Política externa pode explicar pessimismo dos mercados internacionais

Por Motta Araujo

Comentário ao post “O Brasil, segundo os investidores e o povão

Permito-me dizer que há mais um fator para o pessimismo nos mercados financeiros internacionais. A má inserção do Brasil no campo das relações internacionais. Uma política externa irracional, ideologica, cada dia mais baseada na associação a Cuba, Argentina e Venezuela, países economicamente fracassados. Isso conta muito.

No passado remoto lembro de fichas cadastrais no Banco do Brasil onde no capitulo “RESTRIÇÕES” se inseriam dados comportamentais do cliente, como indicadores negativos de credito:  “aficionado ao jogo”” , “”esbanjador”” e um muito curioso “”dado a más companhias””.

O Brasil de forma suicida escolhe ficar de mal com o mundo rico e se enturmar com os pés de chinelo.

Essa esquisitice contamina o mercado financeiro, em qualquer questão que apareça no mundo estamos sempre contra a ordem global e a favor da desordem. São as “más companias” do cadastro do Banco do Brasil dos velhos tempos.

Politica externa errática significa país sem rumo, que não sabe para onde vai. Na questão venezuelana sabotamos a OEA, organização do qual o Brasil ao lado dos EUA é o principal fundador e mais importante membro para operar com a UNASUL, entidade fundada por Chávez para lutar pelos ideais bolivarianos presidida pelo Coronel Desiré Bouterse, personagem que tem contra ele mandado de busca internacional por tráfico de drogas e cuja ficha é quilométrica.

Na OEA o Secretário-Geral e autoridade máxima é um dos diplomatas e políticos latino-americanos de maior reputação e prestígio, alem disso um socialista historico, o ex-chanceler chileno Jose Insulsa, um intermediario natural bem melhor que Desi Bouterse. Escolher a UNASUL para intermediar um conflito em que é parte o mesmo grupo que domina a UNASUL é a cara que o Brasil apresenta ao mundo, nesse quesito o juri mundial dá nota zero e prejudica o resultado da avaliação.

Redação

47 Comentários

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  1. Se tem uma coisa que

    Se tem uma coisa que banqueiro NAO pensa quando considera o Brasil eh na “ma compania” da Venezuela e similares.

    Quem ta com “pessimismo” a respeito do Brasil NAO eh banqueiro.  Eh politico corrupto.  Nacional ou estrangeiro.

  2. Este jovem deve ser fã

    Este jovem deve ser fã incondicional do senador republicano Jonh McCain. Pena que não tenha nascido nos EUA, pois já estaria na Ucrânia, lutando ao lado dos “democratas” do partido fascista Svoboda.

    1. De quem vc fala? Está errado total/ em suas “especulaçoes”…

      Nao fica claro no seu comentário se você está falando do André Araújo, o autor desse texto, que nao é nada jovem e também nao chega a ser fascista, apenas muito reacionário e com mentalidade de vira-latas colonizado, ou do IVan, que também nao é jovem e NAO TEM NADA DE REACIONÁRIO NEM DE AMERICANÓFILO, apenas vive nos EUA. 

      1. (Hei, se foi pra mim, pelo

        (Hei, se foi pra mim, pelo menos ele me chamou de “jovem”!   Da proxima vez lembre de “bonito” tambem!)

      2. Falo do autor do texto. Se é

        Falo do autor do texto. Se é velho, trata-se de um velho com idéias de um jovem. Tão jovem quanto os coxinhas neonazistas que tocaram fogo na praça de Kiev, para tentarem dar a Criméia à OTAN.

  3. Estranho, o dito “autor”

    Estranho, o dito “autor” desse texto deveria se limitar a escrever para a Veja, PiG e Cia. Aqui preferimos textos com argumentos lógicos e baseados na realiadade e não os baseados em puro fanatismo ideológico e político da extrema-direita.

