Putin e Trump: quais interesses motivam a aproximação?

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – Após o relatório da Inteligência Nacional norte-americana confirmar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou uma campanha para tentar influenciar o resultado da eleição de vitória a Donald Trump, nos Estados Unidos, a dúvida que se levanta é: o que Trump pode oferecer a Putin e Putin a Trump?
 
No contexto do material divulgado pelos serviços de inteligência dos Estados Unidos, o documento mostra que o objetivo de ajudar o republicano a derrotar a democrata Hillary Clinton não ultrapassou, por outro lado, a legalidade das urnas.
 
A atuação russa ocorreu por meio de hackers que, com a suposta autorização de Putin, invadiram os computadores do Partido Democrata e divulgaram as informações ao WikiLeaks de que a sigla favoreceu Hillary nas primárias, com o intuito de ferir a imagem dos democratas. 
 
O caso levou o então presidente Barack Obama a expulsar 35 diplomatas russos acusados de participar da espionagem. Após a divulgação do relatório “não confidencial”, nesta sexta-feira (06), Obama em tom irônico advertiu o seu sucessor que Vladimir Putin “não faz parte da equipe” de governo.
 
“O que é certo é que os russos tinham a intenção de interferir, e o fizeram”, disse em entrevista a uma televisão norte-americana, neste sábado. “Devemos lembrar que [republicanos e democratas] estamos na mesmo time e que Vladimir Putin não faz parte da equipe”, completou.
 
Mas diante dessas informações, analistas de todo o mundo tentam entender até que ponto os dois líderes poderiam se beneficiar de uma cooperação. Para responder a essa pergunta, o colunista Jorge Almeida Fernandes, no jornal português Público PT, trouxe algumas explicações.
 
Narrou que o vice-diretor do Centro de Estratégia e Estudos Internacionais Rússia e Eurásia, autor do livro Política Externa Russa: O Retorno das Políticas de Grande Poder (Ed. Rowman & Littlefield, 2009), Jeffrey Mankoff, disse que “Moscovo deseja diminuir as tensões com os Estados Unidos e obter o acordo de Washington sobre um novo mundo multipolar baseado em esferas de influência das grandes potências, em detrimento das normas e instituições liberais que dominaram a era pós-Guerra Fria”.
 
Além disso, o historiador britânico Niall Ferguson escreveu para a Foreign Affairs o que Putin almeja: “Item n.º 1: o levantamento das sanções. Item n.º2: um fim da guerra na Síria em termos russos – que incluiria a preservação de Assad no poder, no mínimo após um ‘intervalo decente’. Item n.º 3: o reconhecimento de facto da anexação russa da Crimeia e algumas mudanças constitucionais destinadas a tornar impotente o governo de Kiev, concedendo à região oriental do Donbass um permanente direito de veto pró-russo.”
 
 
Do outro lado, “Moscovo aposta no argumento de que nem na Ucrânia nem na Síria estão em jogo ‘interesses vitais’ americanos. E aposta noutro plano, pensando: um ‘negócio’ com o adversário tem precedência sobre a defesa de um aliado, tanto mais que a Ucrânia não faz parte da NATO. E, explorando o que Trump até agora disse em termos de política internacional, calculará que a Europa ficaria à margem de um entendimento entre os ‘grandes'”, raciocinou o português Jorge Almeida Fernandes.
 
De acordo com os analistas, os russos estariam dispostos a uma “grande negociação”, uma vez que “quer não apenas um ‘novo [acordo de] Ialta’, mas também um acordo sobre o direito de a Rússia interpretar as regras globais e construir uma ordem baseada no equilíbrio dos interesses e poderes”. 
 
E, por fim, “é evidente que as ideias de Trump se inserem no triângulo Washington-Moscovo-Pequim. Diga-se que a linha dura de Trump em relação a Pequim não desagrada a Moscovo, que se lembrará de Kissinger. Dizia ele que, naquele triângulo, a América deveria estar mais próxima de Pequim e de Moscovo do que estas entre si”, conclui o colunista.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

31 Comentários

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  1. Criminosos

    “Após o relatório da Inteligência Nacional norte-americana confirmar que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou uma campanha para tentar influenciar o resultado da eleição de vitória a Donald Trump…”

    —————-

    Este relatório tem o mesmo valor daquele em que “a Inteligência Nacional norte-americana”, afirmava categoricamente e existência de armas de destruição de armas no Iraque, país que foi invadido e destruido! O nível mais alto de criminalidade… e a CIA foi parte do crime.

    As forças que se infiltraram em nosso judiciário/policias e atuam em conluio com a mídia cartelizada no Brasil, tem sua raizes e modelo lá nos EUA, então não é surpresa que os mesmos padrões se repitam lá e cá.

