Um funcionário por semana foi demitido do governo Bolsonaro

Em menos de 250 dias de governo, pelo menos 34 funcionários que formaram parte da estrutura de gestão do mandatário já foram demitidos

Jornal GGN – As duas demissões em poucos dias, do presidente do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e do secretário especial de Cultura, é marca registrada dentro do governo de Jair Bolsonaro.

Em menos de 250 dias de governo, pelo menos 34 funcionários que formaram parte da estrutura de gestão do mandatário já foram demitidos. Isso significa, em média, uma saída por semana do governo. As contas foram feitas pelo jornal Estadão, que listou diretores e secretários executivos de órgãos subordinados ao governo ou Ministérios.

Somente na última semana, Roberto Leonel teve que sair do Coaf após o decreto do mandatário que impôs mudanças na pasta, e ontem, o secretario especial de Cultura José Henrique Pires também abandonou o governo, após o mandatário censurar séries LGBT.

Ao público, Pires afirmou que a suspensão do edital da Ancine com as produções de temáticas LGBT foi “a gota d’água”, mas que ja vinha “acontecendo” e que ele estava sendo “uma voz dissonante interna”. “Não chancelo a censura”, afirmou, antes de deixar o posto. Leia mais aqui.

Além disso, nos três primeiros meses de gestão, Bolsonaro demitiu 3 ministros: Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, Ricardo Velez do Ministério de Educação e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, também da Secretaria-Geral.

Estas três demissões de postos importantes de um governo foram ocasionadas por conflitos internos das alas militar, olavistas e de Paulo Guedes, ou no caso de Bebianno, por acusação de candidaturas laranjas do PSL.

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O ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy também decidiu se demitir da presidência do BNDES, depois de um comentário de Jair Bolsonaro afirmando que estava “por aqui” com Levy.

No INPE, o ex-diretor Ricardo Galvão foi exonerado após divulgar informações sobre o aumento do desmatamento da Amazonia em 2019.

Redação

2 Comentários

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  1. O que Bolsonaro me faz parecer é que deseja denegrir, degradar, debochar e esculachar com o sistema presidencialista, com a democracia e com o estado de direito. Depois de tudo arrasado, enfraquecido, desfigurado e desestruturado é bem possível que, bem ao seu estilo e com altas cargas de humilhação, ele promova a divulgação do total acovardamento em que as instituições defensoras da democracia, do estado de direito e da liberdade se colocaram diante de seus abusivos, agressivos, provocativos e planejados método de enfrentamento. Talvez incite a população para que o ajude a sepultar de vez tudo que possa levar a liberdade, a livre arbítrio, ao livre pensamento, a livre expressão e ao livre viver. Entendo que ele trabalha para destruir, pelo deboche e pelo esculacho, os pilares constitucionais da nossa república federativa, para implantar uma espécie de Nazitotalifascismo e mais tudo que for de pior e horrível para a população trabalhadora e eleitora.

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