  4. Devagar

    Mas, meu caro André, há que se aprofundar a questão em vários aspectos, começando pelo viés dos esbanjadores. O Império do Bem, Estados Unidos esbanja uma fábula em armamentos, tecnologia de armamentos, manutenção de tropas no Oriente Médio, África, e outros. A dívida do país relacionada a estes itens é astronômica. Também sou contra muitos projetos daqui, mas não se pode comparar o esbanjamento de dinheiro com estádio de futebol (acho também o fim da picada), com coisas com os gastos militares de Washington e demais componentes dos homens bons. Vamos devagar e aprofundar item por item.

     

  5. Não é o Brasil que está de

    Não é o Brasil que está de mal com o mundo é o autor que está de mal com o Brasil e culpa a política externa que busca soberania e não anda só com Venezuela e Argentina. Existem os outros países da América Latina. A Euopa, por exemplo, prefere o ressentimento e anda cada vez mais para a direita. Os Estados Unidos, bom os Estados Unidos estava nos espionando para colher informações privilagiadas para serem utilizadas contra nós. Mas extritamente sob o ponto de vista comercial as coisas vão bem.

  6. Prefiro ouvir o que Luísa, a

    Prefiro ouvir o que Luísa, a do magazine tem a dizer sobre  o mau humor  da banca internacional:má comunicação do governo federal,fragmentada e difusa.

    Krugman,sinalizou que  a especulação  é que  altera  a onda de preferências do mercado. Hoje , são os  emergentes, amanhã, asiáticos, depois  europeus  e assim por diante.Exatamente como qualquer especulação doméstica,mudando apenas  a escala. No caso brasileiro,a antecipação da campanha eleitoral pelo PIG,como forma  de colaborar com a oposição,criou  expectativas adversas.O interregno da Copa  deve esfriar os efeitos eleitorais deletérios da mídia sobre o momento  econômico. O que  apenas dá  oportunidade de refletir sobre a estratégia  a ser adotada com  o fim de neutralizar o partido  de  dona Judith Brito.

  7. NÃO

    “O Brasil de forma suicida escolhe ficar de mal com o mundo rico e se enturmar com os pés de chinelo.”

    Então tá.

    Vamos nos aliar aos ricos. Como subalternos. Como consumidores. Eu garanto que vamos ser bem liderados.

    Quem sabe eles vem aqui cuidar do bananal. E, se formos bonzinhos, talvez eles deixem de remeter a totalidade dos lucros às matrizes, .

    Dependência ao norte!

  8. O A.A já tava apanhando no

    O A.A já tava apanhando no post original e agora vai continuar apanhando aqui.

    A frase “O Brasil de forma suicida escolhe ficar de mal com o mundo rico e se enturmar com os pés de chinelo ” é tão completamente errada e sem sentido que até mesmo uma criança do ensino fundamental a acharia falsa.

    Se olharmos hoje na Europa, o único país que tem uma boa economia é a Polônia. Por que a Polônia? Porque para SORTE dela, não conseguiu cumprir as metas para entrar na zona do Euro e para o clube dos “riquinhos” do A.A  Hoje a Polônia, com sua própria “moeda de pobre”, cresce em média 3,5% ao ano e os poloneses antes “loucos para entrar no clubinho” nem querem ouvir falar de “euro”.

    Agora vejam o caso dos “poderosos”  Portugal, Espanha, Irlanda, Grecia, Itália, ….. São os “ricos”  de fachada do A.A. Todos tem carteirinha de sócio do clube, mas passam fome quase todo dia..

    Tá na hora do A.A rever seus conceitos de “pés de chinelo”.  A década de 50 já acabou. Estamos em 2014.

    1. um Portugal pauperrimo ainda

      um Portugal pauperrimo ainda e muito superior a uma Cuba ou Argentina!  principalmente pelas continuas trairagens dos Hermanos.  Afinal onde vc faria investimentos hoje na Bolivia de Evo, que confisca refinarias, revista aviões de ministros brasileiros ou com a Italia,  O Pizzolato que responda para você!

      1. Pizzolato responderia!

        Estou na Itália por que a justiça brasileira é de 3º mundo. Não confunda as coisas. A mesma justiça que deixa um pilantra do DEM filmado roubando ser candidato a governador do DF mas mantem em reclusão um condenado, sem nenhuma prova, a pena semiaberto. Não mistute a pouca vergonha da justiça brasileira com economia!

