Os EUA construindo o conhecimento

Por Cida Medeiros

Fiquei impressionada com o site
http://www.change.org/

Lá você pode acessar mais de 7 mil ideias e 30 mil comentários que pessoas do mundo inteiro estão fazendo para colaborar no novo governo de Obama. O período para inclusão de ideias terminou, mas dia 5 de janeiro, segunda-feira, será possível votar nas top 3 em cada um dos segmentos: energia, aquecimento global, relacionamento com os países e uma sorte de outras causas.

Interessante também verificar as instituições engajadas que assinam a página.

Mais de 3 sugeriram a criação de um Secretário da paz num Departamento de Paz e Não Violência: clique aqui.

7,783 Ideas
288,694 Votes
30,430 Comments

Luis Nassif

12 Comentários

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  1. Gente como Olavo de Carvalho
    Gente como Olavo de Carvalho já enxergaria um viés coletivista nessa interação do governo Obama com as pessoas, coisa que aquela criatura asquerosa abomina.

  2. “Secretário da paz num
    “Secretário da paz num Departamento de Paz e Não Violência”
    Infelizmente não a menor possibilidade de isso ocorrer.
    Como acredito que Obama segue simplesmente o establishment político americano – basta ver suas escolhas – estas iniciativas como o change.org para mim não passam de marketing.

  3. Cida

    Muito bacana o site, e
    Cida

    Muito bacana o site, e espero que nos surpreenda. No entanto, precisamos ser realistas: Obama jurou lealdade às mesmas forças que apóiam (controlam?) o atual governo Bush, tanto no campo financeiro, quando no da política externa. É uma lealdade que ele não irá quebrar, até porque ele não é louco.

    Espero sinceramente estar enganado, mas acredito que Obama fará uma ou outra ação marqueteira, tipo fechar a prisão de Guantánamo ou algo assim, mas não poderá fazer mudanças profundas porque está de mãos atadas com fortes grupos financeiros, industriais e religiosos.

    Obama, carismático e inteligente, vendeu um sonho no momento em que todos ansiavam desesperadamente por um. O sonho da mudança…

    A lua de mel com Obama pode durar muito pouco.

  4. Acho que nós deveriamos nos
    Acho que nós deveriamos nos preocupar menos com o Obama. Agente esquece que ele foi eleito para presidir os USA e não o mundo ou o Brasil. Ele não irá resolver nossos problemas. Só resta-nos torcer e fazer com que ele e seu governo se mantenham afastado do Brail para que possamos respirar livremente e fazer nossas escolhas livremente. Incluindo aí a liberdade para escolher nossos parceiros comerciais sem medo de retaliações. Nós devemos fazer nosso proprio caminho assim como o Obama e, por consequencia, os USA farão o dele.
    Quem viveu a era Kennedy sabe do que estou falando.

  5. Eu fico feliz pelo fato em si
    Eu fico feliz pelo fato em si da mobilização. São inúmeros seres humanos tendo a chance de falar, se expor, trocar. Isto não é pouca coisa. Pessoas que até ontem não existiam. São estudantes de diversas universades, inclusive Harvarda, Columbia; organizações, pessoas comuns. Isto realmente não é pouca coisa. Eu acredito no poder da pessoas.

    Não se pára um trem bala no muque. Isto foi assim aqui no Brasil, porque seria diferente lá…

    O estrago feito nas últimas décadas ainda levará muito tempo para mudar se depender de ações governamentais, empresariais, institucionais etc. somente. A questão é que uma boa parte da responsabilidade das mudanças não estava sendo contemplada: o povo, as pessoas comuns. E agora elas estão tendo a chance – não somente nos Estados Unidos, como em boa parte do mundo em que os direitos humanos estão sendo mais aviltados – de se pronunciarem a respeito e ajudarem a dedidir. Não para Obama e o congresso tomem todas as medidas, mas simbolicamente isto tem a força de promover o diálogo e o reconhecimento de que muitos têm as mesmas preocupações. Somente isto já é um feito extraordinário que Obama tem feito desde a campanha. Não nos esqueçamos: ele é advogado e conhece bem a questão dos direitos.

