Embaixador russo é assassinado e atirador lembra Aleppo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O embaixador russo na Turquia Andrei Karlov morreu nesta segunda (19) baleado por um homem que lembrou do conflito em Aleppo após os disparos. “Nós morremos em Aleppo, você morre aqui”, disse o atirador. Segundo informações do jornal inglês The Independente, o assassinato foi considerado ato de terrorismo pelo governo russo. O atirador também morreu.

Da Revista Fórum

O embaixador russo em Ancara, Andrei Karlov, morreu após ser baleado por um atirador enquanto dava um discurso em uma galeria de arte na noite desta segunda-feira (19).

Andrey Karlov estava na Turquia desde 2013. Depois de atirar, o homem chegou a dizer: “Nós morremos em Aleppo, você morre aqui”. Ele também foi morto em seguida, as informações são do jornal inglês The Independent.

“Não esqueçam de Aleppo, não esqueçam da Síria! Enquanto nossos irmãos não estiverem seguros, vocês também não vão provar o gosto da segurança também”, disse o atirador.

O governo russo classificou o incidente como um ato de “terrorismo”.

“A memória deste excelente diplomata russo, um homem que fez tanto para combater o terrorismo, (…) permancerá em nossos corações para sempre”, afirmou a porta-voz da chancelaria de Moscou, Maria Zakharova.

Um vídeo mostra o momento dos tiros (IMAGENS FORTES):

https://www.youtube.com/watch?v=G6YaaUVNIf8

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

21 Comentários

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  1. Uma coisa é certa. A morte

    Uma coisa é certa. A morte deste embaixador pelas costas vai apenas provocar mais derramamento de sangue, pois os russos não deixarão de vingá-lo. Além disto, o governo turco aproveitará a oportunidade para expurgar de vez todos os elementos ligados a CIA e ao golpe na Turquia.

     

    1. uma….

      Fabio, isto é uma grande verdade. Putin deu uma aula diplomatica e militar da Siria. Escurraçou os mercenários e terroristas financiados peas potências ocidentais que entravam pelo Iraque e Turquia. A Turquia transformou-se de inimiga em parceira, pelo aviso de um golpe de Estado iminente, alertado pelos russos. E a ONU mostrou sua face mais hipóicrita e sua utilidade ditatorial qie não tem mais função. Enquanto condena a guerra em Alleppo, se omite no Iêmen, na Arábia, no Iraque, no Egito….Os ataques terroristas das facções sunitas armadas pela Arabia Saudita são menosprezados e relegados a uma situação menor por atingirem a população xiita de ascendência iraniana. 

    2. Falou o que eu ia falar!
      “Uma

      Falou o que eu ia falar!

      “Uma coisa é certa. A morte deste embaixador pelas costas vai apenas provocar mais derramamento de sangue, pois os russos não deixarão de vingá-lo”

  2. O Lance da Extrema Direita

    Nassif: sem essa de que o “assassino foi morto”. Conhecemos isso, de outros carnavais. Não sei em inglês, ou turco, ou russo. Mas em bom português isto se chama “queima de arquivo”.  Lembra Lee Oswald e seu carrasco? Nessa linha.

    Impossível que um policial turco burlasse a vigilância turca e a segurança russa se não fosse um ardil previamente e bem tramado.

    A coisa pode ter sido armada possivelmente pela extrema direita turca, só para azedar as relações entre russos e turcos. Dedo de serviços de inteligência estrangeiros, principalmente daqueles que não conseguiram consolidar a sua “paz particular” na Síria, não pode ser descartado.

    E não seria de estranhar que esse grupo ou outro a ele ligado fosse o que anda atirando nos comboios e incendiando ônibus que serviriam para retirar civis de Aleppo. Para esse pessoal, quanto mais desgraça, melhor.

    Dizem  que por aqui os terroristas tupiniquins do sul, especialmente aqueles da República de Curitiba, discretamente, estão radiantes. Faz sentido, agora que a “globalização” facilita e apoia seus métodos. O serviço diplomático russo que se guarde.

    No xadrez do caso o lance foi turco, pelo terrorista abatido. Agora é a vez dos russos, que têm um peão passado e alguma vantagem no tabuleiro. Ao jogo…

  3. Isso me faz lembrar,

    Isso me faz lembrar, ressalvados os contextos e a proporcionalidade, ao atentado de Sarajevo, em 1914, no qual um estudante bósnio matou o Arquiduque Francisco Fernando e esposa, herdeiro do trono do Império Austríaco. Tragédia que foi o estopim para a I Guerra Mundial.

    Se como tragédia ou como farsa, a História se repete, sim. O Oriente Médio, mais especificamente a Síria, hoje representa o que foi os Bálcãs para a I Guerra Mundial e a Europa Central – Áustria, Checoslováquia e Polônia, para a Segunda. O nacionalismo, outro fator histórico de instabilidades, ressurge das cinzas da globalização na sua face neoliberal.

