A primeira suspeita de vazamentos do grupo de Raquel Dodge, por Luis Nassif

Preocupa a informação do colunista Jânio de Freitas, de que foi da Procuradoria Geral da República a fonte de notícias falsas contra o Ministro Ricardo Lewandowski.

A notícia era que Lewandowski tinha negado à PGR Raquel Dodge o acesso a determinado material. E a decisão do Ministro era simplesmente a de que o material estava à disposição na Polícia Federal, e poderia ser consultado sem necessidade de autorização.

A vantagem de Dodge sobre Rodrigo Janot é justamente a de ser um contraponto a ele, especialmente em relação a esse jogo de vazamentos que diminui a PGR. Janot se considerava esperto, embora não fosse. Se Raquel pretender se valer das armas de sua antítese, se tornará um novo Janot.

Um dos grandes problemas dos politicamente ingênuos é a facilidade de cair na conversa fácil dos verdadeiramente espertos, quando passam a trilhar caminhos nunca antes percorridos.

A propósito do Secretário Executivo da nova PGR, Alexandre Camanho, cito artigo de 29 de maio passado, sobre suas incursões no Congresso:

A Associação dos Amigos do Poder que representa o MPF

Nos tempos do Brasilianas, na TV Brasil, gravamos uma entrevista com o presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) Alexandre Camanho. A intenção era mostrar o lado legítimo do Ministério Público, a defesa da cidadania, dos direitos difusos, para contrapor ao lado arrogante de procuradores se considerando donos do mundo.

Na primeira entrada, Camanho bradou:

– O Brasil é um oceano de corrupção no qual a única ilha de honestidade é o Ministério Público!

O que dizer dessa explosão de humildade corporativa? 

(…) Dias atrás, a Folha trouxe a informação de que Camanho fez o meio campo entre o grupo de Michel Temer e a Lava Jato visando aplainar o caminho para a tomada do poder (https://goo.gl/Ft355X). Ou seja, o presidente da única corporação virtuosa da República fazendo o meio campo da Lava Jato com a mais suspeita organização política da República. Honestos, honestos, amigos à parte.

É pouco?

 

A PGR poderá fazer ouvidos moucos à acusação explícita de Jânio – que tem nome e peso no que escreve. De sua reação se saberá se imporá o estilo Raquel Dodge original ou se candidatará a ser um simulacro de Janot, sendo conduzida por “espertos”.

A ANPR esclarece

Na home de seu portal, a ANPR traz uma informação relevante. Ela é favorável aos 60 dias de férias para magistrados. Ufa!

Como se sabe, a grande batalha institucional da ANPR em favor do país é a de equiparar procurador a magistrado. A benesse de um puxa a benesse de outro, porque este é o país da isonomia por cima.

Daí a importância do esclarecimento.

 
Luis Nassif

14 Comentários

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    1. Golpista é categoria, não graduação

      Concordo 100%, Vladimir.

      Quando alguém está navegando num rio e decide atracar o barco, só há duas margens possíveis.

  1. Podres poderes
    Dos 3 poderes da república, qual será o mais podre? Desconfio que apesar do mau cheiro dos outros 2 o mais pútrido é o judiciário.

  2. Já escrevi várias vezes isto

    Já escrevi várias vezes isto aqui e volto a escrever.

    Se o MPF for extinto serão apenas mais 1200 desempregados. Não fará nem cócega nas estatísticas.

    Mas a economia para o país, sob todos os parâmetros será imensurável.

    Há muitos outros cancros no judiciário a espera de serem cauterizados.

     Vamos lá, alguém tem de começar.

    1. Eliminando desperdícios óbvios no Judiciário

      Jossimar sugere extinguir o MP, eliminando 1200 empregos públicos. Concordo que o benefício maior seria de deter o efeito deletério de suas investidas. Não sei se eliminar seria a melhor solução. No mínimo, zerar, iniciar do zero.

      Agora, uma instituição totalmente inútil e caríssima são os Tribunais de Conta. Cabide de empregos de apaniguados do Executivo e Legislativo, só serve para esconder desonestidades dos amigos ou para criar dificuldades para os adversários.

      Tribunais de Conta, desapareçam!

  3. O Brasil não vai poder se dar um bom jeito, com um judiciário

    tão desumano, mesquinho e grandemente corrompido. O poder que legal e moralmente poderia restituir equilíbrio nas disputas e causas não pode ser horrorosamente despudorado como é o nosso. Não é funcional deste modo e é ilusão esperar melhora real, com esta mentalidade nefasta. Vamos continuar sendo arrastados pelos malfeitos e pequenices dessa pretensa elite, insípida, insossa e imoral. Sepulturas caiadas, apodrecidas internamente.

  4. Se a Instituição honesta é assim, imagine as desonestas

    Kct! O Brasil é um oceano de corrupção, com uma única ilha de honestidade: o MP.

    Imagina se o MP fosse desonesto

  5. BEM QUE COMENTEI TEMPOS ATRÁS

    BEM QUE COMENTEI TEMPOS ATRÁS QUE ERAM TODOS BANDIDOS,NÉ TURCO?ASSIM COMO LULA,COMO TODOS NÓS VOCÊ TAMBÉM ERRA

  6. Eles não

    Janot não é esperto e foi ele quem disse que tivemos uma “revolução sem sangue”. Engana-se quem possa julgar os poderosos como corruptos. O poder está acima do bem e do mal.

  7. Uma ilha de
    Uma ilha de honestidade…
    Mais uma falácia desta vergonha em que se transformou o judiciário brasileiro. PQP. Eles pensam que somos idiotas. Não existe algo de podre no judiciárii, o próprio judiciário é podre. E duvido que algum togado possa nos provar o contrário.

  8. Cuidado, procuradora.

    Os procuradores foram picados pela mosca azul e parece que quem quer que esteja à frente da Procuradoria, estara ladeado por um ninho de intrigas e mentiras. So um carater muito forte para não se deixar manipular pelas intrigas e falsidades que grassam em Brasilia e, ao que parece, não escapa à instituição da PGR.

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