Homens mascarados antissemitas ameaçam judeus na Ucrânia

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Sugerido por Jaime Balbino
 
Da BBC Brasil
 
Mensagens antissemitas espalham medo entre judeus da Ucrânia
 
Quando Asya Kreimer entrou em sua conta no Facebook e viu o panfleto que mandava os judeus do leste da Ucrânia se registrarem, pagarem um imposto exclusivo e deixar a região, sua primeira reação foi rir.
 
“É que me pareceu ridículo”, conta essa senhora de 56 anos, enquanto prepara um prato a base de frango, sob a orientação kosher, para a Páscoa judaica.
 
Nos últimos dias, vários folhetos foram distribuídos por homens mascarados nas saídas das sinagogas de Donetsk. A cidade no leste da Ucrânia está no centro do conflito entre o governo de Kiev e os separatistas pró-Rússia, que querem que a área seja anexada por Moscou, a exemplo da Crimeia.
 
“Nunca tivemos problemas aqui. Meus amigos ucraniamos e russos me respeitam por ser judia. Esse pedaço de papel foi ao mesmo tempo patético e repugnante”, conta.
 
Os líderes da República Popular de Donetsk, proclamada por separatistas pró-Rússia, negam estar por trás das mensagens. Eles acusam o governo de Kiev de espalhar os folhetos para desacreditar o movimento autonomista.
 
Ameaças
 
Para boa parte dos 15 mil judeus de Donetsk, a simples distribuição dos panfletos é motivo suficiente para se preocupar.
 
“Isso é só mais uma demonstração das coisas horríveis que andam acontecendo aqui”, diz Asya. “Não acredito que os judeus estejam sob perigo imediato, ainda que tudo isso seja parte de um plano para arrastar as pessoas ao confronto”, diz.
 
O antissemitismo é parte da história familiar de Asya. Cinco de suas tias foram enterradas vivas durante a invasão alemã em 1941. Nos anos seguintes, boa parte de sua família foi exterminada.
 
Desde o fim da Segunda Guerra, a vida dos judeus locais foi de paz. Asya conta que recusou várias oportunidades de deixar a Ucrânia desde o colapso da União Soviética. Mas, há algumas semanas, ela começou a fazer um curso de alemão.
 
“Estou pensando em ir à Alemanha. É a primeira vez na minha vida que penso em ir embora”, conta. “Eu tenho medo da Rússia, não dos russos, mas do governo. Acho que o Ocidente está subestimando o perigo que Putin representa”, diz.
 
Para o rabino Pinkhas Vyshedsky, da cidade de Donbass, “a impressão é que alguem está tratando de arrastar (os judeus) para um jogo político entre a Rússia e Ucrânia”.
 
O rabino já pediu às forças de segurança da Ucrânia proteção especial à comunidade. Até agora, não houve resposta.
 
O caso dos tártaros
 
Os judeus não são o único grupo alvo de campanhas de ameaça e intimidação na Ucrânia desde o início da atual crise política.
 
Durante a anexação russa da Criméia, os tártaros, que são uma etnia da região, também passaram a ser perseguidos. Hoje os tártaros, que são uma minoria muçulmana, são poucos na sua terra natal, já que nos anos 1940 o líder soviético Joseph Stálin deportou quase toda essa população para a Ásia Central.
 
Nos anos 1980, muitos começaram a regressar à Crimeia. Mas no mês passado, enquanto as tropas russas ocupavam bases militares em toda a região, minorias tártaras foram amedrontadas por grupos de carecas. Eles carregavam um taco de beisebol e uma lista dos moradores tártaros, pintando uma cruz na fachada de suas casas.
 
“Foi exatamente isso que fez Stálin dias antes de nos colocar nos trens e nos deportar para a Ásia Central”, diz Rustam Kadyrov. Sua casa, no vilarejo de Bakhchysarai, também está marcada com uma cruz.
 
“Não sei quem está fazendo isso, mas estão querendo nos intimidar”, conta.
 
Medo dos russos
 
Em meio à crise, o presidente russo, Vladimir Putin, acusa o governo de Kiev de violar os direitos da população de fala russa na Ucrânia. Moscou diz que os nacionalistas ucranianos – particularmente o poderoso grupo Pravy Sektor (Setor da Direita) – são fascistas.
 
Desde o colapso da União Soviética, a aprovação de leis que garantam a língua e os outros direitos de grupos minoritários na Ucrânia tem fracassado.
 