    É esta parte que me alegra mais. Nenhum especialista em Não Violência e Cultura de Paz concebe a algum grupo determinado a obra da reeducação de toda uma sociedade. E é disto que está sendo tratado: de um processo de mudança de modelo mental.

    Como disse Erasmo (1469-1536): “(Seria melhor) refletir: se este mundo, o planeta Terra, é a pátria comum de todos que nele respiram e vivem, então, o nome de uma pátria é razão suficiente para unir seus compatriotas”.

  6. Do Le Monde

    La “démocratie
    Do Le Monde

    La “démocratie participative” selon Barack Obama
    LE MONDE | 03.01.09 | 14h09 • Mis à jour le 03.01.09 | 14h09

    New York, correspondant

    Je tiendrai compte de votre avis, surtout lorsqu’il sera contraire au mien, avait promis en substance Barack Obama à ses partisans durant sa campagne électorale. A l’approche de son intronisation, le 20 janvier, le message semble passé : la “démocratie participative” que le président élu appelle de ses vœux n’a cessé de croître.

    Depuis son élection à la présidence américaine, la section “Open for Questions” (questions ouvertes) de son site Internet, Change.gov, a ainsi recueilli, vendredi 2 janvier, 3 548 692 votes sur les questions posées aux internautes par l’équipe de transition. Mais, surtout, 82 831 personnes ont fait connaître leurs principales préoccupations. Plus que l’état de l’opinion, celles-ci sont indicatives des questionnements de la base “obamiste”.

    L’économie, sans surprise, y domine. Que fera M. Obama afin d’imposer aux banques d’être “comptables de l’usage des sommes indécentes” qu’elles ont reçues de l’Etat pour les renflouer ? demande Amelie V., de Long Beach, en Californie. Cette question ainsi que les interrogations sur la politique qu’il mènera sur l’emploi reviennent le plus fréquemment. Mais tous les thèmes sont abordés : “Comment nous défaire de notre addiction aux énergies fossiles ?” Le président annulera-t-il le programme de surveillance du terrorisme qui restreint les libertés civiques ? Mènera-t-il “une diplomatie équilibrée” dans le conflit israélo-palestinien ?

    Ailleurs, sous l’intitulé “C’est votre Amérique”, le site appelle les militants associatifs à “raconter les expériences” novatrices et réussies qui pourraient être utilement dupliquées.

    Mais la démocratie participative ne fonctionne pas à sens unique : le sommet peut, lui aussi, en appeler à la base. En faisant entrer à la Maison Blanche la plupart de ceux qui ont dirigé son site de campagne, c’est ce que compte faire le président élu.

    UN VASTE RÉSEAU INTERACTIF

    Son équipe détient désormais un fichier de plus de 13 millions d’adresses e-mail, dont le potentiel de croissance semble loin d’être atteint. Selon une étude du centre de recherches Pew et de l’association American Life Project, 62 % des 66,7 millions d’électeurs de M. Obama sont disposés à mobiliser leur entourage pour soutenir ses décisions.

    Mais en même temps que l’admiration qu’elle suscite, cette nouvelle manière de faire de la politique fait aussi naître des craintes. L’une d’elles est que ce réseau devienne pour les groupes militants le principal vecteur d’influence sur la Maison Blanche ; ainsi le mouvement de gauche Move On demande à ses 4 millions de supporters de participer activement aux questionnaires de Change.gov.

    La seconde inquiétude tient au fait qu’à la première difficulté – avec le Congrès, par exemple -, M. Obama puisse activer dans l’instant des millions de partisans qui submergeraient les élus d’appels téléphoniques ou de courriels.

