Advogado que ofereceu emprego a Dirceu advogou de graça para Joaquim Barbosa

Atualizado às 11:17

Em diversas ocasiões, o Ministro Joaquim Barbosa insurgiu-se com o compadrio entre Ministros do Supremo e grandes escritórios de advocacia. Chegou a falar em “conluios” entre grandes escritórios de advocacia e juízes.

Em sua entrevista à Folha, o advogado José Gerardo Grossi escancara a hipocrisia de Barbosa.

Ele advogou de graça pelo Ministro, em uma interpelação judicial proposta pelo ex-Ministro do STF Maurício Correa.

Julgava-se determinada ação e Correa tinha procuração nos autos para defender uma das partes. Na ocasião, insistiu para que Barbosa julgasse. Barbosa não acreditou que Correa tivesse procuração nos autos e acusou-o de praticar advocacia administrativa.

Correa o interpelou. Ele procurou então Grossi – dono de uma das bancas de advocacia mais caras e prestigiadas de Brasília – para defendê-lo. Foi redigida a resposta, aceita por Correa.

Na hora de acertar os honorários, Grossi recusou-se a receber, conforme relatou na Folha: “”De juiz, eu não cobro. Eles não ganham o suficiente para te pagar. Se tiver dinheiro, melhor largar o caso”. 

Barbosa aceitou o presente.

 

Da Folha

Ministro age como na Inquisição, afirma advogado amigo de Dirceu

Para José Gerardo Grossi, interlocução com Barbosa é impossível

NATUZA NERY

O advogado que ofereceu um emprego a José Dirceu em seu escritório criticou ontem o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, por ter vetado a autorização para o petista trabalhar.

Por meio de nota enviada à Folha, o criminalista José Gerardo Grossi afirmou que Barbosa tem uma visão na área criminal que lembra a Inquisição, em uma atitude de pessoas que se consideram infalíveis.

“A visão de justiça penal dele é torquemadesca, ultramontana”, afirmou.

No primeiro caso, a menção é a Tomás de Torquemada, implacável inquisidor espanhol do século 15.

Já no segundo, refere-se ao ultramontanismo, doutrina católica que defende o poder absoluto do papa e a impossibilidade de o pontífice errar em questões de moral e fé.

Condenado no processo do mensalão a 7 anos e 11 meses de prisão, Dirceu cumpre pena desde novembro e queria trabalhar no escritório de Grossi, com salário de R$ 2.100. A permissão foi negada porque, na visão de Barbosa, condenados no regime semiaberto precisam cumprir um sexto da pena antes de poderem trabalhar fora.

“Houvesse de escolher entre Tomás Torquemada e o bom juiz Magnaud, certamente ficava com este. A interlocução é impossível.”

O “bom juiz Magnaud” foi um magistrado francês cujas decisões foram consideradas humanistas e arrojadas nos anos 1920.

Ao negar o pedido de Dirceu, Barbosa chegou a afirmar que a oferta de emprego representou uma mera “ação de complacência entre amigos”, termo citado em francês no despacho do ministro do STF. Grossi, que conhece Dirceu há anos, rebateu.

“Lamento que S. Exa., o Min. Barbosa, tenha confundido um ato de generosidade, a meu sentir compatível com a lei, com uma “action de complaisance entre copains”. Logo ele que, já ministro do STF, foi meu cliente e que, por isto, sabe ou devia saber’ que não sou advogado de complacências ou cumplicidades”, alfinetou.

À Folha o advogado afirmou que não cobrou pela causa, uma interpelação feita por um ex-ministro do Supremo a Barbosa.

“De juiz, eu não cobro. Eles não ganham o suficiente para te pagar. Se tiver dinheiro, melhor largar o caso”, brincou Grossi por telefone.

 

Redação

35 Comentários

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    1. Barbosa mentiu para a Justiça italiana

      A Itália peguntou ao STF sobre as prisões e o tratamento dispensado aos presos e o Barbosa respondeu que eh uma beleza e que Pizzolato sendo extradito pode ficar até num presídio perto da casa dele(da casa de Pizzolato, não de Barbosa), bem como terá seus direitos respeitados, deus tá vendo, que coisa heim

  1. Que coisa, o advogado de Dirceu já socorreu Joaquim Barbosa…rs

    Logo ele que, já ministro do STF, foi meu cliente e que, por isto, sabe ou devia saber’ que não sou advogado de complacências ou cumplicidades”, alfinetou.