Ainda assim, representantes das comunidades judaica e dos tártaros acreditam que uma Ucrânia mais próxima à Europa pode lhes garantir uma maior sensação de segurança, coisa que não esperam em caso de influência russa.
 
“Eu tenho medo é da Rússia”, diz Asya Kreimer. Assim como a maioria dos judeus de Donetsk ela tem o russo como língua materna.
 
“Parece que acabou a vida que nós tinhamos até agora”, diz. “Os panfletos são só uma pequena parte: o que importa é que a Rússia está atiçando os problemas”, diz.
 
“De fora, parece que tudo vai bem, já que felizmente não houve muitas mortes ou muita violência. Mas a Rússia está matando nosso Estado, a nossa nação (Ucrânia)”, diz.
 
À medida que a disputa entre Rússia e Ucrânia se aprofunda, o perigo aumenta com o vazio de poder que emerge no país. Como em qualquer outro conflito, tensões étnicas e religiosas, que estavam adormecidas há décadas, começam a aparecer.
 
Por isso mesmo essas minorias temem se tornar vítimas do conflito entre duas nações de cultura eslava e religião ortodoxa.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

23 Comentários

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  1. Por enquanto, conversa fiada

    Jaime Balbino,

    O post das 09:52.de hoje, a respeito da Guerra da Informação, deixa nítida a posição da BBC no xaso Ucrânia. Se VPutin é o perigo que os judeus alegam, seria bom que eles, ou mesmo a comunidade judaica apresentasse algo substancial a respeito do tal perigo, perigo este que, até aqui, não passa de retórica ou matéria jornalística encomendada / inventada.

    Vamos ver por quanto tempo o grande estrategista BObama insistirá no sonho impossível de seus patrões, o de se instalar na Ucrânia. Amigo fraterno de neonazistas, o fanfarrão BObama já demonstrou ser.

    Eu gostaria de saber como Tio Sam reagiria, caso corresse o sério risco de ficar sem calefação.

    1. Sabe…

      … o cara que rouba e sai gritando “pega ladrão”?… é isso ai… uma maneira de esconder os grupos nazistas que eram a tropa de choque de Maidan e hoje com altos postos no (des)governo ucraniano, como o Pravyi Sektor… já que não podem negar, querem pelo menos igualar.

      BBC, Le Monde. Liberation – para citar apenas alguns que a gente pensava fizessem jornalismo um pouco mais independente… ali, se tu pretendes te informar sobre a Ucrânia, é bom estar acompanhado de um saquinho de vômitos.

    2. De fato!

      Aliás, a BBC não é aquela que esparramou, como verdadeira, a notícia dos cortes de cabelo norte coreanos? A BBC hoje está para os fraldiqueiros que governam o Reino Unido como a TV Cultura está para os interesses do PSDB paulista. Tanto é verdade que os trolls a soldo estãol ouriçados!

  2. “Medo dos russos”

    Esse papo de “medo dos russos” nunca sai da moda? Nem com o final da URSS, o colapso do comunismo, e etc.?

    Veja só: o relato de UMA pessoa embasou a seção “medo dos russos”. E aí a conclusão, a partir do relato de UMA PESSOA, é óbvia: só a aproximação com a Europa, o “Ocidente”, é que garantirá a segurança dos judeus ucranianos.

    Isto sem contar que a matéria passa a impressão que, por causa de panfletos apócrifos distribuídos em Donetsk, que ninguém sabe daonde veio, uma influência russa levaria a explosão do anti-semitismo na Ucrânia.

    Isto aí é aquela velha estratégia do “pega ladrão”?

    1. A propaganda russa não vai dar certo.

      No caso do panfleto de anteontem parece que foi tentativa de demonizar os insurgentes de Donetsk. Um erro do grupo pró-União Europeia, mas no balanço quem tem usado mais esse recurso é o lado pró-Rússia mesmo.

      Parece que nenhum dos lados se gaba de ser realmente antissemita (a discussão Svoboda versus judeus já ocorreu há anos atrás, a presença de grupos com discursos similares na Rússia também é conhecida, o Setor Direita já fez promessa a judeus, etc.) o que já é algo bom.

      No que está acontecendo ‘pega ladrão’ é em ambos agora usando contrapropaganda e dizendo que o outro faz. A ver até onde isso dura, pois todas essas tentativas não duram muito atualmente.

