Crescimento só com valorização de salários, entende Agência da ONU

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Assis Ribeiro

Da BBC Brasil

Unctad defende valorização de salários para sustentar crescimento

A Agência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad) defende a valorização de salários como uma forma de estimular o mercado interno nos países emergentes e dar sustentabilidade ao seu crescimento econômico.

Em um relatório recente, a agência alertou que o modelo de economia baseado em exportação não é suficiente para garantir o crescimento em longo prazo dos países emergentes e que estes terão que reconsiderar as estratégias de desenvolvimento que têm sido excessivamente dependentes das exportações.

 

A Unctad diz que depois do período de alta no preço das commodities agrícolas e minerais, as economias em desenvolvimento sofrem agora com a desaceleração dos países mais ricos, os principais compradores desses produtos.

Segundo o relatório, os “formuladores de políticas dos países em desenvolvimento precisam dar maior preso à demanda doméstica” para compensar as perdas com a queda nas exportações e a queda no preço das commodities.

Comércio Sul-Sul

O relatório diz, ainda, que no longo prazo “se muitas economias em desenvolvimento e em transição simultaneamente concederem à demanda interna um papel maior em suas estratégias de crescimento, suas economias podem se tornar mercados uns para os outros, estimulando o comércio Sul-Sul”, diz o documento.

Neste sentido, a Unctad vê a criação de empregos combinada a aumentos de salário como uma forma de “criar uma demanda doméstica suficiente para tirar vantagem de todos os aspectos das crescentes capacidades produtivas, sem ter que depender da continuidade do crescimento das exportações”.

O modelo proposto pela Unctad tem baseado parte da política econômica brasileira, hoje alvo de críticas em virtude da desaceleração do crescimento. A organização também defende políticas que vão na contramão do que se aplica em boa parte da Europa em crise, ao pregar aumento dos gastos públicos.

“O setor público pode impulsionar ainda mais a demanda interna através do aumento do emprego público e do investimento em empresas”, diz.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. O crescimento da economia e o mercado de trabalho

    Este movimento já havia sido detectado em matéria recentemente postada neste blog 

    O que efetivamente movimentou a economia brasileira não foi o consumo, este é conseqüência. Na realidade, a alteração fundamental ocorrida, em relação ao setor interno,  foi a inserção no mercado de uma imensa quantidade de mão de obra produtiva(mais de 30  milhões de novos empregados), e sob a mesma ótica, no setor externo, foram buscados novos mercados (Ásia, África).

    No que se refere a este tema, o imenso desemprego hoje existente na Europa e EUA, e a incapacidade de retomada de suas economias, tem sua gênese exatamente na falta de observância destes indicadores, sendo o segundo (inércia da economia) conseqüência do primeiro (aumento do nível de desemprego).

    As medidas de austeridade, tomadas frente a uma situação de crise financeira dos Estados, tiveram como foco apenas o mercado (empresarial-financeiro), sendo que, um componente essencial, os trabalhadores, somente foi considerado como um insumo, o qual deveria ter restringida sua utilização e diminuído seus custos.

    Este foi o grande erro cometido pelos governantes ao seguirem receitas de economistas que tem suas teses centradas somente no mercado.

    Tais medidas tem conseqüências terríveis.

    O Estado, frente a crise financeira, criada exatamente pelo mercado, assumiu a conta do prejuízo, sendo que, em razão da assunção de tal ônus, perdeu de forma substancial sua capacidade de investimento e de direcionamento da economia (para que esta, primordialmente, atendesse a sociedade e não o mercado).

    Infelizmente, na contra-mão do acima delineado, os estados, ao contrário, passaram a cobrar justamente da sociedade os custos de tal situação.

    Assim, na Europa e Estados Unidos, ao mesmo tempo em que eram suprimidos empregos na iniciativa privada e reduzidos encargos e salários, o setor público também cortava benefícios sociais, recursos para a educação, saúde, assistência social, previdência, etc…

    Mas não foi só isso, aspecto mais grave, sem a interferência do Estado, o mercado em sua auto regulação, como política administrativa de gestão, passou a prescindir do trabalho (reduzir o quadro de empregados) e ao mesmo tempo aviltá-lo (diminuição do valor real dos salários, exigência de aumento de produtividade, engessamento das reivindicações trabalhistas em face do contingente de desempregados – neste caso diminuição dos custos de qualificação que passaram a ser questão de “empregabilidade”).