    2. Acho que vc nem está com os

      Acho que vc nem está com os conceitos da década de 50, nem com as do ano de 2008…. Portugal, Espanha e Grécia quebraram por conta do gabinete socialista dos 3, que implodiu com os custos impagáveis do welfare state para aposentados de 40 anos… já a Liberal Alemanha é a âncora da Europa.

    3. O unico pais que tem uma boa

      O unico pais que tem uma boa economia é a Polonia? Que coisa heim. A UE tem um PIB de 15,8 trilhões de Euros e uma renda per capital de  34.500 Euros mas tudo isso não vale nada dante da Polonia, que tem renda per capita muito inferior e desemprego maior que na zona do Euro. A Europa teve e já está em recuperação de uma crise financeira mas a Europa não desapareceu, é um  bloco riquissimo, centro da cultura, de bons serviços publicos, de lazer, de otima educação e  assistencia de saude, de onde vc tirou que a Europa não vale nada? Crises financeiras a Europa teve nos ultimos duzentos anos 16, a maioria muito piores que a de 2008, não confunda CRISE FINANCEIRA com fim do capitalismo, erro que Trotsky cometeu em 1929, sem imaginar que quem acabaria foi o comunismo que ele implantou.

  9. A escolinha do professor Araujo

     

    Posso até imagjnar a cena, Tia Samanta olha para o Brasil sentado no fundo da sala e ralha com ele – Sai de perto desses meninos levados ou a tia vai te castigar seu moleque desobediente.

     

    Esse Monumento tem cada uma….

     

     

     

     

     

  10. FAZ SENTIDO, CARO MOTTA ARAUJO

    As poderações do Sr Motta Araujo fazem todo sentido. De acordo com a notícia abaixo, publicada no CORREIO DO BRASIL, um grupo de 147 mega corporações internacionais, controla pelo menos 40% de toda economia global.

    http://correiodobrasil.com.br/ultimas/banco-mundial-apoia-controle-global-da-economia-revela-pesquisa/692148/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=b20140317

    Como se sabe, grupos organizados, mesmo quando quantitativamente em menor número, mas atuando de forma coordenada, controla uma  grande massa desordenada.

    Ora, se as posições de Venezuela, Bolivia e Argentina são contrárias ao “grupo dos 147”, citados na reportagem, e juntando-se o Brasil a este grupo, com certeza é visto com maus olhos, podendo haver retalhações.

    O poder simplesmente se impõe. É soberano, e tem seus mecanismos de imposição de vontade.

  11. Rodada de Doha

    O Brasil tinha se posicionado para ser o lider da revolta dos países explorados pela financeirização internacional.

    Falhou em sua missão e ficou com a broxa na mão.

    Têm que remar tudo de novo.

  12. Robert Fields

    O aa é uma espécie de robert fields que sempre teve certeza que o papel do Brasil era se aliar em tudo ao “home”. Baixar as calças, assim numa boa. O brasileiro é incapaz e deve seguir como escravo bem comportado tudo que a casa grande mandar, ele não são poderosos? É o grande destino que eles vêem no Brasil, ser capacho dos poderosos.

    Outro dia ele propôs que invadissemos a rebelde bolívia do caso do petróleo.

    O nazismo tem seus seguidores implacáveis. O anti-comunismo é so uma das faces destes nazi-facista. E fica dando uma de sabido!

    O pig e seu nazismo tem muitos seguidores. aí está um deles. Fala da revistinha do esgoto apenas para despistar.

  13. De mal a pior

    O comentário já era péssimo onde estava, e ainda veio para cá? 

    Podem pegar qualquer exemplo de países que corresponderam aos interesses do G-8 e ver como eles saíram do subdesenvolvimento direto para o… subsuboque.

    Falam em liberalismo, ideias próprias, mas pensam na lógica da manada.

    1. Pois é, Marcos, eu não

      Pois é, Marcos, eu não consigo entender esse fascínio que o LN tem pelo A.A.. Tem certos comentários dele que são verdadeiras pérolas de non sense. Esqueceu de tomar o remedinho, com certeza…

  14. Ficar ao lado dos países rico

    Ficar ao lado dos países rico hoje é vantagem?

