EUA, Inglaterra e Canadá mentem e ameaçam, declara Greenwald

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Enviado por Gão

do Portal Vermelho

Greenwald: Governos dos EUA, Inglaterra e Canadá mentem e ameaçam

O jornalista Glenn Greenwald, correspondente do jornal britânico The Guardian (mas que reside no Brasil), foi ouvido pela CPI da Espionagem, do Senado, nesta semana, quando disse que os governos dos EUA, do Canadá e da Inglaterra “mentem o tempo todo”. O jornalista divulgou os documentos que Edward Snowden, ex-técnico da Agência Nacional de Segurança estadunidense, lhe enviou, sobre programas de espionagem.

Agência Senado

Glenn Greenwald

Correspondente do jornal britânico The Guardian, que reside no Brasil, presta depoimento à Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Greenwald reafirmou que os governos dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra têm coletado informações de países em desenvolvimento movidos por interesses econômicos. “Sem dúvida não estão preocupados com segurança nacional ou terrorismo, como sempre alegam, mas em obter vantagens comerciais para suas empresas”.


Para o jornalista, os governos desses três países têm feito o que sempre acusam a China de fazer; “esses governos têm usado o discurso da segurança para justificar seu aparato de espionagem”. O jornalista disse que analisou apenas cerca de 2% do material obtido com o ex-colaborador da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA), Edward Snowden, exilado na Rússia desde 1º de agosto.

Em vários momentos, Greenwald afirmou que se o Brasil, assim como qualquer outro país, quiser obter mais informações sobre os arquivos que estão em poder de Snowden, terá que lhe oferecer proteção. Segundo ele, ninguém entende tanto sobre o aparato de espionagem montado pela NSA quanto seu ex-colaborador. 

Questionado pelo senador Ricardo Ferraço, relator da CPI, sobre a possibilidade de repassar os arquivos que estão em seu poder ao governo brasileiro, o jornalista britânico afirmou que não pode fazer isso sob pena de ser processado por traição pelo governo norte-americano, e não poder mais voltar ao seu país. Além disso, lembrou, os documentos contêm informações sobre outros países.

Greenwald também afirmou que a NSA tem invadido sistemas de transmissão via cabo, mas que não sabe quais seriam esses sistemas. Questionado sobre a possibilidade de colaboração de empresas brasileiras com a espionagem, o jornalista afirmou que o sistema usado pela NSA é o mesmo usado pela AT&T, que mantém contratos com empresas de telecomunicações de vários países, inclusive brasileiras. O que não dá para afirmar, ponderou, é se essas empresas estão colaborando, mas há a possibilidade de que o estejam fazendo mesmo sem saber. 

Ameaças

Greenwald disse que tem feito jornalismo com muito risco e que por isso tem sido atacado em seu país. “Estou sendo ameaçado por pessoas do meu governo. Mas continuo dizendo que continuarei fazendo jornalismo até que o último documento seja publicado. Não estou segurando documentos relevantes. Não estou escondendo informações”.

Ainda segundo o convidado da CPI, o jornal The Guardian sofreu invasão de agentes do governo britânico, que quebraram computadores e ameaçaram processar jornalistas e quem mais estiver envolvido com as reportagens que denunciam o esquema global de espionagem. Além do Brasil, outros países da América Latina também estariam sendo espionados, como a Venezuela.

Além de Greenwald, seu companheiro, o brasileiro Davi Miranda, com quem vive há cerca de oito anos, também foi ouvido pela CPI. Ele contou sobre o episódio em que ficou detido por quase nove horas no aeroporto de Londres logo depois de pôr os pés em solo britânico. “Isso aconteceu simplesmente por que sou brasileiro. Eles me ameaçaram o tempo todo de prisão caso não colaborasse. Me perguntaram como está a política no meu país e se eu tinha envolvimento com os protestos que vêm acontecendo no país desde junho”. 

Para Greenwald, ficou claro que a detenção de Miranda é parte da estratégia do governo britânico de ameaçá-lo em represália às informações que ele tem divulgado.