     

  2. Analistas… anais listas…

    É incrível como todas as análises políticas e econômicas só podem ser consideradas no dia da publicação, no seguinte começam a mostrarem os furos…

    Trump antes das eleições era um outsider do sistema partidário americano… sobre isto o melhor artigo que li esta semana foi de Paul Craig Roberts, no resistir.info: http://resistir.info/eua/roberts_03jan17.html 

    O artigo é voltado para a economia, mas como ele atualmente é dependente das relações exteriores…

    1. Jorge, meu caro amigo, não querendo ser intrometido, sugiro…..

      Jorge, meu caro amigo, não querendo ser intrometido, sugiro que leia o que escrevi em 19 janeiro 2009 em http://blogln.ning.com/forum/topics/o-futuro-dira-bush-e-que-tinha , não achei um texto bem mais longo e ainda anterior a este que explica qual foi a falha que fizeram os acadêmicos e economistas do primeiro mundo quando pensaram em transferir as indústrias para fora de seus países.

      O texto mais longo que escrevi por volta de 2006 mostrava com um exemplo simples que a fabricação de Bonecas Barbies eram no momento mais importante do que a fabricação de aviões, pois simplesmente a consequência das bonecas eram exatamente a colocação de países como a China e Índia a frente dos demais países desenvolvidos na indústria de ponta, vou tentar reescrevê-lo a luz da política que Trump quer implementar nos USA quase de forma intuitíva.

  3. Putin exerce uma ditadura

    Putin exerce uma ditadura democrática nunca vista no planeta.

    ”democrática ” por que segue a lei pra apenas 2 mandatos, como presidente.

     ditadura porque , nesse ínterim, se elege deputado e consequentemente primeiro ministro que manda no presidente que é um boneco dele.

    Fenomenal !

    E antes disso tudo , era chefão da K G B.

    Perfeito !

    1. ACHO PUTIN O MÁXIMO!!!!

      ACHO PUTIN O MÁXIMO!!!! TOMARA FIQUE ENTRE NÓS BASTANTE TEMPO, JÁ QUE ME PARECE SER  O ÚNICO CAPAZ DE EQUILIBRAR UM POUCO AS COISAS NA POLÍTICA INTERNACIONAL. NÃO FOSSE ELE OBAMA ,BIDEN E HILLARY TERIAM TOMADO O MUNDO DE ASSALTO. COM O BRASIL FIZERAM O QUE QUISERAM.

  4. Completando e dando mais lógica a reportagem.

    A última notícia que é parcialmente reproduzida no artigo acima do Pato Manco (como os norte-americanos chamam os presidentes que estão de saída) é que Obama fez a seguinte reclamação na rede de TV ABC:

    “Os russos quiseram interferir [nas eleições], e interferiram. Uma das coisas que me preocupam é a quantidade de comentários nós vimos nos últimos tempos, quando têm republicanos ou especialistas, ou comentadores na televisão, que parecem que confiam mais em Vladimir Putin do que nos seus camaradas-americanos, pois esses camaradas-americanos são democratas”.

    “Isso não deve acontecer”, continua o Pato Manco “Nós estamos no mesmo time. Vladimir Putin não está no nosso time”.

    Talvez aí esteja o grande erro de Obama, primeiro porque é necessário lembrar que foi a Rússia que adotou através de um falso parlamentarismo onde o primeiro ministro tem poderes como o presidente norte-americano, e não os USA que adotou um sistema de partido único como na ex-URSS e o segundo fato, e talvez o mais importante que aproxima Putin de Trump, é que os democratas propões um governo globalizante e que tenta transferir o poder as grandes corporações, ou um primeiro ministro russo que pensa e age como um presidente norte-americano do passado tentando dar prioridade a sua política interna.

  5. Pimenta nos olhos dos outros…

    Isso é o ‘mínimo do mínimo’ dos métodos que o EUA tem massivamente empregado em sua constante “engenharia de mudança de governos”.

    O relatório da inteligência norte-americana  descreve justamente o  que eles fazem em outros países, exatamente como fizeram no Brasil. Plantam descontentamento na população e ao mesmo tempo usam uma rede de trolls e páginas na internet para manipular a massa,  foi feito aqui no Brasil, com participação da mídia cartelizada e de setores do judiciario, PF e MP…

  6. Jorge, para mim há uma explicação que condiciona o pensamento…

    Jorge, para mim há uma explicação que condiciona o pensamento Trump.

    Onde Trump ganhou o seu dinheiro a vida toda, como um capitalista do sistema financeiro ou como um capitalista do setor imobiliário?