      O papo ‘medo dos russos’ voltou em função da imagem que Putin deseja passar para o exterior. Faz tempo ele demoniza o Ocidente para fins políticos internos. A tentativa mais recente foi trabalhar para impedir que a Ucrânia firmasse acordos com a UE, não? O que se falou sobre Ocidente naquele discurso sobre os motivos para voltar a conservadorismo familiar?

      A responsabilidade pela construção de imagem é dele portanto, colhe os bônus (popularidade interna com um discurso de conflagração) e os ônus (os receios junto às diversas oligarquias ao redor da Rússia.)

      Não há nenhuma razão (ou argumento lógico) para o governo russo buscar minar a unidade política da Ucrânia. Ao fazê-lo só dá mais corda para a mídia demonizá-lo. Irão aproveitar a própria incapacidade da Rússia para lidar com minorias étnicas, principalmente as muçulmanas.

      Que a maior parte da comunidade judaica apoia o novo governo ucraniano também parece ser um fato com o qual se deve lidar. Israel e judeus nos EUA são conhecidos por seus sistemas de informação, não? Então é o caso de se dar um crédito a isso.

      Se parece a judeus (e, até onde já li, a LGBTs também) que é melhor que a Ucrânia seja pró-União Europeia, adiantam todas essas tentativas recentes de se tentam imputar fascismo ao novo governo ucraniano? (Que nem instalado de fato é, só veremos a partir do próximo presidente.)

      Vários hoaxs já foram tentados: rabino pró-russo, ministro estoniano, diretor de TV.

      Ultimamente estão tentando até associar o novo governo a fatos (homofóbicos e racistas) ocorridos durante o governo Yanukovich.

      E o assunto sempre morre, não é? Até o próximo hoax. 

      Já apareceu alguma denúncia concreta e comprovada de que o novo governo ucraniano representa o perigo do fascismo? Não.

      Já apareceu algum motivo concreto para se admirar a (ou mesmo torcer pela) política externa russa? Também não.

      Isso é só propaganda inflada e disseminada na periferia da informação. Minando ainda mais a imagem da Rússia, pois se sabe onde isso começa.

      E se Putin insistir em fragmentar a Ucrânia para obter crédito político interno, será demonizado ainda mais e com total razão.

      E, com tudo isso, mais o discurso pró-Ocidente sairá fortalecido na Europa Oriental e Ásia Central. Até o discurso ‘falcão’ dos EUA sairá favorecido.

      Mas, pelo visto, é isso o que a classe política russa pretende, se isolar politicamente e estimular o confronto.

      Só que economicante a Rússia atual é muito mais fraca, em relação ao Mundo, do que a Alemanha Nazista e o Japão militarista eram.

      Não dá mais para recuperar a imagem externa de Putin, isso é ponto pacífico. Em 2018 caberá ao povo russo, sacramentar isso. Ou não.

       

       

      1. Acho que as coisas têm que

        Acho que as coisas têm que ser colocadas em perspectiva.

        Primeiro,a Rússia dificilmente desistirá do seu projeto Eurasiano. É claro que o país tem tudo a ganhar e a perder na Ucrânia. Segurança das fronteiras é assunto público n.º 1 russo desde séculos antes de Putin nascer. Culpem-se os mongóis, tártaros, Napoleão, Hitler, e outros que invadiram ou tentaram invadir o país pelas suas frágeis fronteiras.

        Anexar novos territórios ou formar um “cordão” de Estados em volta sempre foi e continuará sendo o objetivo dos russos. Deixar que uma Ucrânia pró-UE instale bases da OTAN em seu território, só porque isto seria melhor para a imagem internacional russa, não é um risco que eles correrão por causa deste luxo.

        Eu acho que você está com o enfoque errado. Fala da imagem internacional da Rússia, só que o projeto de Putin não é disputar hegemonia com os EEUU em todo o globo terrestre. O negócio dele é a Eurásia. Quem está mais errado nesta história são os estadunidenses. Ucrânia é assunto da Rússia e dos países europeus.

        Você diz que a interferência da Rússia na Ucrânia é ruim para imagem internacional do país. Mas, e os EEUU? O que estão fazendo do outro lado do mundo? Você já deve saber que o eleitor norte-americano médio, principalmente o liberal, não apoiou a intervenção na Síria, rejeita que Washington vá para Ucrânia apoiar protesto, e já está de saco cheio deste papo neocon de militarismo. Imagine no resto do mundo..

