A morte do desembargador Malheiros, um farol de humanismo no Tribunal de Justiça de SP

Estava em viagem, quando recebo e-mail da minha caçula, cursando o 1o ano de Direito, querendo saber quem era o desembargador Antonio Carlos Malheiros. Tinha acabado de assistir a uma palestra dele e estava encantada com o discurso dele, seu humanismo, a solidariedade com os vulneráveis que emanava de todas as suas palavras.

Dias trás, minha esposa Eugênia Gonzaga foi convidada por ele para uma live, na Escola Paulista de Magistratura, para falar sobre crianças com deficiência.

Malheiros era a figura referencial para temas de humanismo, para defesa dos vulneráveis, tanto na PUC-SP, quanto no Tribunal de Justiça. Seu discurso parecia provindo dos ventos de João 23, aquele humanismo católico que influenciou tantas gerações e plantou em pessoas, como ele, uma semente que resistiu aos tempos, à convivência com colegas profundamente conservadores.

Especialmente para a Faculdade de Direito da PUC-SP e para o Tribunal de Justiça de São Paulo, sua ausência será uma perda irreparável.

Luis Nassif

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