    À Folha o advogado afirmou que não cobrou pela causa, uma interpelação feita por um ex-ministro do Supremo a Barbosa.

    “De juiz, eu não cobro. Eles não ganham o suficiente para te pagar. Se tiver dinheiro, melhor largar o caso”, brincou Grossi por telefone.

    Risível não fosse trágico, que figura das mais ralés esse tal de Barbosa, o Rei Joaquim é só baixaria, e olhe lá que tem telhado de vido, se bem que esse aparato midiático-penal montado para levar adiante esse julgamento de exceção, que continua sendo de exceção na execução das penas, lhe dá todas as garantias e a blindagem de que precisa. Que ministro-carcereiro dos mais sem caráter, como escrever Nassif, realmente o STF não merece Barbosa, o Brasil não merece, ninguém merece.

  2. Identificação com o Agressor

    Esse é o nome que se dá à infeliz situação de alguém que submetido, na infância, às piores crueldades, já adulto torna-se um perseguidor implacável.

    O  PT, ao se se colocar ao lado dos mais necessitados, mobiliza nessas pessoas a crueldade que originalmente sofreram. 

    Simples e trágico.

  3. A Stª Inquisição não passava

    A Stª Inquisição não passava de teatro sofisticado do terror inerente a todo sistema teocrático (poder, domínio do absoluto, que pode ou não definir-se por uma entidade divina)  despótico, pois todo sistema de verdades absoluto, teologismo, enseja uma estruturação das relações de poder dura, autoritária, excludente e violenta.

    O travestimento em tribunal de justiça laico dos horrores do despotismo, implícito à parcialidade, aos excessos, à arrogância, à arbitrariedade, ao final, à truculência, para muito além do monopólio da violêcia formalmente pertencente ao Estado, não desnatura de despotismo.

    Tem-se nisso, tão-só, espetacularização por racionalismo desenhado, não por artístico cinzel, mas a picaretadas – o leigo crê legítimo, mas o esclarecimento desnuda o descalabro.

    Lastimavelmente, no modestíssimo sentir deste cidadão, S.Exª já manchou uma página da história do país e das lutas pela igualdade de oportunidades e de participação – não nos iludamos, no inconsciente* isto tudo faz um desastre, alimentando arquétipos, conquanto saibamos absurdos, mas o imaginário é assim mesmo, feito de absurdos -, estando, há muito, portanto, a merecer impeachment.

    Sem falar no envergonhamento do país de ser levado às barras de Cortes Internacionais, no que, diga-se, outros ministros o acompanham, em suspeitadíssima manifestação de superioridade à Lei, de inspiração ianque-anglo-saxônica, tal qual o vizinho do norte costuma postar-se. Onde a nobreza?

    Saudações libertárias, democráticas e jurídicas.

    * Aliás, não é lá, nos recônditos da alma, que a propaganda do tipo “lavagem cerebral” busca descobrir-incutir, entre tantos produtos de cunho mais ou menos político, racismo? “Onde você esconde teu racismo?” Perguntinha desonesta que parte do pressuposto do interlocutor ser necessariamente racista! Quanta desonestidade intelectual, somente explicada por serviço ao divide e impera.

  4. JB faria um grande bem ao STF

    JB faria um grande bem ao STF e a si mesmo declarando seu impedimento ou suspeição para continuar vinculado aos autos deste processo. Outro juiz talvez tenha mais serenidade, tranquilidade e isenção para tocar a execução das penas destes condenados e resolver os incidentes que ocorrerem. Ao insistir em ficar vinculado ao caso, JB está comprometendo a instituição que preside – seu dever é justamente protege-la – proferindo decisões que não respeitam nem a Lei, nem o regime de cumprimento da pena imposta aos petistas, nem a jurisprudência dos tribunais brasileiros. Sua conduta profissional e insistência em seguir conduzindo este processo levantam sérias e justificadas suspeitas sobre suas motivações pessoais para negar a José Dirceu, José Genoíno e Delubio Soares direitos que são garantidos aos outros réus. 