        Segundo, não há demonização do Ocidente. É até engraçado você falar de “demonização do Ocidente” quando, desde criança, vemos os russos sendo tratados no cinema como exóticos, violentos, mafiosos, terroristas, torturadores, psicopatas, e por aí vai. Putin possui um projeto imperialista, restrito a Eurásia. E, assim como os estadunidenses e todo Império que já existiu, precisam de um discurso legitimador.

        Wallerstein, no seu livro “o universalismo europeu”, já apontou a arma que as potências pan-europeias utilizam para justificar sua dominação militar, ideológica, econômica: a superioridade de sua civilização sobre as outras do mundo. E a Rússia, apesar da etnia branca e localização, sempre foi outro mundo, outros valores, outra história. Os russos sabem muito bem que, mesmo com sua cultura e história superlativas, não são vistos como “um dos nossos” pelo “Ocidente”.

        O problema é que você parte de um pressuposto que desrespeita peculiaridades e culturas locais. No Iraque, Afeganistão, Líbia e outros países tentou-se aplicar o modelo pan-europeu a força, e vemos agora a tragédia que resultou de tudo isso. E, claro, se partirmos dessa premissa, realmente Putin será alguém a ser demonizado, já que fala de coisas tão estranhas para nós. O conservadorismo russo e esta noção de família precede Putin, e não o contrário.

        Da mesma forma que indígenas latino-americanos foram evangelizados (ou exterminados?), árabes conheceram a “democracia” e chineses tiveram que abrir seu país, no século XIX, para a “superior” civilização ocidental, hoje fala-se que a solução para a Rússia é “se ocidentalizar”. Não consta que nenhum destes países sofreram surtos rápidos de  progresso social e econômico. O discurso muda na superfície, mas a essência é sempre a mesma.

        Agora, quanto a perspectivas futuras, enquanto o gás de xisto estadunidense não se tornar uma realidade, Moscou ainda tem um poder de pressão imenso. Putin não precisa que nós, ocidentais, o vejamos com bons olhos: ele tem a Gazprom e também as inúmeras comunidades russas na Eurária, que assim como no Leste ucraniano, podem ser utilizadas como justificativas para a Rússia restabelecer sua influência na região (vide matéria que postei do El Pais no clipping).

        Só ver como a “Revolução Laranja” terminou desastrosamente, com um governo pró-Rússia de volta ao poder, processo rompido com um golpe de Estado que, como estamos vendo agora, não teve nem de longe o apoio da maioria da população.

      2. Ah, e para adicionar. O

        Ah, e para adicionar. O problema maior aqui não foi a falsificação dos panfletos. Esta guerra informacional era até esperada.

        O mais grave é a BBC emprestar o seu prestígio para fazer uma matéria ridícula dessas. Sobre este ponto, você não se manifestou.

        Aí, amanhã você descarta o Voz da Rússia, ou o Russia Today pela falta de isenção. Me parece que ambos os lados têm canais viciados de comunicação, não?

  3. Mitos e fobias do leste

    Mitos e fobias do leste ucraniano

     

    Texto traduzido e enviado por Dmytro Yatsyuk:

    “Uma parte da imprensa ocidental aposta na propagação de mitos sobre os movimentos separatistas do leste ucraniano. No entanto, os jornalistas da cidade de Donetsk reuniram diversos boatos, fobias e mitos que são encaradas como a realidade absoluta quer pelos participantes nas rebeliões, quer pela sua base de apoio.

    O jornalista Pavló Kolisnyk preparou a colectânea de fobias e mitos de tal maneira irracionais e caricatos que parecem piada. No entanto, todos são reais, as pessoas, aparentemente adultas, acreditam neles e ficam assustadas. Quando mais estúpida a razão do medo são mais altos os gritos “Putin, nós acuda!” Ora, vejamos:

    Boatos, fobias e mitos urbanos que inflamam o separatismo ucraniano:

    1. Yatsenyuk disse que todos os que não falarem ucraniano serão deportados da Ucrânia.

    2. Os americanos preparam a guerra na Ucrânia com uso de soldados geneticamente modificados (foi dito num cabeleireiro).

    3. Não foi o exército ucraniano e guarda-fronteira que vieram à região de Donetsk para a defesa da fronteira. É Sector da Direita e nacionalistas uniformizados que num determinado momento irão iniciar a chacina dos russos étnicos da região.

