A reforma das instituições de governança global e os meios para lidar com a retração econômica mundial vão estar no topo da agenda do encontro de líderes do BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) quarta e quinta-feira, em Nova Délhi. A economia dá sinais de recuperação em alguns países desenvolvidos e emergentes, mas ainda persiste uma grande preocupação com a zona do euro, que deve receber ajuda do grupo por intermédio do FMI
O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, anfitrião do encontro, vai propor a criação de um banco multilateral de desenvolvimento comandado por países emergentes, instituição que vem sendo chamada de Banco Sul-Sul ou Banco de Desenvolvimento do BRICS. Seria uma espécie de banco paralelo ao Banco Mundial (BM) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), independente dos jogos de poder que dominam há décadas essas duas instituições, destinado ao financiamento de projetos nos países em desenvolvimento.
A ideia já tinha sido lançada no ano passado, durante o encontro do BRICS em Sanya, na China, mas ganhou força com o ritmo lento das reformas do sistema de cotas e de governança no FMI e no Banco Mundial. A Índia propõe que a presidência do novo banco seja rotativa entre os cinco integrantes do BRICS, mas enfrenta resistência da China que, por seu peso econômico, queria ocupar o posto com prioridade.
Segundo o Itamaraty, o Banco de Desenvolvimento do BRICS ainda está em uma fase embrionária. É provável que no encontro em Nova Délhi os líderes aprovem a formação de grupos técnicos de trabalho para formatar a instituição…
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