Jornal GGN – Desconsiderando as recomendações de alunos, professores e até do governador da Virgínia, o presidente da Liberty University, Jerry Falwell Jr., insistiu que os dormitórios da instituição permanecessem abertos. Como resultado, pelo menos uma dúzia de estudantes da universidade provavelmente contraíram coronavírus.
Como explica o jornal norte-americano The Washington Post, pode-se pensar que a decisão de Falwell representa apenas uma lealdade obstinada ao presidente Donald Trump, que insiste na retomada das atividades do país em breve.
Contudo, as raízes da instituição remontam a um período em que as faculdades cristãs fundamentalistas desenvolveram uma estrutura autoritária que deixa a decisão de reabrir as instituições como a Liberty University nas mãos de pessoas como Falwell.
Em linhas gerais, as faculdades e universidades fundamentalistas formam os alunos para carreiras como professores, engenheiros, médicos e advogados, mas dentro de uma atmosfera que era seguramente fundamentalista. Para manter suas decisões independentes de conselhos ou convenções, algumas das instituições decidiram por um líder único e inquestionável.
E esse tipo de cultura levou a consequências que podem se espalhar por além do campus estudantil. Com mais de mil estudantes hospedados nos dormitórios, Falwell criou condições quase perfeitas para o avanço da COVID-19.
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Nada como um choque de ciência e realidade para ir minando a fé-cega de muitos que estavam iludidos pela pregação da prosperidade eterna comandada pelos escolhidos, ricos, brancos e blue eyes. Sorte deles que um grande jornalista, ex-correspondente de guerra e escritor Chris Hedges, já em 2009 estudava fenômenos que o ajudaram na publicação de seu best-seller “O Império das Ilusões”. Com tempo agora para o isolamento, podem recorrer a leitura.