    Globalização que à época exigia a conquista de colônias para suprir de matérias-primas as então nascentes, mas fervilhantes indústria de transformação,  um fenômeno que também deu causa a I Guerra. 

  4. ” Presente para Erdogan “

         Erdogan já está colocando este atentado na “conta” dos “gulenistas”, portanto terá um “ausweiss” para aumentar os expurgos na estrutura de segurança turca, afinal este moleque inconsequente, estava afstado de suas funções na policia especial turca por suspeita de ser adepto do clérigo Fettulah Gullen, e é obvio que Erdogan irá utilizar-se deste atentado, associado a Volodia, para tacar o pau no que resta do gulenismo ainda infiltrado no estado turco.

          Quanto a Volodia ( diminutivo de Vladimir ), a morte deste seu funcionário, o deixou em uma melhor posição frente a reunião que ocorrerá a partir de hj., entre Russia, Turquia e Irã com referencia a guerra civil siria, pois Volodia/Assad/Irã após Aleppo, tem duas opções para ofensivas futuras : Uma “facil” outra “dificil”.

           1. A “dificil” : Lançar seu poder bélico em direção a Raqqa, a “sede” do Estado Islamico, e por consequencia aliar-se operacionalmente ao ” Ocidente ” , estabelecendo uam “segunda frente ” contra o EI ( a outra esta em Mossul/Iraque ), ação que geopoliticamente a Putin, não acrescentaria muita vantagem.

           2. A “facil” :  Os “rebeldes” anti – Assad/Russia, alem de areas segregadas e cercadas próximas a Damasco, possuem forte presença na Provincia de Iblid, próxima a Aleppo ( 200 Km ), inclusive para onde foram deslocados varios habitantes de Aleppo, Iblid hj. tem em sua região mais de 1,5 milhão de pessoas, e fica bem perto da Turquia, e a maioria de seus “deslocados” e forças combatentes irregulares, são etnicamente “turcomanos” , financiados e armados pela Turquia e paises do Golfo.

             Erdogan que não é burro, muito menos Putin é idiota, sabem que ambos utilizaram este “atentado”, um para agregar suas ações de repressão interna, o outro para negociar suas futuras ações geopoliticas na região, afinal para Erdogan e até para a UE , aturar mais 1 MILHÃO de deslocados em seu território, só de Iblid/Aleppo, seria um absurdo, assim como para Putin, que está a cavaleiro da situação, derivar para Raqqa seria auxiliar o Ocidente, mas pressionar Erdogan em Iblid, tornar esta região sua “refem”, é um tremendo de um negócio, ,alem do que Volodya  agora pode até dizer : A Russia foi sangrada na capital da Turquia.

              

    1. Ajude-nos entender

      Junior50: será que esse gulenismos (“gulenistas”) corresponde ao teólogo Fethullah Gülen. Porque se for, os informes de que disponho sobre o “Movimento Güllen” são de paz e educação, sem nenhum traço de violência material, apesar de possível tendência conservadora e direitista. Mas, daí para atos semelhantes aos terroristas (seja de esquerda ou de direita) já estamos noutra esfera. Será que você poderia explicar melhor?

  5. Agora falando sério, como um embaixador da Rússia numa……

    Agora falando sério, como um embaixador da Rússia numa zona de conflito anda sem seguranças fazendo discurso numa galeria de arte.

    Olha é o máximo de desorganização e de descontrole.

    Por que Fidel resistiu a 638 atentados da CIA, simplesmente porque se alguém piscasse os olhos a sua segurança o abateria.

    1. Apoio interno

          Sem apoio interno, de informação e logistica, é muito dificil tal tipo de atentado ser realizado, ainda mais em locais sensiveis, os protocolos são os mesmos, e tanto russos como turcos, não são neófitos neste tipo de “proteção a dignatarios ” ( P- VIP ).

           Alguem ou “alguens” deu a “fita”, armou o cara, cedeu o código de acesso, ao local e a area de contenção e ao “circulo de proteção”, o normal são estes três “circulos” ( perimetros ), e a cada circulo,mesmo um “segurança” identificado, possui uma segunda senha de acesso, ou por imagem ( badge de lapela por exemplo ), toque de celular/radio, e ainda, após os 3 niveis, tem o mais proximo ao VIP, o pessoal do “sino”, “capsula”, que a qualquer movimentação estranha, derruba (literalmente) o VIP, o “cobre”, enquanto o pessoal do 3o circulo “elimina a ameaça “.

            Sem gente “interna”, atualmente, aliás há mais de 20 anos, um atentado deste tipo, não é possivel *

            Quanto aos “cubanos” ( DI, DGCI, SIM, PNR/BE ), no mundo não existe quem os supere, é até obvio, pois a experiência realistica quanto a proteção de VIPs os formou, até o Shin Bet israelense, que é ótimo, “perdeu” Rabin, o sewrviço secreto americano ( Dept. of Treasury ), com tudo que teve e ainda tem, perdeu Reagan.