     

    Republico aqui o parágrafo final de texto que publiquei hoje no GGN.

     

  5. “De juiz, eu não cobro. Eles

    “De juiz, eu não cobro. Eles não ganham o suficiente para te pagar. Se tiver dinheiro, melhor largar o caso”, brincou Grossi por telefone.

    De mensaleiro, ele cobra e não larga a causa!

    1. O “mensalão’ não existiu, precisa desenhar
      Sei que agora que vc,  barbocrata  radical que é, bem ao molde do seu espelho vai começar a me xingar de tudo quanto é nome que nem uma Maria Louca, comece então, só consigo achar graça do seus chiliques ao defender esse arremedo de Hitler , dessas pessoas “perfeitas’ e “infalíveis” tô, fora, até o Papa Francisco rejeitou a infalibilidade papal ao confessar que já roubou uma cruz, mas Barbosa erra erra erra e continua dando uma de santo, ele(Barbosa) sabe que não houve uso de recursos públicos,muito menos se registrou qualquer prejuízo a quem que seja, não há crime nenhum que possa ser atribuído aos réus, houve sim, caixa 2 eleitoral para financiamento de candidatos da base do governo, o que é muito de diferente de compra de votos de deputados eleitos, isso(compra de congressistas) não existiu, tá mais do que provado que isso é uma invencionice da mídia empresarial.  O TCU reconheceu a legalidade da Operação Visanet, perícias foram feitas e nada de errado foi constatado, inclusive o serviço contratado(de publicidade) foi devidamente prestado, sendo que as provas da inocência do réus foram ocultadas por Barbosa durante o julgamento, daí a indignação das pessoas: Justiça boa é justiça justa, o que não foi o caso dessa farsa montada pela grande mídia e sua infinita sede de vingança. 

      http://www.lexometro.blogspot.com.br/2014/04/coletanea-mensalao.html

       

      1. Avatar

        Você parou de homenagear os Rios brasileiros.. ficou me devendo uma homenagem ao Rio Paraíba do Sul. Minha vida, e de milhões de brasileiros, está diretamente ligada a esse maravilhosos Rio, dádiva dos deuses a nós brasileiros. Rio que docemente banha dois dos estados mais fortes da federação e é lindo e fonte de energia,água (hoje em dia bem maltratado.. como somos ingratos!), peixes que tanto pesquei na infância…

        Quanto ao Argole, esqueça.. a teimosia não tem limites. Digo isso porque minha vó era espanhola e teimosa como um toureiro (nem o touro é tão tolo e teimoso).

    2. Ele procurou então Grossi –

      Ele procurou então Grossi – dono de uma das bancas de advocacia mais caras e prestigiadas de Brasília

      A inveja é uma merda!

    3. Se quem ganha 27 mil por mes

      Se quem ganha 27 mil por mes não pode paga advogado quem vai poder hein ?

      A cada dia ficamos sabendo mais coisas sobre o Barbosa, agora é ajuda de advogados…

    4. MENSALEIRO TUCANO

      Certamente o nobre amigo está falando de Mensaleiro Tucano, pois esse sim existiu com provas até a tampa, mas o stf não se atreve a abrir a latrina dos tucanos, senão desnuda a farsa contra o PT.

    5. Então se o ministro procurou

      Então se o ministro procurou o escritório de um advogado famoso é porque tinha dinheiro, pois nada foi acertado antes. Assim, ele tem dinheiro, muito mais do que os juizes possuem, segundo o advogado. Esse JbaboS/A é muito inteligente.

  6. Isso me parece um desvio de

    Isso me parece um desvio de conduta de um funcionário público que não pode receber mimos acima de R$ 100,00.  Quem vai abrir uma sindicância cujo resultado pode ser demissão a bem do serviço público?

     

  7. O teu nome é UDN

    Esse texto de Mauro Santayana, de 2006, continua atualíssimo

    , tá bom babocrata de plantão

       http://www.jornalggn.com.br/blog/iv-avatar/a-mafia-dos-bachareis-o-teu-nome-e-udn

    E para quem andou apresentando só um pedaço da lei para enganar os incautos: Isso é para regime fechado e não para regime aberto, nao vale mostrar somente o artigo 37

    Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina.

    Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.

    Leia o texto na íntegra

    http://www.blogdacidadania.com.br/2014/05/barbosa-usa-regra-do-regime-fechado-para-condenados-ao-semiaberto/

    Aliás, a questão Dirceu nem é jurídica mas política, 100% política, o uso do dominio de fato(sem provas), as exceções na execução da pena….

     

  8.  
    Até o Santanaz. Todos.

     

    Até o Santanaz. Todos. Inclusive, deus e o mundo. Sabem, quem comprou deputados para votar a imoral PEC (Projeto de Emenda Constitucional) instituindo a reeleição. Medida que até a gorilada golpista de 64 teve escrúpulos, não ousaram. Preferindo adotar o ridículo revesamento que encenavam a cada quadriênio. Pois, os bacanas e cheirozinhos tucanodemos, não obstante a impáfia e o verniz civilizatório que ostentam, meteram as patas e foram em frente consumando a mais audaciosa patranha. Permitindo ao professor, estuprar a Constituição brasileira para atenderr as determinações do senhor Clinton.

    Portanto, não há nenhuma dúvida, foi o professor de merda, e entreguista Fernando Henrique Cardoso, o responsável pela mais ousada e cínica transação de compra & venda de votos da história do parlamento brasileiro.

    Só o senhor Joaquim de Torquemada, os manipuladores dos cordeis que lhes movimenta as ações, o cartelizado sistema midiático de oposição, e,  o rebanho de seguidores, descaradamente  fingem desconhecer.

    Não sabem de nada. Os inocentes!

    Orlando

  9. Vamos virar o disco

    Realmente, esse debate está insuportável por seu mesmismo. petistas de carteirinha contra não pestistas. coisa mais monótona, Jesus! 

  10. Está cabendo mais um adjetivo a esse senhor!

    Mas já cansei! Penso que não merece nem mais comentários. Ele gosta de estar na mídia! Os holofotes o tem encantado de tal forma, que deve dormir de olhos abertos fazendo caras e bocas, pois em sonhos, deve ver as câmeras!  Suas atitudes o tornam pequeno e não merece nem mesmo um mínimo de atenção.    

  11. Isso que foi dito não quer dizer nada

    Dirceu não vai trabalhar externamente porque o seu empregador supostamente advogou para Barbosa e não quis receber.

    Qual a pertinência disso? Foi o próprio advogado que não quis receber. Ele só ficou com raiva porque Barbosa disse que ele não iria exigir que Dirceu trabalhasse, que foi uma oferta que se traduz numa ajuda entre amigos, num compadrio.

    Aí ficou com raivinha de Barbosa e falou, de forma anti-ética, sobre a relação dele e o do cliente Barbosa, inclusive revelando que nada recebeu porque não quis, já que não cobra de juiz.

    Cabe uma representação na OAB contra o advogado que não advoga para juiz porque eles não ganham suficiente e, se tiverem como pagar, é melhor largar o caso. Chamou os juízes de incapazes de pagar pelos seus serviços e os que puderem, são ladrões.

    1. Argolo, é isso mesmo.

      Argolo, é isso mesmo. Proventos de juiz é uma merreca. Em termos, bem entendido. Tanto que para participar de uma festa de algum advogado ou de algum figurão ou mesmo para desfrutar uns dias de ferias na companhia de quem tem grana, se não receber uma ‘ajuda de custo’ como passagem gratuita, um par de sapatos, um bom terno, uma carona em jatinho não tem como comparecer. Voce acha que sapato, terno, pijama, relogio de grife podem ser comprados por quem ganha igual a um Ministro? E se algum juiz tiver dinheiro para pagar um advogado de ponta, um bom advogado é porque roubou mesmo. Não é qualquer um que tem grana para bancar os honorários desses caras.

    2. Deixa ver se entendi, o

      Deixa ver se entendi, o advogado é anti-ético por revelar que advogou de graça para o ministro, mas o Barbosa é ético ao acusar o advogado de agir com má-fé quando ofereceu emprego ao Dirceu?

       É isso mesmo, Argola?

      A pergunta é meramente retórica, não tenho nenhuma pretensão de encontrar algo de coerente em seus comentários.

