japão.

      E foi importante lembrar da ‘guerra interna’ quase permanente que faz do Brasil um dos países ‘em paz’ com maiores taxas de mortes violentas, quer intencionais quer acidentais, do Mundo.

  4. O post começa que é uma

    O post começa que é uma beleza, mas as conclusões, a meu ver, são completamente descabidas. Hoje, assisti ao filme brasileiro que foi escolhido para concorrer à vaga para o Oscar de melhor filme estrangeiro, “O som ao redor”, dirigido por Kleber Mendonça Filho. Fiquei extasiado, o filme é muito bom. Mostra a classe média alta do Recife de forma muito realista, ao mesmo tempo em que desvenda a tensão entre essa classe e a dos miseráveis, tocando no nervo que expõe o grave problema do país. Ou seja, a péssima distribuição de renda que concede o poder monstruoso aos ricos para escravizarem os pobres sob o seu jugo.

    Jamais esquecerei a cena em que uma menina rica sonha que o prédio em que mora está sendo invadido pelo pobre povo do Recife. O filme cria um painel sobre a desolação e a crise existencial que, suponho, atinge toda classe média alta brasileira, contrastando  com o sofrimento e a penúria que atinge o povo pobre.

    Não acredito que o isolamento geográfico provoque os efeitos descritos no post, mas sim a ganância, que advém da história do país e que se tornou um defeito crônico dos mais ricos.

  5. Outra visão.

    Discordo totalmente deste post. Concordo com os dois comentários anteriores, principalmente com o Luiz Eduardo Brandão.

    Minha visão é que as elites é que tem visão curta e de subserviência, repetindo aqueles que de Portugal vieram. Um povo reflete suas elites naturalmente. Esta discussão daria bastante argumentação, mas só para ser breve, é só buscar informações sobre a China para saber por que eles tem tido sucesso..e, então, entender a diferença..

  6. Mas exportar minério de ferro, não é um problema

    Isolamento geográfico?

    Mas dá para encontrarmos aspargos chineses no supermercado.

    Exportar navios inteiros de minérios.

    Receber milhares de containers com bugigangas descartáveis.

    De consumo de supérfluos estamos “up to date”.

    A escolha do que vai e vem é nossa.

    Aliás, boa cultura e conhecimento, nem precisa de transporte.

  7. Idéia atrasada

    Eu pensava que essa idéia mequetrefe que associa violência e desenvolvimento humano havia ido pra lata de lixo da História. Se  isso funcionasse, a maior parte da América Latina teria um desenvolvimento muito melhor do que o atual pois os conflitos entre povos não foram poucos.

    PS: idéia vai com acento porque me recuso a usar essa nova norma burra

    1. Eu também pensava…

      Mas, enfim, sempre há quem considere válido exaltar o nacionalismo e guerras frias. Estão até a buscar a homologação do PMB, não é mesmo?

      Eu me acostumei com a queda do acento em ideia, europeia, etc porque acho que não se trata mesmo de uma acentuação necessária. Isto porque há regras para as duas outras situações possíveis: o acento na primeira vogal tônica de hiato (caso fosse ide-í-a se acentuaria como país) e/ou caso tivêssemos uma oxítona (se fosse ideia-á, seria acentuado como Piau-í.) Mas fica a questão se o ‘e’ deve ser aberto (é) ou fechado (ê).

      Com o que eu não me acostumo é com as regras para hífen e palavras compostas. Algumas coisas como autorretrato (ao invés de auto-retrato) e paraquedas (ao invés de pára-quedas) parecem-me concessões à forma como se desenvolveram as morfologias de outras línguas, em especial francês e inglês.

      Como eu não sou nem nacionalista nem resistente a mudanças, eu proporia que fossem aceitas grafias duplas para as palavras compostas, que fossem homônimas homófonas mas não homógrafas… Como quatorze e catorze.

