MÍDIA LÁ E CÁ: Quando quem deveria gerar noticia vira noticia, há algo estranho no ar…

Não se trata aqui de defender o PT e suas lambanças. Alegar que não existe corrupção no Partido (ou que os outros também fazem) é um erro tão grave quanto de antipetistas ao restringir a roubalheira somente ao PT. Seja para um lado ou para o outro: não me enganem porque não gosto.

Também não é o caso aqui se Aecio Neves fez ou não fez (aliás, em tese, se o critério é o mesmo para todos, deveria sim haver investigação, assim como o amplo direito de defesa).

A questão que chama atenção é a diferença gritante no trato de uma mesma informação entre a imprensa estrangeira e a nossa. Enquanto lá fora foi amplamente repercutida a citação de Aécio na delação de Youssef, viu-se por aqui um tremendo esforço para abafar o assunto. Em alguns casos, nada se publicou, em outros houve uma abordagem rápida e superficial. Pior ainda quando se coloca no ar e logo depois volta atrás, aliviando no titulo da matéria.

Isso é fato, registrado, publicado e “printado”. Quando quem deveria gerar noticia vira noticia, há algo estranho no ar.

Se é para aproveitar a oportunidade de limpeza que está aí, é preciso cobrar e chamar a responsabilidade de todos, inclusive da mídia, o tal quarto poder.

Sem isso, os ratos agradecem. E assim, tudo continuará. Governos mudam, o país fica. Não reclamem depois.

Redação

7 Comentários

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  1. Há algo estranho no ar? Sim

    Há algo estranho no ar? Sim há, estranho é alguém acreditar/esperar neutralidade e isenção no mundo corporativo em que vivemos. A mídia age como quer porque ela tem posição firmada contra um grupo e pronto. A sociedade toda é muito trouxa de esperar que seja diferente disso, por isso a regulação não só é necessária como urgente. É preciso garantir a presença do maior número possível de posições na mídia, sem isso estaremos fadados aos golpes sucessivos. Não existe neutralidade ou isenção e não existirá. 

  2.  
    [Da Série ‘Outro

     

    [Da Série ‘Outro linchamentos vulgares’!]

     

    O PAROXISMO DA VULGARIDADE – O CAOS INSTITUCIONAL!

     

    Pasme, o portal uol/folha noticia com invejável naturalidade:
    ‘Ministro é xingado e vaiado na [Avenida] Paulista’
    E o ministro é o da Justiça!
    Sim!
    O ministro da Justiça!
    Vítima e/ou culpado pela tragédia?!

     

    ######################

     

    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), é hostilizado por membro do Movimento Brasil Melhor, que inflou boneco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto caminha pela avenida Paulista, em São Paulo

     

    FONTE: http://noticias.uol.com.br/album/album-do-dia/2015/08/30/imagens-do-dia—30-de-agosto-de-2015.htm?abrefoto=26

  3. Nassif
    Em 12 anos de governo

    Nassif

    Em 12 anos de governo “supostamente” progressista, essa unha continua encravada.

    Quando será que veremos um Chaves por aqui heim capitão.

     

  4. “Quando quem deveria gerar

    “Quando quem deveria gerar noticia vira noticia, há algo estranho no ar.”

     

    E o que vem a ser esse algo estranho no ar? Muitos questionamentos começam a pipocar na nossa mente. Alguns deles de modo especial. Conivência, conluio e cumplicidade. Estelionato também, por que não!?

    “Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:

    Pena – reclusão, de um a cinco anos…”

    Afinal, ao omitir uma notícia destinada especificamente ao público brasileiro, a mídia agiu de forma a induzir e manter seu público em erro, sobretudo pelo fato de tal notícia ter sido veiculada em vários países do mundo, o que demonstra o seu importante conteúdo jornalístico. Sendo assim, a vantagem auferida é de monta, na medida em que a mídia tupiniquim houve por bem preserva-la da publicação em detrimento de seu bom nome. Omitir uma notícia de tal relevância implica em dizer que abdicou da competência na divulgação das notícias, a qual é a finalidade de toda empresa jornalística, para ingressar no pantanoso terreno da cumplicidade com os crimes dos quais seu parceiro, Aécio Neves, está sendo acusado. Com efeito, tendo a notícia sido expurgada ao povo brasileiro através de sua não divulgação, privou seu parceiro de oferecer explicações àqueles que votaram nesta figura deplorável, que se esconde no anonimato imposto ao povo brasileiro pela sua parceira, a mídia brasileira. O erro ao qual induz o público brasileiro é evidente, pois este, em vista das notícias que acontecem, mas que não são publicadas – daí haver algo estranho no ar – desconhece completamente a ficha de crimes – ou seria a lista de crimes, ou melhor, a lista de Furnas – daqueles aos quais a mídia leva no coração e no bolso. Vantagens ilícitas, certamente.  É uma fraude contra o povo brasileiro? Quem a irá negar?

  5. Aécio Neves: General 5 estrelas da velha mídia.

    Na Guerra de trincheiras da velha mídia Aécio Neves é general 5 estrelas.