    4. Os soldados ucranianos que vieram à região espancam aqueles que falem com eles em russo.

    5. Na empresa X obrigam descontar uma parte do salário à recuperação da Maydan e manutenção do Sector da Direita.

    6. Os nacionalistas irão acabar com o subsídio para os filhos menores.

    7. Os nacionalistas já foram vistos em Donetsk, na estação dos caminhos-de-ferro, eles perguntavam como chegar à praça “Lenine” (onde ficam as tendas dos separatistas) e espancavam os quem lhes respondia em russo.

    8. Os filhos da terra serão vendidos à escravatura na Europa.

    9. Na região acaba a insulina, todos os que dependem deste medicamento irão morrer.

    10. Na região (mineira) serão alagadas todas as minas para servirão de depósito de lixo radioativo dos EUA e da Europa.

    11. Ucrânia e a região serão inundadas com alimentos envenenados (geneticamente modificados) dos EUA e da Europa.

    12. Os gays, pedófilos e zoófilos tomarão o poder e obrigarão todos à casarem com todos.

    13. Os funcionários que dependem do orçamento do estado (médicos, professores, etc.) ficarão apenas com o salário base, será eliminado qualquer bónus.

    14. Na cidade de Druzhkivka o presidente do município afirmava que no caso da sua substituição o pessoal afeto ao estado/município ficará sem salário.

    15. Em breve haverá a mobilização total ao exército com a perda de remuneração e o posto de trabalho.

    16. Os nacionalistas já despedem os falantes de russo dos seus postos de trabalho.

    17. Os toxicodependentes se alistam no exército, onde lhes colocam as drogas no chá para que assinem tudo.

    18. Serão eliminados os feriados 1 de maio e 9 de maio (dia da vitória soviética na II G.M.)

    Um boato, um mito e uma fobia muitíssimo especiais se convergiam na figura do ativista regional do Setor da Direita, Olexander Muzychko (Sashko Biliy). A sua morte desestabilizou bastante os propagandistas separatistas, durante algum tempo eles ficaram sem ideias, depois acharam a explicação. Na nova versão, Olaxander-Sashko não era má pessoa, defendia os pobres, por isso foi assassinado pelos nacionalistas.

    Por fim, este tipo de boatos é difundido de maneira centralizada e organizada. Geralmente são ações dos burocratas estatais e dos representantes das grandes empresas. Por vezes eles até dão voz aos boates e fobias nas suas entrevistas públicas.

    Fonte:

    http://novosti.lugansk.ua

    Tradução@Dmytro Yatsyuk, jornalista e blogueiro”

    1. Aliança é discípulo do

      Aliança é discípulo do nazista Hans-Hermann Hoppe, professor do Instituto Mises que faz seminários com sues parceiros da KKK e de grupos neonazistas, para discutir “qaulidade populacional”, cujo tema principal é como os negros são geneticamente menos inteligentes que os brancos.

      É por isso que Aliança é tão ativo em tópicos sobre nazistas e antissemitismo.

      Aliança, por que os negros são geneticamente menos inteligentes que os brancos?

      Vamos aguardar a resposta do Aliança Neonazista.

    2. O de número 6 não é boato, é

      O de número 6 não é boato, é fato. Com o aperto do FMI a parte de subsídios, pensões, etc que já são baixos na Ucrânia quando comparado com a Rússia e o restante da Europa vão sofrer pesados cortes. Vide o que ocorreu na Grácia, em que a situação financeira era muito melhor do que a da Ucrânia atual.

  4. O engraçado é que até ontem a

    O engraçado é que até ontem a Ucrânia era mais ligada à Rússia que à União Européia (UE) e pelo que entendi este problema não ocorria. O que vai contra a lógica da reportagem.

    Na 2a guerra, na luta contra os anti semitas (nazistas) os russos tiveram as maiores baixas. Foi o povo que mais sofreu no conflito. 

    É a guerra de informação nesta nova guerra fria. A nova demonização dos russos. 

    No filme “Gravidade” o apocalipse do filme começa com uma ação dos russos. A estação espacial russa é uma zona, etc, etc. O Putin devia proibir o uso da Soyuz pra mandar os americanos para o espaço. Seria um bom começo de sanção contra os USA.

    Então isto é pura papagaiada da BBC. Que tira completamente a credibilidade desta rede de notícias.