    México é o único país onde a pobreza aumenta, se bobear até os gregos vão querer serem anexados pela Rússia.

  15. Atenção ,este blog é

    Atenção ,este blog é democrático e não de uma só vertente.

    A admissão do contraditório é saudável.

    Caso contrário iremos cair na mesma situação das críticas ao PIG.

    Vamos respeitar com argumentos e teses as opiniões divergentes.

    1. Não, este blog é do Nassif

      É ele quem manda. E por alguma razão que a natureza desconhece ele dá uma bola danada para este americanófolo do AA que escreve muita besteira. 

    2. Contraditório?

      Isso não é contraditório, é provocação! Um papo chato e rasteiro que não acrecenta nada a ninguém, apenas satisfaz o mentecápto no exercício de sua estupidez solitária.

  16. O comentario é excelente
    A

    O comentario é excelente

    A pelegada como sempre desavergonhadamente vai proteger os seus amados lideres e idolos totalitarios e ditadores como a mumia do Fidel

    Os paises boliarianos sao um bando de fracassados , inuteis como naçao, nao tem valor agregado algum´e só mesmo pelego para achar que o Brasil esta bem acompanhado andando com essa ralé… 

    1. A culpa do pobre é dele mesmo?

      Apesar de concordar com a posição do Araujo de que estamos sendo mal vistos pela comunidade internacional (que tem poder de fogo, pois é dona do dinheiro por eles mesmos fabricados do qual somos dependentes), isso não quer dizer, necessariamente, que nossa política esteja totalmente errada. Isso porque é preciso analisar prós e contras quando se toma determinada postura internacional.

      Por outro lado, DISCORDO TOTALMENTE da tua posição. VENEZUELA, ARGENTINA, BRASIL E BOLÍVIA podem até ser fracassados, mas este fracasso tem muito mais a ver com conjunturas internacionais impostas (somos eternas colônias dos países centrais- que nos impõe políticas que eternizam nossa miserabilidade), do que culpa própria.

      Assim, já que não somos uma potência militar (como a Russia- que pode ser soberana em suas decisões), temos que comer pelas beiradas, fazendo o jogo político adequado, que nos permita sair da condição de miserabilidade imposta pelos países centrais, mas ao mesmo tempo, não cutucando com vara curta a fera, capaz de nos aniquilar.

       

      1. No post não está dito em

        No post não está dito em lugar algum que o Brasil é pais fracassado. Está dito que o Brasil apoia paises fracassados, não que é um deles.

  17. As viseiras da ideologia ou: A Ucrânia não é aqui.

    O que o comentário elevado a categoria de post não consegue ultrapassar é a visão limitada da realidade.

    De fato, de forma apressada, para quem pensa como o comentarista, o chamado pessimismo com o Brasil poderia ser uma espécie de punição por suas posições.

    De fato, esta é a aparência que a banca e seus lacaios da mídia e das corretoras, procuram imprimir a questão.

    Não é tão simples.

    Há duas questões em jogo, ou talvez mais, mas eu identifico duas principais:

    01- O fator eleitoral óbvio, quando os porta-vozes da banca se assanham em influenciar o pleito e emplacar um governo mais dócil;

    02- E outro mais grave: a contenção estratégica que os EEUU e demais praticam para impedir que outro país se estabilize definitivamente como mais uma ameaça ao eixo hegemônico global, que já conta com China, Rússia e Índia (em posição um pouco menos destacada).

    Como disse o Krugman esta semana na Carta Capital, é bobagem esta coisa de G7, G10, G20,G198967 ou Bric, Brac, Bruc, quando tratamos de grandezas tão díspares como são os países.

    Mas é certo que os interesses econômicos se articulam em blocos, por uma questão óbvia de sobrevivência. Os EEUU sabem que o Brasil descobriu que não conseguirá alavancar seus interesses atuando como correia de transmissão do Tio Sam.

    Por outro lado, EEUU e seus sócios não pretendem que novos atores globais venham a disputar espaço.