    Por mais que Trump seja forçado ou queira, quarenta anos de trabalho num dado setor forja uma forma de raciocinar, a maneira que ele encontrou para retirar a mais valia de seus empregados é uma, a maneira que Obamas, Hillaris e outros, desvinculados da produção material é outra.

    Enquanto não entenderem algo que é evidente Trump ficará um mistério para muitos.

    Ele é um capitalista. Ele não quer dar nada de presente para ninguém, ao contrário, tirar (afinal ele é um bom capitalista), mas a forma dele tirar é vinculado ao setor produtivo e não meramente especulativo (não estou falando que ele não faça especulação imobiliária, longe disto). Entendam isto e entenderão a contradição interna dos setores capitalistas norte-americanos.

    1. Há quase sessenta anos…

      …dois presidentes americanos, um republicano e o outro democrata, fizeram declarações que ainda são atuais. Ambas em linha com preocupações externadas no passado remoto pelo terceiro presidente do país… a presidência de Trump é uma incógnita: poderá manter o populismo no discurso e se curvar ao verdadeiro poder ou será expelido… ou viveremos tempos interessantes.

      1. O Zé Trindade está mais perdido do que cego em tiroteio

        Zé Trindade, você acha que mais-valia não existe, né? Você acha que esse conceito é uma invenção de Marx sem qualquer vínculo com a realidade econômica. Certo?

        Você investiria um milhão na compra de matérias-primas, na compra de equipamentos e na contratação de trabalhadores para recuperar apenas o que você investiu?

        Se você faz isso, nenhum outro capitalista faz. Se ele investe um milhão de reais, ele quer um milhão e meio, no mínimo, de retorno.

        Esse tipo de argumento constitui uma falácia denominada apelo a novidade. Essa falácia é muito utilizada  por pessoas com pouca inteligência. Em geral tais pessoas argumentam que algo, por ser antigo, não presta apenas por ser antigo, enquanto tudo o que é novo é bom apenas pelo fato de ser novo. Umas das invenções mais antigas é a roda, mas tais pessoas nem se dão conta que, apesar de sua antiguidade, a roda é muito mais útil à humanidade do que muitas inveções mais modernas.

    2. Seu Maestri.
      Enquanto os

      Seu Maestri.

      Enquanto os tabacudos não souberem os motivos que levaram trump à vitória,é gastar pólvora em chimango.

  7. O “relatório da Inteligência

    O “relatório da Inteligência Nacional norte-americana” não apresentou uma única prova ou evidência, por menor que fosse, da interferência russa. Isso foi dito na própria apresentação do relatório, destacado pelo Glenn Greenwald (twitter) e reconhecido pelo NY Times.

    Acho até que é bem provável que tenha ocorrido. Afinal, espionagem e sabotagem fazem parte dos conflitos geopolíticos, que o digam os EUA. Mas não foi divulgada uma única prova.

    O que parece mais provável é que a posição das agências de inteligência dos EUA deve ser entendida no contexto da reação do deep state a um político que representa interesses e visões norte americanas sobre política externa conflitantes com os que predominaram nas últimas décadas. Trump não é nenhum outsider. Isso não existe na política norte americana.

  8. Estamos ferrados!

    Apesar de ser um ignorante para meter a colher nestes assuntos, eu acho que tanto o Trump, o Putim e os líderes da China, estão corretos, pois estão defendendo os interesses de seus países, enquanto aqui no Brasil, nós elevamos à categoria de heróis, verdadeiros traíras, como por exemplo, Sérgio Moro, o tal Dalanhol, Aécio Neves (o maior responsável por toda esta balbúrdia), a Globo e toda a nossa elite endinheirada que  está andando e c… para os mais de duzentos milhões de pessoas que compõe a população deste país. Nesta briga de cachorro grande, nós, o povo, vamos morrer abraçados.