    Pois bem, é exatamente nesse ponto se instala uma situação cíclica.

    No caso, com a retirada de uma grande massa de trabalhadores do setor produtivo, este contingente, além de parar de produzir, passa, instantaneamente a onerar um estado combalido pela assunção dos referidos “novos” encargos financeiros, e que, em face de sua incapacidade de investir, inevitavelmente passa a ser um “entrave” na retomada do crescimento.

    Como corolário lógico, com a diminuição em grande escala da mão de obra produtiva (e, com a geração de capacidade ociosa), necessariamente há uma diminuição da produção (PIB) do país, e isso, por si só, já é grave, mas, e se somarmos o custo da assunção automática do ônus social decorrente de tal situação, pelo estado, teremos então, um quadro caótico e impossível de ser resolvido pelos mecanismos clássicos da economia.

    Eis, portanto, o nó górdio, os Estados, com dívida interna/PIB, extremamente alto, passam, segundo o receituário dos economistas de plantão, a adotar medidas de austeridade fiscal, redução de investimentos, desoneração da produção de forma dispersa,  centrada, sem critérios definidos, em setores vinculados a exportação (via diminuição, isenção de impostos e em busca de novas divisas).

    Por paradoxal que seja, desta forma, para salvar as empresas e o setor financeiro que criaram a crise, os estados instauram nova crise, só que desta feita, mudam os pólos, a crise do mercado/sistema financeiro, passa a ser eminentemente crise social (e por conseqüência, do cidadão/Estado).

    Assim, definido o contexto, qual a saída.

    No estado brasileiro, com a crise instalada em países do primeiro mundo com capacidade industrial instalada, a política de ampliação das exportações para estes países revela-se estrategicamente equivocada, no caso, esta política deveria ser substituída por outra que se restringisse a manutenção das  atualmente existentes e, na busca de novos mercados, isso, concomitantemente com o reforço do mercado interno (e, gize-se, só neste ponto, as desonerações, que neste caso, funcionariam como investimento do estado), com vista a manutenção do pleno emprego, que como explicitado acima, é essencial.

    Ainda, o incentivo a globalização (política das campeãs nacionais) deve ceder terreno e, notadamente num mercado como o brasileiro, majoritariamente interno, deve-se prioritariamente manter e ampliar as virtudes e a competência vinculada aos setores afetos a ambos mercados – externo e interno (e.g.. manter e aumentar o crédito ao setor agro-pecuário), restringir a entrada de bens de consumo e, ampliar as possibilidades de investimento em bens de capital.

    Voltando ao tema central ….

    Analisando nossa situação, comparativamente, é preciso ter claro a existência de um equívoco na abordagem dos economistas sobre os pilares em que se sustenta  o modelo de mercado brasileiro e que resultou nesta situação de pleno emprego e razoável crescimento.

    O que efetivamente movimentou e consolidou a economia  brasileira não foi o consumo, este é conseqüência.

    Na realidade, a alteração fundamental ocorrida, em relação ao setor interno,  foi a inserção no mercado de uma imensa quantidade de mão de obra produtiva(mais de 30  milhões de novos empregados), e sob a mesma ótica, no setor externo, foram buscados novos mercados (Ásia, África).

    Essas medidas constituem-se na equação básica da atual economia brasileira (ou de qualquer parte do mundo), há que se oportunizar que as pessoas produzam, pois, de um modo ou de outro estas pessoas atuam nas duas pontas, ao tempo que produzem passam a adquirir o potencial de consumidores.

    No reverso da medalha, resta que estas pessoas, quando marginalizadas do sistema produtivo, ainda, assim, tem sua sobrevivência (digna) como obrigação e fundamento moral do Estado.

    Em outros termos, quando o sujeito passa de mão-de-obra ociosa a mão de obra ativa e produtora de riqueza, num país como o Brasil, onde mais de 30 milhões passaram a gozar o status de empregados, a riqueza produzida e a diminuição dos encargos do estado é imensa.

