BCE volta a aumentar liquidez para Grécia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O Banco Central Europeu (BCE) concedeu nesta quinta-feira (25), pelo quinto dia útil consecutivo, liquidez adicional aos bancos gregos por meio de créditos de um fundo de liquidez de urgência, informaram fontes próximas do BCE.
 
“O Banco da Grécia obteve a quantidade que tinha pedido na reunião do conselho de governadores do BCE”, adiantaram as mesmas fontes citadas pela agência de notícias espanhola Efe. Como nos dias anteriores, não especificaram o montante.
 
O conselho de governadores do BCE “reúne-se nas próximas 24 horas, se for necessário”, adiantaram.
 
Hoje foi o segundo dia consecutivo em que se fala de injeção de liquidez sem mencionar o limite dos créditos que os bancos gregos podem pedir ao BCE por meio do Mecanismo de Assistência à Liquidez (ELA).
 
Segundo fontes locais, o limite do crédito atingiu na terça-feira cerca de 88 bilhões de euros.
 
O fato de o limite não ter sido aumentado supõe que se registou um ligeiro retorno de depósitos e a desaceleração das saídas de fundos que, na terça-feira (23), ficou entre 100 e 200 milhões de euros, um nível alcançado pela última vez em maio.

 
Segundo fontes bancárias citadas pela Efe Dow Jones, os problemas de liquidez que afetam a economia grega, que depende exclusivamente dos créditos de emergência do Banco Central Europeu, limitam a margem de negociação do primeiro-ministro, Alexis Tsipras, para conseguir melhores condições no acordo com os credores na reunião desta quinta-feira.
 
As injeções de liquidez do BCE com aporte dos recursos da ELA foram feitas uma vez por semana, até a semana passada, sempre com o objetivo de manter uma “almofada” de reservas de cerca de 3 bilhões de euros.
 
O programa de provisão urgente de liquidez permite aos bancos gregos financiar-se de forma excepcional a curto prazo por meio do Banco da Grécia, mas a uma taxa de juro mais elevada do que a atualmente pedida pelo BCE nas operações ordinárias de refinanciamento, de 0,05%.
 
Desde que o BCE deixou de aceitar, em fevereiro, títulos gregos para as operações de refinanciamento, os bancos do país praticamente só têm acesso a liquidez com recursos da ELA.
 
Para que o Banco da Grécia possa conceder este financiamento excepcional é necessário que os bancos gregos sejam solventes. A Grécia assume o risco creditício desses empréstimos.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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