  9. As farsas, as fraudes, lá e aqui
    HORROR FANTASIADO

    No primeiro volume da Suma Teológica, São Tomás de Aquino faz-nos uma admoestação: quando a lei se afasta da justa razão, não tem mais o caráter de lei, mas de violência (tradução livre).
    Poderíamos ter infindável querela sobre a “justa razão”, mas creio não haver dúvida que ela não deve ser criadora de miséria física e moral, de opressão, de fome nem de migrações compulsórias.
    A lei que rege nossos tempos é da concentração de bens e rendas, da disputa selvagem, desumana, do canibalismo social, a lei do neoliberalismo.
    O neoliberalismo serviu para o financismo se apossar do controle do mundo capitalista. E, com o fim do mundo socialista, simbolicamente representado na queda do muro de Berlim (1989), o capitalismo financeiro, a banca, não só dominou a economia, mas a política, as comunicações, a academia e as leis.
    Alguns ingênuos ou pouco afeitos à reflexão imaginam que a “corrupção pandêmica” é uma criação partidária, de governos tucanos ou petistas que procuraram construir, respectivamente, uma sociedade à feição da banca ou da cidadania.
    Confrontemos a lei da banca com a construção da cidadania, observando uma qualidade, nunca assaz louvada, tomada como específica do capitalismo: a liberdade.Quase ao mesmo tempo que o Brasil formalmente extinguia a escravidão racial, o Papa Leão XIII editava (1891) a encíclica Rerum Novarum, que vinha “remediar o mal voraz da usura, acudir operários indefesos contra a desumanidade da desenfreada ambição pelos ganhos” (uso expressões da Encíclica sem me afastar dos conteúdos).
    O que é liberdade para os senhores neo ou paleoliberais? Apenas o direito irrestrito à posse e ao gozo do possuído? Não estaríamos diante da falsa lei tomista?
    Nestes difíceis anos do século XXI, temos observado, aqui e por toda parte, um surto de atrocidades, ora diretamente conduzidas por governos ora por eles incentivadas ou subrepticiamente planejadas e financiadas. Exemplo deste último caso foi o golpe de 2016 no Brasil.
    O domínio da banca nas comunicações de massa leva à distorção dos fatos, à criação de falsas ideias e à deturpação de conceitos. Alguns exemplos: o Estado Islâmico foi criação da política externa dos Estados Unidos da América (EUA) como instrumento da banca para destruir governos e conjunto de riquezas, especialmente decorrentes do petróleo, nos países do norte da África e do Oriente Médio que se rebelavam com as ordens emanadas do sistema financeiro internacional. Surgem então as “armas de destruição de massas”, a designação de “ditador” para o líder capaz de manter a “unidade territorial líbia” ou o desenvolvimento econômico e social da Síria. Enquanto as ditaduras da península arábica são convenientemente esquecidas, como o foram, a seu tempo, o cruel e corrupto Pinochet, Stroessner e outros “aliados”.
    Desde a primeira eleição de Lula, a mídia da banca, praticamente a única no Brasil, procura construir-lhe a imagem de corrupto. Este feito levou Getúlio Vargas ao suicídio, João Goulart à deposição violenta, à inviabilidade de Leonel Brizola chegar à presidência nacional. E todos estes políticos tiveram várias vezes vasculhadas suas vidas, por peritos nacionais e estrangeiros, por organismos e empresas de espionagem e auditoria que jamais encontraram um único senão, como o que o juiz Moro procura, com os mesmos apoios, em Lula, com idêntico resultado. E, por favor, respeite minimamente sua própria inteligência, não me atribuindo um petismo ou lulismo que não tenho, nem jamais tive. Já em relação aos golpistas que se distribuem pelo atual governo ……..
    Olhemos nossa realidade sem o manto diáfano da fantasia global.
    O que poderá fazer do Brasil um país rico para todos seus habitantes, soberano em suas decisões e respeitado entre as nações é ser um país composto de cidadãos. Não por artifícios legais, afastados da justa razão.
    Para a construção da cidadania, onde a liberdade seja efetiva e para todos, é necessário a denominada condição objetiva, isto é a independência que decorre da não sujeição a interesses particulares, pois ao interesse público todos devem se curvar.
    Esta condição objetiva, que dá a igualdade participativa a todas as pessoas, tem três componentes indispensáveis: renda mínima, educação e saúde.
    Renda mínima é aquela que o Estado proporciona a todo cidadão para sobrevivência pessoal e familiar É o antônimo de miséria e condição básica de liberdade e possibilidade de autoestima. Educação não é um correr curricular importado de teorias pedagógicas. É a valorização dos saberes e sua sistematização e transmissão, e, obviamente, a construção de habilitações de toda ordem: técnicas, artísticas, esportivas, sociais. E saúde são o saneamento, as medidas preventivas, a educação de higiene e todo esforço para evitar a doença. A doença numa sociedade cidadã é a exceção, busca-se a saúde.
    A estas condições objetivas a cidadania inclui as denominadas condições psicossociais, que formam pessoas conscientes das diferenças e diversidades de raça, gênero, culturas, ideologias. E aprendem a respeitá-las.
    Por fim a cidadania inclui a política, o dever e a condição de expressão dos cidadãos sem favores, pois os veículos de comunicação social lhes abrem espaço permanente e sem censura. Cidadania é liberdade.
    Os governos Lula e Dilma, sem apresentarem a organicidade como aponto, com os programas de Bolsa Família, com o SUS, Minha Casa Minha Vida, as novas Faculdades e as Secretarias e Ministérios para área psicossocial estavam ajudando à construção da cidadania. Faltava, lamentavelmente, a condição política, da comunicação social. Mas era verdadeira agressão à banca que só sabe lidar com escravos, capitães do mato e, eventualmente, mordomos.
    Tirar a máscara da banca é revelar o horror que se instalou no Brasil, nem mais um País, senhores militares, mas na famosa e perfeita expressão de Gustavo Barroso: uma colônia de banqueiros.
    Pedro Augusto Pinho, avô, administrador aposentado.

