Advogada abandona Lava Jato e expõe submundo da operação da PF

Enviado por Vania

Da Rede Brasil Atual

Em comentário hoje (24) na Rádio Brasil Atual, o cientista político Paulo Vannuchi analisa a atuação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da mídia e a atitude da advogada Beatriz Catta Preta, que abandonou clientes da Operação Lava Jato por pressão de aliados de Cunha.

Citado por delator da Lava Jato, por ter recebido propina, Cunha conseguiu do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que solicitasse informações ao juiz Sergio Moro. “Eduardo Cunha descobriu que, na delação que o envolvia, do empresário Júlio Camargo, havia nomes tarjados. Por quê? Ele, então, fez o expediente e, corretamente, o ministro Lewandowski está solicitando informações ao juiz Sérgio Moro, que pode representar o início do que antecipo há muitos meses aqui”, referindo-se à necessidade de estancar os vazamentos seletivos da operação.

Vannuchi também comenta a notícia sobre a advogada Beatriz Catta Preta, “que já tinha despertado notoriedade e muitas críticas de seus colegas, por ser autora de nove das 17 delações premiadas”. Vannuchi lembra, inclusive, matéria da Folha de S.Paulo, que ela chega a assediar clientes de outros advogados, e se aproveita de momentos de fragilidade familiar. “Por exemplo, sistematicamente, houve um momento em que os operadores da Lava Jato, seja com Paulo Roberto Costa, Júlio Camargo e outros, ameaçaram com a convocação de familiares. ‘Seu filho está envolvido’. Isso quebra a resistência psicológica. O preso, o potencial delator, se desestrutura psiquicamente. Em algum dia isso será, sim, forçosamente comparado à tortura”, afirmou Vannuchi.

Nesse processo, a advogada Beatriz Catta Preta, apesar de jovem, teria amealhado algo em torno de R$ 25 milhões, até R$ 45 milhões, em honorários. “Júlio Camargo, ao fazer a denúncia de Eduardo Cunha, por ter recebido dele US$ 5 milhões em propina, disse que foi ameaçado por um pau mandado de Eduardo Cunha. Esse pau mandado seria Celso Pansera, parlamentar do PMDB-RJ. Ele então fez a convocação dessa advogada à CPI (da Petrobras), para que ela explicasse a origem dos seus honorários, porque ela pode estar recebendo dinheiro também de delatores que não entregaram tudo o que roubaram, ou das empresas desses delatores.”

A advogada anuncia então, depois dessa reviravolta que ataca Eduardo Cunha, que abandona as suas causas e vai se mudar para Miami. “É muito estranho uma advogada tão bem-sucedida abandonar a defesa, no que pode ser futuramente processada por seus clientes. Ela deu o prazo até o próximo dia 30 para se mudar para Miami. Esse é o submundo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que os grandes jornais, de modo geral, não querem trabalhar”.

Ouça comentário de Vannuchi para a Rádio Brasil Atual:

http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/07/advogada-abandona-lava-jato-e-expoe-submundo-da-operacao-578.html

Redação

6 Comentários

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  1. falta investigar
    Certamente tem algo errado.
    ou as delações foram até agora uma cortina de fumaça onde o que foi denunciado não se comprovará, ou esta advogada tem muita informação que não pode vazar.
    de alguma maneira ela deve ter sido aconselhada a sumir para não seja suicidada.

  2. Não maltratem esta mulher, ela foi vitima de um processo de dela

    Não maltratem esta mulher, ela foi vitima de um processo de delação que remonta a um tempo em que ainda nem éramos..ah,,dei =x

    Olá amigos e amigos, vencemos.

    Não se aflijam. 

    Ela é a representação da serpente nossa mãe que acabou de ser transmutada e agora ela possui todas as cores do arco-iris

    bjs

    http://josecarloslima.blogspot.com.br/2015/07/consulta-com-goya.html

     

     

     

  3. Sub-mundo do crime

    Esse não é o “sub-mundo da Lava-jato”. Esse é o sub-mundo do crime.. Em qualquer lugar do mundo, qualquer polícia que for investigar criminosos com alta energia criminosa é isso aí que vai encontrar. Não foi a Polícia Federal que pariu os criminosos, ela só os investiga.