    Sylvain Cypel (New York, correspondant)

  7. Quero parabenizar a Cida
    Quero parabenizar a Cida Medeiros pelo acompanhamento e compartilhamento desse movimento representado pelo Change.org. É evidente que não alimenta nem ela ou nem mesmo os que ofereceram suas idéias ao site a ilusão de que a política norte-americana vá submeter-se à votação eletrônica das sugestões.

    Entretanto, que é extraordinária a proposta e a sua repercussão, é. Durante estudos que fiz sobre o Orçamento Participativo, verifiquei a existência da propostas para ampliar o nível de participação por meio de instrumentos de “democracia eletrônica”, como o site Change.org representa. Lembro-me bem de defesas a respeito, pelo Tarso Genro, especialmente quanto a formas de viabilizar o debate e a aplicabilidade do OP nacional, num país continental, como o Brasil.

    Um dos limites e derrotas do Governo Lula, a meu ver, foi não ter aprofundado esta discussão. É verdade que as conferências de cidades e as outras todas realizadas, mais de 40 conferências nacionais, que mobilizaram mais de um milhão de pessoas, foi um passo valioso. Mas, um canal aberto de debate e acolhimento de propostas, de ausculta da opinião da sociedade sobre determinados temas, isto devria ser estimulado.
    O Ministério da Justiça o fez, acerca das propostas para a Reforma Política, é verdade, por meio de abertura de Consulta Pública acerca dos projetos de lei. Crédito para o Ministro e sua equipe, inclusive pela coerência. Mas, por outro lado, não se pode deixar de dizer: houve pouca divulgação a respeito, creio que apenas pelo próprio site.

    Precisamos inovar e muito, no que tange à ampliação do diálogo com as pessoas para o processo de construção das convicções e deliberações.

  8. O século 21 começa a
    O século 21 começa a florescer. Um pequeno raio de luz em meio à atmosfera tempestuosa, mas ainda não totalmente carregada. O céu irá se abrir ou desabar? É uma questão da atitude de cada um.

  9. Adrável Mundo Novo desbravado
    Adrável Mundo Novo desbravado pelos “EUA, construindo o conhecimento”:

    “Gaza e os vestígios de um deus rancoroso e feroz

    Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelense lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas?

    A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas, isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já, porque assim o impôs o bloqueio israelense, decidido, pelos vistos, a condenar à fome as 750 mil pessoas ali registadas como refugiados. Nem pão têm já, a farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho.

    Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas, carregados de alimentos, aguardam que o exército israelense lhes permita a entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a co´vardia internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que entende, quando o entende e como o entende.

    Vai ao ponto de impedir a entrada de livros e instrumentos musicais como se se tratasse de produtos que iriam pôr em risco a segurança de Israel. Se o ridículo matasse não restaria de pé um único político ou um único soldado israelense, esses especialistas em crueldade, esses doutorados em desprezo que olham o mundo do alto da insolência que é a base da sua educação. Compreendemos melhor o deus bíblico quando conhecemos os seus seguidores. Jeová, ou Javé, ou como se lhe chame, é um deus rancoroso e feroz que os israelitas mantêm permanentemente atualizado”

    Não sou eu quem diz isso, mas José Saramago

  10. Muito legal o que está
    Muito legal o que está acontecendo em relação as propostas para o governo do Obama nêsse site.Mas o que êle vai fazer ao assumir é outro papo.Vejo muita gente introjetando nêle ações que êle não disse em discurso algum,que faria ao assumir.Palavras e ações completamente distantes do que êle realmente disse que vai fazer.Aguardemos os acontecimentos.

  11. Acho que Obama vai entrar no
    Acho que Obama vai entrar no governo, com um problema sério criado propositalmente para ele, no fim da era Bush, a invasão da faixa de Gaza
    Além da crise financeira nos EUA, Obama terá esse problema da invasão pela frente, que Bush não moverá uma palha para resolver.
    Estão testando o novo presidente, para ver suas reais tendências.

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