Jornal GGN – As repercussões negativas mundo afora contra Jair Bolsonaro aumentam ao mesmo ritmo que os casos de coronavírus no Brasil. Na França, a televisão TV France 5 abriu debates para discutir especificamente o caso brasileiro. Especialistas, jornalistas e convidados criticam duramente a atuação do mandatário.
O especialista em geopolítica Bernard Guetta, por exemplo, afirmou que o governo brasileiro não é uma democracia populista, mas uma “ditadura incompetente”.
Uma reportagem com um correspondente internacional mostrou como o país está sofrendo com o aumento dos casos. “Chefiado por um chefe de Estado, Jair Bolsonaro, que ainda acha que o vírus é inofensivo, os relatórios de bastidores dos serviços funerários registam o contrário”, trouxe a matéria.
Após a transmissão da reportagem, o especialista dirigiu duras críticas a Bolsonaro, afirmando que o que se espera de um presidente de uma nação como o Brasil são políticas públicas de combate a situações de vulnerabilidade, com garantia de direitos e igualdade e, diante do coronavírus, compatíveis com essa realidade social. Mas que, ao contrário, Bolsonaro está “atuando contra todas as evidências”, com “provocações” e “insinuações”.
Ao ser questionado pelo apresentador como vivem as democracias em meio à crise do coronavírus, Bernard Guetta falou sobre a irresponsabilidade do presidente brasileiro de estimular a aglomeração que impulsiona a pandemia. E disse que as atuações de Bolsonaro “não são de um “governo populista” democrático, mas ditatorial.
A análise em vídeo pode ser vista abaixo, a partir dos 57 minutos:
Em outra reportagem, a televisão francesa afirmou que com “mais de 22 mil mortos, 350 mil casos confirmados, o Brasil chega a ser o segundo país mais afetado do mundo”, mas que “isso não impede o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de fazer o seu show”.
“Ele participou ontem de um comício com seus apoiadores, enfrentando as recomendações de saúde e as regras do distanciamento social. Se ele ainda é apoiado por um parte da população, ele atrai a ira dos críticos por lidar com a crise da saúde e permanece enredado nos negócios (uma investigação procura saber se ele obstruiu a justiça para proteger sua família).”
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2050 – Ecos do passado da imprensa mundial…
NUNCA UM PRESIDENTE FOI TÃO MORTAL
Me chamou muito a atenção no texto esta constatação: “Bolsonaro está “atuando contra todas as evidências”, com “provocações” e “insinuações”.
Provocações tem sido a dinâmica deste desgoverno. Como esta embutida no auto-convite que o levou de surpresa ao PGR criando um constrangimento aos procuradores, e que pode ocultar o pavio com o qual este insano pretende incendiar o país. Afinal, dar este “perdido” no PGR e a seguir afirmar que “espera um arquivamento do processo” é pretender que aconteça exatamente o contrário.
https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2020/05/25/bolsonaro-faz-pressao-indevida-ao-ir-a-pgr-e-depois-falar-em-arquivar-inquerito-avaliam-procuradores.ghtml
A TV francesa sabe que o STF deu aos governadores e prefeitos as prerrogativas do combate ao corona virus?
Aqui no Brasil vemos cenários muito distintos. Minas gerais que tem metade da população de São Paulo tem 1/100 das vitimas fatais.
João Doria e o prefeito falavam que o isolamento deveria ser de 70% como se fosse factível. Ameaçaram o lockdown mas tiveram de recuar. Inclusive porque mesmo com o isolamento em menos de 50% a curva de contagio está caindo, fruto do uso obrigatório de mascaras e proibição de usar o transporte coletivo sem elas.
Quer dizer, fizeram um isolamento a toa. Bastava melhorar o ISOLAMENTO INDIVIDUAL, ao inves do isolamento horizontal.
E assim vamos tocando o barco.