     

  5. Cartazes exaltando Hitler aparecem em postes no centro de Itajaí

    Cartazes exaltando Hitler aparecem em postes no centro de Itajaí

     

    Material foi fixado na data de nascimento do militar alemão

     

     

    Cartazes com a figura de Adolf Hitler e os dizerem “Heróis não morrem. Parabéns Fürher” apareceram colados em postes neste domingo (20), no centro de Itajaí. Os cartazes, exaltando o militar que liderou a Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial e é considerado um dos principais responsáveis pelo Holocausto, foram fixados na data do nascimento de Hitler. O material gráfico exibe, além da foto e da inscrição, um símbolo com a inscrição “White Front”.

     

    Zé Rogério/RICTV Record Cartazes foram fixados em poste nas imediações da praça da Igreja Matriz

    A imagem dos cartazes, colados em um poste nas imediações da praça Irineu Bornhausen, em frente à Igreja Matriz, foram publicadas em um perfil de uma rede social e causaram indignação nos internautas.

  6. É tudo propaganda paga pelo

    É tudo propaganda paga pelo Putin, o GUNTER, especialista em Ucrânia, já explicou que esses nazistas são tudo gente boa.

    1. naninão

      Ontem não só eu como o Argolo aventamos a hipótese do tal folheto ser para indispor Pushlin. O que é um modo ruim de se fazer contrapropaganda.

      E notamos como feitos de 2012 ou 2013, do tempo de Yanukovich, estão sendo contrabandeados em posts para simular que seriam de algum modo ligados ao governo atual.

      E que você usa o mesmo recurso da propaganda russa e de hoaxs políticos no Brasil (como este cartaz a seguir disseminado pelo facebook faz 40 dias), isso usa.

      Ultimamente dedica-se a assédio aqui no blog, fazendo com comentaristas o que os espalhadores de hoaxs tentam fazer em relação aos políticos ucranianos que não são pró-Putin.

      O que não tem problema, pois a verdade sempre aparece e daqui uns tempos voltaremos a estes posts.

      Enquanto isso você pode ler:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/a-russia-podera-seguir-os-passos-da-ucrania

      E recordar:

      http://www.jornalggn.com.br/blog/gunter-zibell-sp/quando-as-pessoas-acreditam-na-sua-propria-propaganda

       

      1. Claro, foi o Putin quem

        Claro, foi o Putin quem inventou o Svoboda, aliás, fui eu, pago pelo Putin.

        Também foi o Putin quem pagou para o governo “democrático” da Ucrânia tentar proibir o uso do idioma russo. Putin também pagou para a diplomata americana dizer “fuck the EU”. 

        Esse é o mundo encantado de Gunter, o cara vê o Putin em tudo, até debaixo da cama dele.

  7. Ainda não se sabe o autor.

    Mas que o folheto em si é fake, e que pode inclusive ser distribuído por ucranófilos para incriminar Pushilin, já tinha aparecido. Acho menos pior que ambos os lados usem agora (começou com os russófilos) a acusação aosantagonistas de antissemtismo. Muito pior, mas bem pior mesmo, seria se ambos se gabassem de ser antissemitas. E o Setor Direita, destarte sua nula confiabilidade, já fez declarações conjuntas com líderes judaicos. Circunstâncias que, se confirmadas, podem ser relevantes: a) aparentemente a maior parte da comunidade judaica (mesmo a russófona – que é diferente de ser russófila) apoia a maior aproximação com U.E.; b) separatistas são influenciados por mídia russa (se não pela Inteligência diretamente) enquanto não se faz a eleição de 25/mai (que pode mostrar qual o grau nessas regiões de aceitação do novo governo); c) pouco relevante aqui (nem aparece nas matérias da CCN e/ou BBC) mas já tem quem esteja tentando usar homofobia e racismo esportivo como propaganda, colocando em posts na blogosfera fatos de 2012/2013 como se fossem recentes (essa última tentativa de hoax, no entanto, não cola enquanto não ocorrer algo semelhante durante o nogo governo pró-ocidental, pois foi justamente o anterior governo Yanukovich que foi conivente com esses feitos.)

    1. Notícias anteriores ao euromaidan.

      1) Veja como se expressava o parlamento europeu no final de 2012:

      European Parliament resolution of 13 December 2012 on the situation in Ukraine

      No item oito manifestava preocupações com a emergência do partido Svoboda e recomendava nenhuma aproximação, muito menos coalizão com esse partido. Passado um ano, o parlamento europeu hoje aprova um governo de coalizão formado com esse partido.