    Guardadas as proporções, mas em sentido contrário, na Europa e EUA, neste momento acontece movimento inverso.

    Tal é a premissa básica, o emprego, ainda que não essencial ao mercado (capital) que o encara  como insumo  e, por isso, busca reduzir seu custo ( nesse caso, o desemprego surge como  fator de aviltamento do valor/labor), em contrapartida é essencial ao Estado, não apenas na acepção capitalista de produção, mas em sua concepção de proteção à dignidade humana, eleita como um dos fundamentos de sua existência.

    Assim, com suporte na fundamentação acima, entendo como totalmente anacrônicos, economistas que retomam a pregação do desemprego, da necessidade de diminuição da atividade do mercado, etc.  Em outros termos,  a tônica destes “economistas” é a mesma que dizia que aumento real de salário gera inflação,  só que o vilão agora, deixou de ser o aumento do mínimo, e passou a ser a mão de obra (ou melhor, o encarecimento desta (se é que racionalmente possa se dizer que um salário mínimo seja “caro”), daí o discurso da necessidade de enxugar o mercado (eufemismo usado para substituir a palavra demitir-desempregar).

    En passant, este não é um discurso meramente retórico, estes economistas, ligados a setores empresariais, e que também por isso, tem largo espaço na mídia, hoje, no Congresso, definem como fundamental  a retirada da multa acessória de 10% sobre o valor do FGTS no caso de despedida imotivada.   A intenção é clara, e nem mesmo é preciso fazer um exercício intelectual para entender  os interesses que movem tais alterações legislativas.

    Ora, se tais movimentos conseguirem seu intento, estaremos, em pouco tempo, semelhantes à Europa, com uma economia em recessão e com milhões desempregados a buscar amparo em políticas de sustentação social a serem patrocinadas pelo Estado.

    Isso gera um círculo vicioso, pois, a mão de obra ociosa, que pode impulsionar a produção, é mantida como fator de contenção para o aumento de salários e de desestimulo a eclosão de movimentos organizados desta parcela da população.

    O interessante nesta questão, é que, em 2008, quando na realidade eclodiu a crise, este desdobramento não foi devidamente ponderado, ou seja, não foi dado o devido peso a tal circunstância, manteve-se o foco na produção e em sua recuperação.

    Esqueceram-se de coisas simples e básicas, a economia norte americana e européia, baseada em investimentos na Bolsa para o futuro gozo de aposentadoria ou mesmo de escolas para seus filhos sofreu um duro baque.

    Assim, de uma hora para outra, quem tinha um portfólio com rendimentos suficientes para garantir a aposentadoria e a universidade de seus filhos, passou a ter que refazer seus cálculos de tempo de serviço… precisava mais três…mais quatro … mais…   quantos anos de serviço…

    E, nesse ínterim, toda uma massa de jovens tentando ingressar no mercado de trabalho.

    A economia, nesse ínterim, com a adoção das medidas já enumeradas, simplesmente se adaptou, mas, e os  trabalhadores, e o mercado de trabalho, estes, ao fim e ao cabo, perderam alguns anos de árduo serviço???

    Mais um erro crasso, consideraram que tal fator era irrelevante.

     Esqueceram da premissa básica, o mercado faz parte da sociedade, e somente quando essa se desenvolve plenamente,  esse pode crescer saudavelmente, do contrário, criam-se guetos, estimulam-se radicalismos, aviltam-se  direitos essenciais das pessoas.

    E, é exatamente  isso que está ocorrendo.

    Não há ressalvas, o resultado das referidas políticas está explícito nos números de desemprego, em ressurgentes condutas fascistas e xenófobas, etc…

    Esses são os dados, estas as opções, cabe a nós darmos sustentação a um modelo ou outro, e, de qualquer forma, gozarmos as benesses ou arcarmos com as conseqüências, sendo que, inevitavelmente será cobrada a nossa quota de responsabilidade ( moral , social e humana).

    Fecho  a análise.  