Edward Snowden

Logo após os depoimentos de Greenwald e Miranda, a CPI aprovou requerimentos para envio de correspondência ao advogado de Snowden e ao governo russo solicitando de ambos autorização para uma videoconferência com o ex-colaborador da NSA. 

À Carta Maior, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), presidenta da CPI, disse que o diálogo com Edward Snowden é importante para entender o mecanismo de espionagem liderado pelos Estados Unidos, mas não é essencial para o trabalho da CPI. 

De acordo com a senadora, é mais importante para a comissão compreender até que ponto o sistema de comunicações do Brasil está vulnerável e, a partir disso, propor ao governo medidas que possam proteger tanto a comunicação dos cidadãos quanto a de Estado. 

Ainda segundo a senadora, representantes de empresas como Google Brasil, Facebook Brasil, Microsoft, Telefônica, Oi, GVT e TIM deverão ser convocados para depor novamente.

Com informações da Carta Maior

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. O Inimigo nº 1 da Inteligência Americana.

    Espiões Americanos Querem Matar Snowden

    “Eu gostaria de meter uma bala na sua testa”, disse um funcionário do Pentágono.

    BuzzFeed | 16 Janeiro 2014

    Documento de refugiado russo. Maxim Shemetov / Reuters

    Edward Snowden fez alguns inimigos perigosos e, à medida que a comunidade de inteligência americana se esforça para conter os danos públicos, causados pelas revelações de espionagem doméstica em massa, os operadores de inteligência continuaram revoltados contra ele.

    “Em um terreno sem restrições para eliminar um americano, eu, pessoalmente, iria matá-lo e várias pessoas compartilham esse sentimento”, disse um analista da NSA.

    “Eu gostaria de colocar uma bala na sua cabeça”, disse, sem rodeios, um funcionário do Pentágono, ex-oficial das forças especiais. “Eu não teria o prazer de tirar uma vida humana (…), mas ele é o maior traidor da história americana.”

    Essa hostilidade violenta se encontra camuflada, logo abaixo da superfície do debate nacional sobre a espionagem em curso da NSA. O New York Times pediu clemência para Snowden, especialistas defendem, regularmente, as suas ações nos talk shows dominicais e alguns membros do Congresso têm saudado Snowden como uma pessoa que merece reconhecimento por alertar a nação. Nos círculos da comunidade de inteligência, no entanto, Snowden é considerado, nada menos que, um traidor em tempos de guerra.

    “O nome dele é amaldiçoado todos os dias por aqui,” reagem os funcionários de uma empresa de defesa, responsável por uma base de coleta de inteligência no exterior. “A maioria das pessoas com quem eu falo diz que ele precisa ser julgado ou apenas pendurado e enforcado, sem julgamento.”

    Um oficial de inteligência do Exército até ofereceu uma hipotética ação, assustadoramente, detalhada.

    “Eu acho que, se tivéssemos a oportunidade, gostaríamos de acabar com ele muito rapidamente, (quando estivesse) andando nas ruas de Moscou, voltando ao seu apartamento, após comprar os seus mantimentos. Ele poderia ser, casualmente, picado por um transeunte e não perceberia nada disso, naquele momento. Pensando que é um parasita da água local, ele começa a se sentir um pouco tonto e, muito inocentemente, vai para casa e a próxima coisa que você vai descobrir é que ele morreu sob o chuveiro”, disse o oficial. 

    Não há indicação que os Estados Unidos estejam procurando se vingar de Snowden, que está vivendo em um local não revelado na Rússia, sem medidas de segurança visíveis, de acordo com a sua recente entrevista ao Washington Post. 

    Os operadores de inteligência que falaram, sob a condição de anonimato, não disseram que esperavam alguém agir, motivado pelo desejo de vingança, mas esta é o desejo generalizado, entre as pessoas que trabalham, regularmente, com a comunidade de inteligência.

