Líder da oposição na Bolívia ameaça Maduro, dizendo que presidente da Venezuela será o próximo a cair

Declaração de empresário Fernando Camacho aconteceu durante encontro do Comitê Cívico; Ele disse que entregará carta de renúncia ao venezuelano

Jornal GGN – Durante um ato público, na madrugada desta quarta-feira (13), em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, o empresário e presidente do Comitê Cívico da cidade, Luis Fernando Camacho declarou, em tom de brincadeira, que irá levar a Caracas, capital da Venezuela, uma carta de renúncia de Nicolas Maduro, presidente daquele país, da mesma forma como fez com Morales.

A fala reflete os ânimos da oposição aos governos de esquerda, entendendo que a renúncia de Morales trará impactos em outros países da região latino-americana.

“Deixamos bem claro que isso aqui não é Cuba nem Venezuela. Aqui é Bolívia e mandam os bolivianos”, completou Camacho diante de uma multidão.

O empresário liderou as manifestações contra Evo Morales, logo após o resultado das eleições gerais de 20 de outubro, que dava vitória para o quarto mandato do então presidente da República.

Segundo a posição ao governo Morales, as eleições no país haviam sido fraudadas, além disso, o grupo questionava o fato de o então presidente participar da eleição, indo contra o resultado de um referendo, realizado no país em 2016, quando 51,6% da população disse ser contra a reeleição de Morales.

Leia também: Missão da OEA na Bolívia não comprova fraude eleitoral e atua politicamente, diz CEPR em relatório

Antes de Evo anunciar sua renúncia, no domingo (10), após mais de um mês de protestos, Camacho foi até a capital do país, La Paz, com uma carta de renúncia que pretendia entregar ao então chefe de Estado.

No encontro desta madrugada, o empresário e outros aliados do Comitê Cívico, partido que concorreu às eleições de 20 de outubro, representado pelo candidato Carlos Mesa, chamou a população boliviana para apoiar os “irmãos venezuelanos” contra a “tirania” do governo Maduro.

“Agora vamos à Venezuela”, disse Marco Antônio Pumari, presidente do Comitê Cívico de Potosí. Ainda no domingo (10), logo após Morales oficializar sua renúncia, o mesmo Pumari se dirigiu até o palácio presidencial em La Paz e fez uma fotografia ajoelhado diante de uma Bíblia e da bandeira nacional.

Desde o início dos protestos, a oposição bloqueou a entrada e parlamentares do MAS (Movimento ao Socialismo) de Morales à entrada das duas casas do Legislativo. Por conta disso, não houve quórum no Congresso boliviano para aprovar a renúncia do presidente e a indicação de seu sucessor, o que deveria ter ocorrido ainda nesta semana.

Segundo informações da imprensa local, o bloqueio de estradas, incluindo uma que liga o aeroporto à capital, foi articulado logo após a eleição de 20 de outubro por Camacho.

Na noite desta terça-feira (12), a senadora Jeanine Áñez, segunda vice-presidente do Senado, se autoproclamou presidente interina da Bolívia. No mesmo dia, ela apareceu ao lado de Camacho. Após a autoproclamação de Áñez, o líder da oposição anunciou o fim do que ele vem chamando de “greve cívica.”

Nesta quarta-feira, a embaixada da Venezuela no Brasil foi invadida por um grupo formado por apoiadores de Juan Guaidó, líder da oposição no país que, em março, se autoproclamou presidente interino, mas não conseguiu adesão suficiente da população e dos setores militares para derrubar Nicolas Maduro, que segue no poder.

*Com informações do jornal O Globo

Redação

6 Comentários

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  1. O cara não se segura em pé na Bolívia. E o problema dele é mexer com a Venezuela.

    Vai cair na Bolívia, não há dúvida. A Venezuela está imunizada dessa gente.

  2. NON OLVIDAS USTEDES…Q…LÔS GOBIERNOS CUBANO…VENEZOLANO…ÉS …SOCIALISTA….PÊRO…ÉS TDS ELLOS MUY ?????????ABASTADOS?????????? DE LÁ ?ECXTREMA-DERECHA?ÉL SOCIALISMO DE BRASIL…ÉS ELLO D’EL PROLETÁRIADO…Ô SEAS…ÉS DE ELLOS…DE LÁ CASTA D’ PROLETÁRIOS(pobre)

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