Crise humanitária em Gaza: falta de alimentos, água e 52 mil palestinos desabrigados

Situação é decorrência dos ataques de Israel contra os palestinos. A Anistia Internacional afirmou que solicitou investigação sobre ataques aéreos em Gaza

Foto: MAHMUD HAMS / AFP

Jornal GGN – Os ataques israelenses contra o Hamas, proclamaram uma crise humanitária na Faixa de Gaza. A Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram nesta terça-feira, 18, que faltam alimentos, água potável e remédios na região. 

Segundo a agência de ajuda da ONU, mais de 52 mil palestinos tiveram que deixar suas casas, após bombardeios aéreos israelenses que destruíram ou danificaram gravemente pelo menos 450 edifícios, incluindo seis hospitais e nove centros de saúde primários, bem como uma usina de dessalinização, o que afetou o acesso à água potável de 250 mil pessoas em Gaza.

Dos desalojados, pelo menos 47 mil buscaram abrigo em 58 escolas administradas pela ONU no território, afirmou Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

A Anistia Internacional, com sede em Londres, afirmou que solicitou investigação sobre ataques aéreos a edifícios residenciais em Gaza. “As forças israelenses demonstraram um desprezo chocante pelas vidas de civis palestinos, realizando uma série de ataques aéreos contra edifícios residenciais, em alguns casos matando famílias inteiras – incluindo crianças – e causando destruição gratuita de propriedades civis, em ataques que podem equivaler a crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”, declarou a entidade.

Israel: O combate não vai parar

De acordo com autoridades de saúde palestinas, desde a última segunda-feira, 10, os ataques israelense mataram 213 pessoas, incluindo 61 crianças e 36 mulheres, e deixaram 1.400 feridos.

Já o governo israelense contabiliza 12 mortos no país, incluindo duas crianças e os dois trabalhadores tailandeses atingidos nesta terça, mas não deve cessar o fogo.

“O combate não vai parar até que a gente consiga uma calma duradoura e de longo prazo”, disse o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, que culpa o Hamas pela violência na região.

O Hamas teria iniciado os atuais confrontos no dia 10, após semanas de tensão em torno de um processo judicial para despejar quatro famílias palestinas em Jerusalém Oriental e também em retaliação aos embates entre a polícia israelense e palestinos na mesquita de Al-Aqsa, o terceiro templo mais sagrado do islã.

Israel reivindica toda Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos querem Jerusalém Oriental — capturada pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967— como a capital de um futuro Estado.

Com informações da Folha de S. Paulo.

Redação

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