      Agora, o Svoboda, para as correntes ocidentais partidárias do governo da “república do euromaidan”, tornou-se fascistobrando; são considerados uns caras legais, são vistos mesmo como amigos de judeus e pró-sionistas sinceros (dão maior força pros caras viverem num lugar distante); há até quem julgue que o fascismo tornou-se gay-friendly, afinal, pra quem gosta de revisionar a história, Ernst Röhm foi durante muito tempo homem de confiança do füeher.

      O parlamento europeu observou as eleições na Ucrânia na época e não ficou satisfeito com o que viu (item nove). Hoje prepara-se para endossar o resultado de um eleição, em meio a um país convulsionado, em pé de guerra civil, com forças que o próprio parlamento considerou fascistas ocupando o poder, desde que saia daí um presidente para assinar um acordo qualquer vantajoso ao ocidente. Ao contrário do que muitos pensam, eleições em tais climas são estopim para explosões, não soluções para saída da crise.

      Na época, o parlamento era esperançoso da assinatura de acordo em Vilnius (item catorze), achava que as restrições que fazia não iriam atrapalhar (bastava o parlamento fazer o que hoje faz de forma aberta; vistas interessadas e convenientemente grossas, para os fatos que se verificam). Se Yanukovitch assinasse, hoje seria um herói no ocidente, os nacionalistas do oeste que protestassem contra seriam chamados pelo que são, fascistas, e as populações que sofreriam o maior impacto das medidas econômicas da adesão, que arrasariam com sua base industrial dependente do mercado russo, receberiam o tratamento que recebem agora na imprensa-empresa ocidental: terroristas-separatistas.

      Fonte: http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-//EP//TEXT+TA+P7-TA-2012-0507+0+DOC+XML+V0//EN

      2) Notícias sobre o fascismo do Svoboda no ano passado e em anteriores:

      World Jewish Congress calls Svoboda a neo-Nazi party

      Fonte: http://www.ukrinform.ua/eng/news/world_jewish_congress_calls_svoboda_a_neo_nazi_party_303220

      Israel urges European Parliament to boycott Ukraine’s Svoboda Party

      Fonte: http://www.ukrinform.ua/eng/news/israel_urges_european_parliament_to_boycott_ukraines_svoboda_party_306223

      Anti-Semitic party gains strength in Ukraine

      Ultra-nationalist Ukrainian Svoboda party sends shockwaves through political landscape as it passes political threshold with 12% of vote; party known for organizing marches against Hasidic Jews on pilgrimage, homosexuals and Russians
       
      Fonte: http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-4298285,00.html

      CNN French office comes out against Svoboda

      Fonte: http://www.ukrinform.ua/eng/news/cnn_french_office_comes_out_against_svoboda_309200

      i24news exclusive: 61 MKs sign letter blasting ‘Nazi’ Ukrainian party

      ‘We cannot stand idle while facing ther rising tide of neo-Nazism,’ write legislators from all parties

      Fonte: http://www.i24news.tv/app.php/en/news/international/europe/130904-i24news-exclusive-61-mks-signed-letter-blasting-nazi-ukranian-party

      Ukrainian nationalists to rally against Uman pilgrims

      Fonte: http://www.jta.org/2013/09/03/news-opinion/world/ukrainian-nationalists-to-rally-against-uman-pilgrims

      Ukrainian party picks xenophobic candidate

      Fonte: http://www.jta.org/2009/05/25/news-opinion/world/ukrainian-party-picks-xenophobic-candidate

      English translation of the original letter can be found below:

      To the President of the European Parliament Mr. Martin Schultz.

      Dear mr. President!

      First of all, let us thank you for your activities to strengthen the values ​​of justice and democracy in Europe and the whole world. We want to note that Europe is a more welcoming and tolerant place now, thanks to your initiatives and to the spirit you bring to the continent.

      However, it has been more than half a year we receive alarming reports on the new nationalistic trend in Ukraine stirred up by the Neo-Nazi Svoboda Party, which won more than ten percent of votes in the last parliamentary elections. We are aware of the threats and slander hurled by members of that party against the Jews, the Russians, and others. These are the people who draw their inspiration from the Nazis and openly glorify the mass murderers of the SS Ukrainian Divisions.