    Temos aí um paradoxo: O sistema capitalista mundial central não pode prescindir dos países que considera periféricos, mas tem que mantê-los em uma posição de permanente subordinação, porém, que não seja tanta que inviabilize o retorno dos investimentos esperados.

    Isto traz resultados incontroláveis, vide o caso Chinês. Daí os ruídos.

    O resto é tolice.

    O que o Brasil tem que fazer, caso queira mesmo se impor como força global, é começar a se armar. Não adianta ter algum dinheiro e força econômica sem armas para guardá-los e para intimidar os “pessimistas”.

    A baboseira escrita pelo Araújo é só mais um pouco de cortina de fumaça e argumento para dar “coesão ideológica” aos nossos CIA boys.

    Dá-lhe William Waack. 

  18. esses caras que nào entendem

    esses caras que nào entendem o multiculturalismo do mundo atual jamais entenderào também a política externa brasileira e nem a própria inclusào social e ficarào arguementando sobre conflitos entre ricos e pés-de-chinelo….

    tem que ler mais o said sobre orientalismo e  por aí vào talvez começar a perder um pouco do preconceito que têm acerca de uma visào de mundo pelo menos deglutível e mais sensata…

    francamente!!! –  como disse-o bem uma comentarista sempre lúcida…

  19. outra sugestào de leitura

    outra sugestào de leitura para o caro comentarista desse nazispost é o “povo brasileiro”, do darcy ribeiro, uma aula magna de multilateralismo histórico…muito importante para o momento presente…

    .os portugueses sempre foram universais e estiveram por todos os cantos do mundo – por que agora olharíamos só para o norte?

  20. COMENTARIO DOS COMENTARIOS –

    COMENTARIO DOS COMENTARIOS – Uma politica externa valorosa tem objetivo e método. O conjunto dessas duas vertentes construi uma DOUTRINA, eixo estrategico sobre o qual uma Chancelaria opera. A DOUTRINA funciona como um modelo de negocios de uma empresa, é o roteiro de como deve se operar o dia a dia.

    Em 1947 foi construida a DOURTRINA TRUMAN pelo Birô de  Planejamento Estrategico do Departamento de Estado, tambem conhecida como Doutrina de Contenção. Essa Doutrina guiou no geral (é clarro que ocorreram desvios)

    a politica externa americana por 50 anos. Visava desidratar a URSS sem confronta-la diretamente,  teve sucesso e atingiu seus objetivos. O homem que formulou essa politica, o diplomata George Kennan, começou sua carreira no Departamento de Estado estudando lingua e cultura russa em Riga, na Estonia, porque os EUA não tinham relações diplomaticas com a URSS, isso aconteceu em 1920, ele entrou no State para cuidar da politica com a Russia, foi sua

    declaração ao examinador no concursos para a carreira de diplomata em 1917, no Foreing Service Institute.

    Qual a DOUTRINA hoje da politica externa brasileira? Não há nenhuma.

    A politica externa se orienta apenas por companheirismos ideologicos. Ser “machão desafiador”  não é uma politica externa, não leva à absolutamente nada. É como um vendedor de loteria na porta de um restaurante chique xingar um cliente que não lhe comprou bilhete. O cliente nem toma conhecimento, não é um fato importante para ninguem Hugo Chavez dizer no pódio da Assembleia Geral da ONU que “”aqui ontem esteve o Diabo, sinto o cheiro de enxofre”, referindo a George Bush. Disso iso e dai, aconteceu o que? Hoje a Venezuela está em escombros, destruida como economia, sociedade e futuro, George Bush esta em Dallas jogando golfe, o que o “valentão” ganhou?

    A função de uma politica externa é atender o interesse nacional. No mundo globalizado de hoje o Brasil é um calouro com boas perspectivas, um aspirante a potencia mas ainda não é potencia. A melhor posição para o Brasil dentro do quadro internacional de HOJE é ser um aspirante a potencia BEM APOIADO, o melhor apoiador porque é um aliado historico são os EUA, os outros paises são concorrentes do Brasil por espaço global, inclusive os BRICS, concorrentes não costumam ajudar outro concorrente, os EUA NÃO SÃO CONCORRENTES DO BRASIL.