  10. cuidado com as ondas de DESinformação
    Nassif e/ou Moderadore(as),

    cuidado para não embarcar/propagar notícias do MSM, as já mencionadas “ondas de desinfomação” ou “pós verdades”, pois a maioria delas é feitas pelas agências de inteligências, NÃO por repórteres investigativos ou sobre fatos PROVADOS (mas sim em fatos hipotéticos ou “inventados”, “plantados”).

    a função da não-notícia ou notícia “pós verdade” é ter o efeito contrário à verdade, transformando mocinhos em bandidos e vice-versa.

    qual a referência para esta notícia por vcs postada?
    ou seja, qual a fonte e autor dessa notícia?
    alguém do GGN leu o relatório (fajuta) do FBI?

    Esta notícia segue a mesma lógica que:
    1) precisamos prender o Lula;
    2) precisamos um crime para justificar a prisão do Lula;
    3) se não temos crime, vamos “fabricar” um para ver se “cola”.
    4) se “colar” e for tbém “aceito” por outros jogadores, sucesso!

    epa, epa, epa…
    que eu saiba, é preciso ter 1o. o crime provado, não 1o. a prisão, certo?

    é o que está acontecendo nesse post.
    e é o que aconteceu com vários post sobre a Síria…
    na tentativa de informar há, na verdade, uma desinformação para favorecer o bandido ou para denegrir o mocinho da história.

    a ordem do dia PARA OS VEÍCULOS DE MÍDIA ATRELADOS AO MSM dos EUA é arrumar um impeachment pro Trump e o máximo possível de notícias para antagonizar os EUA com a Rússia.

    não esqueçam das provocações “pesadas” que a Rússia sofreu… não parece que há uma “mão invisível” por trás disso?
    – a exemplo do PT, a mídia-empresa “bate” na Rússia 24/7 (24h/d, 7d/sem);
    – aquele avião da Malásia, derrubado pelos ukros, culpando a Rússia;
    – avião de combate russo derrubado na Síria pela Turquia;
    – avião de passeiros russo derrubado no Egito;
    – cercamento por tropas e equipamento em quase toda fronteira russa pela OTAN, inclusive mísseis e anti-mísseis;
    – destruição, pelos terroristas moderados, do hospital de campanha russo para a população de Alepo;
    – assassinato do embaixador russo na Turquia;
    – queda(?) de avião de passageiros russo sobre o Mar Negro;
    – … (esqueci algo?)

    sendo assim, vamos listar algumas fontes independentes da mídia alternativa, pois o MSM e alguns blogs “laranjas” plantam, propositalmente, notícias de realidade alterada (pós verdade).

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    O Gov. dos EUA já liberou seu relatório completo sobre hacking russo: 25 páginas de afirmações sem fundamento

    veja em:
    Here Is The US Intel Report Accusing Putin Of Helping Trump Win The Election By “Discrediting” Hillary Clinton
    (fonte: http://www.zerohedge.com/news/2017-01-06/here-us-intelligence-report-accusing-putin-ordering-campaign-influence-us-election)

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    Fundador do Antivirus McAfee diz que a Rússia não invadiu o Partido Democrata:
    fonte: http://russia-insider.com/en/politics/mcafee-antivirus-founder-russia-did-not-hack-dnc-video/ri18404

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    Expert cibernética russa diz que é quase impossível rastrear um ataque recente (de onde partiu o ataque)…
    … a investigação pode demorar anos… e é mais fácil indentificar os autores pelas informações incorporadas no ataque que pelas pegadas digitais.

    fonte: http://www.fort-russ.com/2017/01/russian-cyber-experts-hackers-state.html

    ======================================

    A Case Study in the Creation of False News: Delegitimize Trump’s Presidency
    fonte: http://www.globalresearch.ca/a-case-study-in-the-creation-of-false-news/5567103

    (desculpem-me, mas estou sem tempo para traduzir, é só usar os tradutores online para entender o assunto abordado)