      1. Comentário que expôs a relação profissional com o cliente

        Como qualquer um de bom senso e ético percebeu, mesmo sem conhecer o Código de Ética da OAB, o problema é que o advogado revelou um assunto sigiloso de sua relação profissional com o cliente, de forma inapropriada, apenas para expor a imagem de Barbosa, terminando, além disso, por agredir todos os juízes.

        O que o Barbosa fez teve lugar no exercício da sua função de ministro do STF. O que o Barbosa fez não é anti-ético. É apenas exercício de sua função ao julgar o caso. Barbosa está legal e eticamente autorizado a impugnar as circunstâncias em que se deram a oferta do emprego e os efeitos que isso provocaria na fiscalização do trabalho por parte de Dirceu, sendo o seu empregador um amigo íntimo dele.

        Já o advogado, não. O que ele fez foi anti-ético, pois teceu um comentário, que deveria ser sigiloso, para um jornalista, o qual divulgou publicamente a informação.

        Isso é proibido pelo código de ética da OAB, pois o advogado somente pode fazer isso em caso de grave ameaça ao direito à vida, à honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo próprio cliente e, em defesa própria, tenha que revelar segredo, porém sempre restrito ao interesse da causa.

        Não houve grave ameaça à vida ou à honra, tanto que ele disse que não via nada demais no que fez. A impugnação de Barbosa é normal em tais situações, ainda mais considerando a amizade íntima entre o advogado e Dirceu. Não houve grave ameaça à honra, mesmo ele não gostando da alegação de que ele não fiscalizaria o trabalho de perto. Houve apenas uma alusão à amizade, o que impediria que isso acontecesse. Ele interpretou da pior forma o que Barbosa disse, tudo para atacá-lo. Não houve afronta tampouco e muito menos a revelação foi restrita à causa em que ele atuou como patrono de Barbosa.

        Por fim, o que ele disse sobre os juízes em geral foi anti-ético. Infringe o dever de urbanidade.

        Mas creio que não  vai dar em nada porque ele não estava no exercício da advocacia. Ele falou como um cidadão.

        1. Argolo, seu comentário é

          Argolo, seu comentário é simplesmente inacreditável, você fala em “dever de urbanidade” para defender ninguém menos que o ministro Joaquim Barbosa?

          E sobre ética, a posição de juiz por acaso autoriza o ministro Barbosa a proferir calúnias e comentários desabonadores contra réus, advogados, juízes, demais ministros do STF?

          A irresponsabilidade com a qual o ministro Barbosa acusa outros ministros de praticarem chicana, serem líderes de quadrilhas de capangas, a maneira como ele acusa juízes de agirem sorrateiramente, advogados de não gostarem de trabalhar, tudo isso torna muito estranho seu preciosismo ao acusar de falta de ética o advogado apenas por este – ao ser acusadod e agir com má-fé – revelou ter trabalhado de graça para o ministro.

          Ministros do STF podem receber favores de advogados, Argolo?

          Aliás, o ministro Barbosa, do topo de sua hipocrisia, não era bastante vocal quanto aos conluios que se formam entre advogados e juízes?

           O advogado apenas apontava mais uma das frequentes incoerências do ministro Barbosa, em sua prática diária do moralismo hipócrita da UDN, da qual ele é, hodiernamente, um dos principais representantes.

          Se há algo de imoral neste advogado oferecer um emprego para o José Dirceu, há algo de muito mais imoral neste mesmo advogando prestando favores ao advogar de graça para um ministro do STF, não é?

          Sua moral é seletiva, Argolo.

          1. Você confunde as esferas pública e privada

            Uma coisa é o ministro Barbosa. Outra é o cidadão Barbosa. O advogado trabalhou e não quis receber. Não há nada nisso que comprometa Barbosa. O advogado abriu mão de receber e Barbosa aceitou. Algo normal no cotidiano da relaçoes privadas.

            Sobre a atuação do ministro Barbosa, NESSE CASO CONCRETO, repito, não houve nada de anormal. Ele atuou como ministro do STF analisando uma situação jurídico-factual lhe submetida.

            O dever de urbanidade foi violado pelo advogado em relação aos demais juízes, mas essa é a minha opinião.