    “Esses caras estão, emocionalmente, chateados”, disse Peter Singer, especialista em cibersegurança do Instituto Brookings. “Você acha que as pessoas iriam colocar uma estátua dele na frente da NSA?”

    A extensão dos danos provocados pelas revelações de Snowden, nas operações de inteligência também estão sendo debatidas. Shawn Turner, porta-voz do diretor da NSA, classificou, recentemente, os vazamentos “desnecessários e extremamente prejudiciais para os Estados Unidos e os esforços da comunidade de inteligência para a segurança nacional”.

    O democrata Dutch Ruppersberger, do Comitê de Inteligência da Câmara, disse que os terroristas “mudaram os seus métodos por causa dos vazamentos.”

    Os defensores de Snowden classificam essas preocupações como exageradas e o governo ainda não apontou incidentes específicos para suportar estas reivindicações.

    Entretanto, os especialistas da área de inteligência afirmam, convictos, que o dano já foi feito. 

    Um oficial da NSA reclamou que as suas fontes tornaram-se “inúteis”. O oficial de inteligência do Exército disse que as revelações de Snowden aumentaram a sua “cegueira”.

    “Eu faço o meu trabalho em uma zona de combate. Agora, tenho que avaliar os efeitos das revelações de Snowden em uma área perigosa e eles não são positivos”, disse ele.

    Considerando que os funcionários do governo têm um longo histórico dem exagerar os danos provocados por vazamentos, algumas consequências específicas, porém, parecem lógicas.

    “Ao mostrar que os terroristas caíram pelo trânsito (de informações confidenciais) e endereços de e-mail, fornecidos pelos nosso parceiros de coleta, nós não podemos encontrá-los, agora, porque ele divulgou esta estratégia da inteligência e as assinaturas eletrônicas se perderam”, disse o oficial. 

    O procurador-geral Eric Holder disse que “se o Sr. Snowden quizer voltar para os Estados Unidos  para ser julgado, o governo vai agir da mesma forma como faz com qualquer pessoa disposta a se declarar culpada”, em um evento na Universidade de Miller Center da Virginia.

    Mas no caso de Snowden, o procurador-geral insistiu: “Clemência não é algo que nós estamos dispostos a considerar.”

    Interpretação do texto do Benny Johnson

  2. Missão Cumprida

    A NSA quer eliminar o seu delator
    Edward Snowden está convencido que o governo dos EUA quer matá-lo.

    A vigilância sobre os cidadãos americanos e estrangeiros

    Na semana passada, Obama justificou a sua política de inteligência, garantindo toda a transparência e proteção da privacidade.

    Julian Assange, outro denunciante caçado, comentou, através da CNN: “É constrangedor para um chefe de Estado, falar assim, por 45 minutos, e quase não dizer nada […] sobre a ameaça representada por uma organização tão poderosa como a NSA. Eu esperava a criação de um mecanismo para inverter esta tendência e isto não é o que foi anunciado.”

    Assange destaca o único aspecto positivo do discurso de Obama: “O Presidente não falaria hoje se não tivesse havido nenhuma ação de Edward Snowden e outros denunciantes como ele”.

    Obama acusa, de forma mal costurada, “o conluio com o inimigo”, uma vez que considera que estas revelações fornecem informações sobre a estratégia usada pelo governo dos EUA para combater os seus inimigos: “Eu diria que a defesa do nosso país depende, em parte, da lealdade daqueles a quem foram confiados as informações confidenciais do Estado. Se alguém, que se opõe à política do governo, pode tomar [os segredos] em suas mãos e divulgar publicamente informações classificadas, então nunca seremos capazes de manter nosso povo seguro ou conduzir uma política externa (eficiente).”

    “Nós não coletamos informações para fornecer uma vantagem competitiva para as empresas americanas ou outros setores nos Estados Unidos.”

    Nas palavras do jovem ex-consultor da NSA, em sua entrevista para a ARD, “se houver informações, por exemplo, sobre a Siemens, que são do interesse nacional, mas que não tenham nada a ver com a segurança do país e, apesar disso, eles terão essa informação.”

