Afinal das contas o que é Aleppo? O PIG brasileiro ensinando o New York Times (na parcialidade, é claro!)
por Rogério Maestri
Na campanha norte-americana a presidência da república tem geralmente vários candidatos, porém a imprensa daquele país simplesmente ignora-os fazendo uma cortina de fumaça e não os mostrando, porém neste ano há um candidato do Partido Liberário, um partido liberal, porém com um discurso não intervencionista no exterior que não é racista como Trump nem militarista como Hillary.
Pois Gary Johnson, candidato do Partido Libertário está atingindo um patamar de intensões de votos em torno de 8% a 11% que incomoda sobremaneira o establishment norte-americano, pois mesmo sendo um liberal clássico não quer política contra a imigração, quer a liberação da maconha e não quer os Estados Unidos metidos em conflitos internacionais.
Numa entrevista dada a uma rede de TV, um jornalista perguntou ao candidato que ele faria com Aleppo, este mostrou uma total desinformação sobre política internacional e perguntou ao entrevistador: O que é Aleppo?
Como o New York Times apóia explicitamente a candidata Hillary Clinton aproveitaram para dentro da redação fazer uma crítica ao candidato Gary Johnson, ensinando-o o que era Aleppo.
Porém na ânsia de humilhar o candidato o jornalista na tradição brasileira de escrever besteiras disse quase assim:
Ora, ora seu candidato burro não sabe que Aleppo é a capital do Estado Islâmico?
Qual o problema, Aleppo não é e nunca foi a capital do Estado Islâmico.
Vendo a barrigada veio a primeira correção:
Ora, ora seu candidato burro não sabe que Aleppo é a capital da Síria e a capital da EI é Raqqa?
Qual o segundo problema, Aleppo não é e nunca foi a capital da Síria.
Vendo a segunda barrigada veio a segunda correção:
Ora, ora seu candidato burro não sabe que Aleppo é a segunda cidade mais importante da Síria e a capital da EI é Raqqa?
Bem não foi bem assim o texto, mas era para parecer assim, e mais uma vez se vê que quando um jornal começa a apoiar incondicionalmente qualquer candidato na política a ânsia em tentar desqualificar os outros, desqualifica o próprio jornal.
Que sirva de lição daqueles que acham que os USA é o máximo em tudo, e que uma imprensa comprometida e parcial sacrifica a profissão não importa em que país.
CORREÇÕES do NYT
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O que é Aleppo
Aleppo foi uma bela e próspera cidade. Destruída pelo inverno árabe. A tempestade veio nas patas dos cavaleiros do apocalypse. Abatendo-se e abatendo a cidade e o seu povo. A tempestade e a escuridão ficaram ocultas sob as falsas flores de uma primavera rubra. Enquanto dois continentes tigiam-se em vermelhos viam-se apenas sorrisos dos que a sopraram. Não foi a primeira e nem será a última vítima dos semeadores de tormentas.
Faluja não é distante. Tantos mortos e há tão pouco tempo. Ninguém mais se lembra. Perto também está Mossul. Porém, num contexto distante. A sua próxima destruição e os que perecerem não farão parte das perguntas de nenhum jornalista yankee. O seu manual de redação dirá que o assunto deve ser tratado de modo diferente.
afinal….
Para nós brasileiros interessa que a barbarie termine num país-irmão como a Siria. Patria de milhares de cidadãos que imigraram e ajudaram a construir nossa história. Mas interessa em perceber a hipocrisia quando interessa a ONU, Europa e EUA. É facil criticar a Siria e o Irã, enquanto se apoia uma ditadura sanguinaria e terrorista como a Arabia Saudita. Quando se esconde suas atrocidades cometidas no Iemen e no Iraque. Sua influência politica e financeira na ditadura militar egipcia. Nos milhares de atentados terroristas que articula e financia contra as populações xiitas de ascendência religiosa iraniana. A ONU se cala e se omite. Excelente lição para o Brasil diminuir sua inocência e perceber como são as relações politicas internacionais.