    Quando nasceu a Republica em 15 de novembro de 1889, o grande apoiador, o grande padrinho, o grande irmão desse jovem Republica foi os Estados Unidos. A Europa, com exceção da França, era monarquica, a queda do Imperador Dom Pedro II, que era de uma dinastia europeia, provocou PÉSSIMA repercussão na Europa. O historiador Rocha Pombo em sua fundamental, em relação a esse periodo, HISTORIA DO BRASIL em 5 volumes,  tem centenas de paginas sobre a movimentação diplomatica na transição da Monarquia para a Republica. O Brasil ficou orfão, quem deu toda a força ao Brasil foi o EUA, uma aliança historica, o novo regime se chamava REPUBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL, a aliança continuou sem que houvesse nenhum “”alinhamento automatico”” mitologia da esquerda inculta, o alinhamento automatico ocorreu em um unico periodo da historia republicana, o governo Dutra. A politica externa da Republica, inaugurada pelo Barão do Rio Branco NUNCA FOI ALINHADA e sim ALIADA aos EUA, uma aliança de interesses de que ambos se beneficiaram. Um dos periodos mais hostis aos EUA foi o regime militar após a Presidencia Castelo Branco, quando foi rompido sem aviso o Acordo Militar Brasil EUA que vinha da Segunda Guerra e foi inaugurada a politica externa independente com o reconhecimento do governo marxista de Angola pelo General Geisel, em direta confrontação com o Departamento de Estado.

    Ao contrario da politica externa meramente palanqueira de Lula, sem consequencias praticas, a politica externa independente do Governo Geisel foi REAL, verdadeira, o reconhecimento do MPLA em Luanda foi um ato REAL, com consequencias praticas que depois derivaram para uma aliança economica profunda com o regime de Saddam Hussein no Iraque, que involveu inclusive a nomeação de um General da ativa, do Alto Comando, Samuel Alves Corraa

    como Embaixador em Bagdah, a pedido de Saddam Hussein. Essa foi a VERDADEIRA fase de uma politica externa independente com começo, meio e fim, não essas palhaçadas de hoje quando se vê algo que jamais e imaginou, o Brasil levando PITOS de um mequetrefe boliviano, a Bolivia DANDO BRONCA no Brasil e o Brasil abaixando a cabeça, a ponto de se demitir um Chanceler para dar satisfação ao homenzinho de franja em La Paz., os ossos do Barão devem estar  rubros de raiva ao ver essa situação, o Brasil “”não recebe pitos de Washington”mas recebe de cabaixa baixa de Morales ou de qualquer outro caudilhete cucaracho.

    A politica externa deve ser um INSTRUMENTO da politica geral economica, cultural e geopolitica, não é formulada para agradar amiguinhos ideologicos, é para atender o interesse nacional, mesmo contra a ideologia. Stalin que tinha a maior visão geopolitica que um estadista poderia ter, sacrificou os comunistas gregos em 1947 e 1949,que deveriam ser seus companheiros ideologicos, em beneficio da manutenção da alainça com os Anglo-Americanos, operou a politica externa sovietica dentro dos melhores principios de REALPOLITIK, nada de ideologias, só valia o interesse internacional da URSS.

    A atual politica externa é um peso para o Pais, entre Cuba, Bolivia e Venezuela já custou de perdas bem mais de DEZ bilhões de dolares de dinheiro dado fingindo que é emprestimo do BNDES, para NADA. O Brasil não ganha nada com essa politica, nem influencia sobre esses paises, menos influencia que tinha no passado.

    O Brasil deve dirigir sua politica externa para ser SOCIO DO CLUBE DA GOVERNANÇA GLOBAL, sócio importante e de peso, hoje o Brasil parece vagabundo de boteco, desafia a ordem global só pelo gosto de desafiar, sem ter instrumentos reais de poder para mudar essa ordem, cria caso por criar e ajuda quem não agradece.

    O Brasil só pode ser socio do CLUBE DA ORDEM GLOBAL com patrocinio e apadrinhamento dos EUA, não adianta alisar maduros e morales por ai ou sobas africanos cleptocratas, eles nunca vão colocar o Brasil no Conselho de Segurança, só quem pode é os EUA, sem Washington o Brasil nunca chegará ao CS, a ironia é que Washington SEMPRE QUI APOIAR O BRASIL, considerado aliado historico, o Brasil se acha esperto rejeitando a amizade.