       

  8. Caro Fábio e demais
    “Não nos

    Caro Fábio e demais

    “Não nos falta colhões… falta-nos algo que a geografia sempre será incapaz de nos proporcionar, as condições permanente da guerra. Ficaremos sempre em paz e justamente por causa disto oscilando entre uma mediocridade maior e outra menor.”   

    Mas estamos em condições permanentes de guerra. E ela é tão acirrada, que as suas consequências temos nas inúmeras miséria em que o vive  povo, a parte derrotada dessa guerra. Não estamos em paz, fingimos que não há confrontos, mas eles estão ai, e visíveis. O Brasil não foi construido para ser um país, mas sim uma grande fazenda, uma grande mineradora, e o povo, apenas a mão de obra. E para se manter assim, exige-se uma estrutura de guerra.

    Engano seu achar que no Brasil há fracassos, não há fracassos na distribuição das riquezas, em transformar a mão de obra em cidadãos, pois isso faz parte do projeto.O Brasil não precisou das guerras para ser destruído, a elite que organiza o projeto da montagem do Brasil, causa prejuízos, se pensarmos em povo, terríveis.

    Saudações

  9. “…falta-nos algo que a

    “…falta-nos algo que a geografia sempre será incapaz de nos proporcionar, as condições permanente da guerra”. 

     

    Deve ser por isso que o oriente médio vai indo de vento em popa. Iraque, Afeganistão, Irã, Síria, Líbano. As guerras frequentes os tornaram os países mais desenvolvidos do mundo!

    Os EUA, isolados geograficamente, coitados, ficaram para trás, junto com o restante do continente americano. Já a China, ao contrário, é hoje um exemplo de desenvolvimento, com seu alto IDH!

    Não, “a falta de uma estratégia coerente e duradoura” no Brasil não é consequência da alta concentração de renda que atrasa o desenvolvimento, do entreguismo dos que governaram o país por séculos ou da exploração externa constantemente sofrida. É consequência do Brasil ser um país pacífico e não fazer guerras contra os vizinhos…

  10. A África está cheia de países

    A África está cheia de países desenvolvidos porque guerras e inimigos por lá nunca faltaram. Quanta bobagem e o Nassif ainda eleva esse tipo de comentário à condição de post.

  11. O Brasil aconteceu. E

    O Brasil aconteceu. E continua a acontecer. Não houve planejamento em colonizar o Brasil; sua colonização ocorreu de forma acidental.

    Em 1500 Cabral refez a rota de Vasco da Gama porque era mais fácil ir às ìndias pela costa brasileira e voltar pela costa africana do que ir por lá e por lá voltar: existe algo chamado correntes marítimas, que cem em cada cem historiadores teimam em desconsiderar. Em 1549, necessitando de uma base para esse comércio, fez-se uma cidade, e com ela um governo colonial. Até então, apenas 11 vilas haviam sido formadas em meio século de ocupação. Mas nos próximos 40, apenas cinco a mais foram adicionadas. Em 1700, duzentos anos depois do país descoberto, somente 50 municípios (incluindo as quatrro cidades) haviam sido implantados em todo ele. Foi acontecendo.

    Porque somos tão impatriotas e tão anti-lusitanos? Ora, nem portugueses fomos em nossas origens europeias iniciais! A primeira leva foi de judeus sefarditas; a segunda, já do início do século XVIII, de ciganos. Todos roubados, extorquidos, e, claro umas feras. Maldades, malícias, desconfianças, desespero à toda.

    Nosso país é um milagre!

  12. Acho que a maioria das

    Acho que a maioria das pessoas associaria a esse post uma certa visão de direita, um certo olhar suspeito a palavras como “a Alemanha nazista se ergueu após a primeira guerra”. O fato é que não havia Alemanha nazista na primeira guerra… De fato, mal havia Alemanha. A segunda guerra mundial não foi impulsionada por “vingança”, e sim por justiça. O Tratado de Versalhes foi um dos documentos mais mal intencionados já escritos pelo homem, e na visão de vários históriadores (incluindo Hobsbawn e Davies) era impossível que outra guerra não se seguisse à primeira. De fato, nas palavras de Hobsbawn, “A segunda guerra mundial começou em 1919, assim que o tratado de Versalhes foi assinado”.