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    U.S. Foreign Policy and the Campaign to Destabilize the Trump Presidency
    fonte: http://www.globalresearch.ca/u-s-foreign-policy-and-the-campaign-to-destabilize-the-trump-presidency/5565825

    (desculpem-me, mas estou sem tempo para traduzir, é só usar os tradutores online para entender o assunto abordado)

    =========================================

    Bogus Intelligence: The Same Officials Who Pushed the Iraq War Are Now Stirring Up Anti-Russia Hysteria
    http://www.globalresearch.ca/bogus-intelligence-the-same-officials-who-pushed-the-iraq-war-are-now-stirring-up-anti-russia-hysteria/5567087

    (desculpem-me, mas estou sem tempo para traduzir, é só usar os tradutores online para entender o assunto abordado)
    =========================================

    resumindo, se trata de fabricar (ou plantar) notícias e fatos baseados em realidade aumentada, ou pós verdade.

    por ex. o’bomber expulsou 35 diplomatas russos não por ter encontrado alguma prova, mas para, como estou cansado de repetir,
    1) reiterar que a Rússia é SEMPRE o vilão;
    2) sabotar o governo entrante de Trump.

    lame duck puppet o’bomber (fantoche pato-manco) obedece apenas, a exemplo de killary, os interesses do lobby da guerra (indústria e exércitos e seguranças privados) e do lobby financeiro, e não tem NENHUM controle sobre as agéncias (DEZESSETE!) de segurança(?).. é manipulado literalmente como puppet (marionete).

    o’bomber não liga, minimamente, para os interesses do povo americano… apenas se preocupa com a aposentadoria e em tentar aparecer ao público interno com traços mínimos de dignidade (Decadence Avec Elegance).
    já Trump pode representar mais os interesses do povo que da indústria da guerra e da especulação financeira (note que eu disse “pode”, não que vá fazer isso, mas é uma esperança maior que killary, já declarada belicista, pró wall street, e com o pé atolado no pântano dos reinos árabes…)
    justamente por se contrapor aos apoiadores de killary é que Trump está sendo tão perseguido e estão tentado dar um golpe branco por lá tbém.

  11. Tenho simpatias em grau
    Tenho simpatias em grau moderado pelo emperucado exótico Donaldd Trump.Figura bizarra,que de bobo nada tem.Basta atentar no verdadeiro baile que ele deu na loira fajuta Hillary Cllinton,no Partido Democrata,um serpentaculo,e seus tentáculos mundo afora,em especial as Organizações Globo.Quando o poderoso conglomerado midiático norte-americano tentava atraí ele para as armadilhas convencionais da política,tentando ridiculariza-lo,foi buscar no líder russo Vladimir Putin,para zerar o jogo,e dá o drible da vaca dos quê nada sabem tudo.Competência é isso aí.

  12. Xeque na Europa

    Pelo jeito, o grupo de países que mais irá sofrer com a união das potências deve ser a Europa. Nas últimas décadas, a competição com a industria Japonesa, Chinesa e Coreana levaram o velho continente a um papel cada vez menos importante na indústria global. Agora, as grandes negociações de poder militar e territorial podem nem passar pelos Europeus. Pelas declarações do Trump e Putin, a ONU se tornará um player ainda menos importante. O efeito sobre as Coréias, a China e o Japão ainda são incognita. De qualquer forma dizem que o Pentágono é que dá a ordem final em questões militares e de inteligência. Em algum tempo vamos ver como fica o xadrez. Pelo jeito a Europa está em Xeque e não parece muito fácil sair dessa.

  13. jus esperniandi

    Trump vai enquadrar os orgãos de inteligencia (FBI e Cia) que estavam  à larga desde os tempos de Bush pai. vai centrar suas decisões em material  da NSA.

    Então aqueles que vão ser deslocados do centro para a periferia estão incomodados e fazendo de tudo para evitar essa de$agradável trndencia.

    O que Trump tem a oferecer a Putin é um refresco na política expansionista da NATO e uma definição das áreas de influencia  de cada um.

    Já Putin pode fazer o papel de contenção de boa parte do islamismo radical ( Arabia Saudita esta fora de seus limites) com uma licença tipo  00 e vista grossa para eventuais “acidentes de percurso”.

    A opção de uma “parceria viável” em contraponto à cooperação sino-russo é um big  bonus do tipo “ganha-ganha” .

    E a Europa, principalmente a nova Europa , aquela que é composta por paises oriundos do antigo Pacto de Varsovia  um limitador para  boa parte de suas ambições

  14. Hillary foi favorecida pelos Democratas?

    Obama devia ter entrado no mérito da questão, isto é, ele devia afirmar ou negar que os democratas favoreceram a Hillary Clinton.