    Tem outra mudança em, curso (interna), e ai se poderá ver se o mercado brasileiro amadureceu, ou, se ainda pensa como os colonizadores, e, aí, nessa hipótese, estará assinando sua própria sentença …e a nossa…

    Refiro-me, nesse ponto, ao fato que,  agora, em agosto/setembro, deve ocorrer a primeira etapa de surgimento das chamadas “janelas de oportunidade” no ramo empresarial, estas em razão da realização da Copa das Confederações e posterior Copa do Mundo e Olimpíadas.

    Num mundo (essencialmente capitalista) este será o chamado ponto de mutação, os primeiros que se situarem dentro das melhores posições terão as vantagens decorrentes de tal iniciativa.

    Assim é que, inevitavelmente, neste segundo semestre, haverá uma mudança no foco dos empresários, que sabem (não necessariamente) que no atual panorama mundial é essencial a tomada de posições nos setores da economia que receberão verbas e incentivos governamentais.

    Deste modo, resta saber se o governo  saberá manter sua política essencial, a do pleno emprego, para que então se tornem viáveis outras análises sobre o futuro da economia brasileira. 

    Algumas variáveis e seu contexto…

    Consoante tal entendimento, algumas medidas como a depreciação cambial (novamente implementada pelo governo), somente devem ser levadas a cabo em conjunto com outras medidas tendentes a manter o nível de emprego e o valor de compra de produtos essenciais, um país como o Brasil com uma frágil rede de proteção social não pode prescindir do emprego (a maior proteção social existente).

    No caso, a motivação da conduta do Banco Central ao aumentar os juros, está explicita nas considerações do seu Presidente Alexandre Tombini, ele faz uma análise de mídia e mercado, e decide ceder em parte de suas convicções, para conseguir alcançar seus propósitos.

    Em suas manifestações,  expressamente se refere a defasagem cambial (como fundamento da medida) ao afirmar que a cotação do dólar em todo o mundo está despencando e, nisso, implicitamente justifica o aumento da taxa de juros, com a finalidade de conter a inflação (neste ponto, certamente considera o fator anímico que move o mercado).

    Joga desta forma com os interesses deste “ mercado” e ao mesmo tempo se resguarda em relação aos desdobramentos inflacionários que inevitavelmente uma desvalorização cambial tende a provocar, pois vivemos  em um mundo em que as cotações dos produtos nas bolsas mundiais, em dólares, acarreta automaticamente alterações de preços.

    No caso, o aumento do dólar(que certamente irá se consolidar) não é acaso ou especulação, mas decorre da política monetária adotada pelo Banco Central.

    Mas essa atitude, se não for tomada coordenadamente com os demais setores que planejam a economia, será inócua, notadamente  se não se entender que o principal componente de nosso mercado é a ocupação de postos de trabalho.

    Tal constatação decorre de uma simples análise dos componentes da nossa economia.

     Já de longo tempo, é frisado que o motor da economia brasileira é essencialmente o mercado interno (80% da economia), e que este se fortaleceu devido ao aumento de consumo (??) decorrente da ascensão das classes d e e.

    Portanto, as referidas medidas tomadas pelo governo,  somente terão o efeito desejado se as chamadas desonerações,também  forem centradas na questão de produtos básicos, com ênfase nos que compõem a cesta básica e, concomitante a isso, for mantido o nível de ocupação .

    …..

    Adendo aos comentários Postado em 24.08.2013

    Reporto-me a um comentário, feito no blog (http://advivo.com.br/blog/luisnassif/os-dilemas-dificeis-da-politica-economica) em maio deste ano, em que apreciei as linhas gerais da economia.  No referido comentário, estava a previsão do aumento da taxa SELIC, da alta do dólar, para, num primeiro momento no patamar de R$ 2,17 a 2,19 e, ao final do ano em  R$ 2,37 a 2,39, bem como a adoção de desonerações sobre os  produtos da cesta básica para conter a inflação, dentre outros, inclusive a tentativa de derrubada no Congresso da multa de 10% sobre o FGTS..  Portanto,  o atual cenário (com exceção dos protestos e suas implicações) tudo o mais era previsível . Isso conforme uma visão diferente do mercado.