     

    1. Pois é, faltou uma mente

      Pois é, faltou uma mente brilhante para formular a DOUTRINA ARAÚJO, segundo a qual o governo aumentaria em bilhões o orçamento militar para conter a AMEAÇA BOLIVARIANA de todos os nossos vizinhos(exceto a Colômbia, onde opositores do governo democrático já estão sendo assassinados em massa e enterrados em valas comuns). Tropas seriam deslocadas para nossas fronteiras com esses países(a alto custo)para impedir que bolivarianos(principalmente de etnia indígenas, cujo combate constitui um dos principais pilares do ARAUJISMO).

      Assim, quem sabe após mais de meio século de vultosos gastos inúteis no combate aos nossos inimigos, poderemos celebrar uma vitória de Pirro!

    2. O Motta com uma clareza que não lhe é peculiar

      Vou com você nesta, o Brasil não só na politica externa, mas no geral está sem rumo, sem norte e sem estrela. O pior é que muita gente boa, o Raí aqui do blog, agora têm que tergiversar sobre  golpe de mais de bilhões de reais, ou os mal fadados empréstimos do BNDES, que venho há anos defendendo a extinção.

      Quando a rodada de Doha fracassou o Itamarati deveria ter parado tudo e repensado a sua posição, continuou empurrando com a barriga e atolamos até os cabelos na nossa política externa, rejeitando até a amigos históricos como o USA, que como toda nação grande têm vários grupos lutando pelo poder com visões diferentes de seus aliados e seus papeis.

  21. Se abraçar com país rico, só

    Se abraçar com país rico, só se voce for também rico, porque senão te tratam como pé-de-chinelo.

    Temos que nos abraçar com pobre porque o Brasil vende a imagem de rico, mas seu povo é pobre… de cultura, afinal continuamos com piores indices de qualidade de vida. 

    Agora saudavel mesmo seria se abraçar com EUA, e ficar igual ao mexico…

    É, somo otários por não nos abraçarmos aos EUA….

    1. Ué, mas nada nos impede de

      Ué, mas nada nos impede de nos unirmos com países latino-americanos, asiáticos, da Oceania e do Leste Europeu que possuem governos mais bem-sucedidos economicamente. Só para dar uma idéia de com quantos países, só entre os emergentes, poderíamos ter relacões mais frutíferas se deixássemos essa política externa inútil, vou fazer uma lista aqui: México, Indonésia, Peru, Malásia, Turquia, Colômbia, Polônia, Nigéria, Índia… Todos países que parecem até mais com o Brasil do que os países do Mercosul, pois também tem grandes povos, pequena renda per capita, e os problemas que muitas vezes isso acarreta – baixa qualidade dos servicos públicos, baixa competitividade, alta corrupcao, alta violência – sem, entretanto, deixar de terem o que oferecer no intercâmbio tecnológico a nós. A Polônia, onde o emprego cresceu de forma sustentável mesmo no auge da crise européia, certamente pode nos dar algumas dicas sobre conducao da política econômica; a Índia, que conseguiu se transformar em uma potência científica mesmo sendo muito pobre, pode nos ajudar no setor de tecnologia; a Colômbia, no de diminuicao da violência; e várias outras ideias de negócios excelentes que não vou citar aqui, pois simplesmente não daria tempo. Isso sem falar na ajuda que compartilhar nossas experiências de bem-estar social, como o SUS e o Bolsa Família, com países como Nigéria e Indonésia poderiam fazer bem para as suas populacoes carentes. Por isso, digo que o Brasil, ao deixar seu papel de oferecer uma lideranca social, democrática e próspera entre os emergentes, para dedicar-se a uma política externa suicida e infrutífera, está não só prejudicando a si mesmo, mas contribuindo para que o mundo continue estratificado entre uns poucos países ricos e industrializados e muitos outros, pobres e explorados, que passam por surtos de crescimento econômico e, depois, entram em sucessivas crises. 

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