    A grande discussão sobre os meios de comunicação hegemônicos no Brasil que temos de enfrentar e de forma realística é:

    Como querer imparcialidade se a velha mídia brasileira (Rede Globo, Folha, Estadão, Veja, Band & Cia.) deixou de ser um canal de comunicação de notícias de interesse da coletividade para se tornar um instrumento puro e simples de oposição ao Brasil e aos interesses da população brasileira?

    Não adianta, a mídia oligopólica brasileira vive, atualmente, apenas para:

    1) Defender a Ideologia de um grupo específico de agentes econômicos poderosos e que estão em toda parte do Planeta, apesar de representarem os interesses de menos de 1% da população mundial;

    2) Cooptar um  conjunto de políticos e agremiações políticas e um outro  conjunto, o de aliados no Judiciário, que aceitem o papel de defesa de seus interesses em troca de blindagem, tratamento cordial e positivo dos seus atos administrativos e apoio eleitoral no caso dos políticos. Dá-se apoio ao Político, ao partido político e ao membro do Judiciário que aceitar como idêntico os seus interesses econômicos e uma forma que deva coexistir na sociedade o dominante e os dominados.

    Com domínio de mais de 80% dos meios de comunicação que levam informação sobre o Brasil e o Mundo aos brasileiros ela, a velha mídia, detém um Poder de formar a opinião pública brasileira inimaginável.

    Acaba, pois, fornecendo aos brasileiros, a visão de mundo, que lhe interessa e a colocar acima do papel primordial de um meio de comunicação: a notícia de interesse coletivo, a defesa intransigente de sua Ideologia econômica. Ela coloca como saudável o que interessa ao 1% como interesse dos 100% dos brasileiros. E acabamos todos enredados numa Guerra ideológica sem fim.

    Pró e contra a Ideologia da velha mídia. Pró e contra os aliados dela. E não mais se busca a notícia na velha mídia, quando se aprende o que ela faz hoje de forma exclusiva: propaganda ideológica. Perdeu-se a razão de assistir, ouvir, ler a velha mídia para milhões de brasileiros.

    Afinal a velha mídia não faz mais Jornalismo.

    Ela não separa mais a Ideologia nem da Informação mais comezinha e nem da informação que a todos beneficia. Não separa mais o interesse particular da notícia. Não respeita mais sequer a pessoa, se esta for de outra Ideologia, mesmo sendo a pessoa a mais honesta pessoa do mundo. Tudo se restringe a olhar se uma pessoa está a lhe obedecer, a seguir seu manual de instrução (o da velha mídia), a ajuda-la a implementar os interesses econômicos que defende ou não.

    A velha mídia não olha os atos das pessoas mais. Olha o que ela defende, qual a Ideologia que ela pratica. Se a pessoa faz o que estes meios de comunicação defendem/representam/tem interesse ela os deixará em paz, independente de ser desonesta e do grau de desonestidade da pessoa, aqui pode ser um Político, um membro do Judiciário ou um funcionário do setor administrativo de um Governo aliado.

    Porém, o radicalismo é tão grande na velha mídia, que não há tréguas nem para um agrupamento de políticos/administradores que a sua política econômica aumenta juros, faculta lucros homéricos a bancos, coloca um Ministro da Economia totalmente ligado, de muitas formas, à Ideologia e aos interesses econômicos que a velha mídia defende. Por quê?

    Porque a velha mídia só aceita a receita exata que ela possui de intervenção na sociedade: o Estado mínimo e a submissão dos governantes aos ditames do Capitalismo Financeiro Internacional sem tréguas. Tudo nela se tornou uma intransigência irrefreável.

    Nela não há espaço para se pensar na existência de uma sociedade menos desigual e com equilíbrio dos lucros numa divisão mais igualitária dos rendimentos do trabalho e nem sequer de hegemonia do capitalismo industrial sobre o capitalismo financeiro.

    A nossa velha mídia (metaforicamente) se tornou um conjunto diminuto de países com exército poderoso e com armamentos de ponta em Guerra contra muitos outros países com exército arcaico. Está de um lado da trincheira e faz qualquer coisa para derrotar seu inimigo, porque numa Guerra não há limites, há àqueles que se precisa destruir, porque são de outra cor a bandeira, a ideologia e o modelo de sociedade ideal.

    Não adianta a gente ficar sonhando nem com o apreço e respeito da velha mídia, ao menos, pelo ser humano (telespectador) que se aceita capaz de lhe dar audiência.

    Ocultar a denúncia do Youssef contra o Aécio Neves é parte integrante desta Guerra. Aécio Neves faz o que a velha mídia quer, e poupado será sempre. Aécio Neves aceita agir em prol dos interesses ideológicos e econômicos da velha mídia. Ele é um General 5 estrelas da velha mídia. E por isto, somente fora da velha mídia brasileira se pôde ver, em manchete, a notícia mais importante da semana.