      We were also shocked by the fact, that this party is not isolated at all but enjoys full cooperation of the two main opposition parties in Ukraine. Unfortunately, these parties did not protest at all against the actions and statements of their extreme partner, but even have compromised themselves by their own public glorification of Ukrainian Nazi war criminals.

      We can not stand idly by the phenomenon of neo – Nazism in any part of the world. Our duty is to speak out and to contact our colleagues around the world to join the efforts and to eliminate the symptoms which take us to the darkest times of humanity. We appreciate the strong position which the European Parliament expressed on this issue in December last year. We also want to thank you for the refusal of the EP to have any working relations with the Svoboda party and for the clarification to all forces operating in Ukraine, that no attempt of Nazism glorification will be tolerated by Europe. We hope to work together for the better and safer future of Europe and the whole world.

      Sincerely

      Fonte: http://voiceofrussia.com/2013_07_09/Israeli-Knesset-sign-protest-letter-against-anti-Semitism-and-Russophobia-in-Ukraine-4060/ (Pronto, pode reclamar que citei uma fonte que você vê como suspeita, mas antes, arrume motivos para considerar as outras também)

       

       

  8. Muito blá, blá, blá…..

    Muita enrolação e manipulação sobre esta questão da Criméia, mas a realidade é que Putim, jamais permitiria que os EUA instalassem base militares em seu quintal!

    Quando da derrubada do governo  legitimo e a mudança para o governo fantoche, manipulado pelo ocidente, é que deu inicio ao plebicito.

    Tendo saido vencedor a proposta de anexação à Russia, pela Crimeia, não há o que discordar, mas agora veem a imprensa e o desgoverno Obama, misturar etinia para complicar ainda mais o quadro!

    Sobre as denúncias de ameaças feitas a estas minorias, fica a duvida se não seria uma oportunidade de irem para suas regiões de origem, e poderem viverem tranquilamente!

    O que não podem, e não devem, é se deixarem manipularem mais uma vez!!!

     

  9. Os sionistas devem estar rindo de orelha a orelha…

    Estando amedrontados, os judeus tendem a ir para Israel. E mesmo que nao vao, isso serve para ajudar a justificar a existência de Israel. 

  10. Os Nazistas estão do outro lado…

    Esta “matéria” da BBC é mentirosa…. Simples assim, pois os nazistas estão em Kiev e não entre os federalistas russófanos.

    A BBC, como toda a imprensa empresarial/governamental do ocidente, neste caso, está fazendo propaganda e não jornalismo.

    Fico admirado alguém, aqui no Brasil, dar eco a isto…

  11. Jornalismo enviesado

      Claro que o que acontece em Donetsk, uma distribuição de panfletos, foi amplamente noticiada, afinal é uma região pró-russa, mas o bombardeamento de duas sinagogas em regiões dominadas, ainda, pelos “nacionalistas ucranianos”, Nikolayev e Zaporizhia, nem merece “pé de página” do vetusto orgão de desinformação britanico, tive que ler no jornal israelense Haaretz, onde tb. tem as declarações do rabino-Chefe de Donetsk, do P.M ucraniano e do suposto lider separatista pró-russo, que “assina” o tal panfleto.

        Acompanhar a Crise ucraniana, somente através das BBCs da vida, ou das “Vozes da Russia”, é pura perda de tempo, a não ser que tenha-se a paciência de cruzar estas fontes suspeitas, com outras, menos suspeitas – para mim todo comunicador social é parcial, nenhum é insuspeito.

        Para quem quiser ler, nem precisa ser em hebraico: http://www.haaretz.com/news/world/premium-1.586174

  12. CIA operando na Ucrânia!

    Depois de entregar fuzis M-16 aos neonazista no Massacre da Praça Maidan em 20 de fevereiro (saiu na capa da Folha de São Paulo os atiradores com os M-16; certamente, um lapso do jornal pró-EUA), a CIA vai fazendo suas manjadas operações “encobertas” na Ucrânia.

    Todos sabemos que os EUA colocaram neonazistas no governo da Ucrânia, no qual tem 6 ministros, incluindo o Ministro da Defesa. Então, os caras do Svoboda (neonazista) seriam os maiores interessados em intimidar os judeus.

    Então, é evidente que os panfletos apócrifos visam aterrorizar os judeus e colocar dúvidas sobre os separatistas de Donetsk, que são maioria e querem a união com a Federação Russa.

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