  4. Cataram a catta preta

    Esta Advogada pertence a uma tradicional família mineira dos meios jurídicos. Ligados a velhos políticos peçonhentos da região, os Catta Preta têm este nome pois seus ancestrais se dedicaram a ” cata” do ouro na região das cidades históricas. Como o ouro vinha com uma capa preta , eles faziam a ” Catta Preta”. De lá para cá desenvolveram uma amizade e um envolvimento amplo com o poder. Aécio Cunha, neto de Tristão da Cunha, amigo de Magalhães Pinto e desafeto amistoso de Tancredo Neves, é amigo desta dama e de seus pais. Não sei se o pai dela ou um tio é Desembargador em Minas Gerais e um outro parente é sócio de Aécim. Ela claramente foi arregimentada pelo PSDB para fazer barulho na Lava jato e influenciar os denunciados a fazerem delações premiadas. Já jogou sujo em outras situações para contribuir com Ministério Público e Magistratura. Faz concessões ao poder e ainda lucra com isto. Vai a Miami? Nada mais natural, pois este  é o esconderijo predileto destes pulhas. Recentemente um ex- Ministro do STF, oriundo do Ministério Público , depois de servir aos mesmos fins e pessoaas que ela , também foi para lá.

  5. Cadê a verdade que tava aqui?

    Cadê a verdade que tava aqui? A Catta comeu. Cadê a primeira delação do tal júlio? A Catta comeu. Cadê o queijo do Eduardo que tava aqui? A Catta comeu. Cadê a Catta que tava aqui? A Catta fugiu.

  6. PT = chave de cadeia. PSDB = inimputável

    Duas questões essenciais, seja na Lava Jato ou em qualquer outro escândalo nos últimos anos: enquanto se restringe ao PT e aliados mais fracos, a mídia, a justiça, a PF, o MP agem com total autonomia, desde que consigam resultados contra o PT e suas lideranças. Já contra o PSDB a realidade é outra: tudo acaba arquivado ou se arrasta até a prescrição – caso do mensalão tucano de Minas. Os dois nomes citados na Lava Jato com indícios robustos – o caso Aécio e as propinas mensais da diretoria de Furnas, e o caso Anastasia, cria de Aécio, que teria recebido mala cheia de dinheiro, foram esquecidos pela mídia, pela PF, pelo MP, até chegar ao arquivamento.

    Agora que atingiu o todo poderoso achacador Eduardo Cunha, que é protegido da mídia, mas não é do PSDB, a coisa tem tomado um rumo diferente. Até a advogada que encheu as burras de dinheiro com as delações selecionadíssimas contra o PT e seus aliados, já quer escapar do país, pois provavelmente teme por pressões da máfia que cerca o presidente da Câmara. O PT tem o governo federal, nem precisaria usar de expediente baixo, mas também não poderia jamais tratar essas questões com o amadorismo que o faz. 

    As propinas de construtoras são coisas corriqueiras Brasil afora, desde qualquer prefeitura, passando por governos de estado até a União. Claro que é preciso combater isso, que escoa fortunas para práticas ilícitas. A maneira mais direita de combater isso seria uma reforma política que estancasse a origem dessas roubalheiras. Mas, isso a mídia não quer, nem o PSDB, nem o PMDB, enfim, se interessam por isso.

    O resultado disso, tal como aconteceu no chamando mensalão do PT, é que novamente os “suspeitos de sempre” – o PT, alguns executivos para servir de exemplo, e alguns aliados mais fracos do PT, serão punidos. Já os caciques do PSDB e a alta cúpula do PMDB, que controla o congresso nacional e parte do judiciário, ficarão impunes. E as propinas continuarão, sobretudo para o PSDB, porque os empresários também não são burros e sabem que doar dinheiro para o PT é chave de cadeia, enquanto que para o PSDB é garantia eterna de impunidade. Simples assim.

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