    Os perdedores procuram um pretexto para a sua derrota, culpando os Russos, em vez de culparem o Eleitorado Norte-Americano. Inês é morta.

  15. Incrível!!!!

    Incrível como esse jornalismo do GGN é bestialmente desinformado!

    A começar porque acredita piamente em um relatório da CIA. Façam-me rir!!!! Acreditar em relatório da CIA!!!…

    Quem trabalhou os dados vazados do Comitê Democrata, com o conteúdo de todos os e-mails de Clinton e seu chefe de staff John Podesta foi o Wikileaks. Os dados foram repassados ao Wikileaks pelo embaixador britânico Craig Murray, que, por sua vez, os recebeu em Washington de um assessor do próprio comitê democrata, Seth Rich, enojado com o amplo esquema de corrupção envolvendo a candidatura democrata bem como das manobras baixas para tirar Bernie Sanders da disputa.

    No dia 10 de julho Seth Rich foi assasinado com dois tiros pelas costas, no que a polícia de Washington classificou como uma “tentativa de assalto” (kkkkkkk. Dois tiros pelas costas: tentativa de assalto! kkkkkk). No dia 9 de agosto, o Wikileaks ofereceu 20 mil dólares para quem prestasse informações seguras que possibilitassem o esclarecimento da morte de Rich.

    Tendo descoberto o vazamento das informações, os serviços de inteligência norte-americanos simularam um ataque de hackers aos computadores do Comitê Democrata como manobra de encobertamento, usando para isso os malwares APT28 e APT29, elaborados por hackers de diversos países, disponíveis para uso na deep web, mas que já estavam velhos em 1 ano e meio (uma eternidade, para o mundo informático), já eram detectáveis, já possuiam versões bem mais elaboradas e jamais seriam usados por sistemas de guerra cibernética de Estados com a finalidade de obter resultados efetivamente eficientes.

    Uma vez armada essa cortina de fumaça, identificada pelo empresário e ativista John McAfee (desenvolvedor do sistema antivírus que leva seu nome), a CIA decidiu desempenhar a pantomima de acusar os russos, tentando instaurar um processo que foi recusado pelo FBI por falta de evidências.

    A pergunta a ser feita sobre esse affair não é a de hipóteses vagas sobre o que Putin quer com Trump ou o que Trump pode oferecer a Putin. A verdadeira pergunta é: onde querem chegar os falcões aquartelados em postos do governo Obama com essa tentativa de intimidação prévia do presidente eleito?

    A resposta para mim é bem simples: manter a agenda de uma confrontação bélica que, se eleita Clinton, muito provavelmente ultimaria numa guerra nuclear.

    1. Tirando o insulto ao GGN e as

      Tirando o insulto ao GGN e as “certezas” sobre fatos sem comprovação, a hipótese faz sentido: o objetivo dos EUA, como tem sido desde os anos ’50, é manter o clima de medo e terror, muito mais destrutivo que ir às vias de fato, que “a bomba”. A “bomba” destruiria pontualmente, destruiria em número determinado de corpos e geraria reações. Já o clima de terror destrói não os corpos – pelo menos num primeiro momento – mas a segurança, a esperança de um número infinitamente maior de pessoas e sem ter que arcar com protestos. Muito pouca gente reclama:

      – “Ei, pare de disseminar o medo e o terror!”

      E quando reclama, o faz de modo a aumentar a insegurança e o próprio terror. A ideia é aterrorizar, manter as pessoas acuadas e não matá-las. E nem é algo pessoal, é apenas business: pessoas mortas não compram, nem pagam impostos para contratação da ex-Blackwater, ex-Xe e atual Academi.

      Vejo pouca iniciativa no sentido de diminuir terror e beligerâncias mas… quem sabe seja esse o caminho? Uma coisa é certa: o aumento da beligerância com certeza não funciona, exceto para o dólar.

    2. sobre a morte do auditor da OTAN q investigava patrocínio ao EI
      Ricardo,

      vc saberia algo mais sobre a morte do auditor da OTAN (NATO) que investigava um “sumiço” de milhões (até bilhão?) de euros ligados ao financiamento dos “terroristas radicalmente moderados”?

      essa história parece estar sendo abafada, e até links do g00gle foram removidos…
      por ex. o valor do rombo encontrado na contabilidade da otan é praticamente impossível de achar.

      se quiser comentar ou postar algum link com informações substanciais (em qquer idioma) como comentário, logo abaixo deste seu post, agradeço… aliás, agradecemos, pois acho que tem mais gente curiosa no site além de mim… rsrs…

      ou vc teria algum artigo esclarecedor sobre esse assunto para publicar como outro post?