    O ex-agente da NSA considera “que não é muito provável que alguém que queira monitorar o governo alemão não faça escutas sobre a Angela Merkel e os seus conselheiros, além de outros membros proeminentes do governo ou outros políticos locais”.

    Snowden esclareceu as interrogações sobre o volume de documentos sob a sua posse, o seu conteúdo e onde eles poderiam estar escondidos, afirmando, na entrevista à cadeia alemã, que não possui qualquer documento confidencial. Todos os documentos foram dados a vários jornalistas em todo o mundo e afirma ser incapaz de antecipar as novas revelações.

    Snowden persiste enviando sinais que confirmam todas as suas últimas denúncias e revelando outras informações, apesar de que uma das condições estabelecidas, por Vladimir Putin, para a concessão de asilo, po um ano, era parar todas as revelações que poderiam “prejudicar os Estados Unidos”.

    “Em uma entrevista on-line, organizada na quinta-feira, dia 23 de janeiro, através do site freesnowden.is, ele assegura que não acredita que possa receber um julgamento justo nos Estados Unidos: “A lei centenária, sob a qual fui acusado, nunca foi destinada a ser usada contra pessoas que trabalham para o interesse público, porque ela proíbe a defesa do interesse público. Isto é particularmente frustrante, ao significar que não há nenhuma chance de um julgamento justo e não há possibilidade que eu vá para casa para me defender perante um júri”.

    Pior, ele continua convencido de que o governo dos EUA quer exterminá-lo, definitivamente:

    “Funcionários do governo disseram que iriam colocar uma bala na minha cabeça ou envenenar-me, na saída de um supermercado, para ver-me morrer sob o meu chuveiro.”

    Wanted Snowden

    Snowden baseia-se em um artigo BuzzFeed intitulado “America’s Spies Want Edward Snowden Dead “, no qual um oficial do Pentágono explicou anonimamente que adoraria colocar uma bala na sua testa, se não existissem restrições para matar um americano.

    O seu advogado russo, Anatoli Koutcherena, admitiu na televisão russa que o seu cliente temia pela sua vida, diante das ameaças explícitas contra ele, oriundas dos Estados Unidos, mesmo que ele tenha experimentado “um sono muito bom ” e seja, permanentemente, protegido por guarda-costas.

    Na entrevista ao ARD, da Alemanha, Snowden disse que considera a sua missão cumprida.

    Informações

    http://www.journaldugeek.com/2014/01/27/snowden-la-nsa-aimerait-me-mettre-une-balle-dans-la-tete/

    http://www.journaldugeek.com/2014/01/23/discours-d-obama-nsa-le-changement-cest-pas-maintenant/

  3. 5, 4, 3, 2, 1…

    Daqui a pouco estará aqui a dupla Araujo (André e Mota – não sei quem é quem, se são dois ou dois em um, sei lá…) dizendo que isto é política de estado de “grandes nações”.

  4. Só as crianças grandes –

    Só as crianças grandes – algumas comentam neste blog – é que ainda insistem em um americanismo cego do tipo que taxa qualquer crítiica como coisa de antiamericano, comunista, esquerdista, blá blá bla…

    Ficam agarrados nessa conversinha de que “espionagem sempre sxistiu e sempre vai existir”.

    Ora, eles NEGAVAM que existia espionagem. Ora, eles diziam que era bobagem de quem via muito cinema quando alguém dizia que EXISTIA espionagem. Ora, eles gostariam de declarar guerra se cuba, coreia, irã, venezuela fossem pegos fazendo espionagem…

    Imbecis!

  5. psiuuu,  psiuuu,   todos os

    psiuuu,  psiuuu,   todos os paises mentem!  

    a mentira de hoje sera passado quando ganha-se um guerra, atinge um nivel de vida elevado, ou domina seus vizinhos sem ter que invadi-los!

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