    Contrariamente à opinião de muitos brasileiros, eu acredito que o Brasil deu muito errado. Na verdade, eu me surpreendo a cada dia com o quão estupidamente torto esse país é. E eu não digo “se tornou”, eu digo “é”, porque o Brasil nunca deixou de ser torto. O que será que deu errado aqui? Tomemos países como Japão, Polônia, Austrália… O primeiro foi completamente devastado ao longo de sua história e sempre foi desprovido de qualquer matéria prima em grande quantidade, e olhem aonde chegou? A Polônia, por sua vez, sumiu dos mapas durante 200 anos por ter sido dividida entre Alemanha, Rússia e Prússia. Mesmo após se reerguer de todos esses anos de domínio no início do século XX, foi logo em seguida submetida a uma probação hercúlea de ter duas guerras orquestradas em seu território, ser invadida tanto por russos quanto por alemães, não ter praticamente nenhuma ajuda aliada e ainda ficar 50 anos em baixo do comunismo assassino da URSS. Hoje em dia a Polônia faz parte da União Européia e foi o segundo país a sair da crise econômia mundial, atrás apenas da Dinamarca.

    Os exemplos anteriores são polarizados, pois citei dois países que sofreram absurdos com guerras. Mas e a Austrália? A Austrália é uma prova viva de que o Brasil já era. A colonização de Austrália foi feita mais de 200 anos após a descoberta do Brasil, e a primeira coisa que os ingleses fizeram foi matar todos os nativos que viram e devastar tudo. Logo após a matança, a Austrália se tornou uma prisão. Sim, uma prisão. Aquela ilha inteira recebia prisioneiros vindos do Reino Unido, e foi assim até pouco mais de uma centena de anos atrás. Esses prisioneiros, no calor Australiano, sem guerras, sem nada, conseguiram fundar um país que abriga 2 das 5 cidades mais desenvolvidas do mundo. Como é possível?

    Os Brasileiros foram abençoados com essa terra, que não oferece nada senão maravilhas. Foram abençoados. O que fazemos com ela? Recuso-me a sequer voltar a pensa nisso. O que nos falta é amor por esse lugar. Nunca nenhum brasileiro levantou o punho, beijou a bandeira e protegeu o que é seu. Nunca. Todos esses papos de guerra aqui são piada, perto do que o mundo já viu. Sim, falta guerra, falta motivo pra orgulho, falta olhar a bandeira e por a mão no peito. Falta nacionalismo. Se tivéssemos sofrido mais tentando nos defender, talvez valorizássemos o que hoje em dia nos pertence.

    1. Sem inventar a roda…

      “Nunca nenhum brasileiro levantou o punho… falta guerra… Se tivéssemos sofrido mais tentando nos defender, talvez valorizássemos o que hoje em dia nos pertence.”

      Valorizar a guerra é uma apologia ao chauvinismo. Que não leva a nada bom. Veja-se a quantidade de guerras entre Paquistão e Índia.

      Ao que levou a Bolívia ter sido exposta a tantas agressões de vizinhos?

      Não vamos escolher exemplos ‘sob encomenda’. Aliás, como foi possível o desenvolvimento australiano, que fez esse país alcançar indicadores similares aos do Canadá que nem prisões receberam? Apenas presença de ‘nacionalismo’?

      Taiwan e Singapura não foram construídas sobre escombros de guerras. Coreia e Japão sim.

      Os países e sociedades não se desenvolvem por guerras, nacionalismos ou regimes de exceção, desenvolvem-se APESAR deles. Se guerras são úteis para algum país é só quando o mesmo as provoca fora de seu território, como o caso do imperialismo do Império Britânico, que abria mercados consumidor e fornecedor.