      Encuentran muerto a un agente de la OTAN que investigaba la financiación del Estado Islámico
      fonte: https://actualidad.rt.com/actualidad/227071-encuentran-muerto-agente-otan-investigaba

      Publicado: 27-dic-2016 01:32 GMT

      El auditor general de la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN), Yves Chandelon, fue hallado sin vida en Bélgica. Varios medios señalan que se trató de un suicidio, versión que la familia no admite.
      El cadáver de Yves Chandelon, auditor general de la OTAN, fue encontrado hace unos días en la ciudad de Andenne, Bélgica, a 140 kilómetros de su oficina, con un disparo en la cabeza.

      El alto cargo de la OTAN investigaba las redes de financiamiento a los grupos terroristas, entre ellos, el Estado Islámico (EI), refiere el portal de Luxemburger Wort. Aunque la hipótesis de las autoridades, difundida a la prensa, fue que se trató de un suicidio, los familiares de Chandelon discrepan.

      Según el portal belga Sudinfo, las circunstancias de la muerte han generado todo tipo de suspicacias, ya que aunque el agente tenía tres armas registradas, el disparo mortal en la cabeza provino de una cuarta que se encontró en la guantera de su auto y no aparecía entre las que estaban a su nombre.

      Por otra parte, otros medios como La Gaceta, en España, destacan que el alto cargo de la OTAN “había recibido extrañas llamadas telefónicas”, lo que extiende un manto de duda sobre la versión del suicidio.
      ….
      (reportagem completa no link acima)

  16. O que falta saber é: quais

    O que falta saber é: quais são as vantagens que Putin leva nesse acordo com o Trump. O que está no texto é muito pouco para uma aproximação tão profunda.

    Dividir o mundo em duas áreas de influência como na época da guerra fria, só que agora como aliados, não faz muito sentido, por que em vez de derrotar a China econômicamente os EUA vão criar mais uma potência econômica pra engolir a economia americana.

    Putin não faz acordos pra perder.

    Com ou sem a atuação de hackers russos na eleição americana, essa aliança, ou tem algo que não sabemos ainda, ou os EUA vão se prejudicar e muito no futuro.

    O Trump deve estar pensando que  negociar com um outro chefe de estado é o mesmo que chamar o dono de uma empresa concorrente para armar um cartel.

    Se ele não tiver nehum coelho na cartola, não vai precisar de nenhum golpe como houve no Brasil para derrubar o Trump. Ele vai fazer isso sozinho

  17. O jogo de Putin

    Negociações envolvem sempre um toma-lá-dá-cá, ainda mais em negociações internacionais. Se Putin quer que os EUA retirem a OTAN do Leste Europeu, aceitem a transformação da Ucrânia num país manco e não incomodem Assad na Síria, precisa oferecer alguma coisa em troca.

    Putin também sabe que Trump já entra com um problemão na mão: Obama jogou a CIA contra Trump, e talvez a CIA tenha levado o FBI (que é considerado um departamento com mais simpatias republicanas que a média) junto. Putin tem origem na KGB, e sabe que a última coisa que um governo precisa é a comunidade de informações/segurança conspirando contra. Então já entra com vantagem.

    (Se Mike Pence, que é um republicano mais ‘ortodoxo’, começar a fazer cartas com citação em latim, já sabem.)

    Ao mesmo tempo, Trump precisa mostrar alguma coisa para o “white trash” do Rust Belt, que o elegeu. E não basta serem fábricas, mas também mercados para que essas fábricas se sustentem ao longo do tempo.

    Então pode ser que Putin ofereça a abertura de alguns mercados russos, provavelmente de mercados com fábricas que o Trump quer atrair para manter esses votos e ser reeleito. Para deixar alguns republicanos ortodoxos mais felizes, prometer puxar o tapete dos governos da Venezuela, do Equador e de Cuba, mesmo sabendo que a China ocupará este espaço no segundo seguinte. Talvez, num extremo, oferecer conter a arquitetura dos BRICs em alguma coisa que não incomode tanto Beijing.

    Com isso, Putin sai da frente do choque inevitável entre Trump e o governo da China e pode se dedicar a evitar que a OTAN se dissolva e isso obrigue a Alemanha a ter suas próprias armas nucleares.

    Ah sim, tem a questão do Islã – como se sabe, se tem uma coisa que una os governos de China, Rússia e EUA, é tratar os islâmicos como um problema a ser resolvido e, num extremo, extirpado do planeta. Trump certamente não acharia nem um pouco ruim se Putin prometer riscar todo o Estado Islâmico do mapa – inclusive fisicamente falando.

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