Ao vivo: Fórum Social Mundial 2021 discute “outro mundo possível”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O FSM 2021 está reunindo lideranças internacionais, grandes nomes dos movimentos sociais, cultura, intelectuais, uma alternativa ao Fórum Econômico de Davos

Jornal GGN – Com centenas de paineis, palestras e atividades, o Fórum Social Mundial 2021 está reunindo lideranças internacionais, grandes nomes dos movimentos sociais, cultura, intelectuais, acadêmicos para discutir um “Outro Mundo Possível” para o planeta, uma alternativa à proposta do Fórum Econômico de Davos.

O evento teve início no último sábado (23), com uma marcha virtual e o debate “Qual é o mundo que queremos hoje e amanhã? – não é o mundo de Davos”. Nele, participaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-ministra do Mali Aminata Dramane Traoré, a indígena honduranha Miriam Miranda e outras lideranças internacionais.

Como o próprio nome da abertura declarou, “não é o mundo de Davos” o que está sendo exposto nestes oito dias de evento, na edição que este ano é inteiramente virtual, acessível a todo o mundo e que já completa 20 anos. Nascida de uma movimentação dos próprios trabalhadores, a intenção desde lá era essa: a perspectiva da classe trabalhadora sobre o que esperam da economia mundial.

Além do painel de abertura, entre domingo (24) e este sábado (30), a programação do evento internacional está repleta de debates e palestras agrupados em 8 eixos temáticos: paz e guerra; justiça econômica; comunicação, educação e cultura; feminismo, sociedade e diversidade; povos originários; democracia; justiça social, e mudança climática e meio ambiente.

E, apesar de entrarmos no ano 2 da pandemia de Covid-19, é justamente por isso que o Fórum Social Mudnial declara a “urgência de mobilizar forças sociais e ampliar campos de atuação, fortalecer lutas emergenciais e resistências populares, promover diálogos, defender alternativas e alinhar estratégias de pressão por Outro Mundo Possível”. Nessa busca de um “outro mundo”, anunciam que “não há tempo a perder.”

Nestes oito dias, 7 paineis de debates foram organizados para coletivamente por grupos específicos, além de atividades e iniciativas virtuais ocorrendo ao mesmo tempo. Os paineis principais ocorrem entre 11h e 13h de domingo a esta terça (26).

São centenas de paineis e atividades acontecendo todos os dias. No último domingo, o tema foi Paz e Guerra. “É impossível conseguir uma Transformação Social e Ecológica (que é o objetivo principal deste FSM) sem paz. Isso implica, antes de tudo, um desarmamento universal por razões políticas, econômicas, ambientais e sociais”, defendeu o debate, com participação de diversas organizações sociais.

Também no mesmo dia, Boaventura de Sousa Santos participou da abertura da Universidade do Bem Viver (UBV), uma campanha para difundir a Economia Social Solidária:

Nesta segunda (25), a pauta principal foi Justiça Econômica, com pesquisadores de economia solidária e Democratizar a Economia, como Joao Paulo Rodrigues do MST, Eric Toussaint da Belgica, Luciana Ghioto da Argentina, entre outros.

Ontem, o ex-senador Eduardo Suplicy também realizou a abertura do painel “Renda Básica Universal – Ganhar em liberdade assegurana a subsistência“:

E na data de hoje, o tema principal do Fórum Social Mundial é “Comunicação, Educação e Cultura”, com exemplos de tecnologia, conhecimento, liberdade de imprensa e educação popular, com destaque especial para a pedagogia de Paulo Freire:

Também na data de hoje, em um marco decisivo para o jornalismo brasileiro, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) lançou o Relatório da Violência contra Jornalista e Liberdade de Imprensa – 2020. O documento aponta que os ataques à imprensa e as agressões diretas a jornalistas explodiram no país no ano passado, e foi lançado no FSM:

Todas as palestras e atividades estão sendo transmitidas ao vivo pelas entidades associadas e pelo Facebook do FSM.

Abaixo, mais informações:

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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