O banco de dados da saúde

Por LUCIANO GM

Comentário ao post “Setor de saúde à espera da grande reforma

O modelo desenhado pelo Nassif é o americano. se você está empregado terá direito à saúde privada – via plano de saúde – pago em parceria com o empregador ou custeado pelo empregado via sindicato ou associações. Caso esteja fora disso, irá para o SUS.

O Governo Federal já está – afirmo, está – criando o prontuário médico – eletrônico – do cidadão via Cartão Nacional de Saúde. Esse prontuário apresentará registros de atendimentos, em consultas, em internações, em exames laboratoriais e de imagem. Será um grande banco de dados da saúde contendo todos os dados acerca da saúde dos brasileiros, colhidos tanto da rede privada quanto da rede pública.

Cada atendimento poderá ser registrado, como o resultado desse atendimento de saúde. Isso poderá projetar custos – e possibilitar fechar os ralos das fraudes e dos desvios de dinheiro e materiais por onde escoam os recursos – do SUS, necessidades materiais (insumos gastos em cada atendimento médico e, inclusive, fornecimento de medicamentos para cada paciente portador de doenças crônicas) e humanas (médicos especialistas e equipes de saúde básica, por exemplo – dimensionar e projetar a formação de médicos e enfermeiros especialistas, operadores de equipamentos de imagem, radioterapia, etc.) do SUS. Uma revolução na saúde. O Mais Médicos é só a ponta do iceberg. Após idas e vindas parece que a situação evoluindo.

E até o IBGE está em campo colhendo informações – colendo amostras para exames de sangue e urina – a respeito da saúde do brasileiro.

Veja reportagem de cinco dias atrás a respeito da segurança desses dados no link:

Do Convergência Digital

Por privacidade, governo redobra cautela com Registro Eletrônico de Saúde 

Ana Paula Lobo e Luiz Queiroz 

Um dos projetos mais esperados na TI brasileira – o Registro Eletrônico de Saúde – que terá como meta reunir as informações dos 250 milhões de brasileiros num único banco de dados, administrados pelo Datasus, como forma de agilizar o atendimento médico à população, teve o debate sobre privacidade de dados ainda mais aguçado após os escândalos de espionagem. 
 
“Todos os sistemas estão sujeitos a invasões de bancos de dados. O que nós queremos fazer- e estamos com uma cautela essencial – é estabelecer os procedimentos para definir, de forma muito clara, quem terá acesso aos dados e quem poderá dispor desses dados”, diz em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, o diretor de Informática do Datasus, Augusto Gadelha.
 
O executivo, que participou do II Fórum Sulamericano de Líderes de TI de governo, realizado pela Ação Informática, nesta quarta-feira, 09/10, em Brasília, sustentou que já há regras definidas para o registro eletrônico de saúde. “somente o cidadão, que é o interessado em ter acesso irrestrito às informações o terá. E somente ele poderá definir se terceiros vão ter acesso a esses dados”, conta. Sob o temor de invasões, Gadelha foi taxativo.
 
“O prontuário eletrônico e o de papel são passíveis de roubo, de invasão. A questão é que no caso do Registro Eletrônico de Saúde poderá possibilitar acesso de informações de mais de 250 milhões de brasileiros. No prontuário de papel, isso acontece um a um. Mas não dá para evitar o uso da tecnologia. Ela é crucial para agilizar o atendimento”, diz. E nesse uso de TICs, a computação em nuvem não foi descartada. Ela não virá para o Registro Eletrônico de Saúde, mas abre oportunidades para outras aplicações. “Não podemos fugir da nuvem. Ela tem de oferecer, sim, é segurança para as aplicações”. Assista a entrevista concedida por Augusto Gadelha.
 
Redação

4 Comentários

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  1. Registro Eletrônico de Saúde

    Nunca os abastados aceitarão os cidadãos comuns serem tratados com está tecnologia administrativa, quanto mais os planos de ampliação das bases de pessoal e de equipamentos. De qualquer forma o caminho em implantação economizará muitos recursos, tanto para o SUS quanto para os planos privados.

  2. Revolução na saúde por uso

    Revolução na saúde por uso dessa “tecnologia administrativa” ahahahaahaha. Piada de péssimo gosto. Só quem nao conhece p falar uma coisa dessa.

  3. Essa tecnologia está longe de

    Essa tecnologia está longe de significar essa revolução toda. Só com muito otimismo ou desconhecimento da realidade p enxergar tamanho beneficio no cartão sus, comprivadamente cheio de falhas. O sus além dos poucos recursos que tem, da má gestão,  é também um verdadeiro ralo de recursos que o cartão nao ajudou a modificar. ‘mas qd houver a unificação dos cadastros’… 

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