      O que desenvolve países é o aproveitamento racional de recursos naturais, capital e recursos humanos.

      O mundo está sempre ‘inventando’ problemas, guerras, ‘inimigos’, financismos, discussões entre modelos políticos, etc para que seus dirigentes escapem de serem avaliados no que realmente interessa: a capacidade de organizar racionalmente recursos com liberdade.

       

       

  13. Perfeito. Inclusive, é por
    Perfeito. Inclusive, é por isso que todo mundo sabe que a ONU mente descaradamente todo ano dizendo que a Austrália tem o segundo melhor IDH do planeta, quando se sabe que aquilo lá é um mar de indolência e pobreza em função do isolamento geográfico.

  14. Belo post. 
    Na analise das

    Belo post. 

    Na analise das nacionalidades pode-se inferir dois paises quase iguais, Basil e Australia que tiveram basicamente um mesmo passado..hehe

     

     

  15. Temporal
    Olha o hiato citado no post sobre mudanças econômicas e sociais, Getúlio e Lula, Juscelino e FHC.
    E tem gente que acredita que o período da ditadura foi bom para o desenvolvimento do Brasil.
    Pelas citações são no mínimo 30 anos de nada.

    1. Não necessariamente

      É bem possível se dizer que o período da ditadura tenha sido bom para o desenvolvimento econômico, posto que o ambiente internacional era propício, o país apresentava condições de subdesenvolvimento que favoreciam uma redução de defasagem em relação a outros países da América Latina e algumas medidas adequadas foram adotadas.

      Omitir isso pode ser esquecimento ou proposital. Talvez não seja proposital, posto que a filosofia do post é sobre estratégia e atribuição de inimizades a inimigos externos (e no período militar houve a ‘construção’ de um inimigo hipotético.)

      O que não se deve nunca fazer é considerar o período de governo de exceção satisfatório pelo desenvolvimento econômico. Obviamente, em primeiro lugar, pelo indenfensável custo em direitos humanos e liberdade política. E, em segundo lugar, porque nunca é necessário um regime de exceção para se obter o desenvolvimento econômico, muitas democracias obtiveram resultado comparável ao do Brasil.

       

       

  16. Que bom que…

    “Falta-nos o desejo de vingança (que fez a Alemanha Nazista erguer-se após a I Guerra Mundial para iniciar a II) e o medo do inimigo externo mais poderoso (que fizeram a Russia e China se superarem)… falta-nos algo que a geografia sempre será incapaz de nos proporcionar, as condições permanente da guerra.”

    Achei um absurdo essa apologia do belicismo.

    E “Não nos falta colhões…” é uma expressão sexista. Pode-se usar ‘não nos falta coragem…’ sem nenhuma perda para o entendimento.

    1. Essa é a parte que mais

      Essa é a parte que mais concordo!!! E não é apologia e sim uma constatação pura e simples da consequência visível nos países com estas características,

       

      A guerra é uma coisa horrível mas dela vem a maior vontade de uma nação ser nação. Um sentimento COLETIVO que falta ao Brasileiro justamente pela falta de conflitos externos.

      Os franceses já foram governados por alemães. Vc acha que nenhum francês lembra disto? Não acha que isso é um incentivo para o trabalho do país? Um incentivo a projetos nacionais? Idéias ambiciosas?

      Ou vc acha que para o povo francês tanto faz ser governado por um alemão ou um  francês. Poderia ser um Chinês então. tanto faz.

      Os oriundos deste ambiente querem que seu país se fortaleça para literamente não morrer. Como morreram seus bisavôs, tios-avôs e etc..

       

      Mas aqui, assunto é o próximo BigBrother, Carnaval e futebol… enfim, coisa séria a brasileira.

      Essa história de se preocupar com outros povos é coisa de quem não ve bunda em carnaval. Poderiam estar perdendo seu tempo em bundas mas não, quer ganhar o mundo. Eles devem ser loucos, normais somos nós, apreciadores de bundas.

       

       

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