             * VIP : Em muitas ocasiões proteger um VIP-G, é complicado pois ele se “acha”, e a pior situação em segurança de dignatarios,é quando ele acredita que nada pode ocorrer com ele e resolve ser superior ao esquema de segurança, com politicos a situação sempre aperta ( Lula foi um classico VIP-G de dificil controle ), já embaixadores, sempre considerados um “alvo mole “, de repercussão caso abatidos, aprendem desde o inicio da carreira, que devem respeitar, e respeitam as determinações de segurança, ainda mais quando em locais publicos e de facil acesso.

      1. Tá muito estranho este atentado.

        O que mais me surpreendeu foi a falta de tempo de reação de qualquer serviço de segurança. Qualquer de nossos governadores, que ninguém atira porque não vale a bala, a guarda feita pela polícia militar seria mais rápida na reação, pois mesmo que o sujeito tenha sido atingido e morto nenhum sgurança pode dizer a priori que ele está morto.

        O executor fica mais de 45 segundos sem nenhuma intervenção, isto é uma eternidade no setor, o tempo de reação de serviços de segurança são da ordem dos segundos e nunca das dezenas de segundos.

        Por mais que seja um serviço interno, parece que o mesmo deveria estar sendo defendido por outros, e como disseste as forças de segurança dos Turcos e dos Russos não são as Polícias Militares do Brasil.

        Tem muita coisa atras disto tudo, ou uma imensa e estupenda falta de previsão do próprio embixador, que talvez motivado por razões políticas dispensou por completo a segurança.

        Revi o atentado contra o Papa, até os seguranças dele foram muito mais rápidos

  6. A midia através de um permanente método de difusão do ódio

    A midia através de um permanente método de difusão de manipulação e ódio matou mais um..,..na verdade a Rússia não tem medido esforços para libertar Aleppo sob as mãos do Estado Islâmico financiado pela  Arábia Saudita e alidados como os EUA…..e pensar que o Brasil corre o risco de mergulhar nessa carnifiiana, prá que isso ocorra basta que as forças ocultas que financiaram o golpe de Estado usem como método de dominação a “desintegração do Estado brasileiro”, para usar um termo de Moniz Bandeira ao apontar este risco de esfacelar-se (https://leonardoboff.wordpress.com/2016/10/29/o-estado-brasileiro-parece-desintegrar-se-moniz-bandeira/), aliás, o esfacelamento já está ocorrendo através do desmonte.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=NqzhP_Fw1-4%5D

     

     

  7. > 80 segundos

        Tempo de reação.

         Vendo o video sem cortes, do 1o disparo até o abate do atirador, chega-se a quase 2:00 minutos, praticamente 80 segundos de discurso, virou um “alvo” ridiculamente exposto, desposicionando na arma após a ação, um “martir” esperando a reação, que ele como um policial treinado, saberia que seria fatal, mas demorou o suficiente para ele terminar seu “discurso”,  se ele deseja-se, em 80 segundos, teria tido tempo suficiente para descarregar os outros 12 projeteis em outros que lá estavam.

           Estranho, pois pelo protocolo, após o 1o disparo e queda do alvo ( 8 segundos ), a reação dos seguranças, seria abate com dois disparos – sempre mortais, pistola em “duplo”, quadrante do alvo no externo – o que é treinado e reativo, seria em no maximo 35 segundos, e o cara estaria morto, nem teria “discursado”.

           Das duas uma : Ou a segurança foi extremamente incompetente, ou foi fita dada.

           Aos paranóicos : Para que vcs. fiquem mais ainda paranóicos e teóricos da conspiração, nem dormirem a noite : Não se atira em um alvo para “ferir” ou “imobilizar”, dispara-se para abater * ( matar ), ainda mais nestas situações politicamente expostas, pois “morto” não fala, vão falar por ele de acordo com as circunstancias e momento, que sejam mais convenientes para as partes envolvidas, que irão criar as “estórias”, tanto do abatido como propagar suas possiveis conexões – na real : O morto, mudo e enterrado, servirá para o que Estados quiserem utiliza-lo.

             * abate : Termo de segurança estatal que todos paises utilizam, para desumanizar o morto e não atingir psicologicamente quem disparou ( tanto o individuo como a “unidade” ), pois vem do “abate”, ação realizada com animais, tipo assim : abatem-se bois, porcos, animais em geral – NÃO humanos, e a sociedade aceita esta desumanização do contrario, de seu “diferente”, tambem utiliza-se o “eliminou-se a ameaça” junto ao “abate”.

    1. Video de contrapropaganda

      Fita dada! Com direito a discurso planfetário!

      Ate no Bananistão 3 seg após o primeiro disparo ele teria sido neutralizado!

      Quanto ao russo, Cade o terno balístico?

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