    Quando a velha mídia perdeu a capacidade de separar a defesa intransigente de uma Ideologia econômica da prática do Jornalismo a notícia ficou em segundo plano. O centro do Jornalismo se deslocou do coletivo para o particular.

    No decorrer dos anos do PT no Governo Federal foi sendo preparado o terreno para a Guerra.

    A intransigência, o Jornalismo parcial e a radicalização no trato da notícia favorável só aos aliados de Guerra e contrária/negativa a todos os do outro lado da trincheira se tornou a marca registrada da vela mídia.

    Seus jornalistas, comentaristas e aliados adentraram em um estado de espírito doentio, que acomodou as pessoas do lado da trincheira dos meios de comunicação em uma loucura, talvez, inconsciente de só enxergar erros nos governos Lula e Dilma, porque estes dois governos estão do outro lado da trincheira.   

    Aécio é o General 5 estrelas da trincheira da velha mídia. Dilma e Lula generais inimigos e numa paranoia mais abstrata eles seriam: generais vermelhos, revolucionários perigosos, comunistas infiltrados no Poder central e outras paranoias mais. Devem ser derrotados, são inimigos de Guerra ideológica.

    Culminou que a sociedade brasileira foi contaminada por este vírus do Jornalismo dos erros, de trincheiras ideológicas, da intransigência contra quem não está defendendo 100% dos seus interesses e até da não notícia.

    Hoje, estamos divididos. Aécio Neves representou (a) em 2014 e 2015 a redenção, a capitulação dos inimigos e a vitória da velha mídia; o PT, Lula e Dilma, os inimigos, a serem derrotados.

    Hoje, as ruas representam inconscientemente a Guerra de trincheiras da velha mídia contra outras ideologias que não sejam 100% iguais a dela. As manifestações atuais da extrema-direita nasceram da intransigência da velha mídia, são resultados do não jornalismo ali praticado.

    O ódio doentio contra os petistas ou defensores do Governo Dilma, contra LULA e as esquerdas, também, surgiram desta Guerra de trincheiras, da doentia paranoia de querer implementar à força e tornar hegemônico o modelo econômico que a velha mídia defende.

    Qualquer Ética jornalística desapareceu, narrativas falseadas do Brasil surgiram aos montes, nenhuma lucidez se faz mais presente nestes meios de comunicação. É Guerra e as manchetes contra o inimigo são seus principais aliados, elas precisam estar 24 horas do dia em ação! Contra o inimigo não se admitem tréguas.

    Por isto um General 5 estrelas não pode ser manchete, certo? Daria munição ao inimigo, se perderia uma batalha importante, e recuo considerável na ocupação do território inimigo. Aécio Neves poderá ser rebaixado de patente, esquecido, sendo alçado Geraldo Alckmin ao posto de General 5 estrelas, mas, nunca será abatido pelas manchetes.

    O brasileiro foi escolhendo o lado na Guerra de trincheiras, e participa de cada batalha: nas ruas, na Internet, no lazer, no trabalho, em casa, em qualquer lugar. E em clima pesado de comunicação/interação e atitudes, infelizmente.

    O triste desta Guerra é que nunca saberemos o atual estágio de desenvolvimento do Brasil, por meio destes grupos de comunicação hegemônicos no Brasil.

    Podemos dizer: o Brasil de agosto de 2015 está para ser descoberto, jornalisticamente, assim, como o Brasil de antes e depois do PT.

    O Jornalismo da Guerra de trincheiras é prejudicial por demais ao nosso País.

    Não adianta mais querer modificar o quadro de dentro do sistema velha mídia nem de seus aliados e seguidores, porque eles se enredaram em uma realidade paralela, a da bolha maniqueísta, que descrevi outro dia e pode ser lido sobre ela neste link:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-imprensa-e-a-bolha-maniqueista

    A velha mídia está em Guerra contra o Governo Federal. Não adianta mais cobrar sensatez de quem vive em Estado de Guerra. A sobrevivência desta mídia é incerta, provavelmente, durará mais alguns anos e a sua sobrevivência se dará mantendo esta batalha interminável de jogar todos contra todos, de colocar-se ao lado de uns contra o interesse da imensa maioria.

    Uma bolha resistente se vê e se fortalecerá, porém, não vamos vê-la explodir, apenas encolher-se até o último sobrevivente segurar uma já gasta vela acesa numa caverna, talvez, algum Jornalista mais realista que o rei da Rede Globo.

    Veremos a bolha até tornar-se imperceptível, até um último suspiro, quando, este último sobrevivente sentindo-se só vai assoprar a vela, sair da caverna e render-se, o último soldado da fronteira inimiga!

    E a Guerra será dada por terminada. 

  6. Esse papinho de se precaver

    Esse papinho de se precaver de ser chamado de petista e dizer que Aecio deveria ser inestigado com amplo direito de defesa nao me engana. O que conttribui para o odio dessa gente eh essa constatacao rotineira de que a midia criou o PT em suas cabecas como o unico demonio, mas eles estao tao longe da linha de retorno que seria humilhacao demais ter que reconhecer que, mais uma vez, foi terceirizado pelos de sempre.

     

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