    Seguem o comentário e os fundamentos  da análise feita em maio…

    Nesta, como acima referido, já havia adiantado que, em face das medidas adotadas, aumento da taxa SELIC e, conforme o explanado na fala de seus protagonistas (Tombini), o passo seguinte seria a desvalorização do real, o que no dia seguinte já ocorreu, sendo que, apesar das especulações na mídia de que o BC estaria agindo contra esta tendência, na verdade a intervenção é apenas para estabilizar novamente a moeda e não para voltar ao patamar anterior. No caso, trata-se de conter eventual maxi desvalorização (tensionada pelo mercado), de modo a que se mantenham aumentos pontuais do valor do dólar frente ao real, neste primeiro momento de R$ 2,15 a 2,17, e ao final do ano certamente R$ 2,35 a 2,37.

    No outro campo, o da inflação, foi exatamente esta a tônica, ou seja, o aumento da SELIC para conter a inflação (não somente como medida econômica, mas fundamentalmente anímica, para conter a especulação em duas pontas, acerca da inflação e da desvalorização cambial e suas conseqüência neste campo).

    Ainda, nesta variável, dente outros, cito o aumento de recursos para o setor agro-pecuário e a desoneração a ser feita em setores específicos em relação as classes C e D. Digno de registro seria também a questão acerca da tendência mundial de estabilização do preço do petróleo..etc…

    No terceiro ponto mencionado, como questão central, defendo a seguinte tese: o que efetivamente movimentou e consolidou a economia  brasileira não foi o consumo, este é conseqüência. Na realidade, a alteração fundamental ocorrida, em relação ao setor interno,  foi a inserção no mercado de uma imensa quantidade de mão de obra produtiva(mais de 30  milhões de novos empregados), e sob a mesma ótica, no setor externo, foram buscados novos mercados (Ásia, África).

    Em relação aos novos empregos, um dos pilares da atual política de governo (vide construção civil, setor petroquímico (ênfase na construção naval), setor rural, pequeno produtor, etc), a nova frente é efetivamente o turismo (Copa da Confederações, Mundial, Olimpíadas), com potencial imenso de criação de empregos no setor de serviços.

    Como ameaça, neste item, haverá uma nova tentativa de retirar a multa de 10% sobre o FGTS, de modo a facilitar a demissão, contra a qual devem ser feitos todos os esforços para barrar,

  2.  
    É assim que tem que ser,

     

    É assim que tem que ser, mas para os nossos neoliberais de plantão pleno emprego e salários valorizados prejudicam a  economia (dá pra entender?).Como esses neoliberais de plantão (na mídia e nos meios acadêmicos) são defensores dos interesses do poder econômico explica-se: pleno emprego e salários altos significa menos dinheiro nas mãos do capital e da ciranda financeira que faz o enriquecimento de poucos. Portanto não é a economia que é prejudicada, e sim os interesses dos endinheirados.Coincidentemente é esse pessoal que defende condenação ampla, geral e irrestrita(ainda que sem provas e dentro de um julgamento de exceção) para os petistas José Dirceu e José Genoino, que cometeram (no passado) o crime de terem enfrentado a ditadura militar fascista e assassina (que eles defenderam) e que no presente defendem justiça social e redução de desigualdades, e foram arquitetos da vitória eleitoral de um dos governos que mais avançou socialmente e reduziu desigualdades sociais neste país (os governos Lula e Dilma). Coincidência?

  3. Poderiam começar pela

    Poderiam começar pela atualização da tabela do imposto de renda da pessoa física… segundo o sindicato dos agentes da Receita Federal, desatualizado em 60%… isto aumentaria o poder de consumo de uma grande parcela da classe média – seja ela baixa, média-média ou alta… mas…

    … mas, dirão alguns, diminuiria a arrecadação… ora, ora… e os incentivos dados dirertamente às industrias não são tirados da arrecadação?… e…

    … e seguramente esse dinheiro nas mãos da classe média não iria para o exterior (certo, alguma coisa sim através do turismo) como remessa de capital… exemplo da industria automobilística.

  4. Salário

    Tá, nós sabemos disso só há uns 198 anos. O pequeno detalhe q sempre faltou nessa equação é: como fazer nosso ” moderno, inteligente, ousado” empresário se convencer disso. 

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