Jornal GGN – O governo de Jair Bolsonaro estaria acatando a pedidos da política internacional dos Estados Unidos. Além do próprio alinhamento de Bolsonaro ao também polêmico presidente norte-americano, Donald Trump, o pedido agora coloca em risco a crise na Venezuela.
Isso porque a solicitação da Casa Branca é para o governo do mandatário brasileiro apresentar uma resolução nas Nações Unidas, ONU, contra o regime de Nicolas Maduro no país fronteiriço. A pressão que parte dos EUA é para a derrubada do governo venezuelano e, para isso, conta com a ajuda do mandatário brasileiro.
A resolução internacional é um mecanismo de forte pressão diplomática contra o país alvo. Já passaram por situações similares a Coreia do Norte, Síria, Sudão e Burundi. De acordo com informações do blog de Jamil Chade, a estratégia ofensiva partiu do Departamento de Estado norte-americano, que nem parte dos próprios vizinhos do Grupo de Lima aceitou.
O Grupo de Lima, formado por países do continente americano, foi criado com este intuito de criticar a situação do governo de Maduro na Venezuela. Entretanto, nem todos os 12 paises membros concordaram com a resolução, levada pelo governo Bolsonaro aos demais países como uma reação conjunta. México e Cuba, por exemplo, afirmaram que não apoiam a medida.
Mas o pedido de Trump foi aceito por Bolsonaro, que ainda estaria analisando como apresentar a resolução à ONU. A medida é vista com receio e como uma prática dos Estados Unidos para apresentar projetos nas Nações Unidas que fossem de seu interesse, por meio de “governos frágeis”, assinalou o blog de Jamil Chade.
A consequência, na prática, é de o Brasil se apresentar como um fantoche dos EUA em decisões diplomáticas ou de relações exteriores e, caso derrotada a resolução, apenas o Brasil sai prejudicado, mantendo a proteção dos EUA nestes assuntos.