            E sim, Barbosa também viola esse dever em muitos outros casos, mas isso não aconteceu NESSE CASO CONCRETO.

            Não sei como transportar outros casos para esse em específico. A reação do advogado somente se justificaria se Barbosa tivesse ameaçado a honra dele ou tivesse o afrontado em outros termos. Não foi o que aconteceu. Na verdade, esse caso é um factóide. Para ambas as partes. O advogado falou o que falou sobre juízes em tom de brincadeira, até para se vangloriar. É um caso desimportante. Ninguém vai dar atenção a isso.

          2. Você confunde as esferas

            Você confunde as esferas pública e privada

            Dispõe sobre a Lei Orgânica da Magistratura Nacional .100

             

            Art. 35 – São deveres do magistrado:

             

            I – Cumprir e fazer cumprir, com independência, serenidade e exatidão, as disposições legais e os atos de ofício;

             

            II – não exceder injustificadamente os prazos para sentenciar ou despachar;

             

            III – determinar as providências necessárias para que os atos processuais se realizem nos prazos legais;

             

            IV – tratar com urbanidade as partes, os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os funcionários e auxiliares da Justiça, e atender aos que o procurarem, a qualquer momento, quanto se trate de providência que reclame e possibilite solução de urgência.

             

            V – residir na sede da Comarca salvo autorização do órgão disciplinar a que estiver subordinado;

             

            VI – comparecer pontualmente à hora de iniciar-se o expediente ou a sessão, e não se ausentar injustificadamente antes de seu término;

             

            VIl – exercer assídua fiscalização sobre os subordinados, especialmente no que se refere à cobrança de custas e emolumentos, embora não haja reclamação das partes;

             

            VIII – manter conduta irrepreensível na vida pública e particular.

             

            O ministro Barbosa por acaso está acima da lei, Argolo?

             

          3. O caso é tão desimportante

            O caso é tão desimportante que está sendo encaminhado à Comissão Intermaericana de Direitos Humanos. Temos um idoso condenado ao regime semi-aberto mantido arbitrariamente no regime fechado, há seis meses, por meio de chicanas abusivas e sem fundamento legal pelo ministro Barbosa.

            Barbosa fez comentários desabonadores em relação ao advogado para justificar a continuidade de seu tratamento arbitrário contra o José Dirceu. Na sua opinião, direitos garantidos pela CF são desimportantes.

            IVES GANDRA: CONDENADOS TERÃO DE SER INDENIZADOS

            :

             

            Para o jurista Ives Gandra Martins, um dos mais conservadores do País, a injustiça perpetrada por Joaquim Barbosa a alguns réus da Ação Penal 470 terá um preço alto para o País; “A decisão de Barbosa pode prejudicar milhares de presos que estão no semi-aberto e encoraja o aumento da população carcerária”, diz; ele avalia que Barbosa “tem sido um homem extremamente duro e temperamental” e diz que Dirceu é o “preso mais vigiado do Brasil”; “Trabalhar dentro do presídio é como se você estivesse cumprindo uma pena no regime fechado. Quando alguém cumpre uma pena para a qual não foi condenado, tem todo direito de entrar com ação indenizatória por danos morais e patrimoniais”, afirma

             

            13 DE MAIO DE 2014 ÀS 19:55

  12. Eu tenho a solução para o

    Eu tenho a solução para o problema do Barbsoão. Carrega todos os condenados da AP 470 pra trabalhar no STF; assim nós resolvemos dois problemas. Primeiro o dele, JB, que vai poder ficar na cola dos condenados o tempo todo e, segundo, resolvemos o do STF que não faz p… nenhuma, há dois anos empacado nessa AP. Eu duvido que com JD na adminisitração da Corte, o país vá continuar jogando dinheiro no lixo e pagando atores para a Globo dar espetáculo. Puxa tudo para trabalhar no STF, Barbosão!!!  JD bota ordem nessa quitanda aí, em dois dias. E, a melhor parte, nunca mais o Brasil vai precisar assistir a um julgamento político de nível tão baixo. Qdo os ministros tiverem que fazer um julgamento político, ele será muito bem feito. Argumentos sólidos, percepção da realidade, fundamentação política, de fato, militância engajada; toga azul pra um lado, vermelha pro outro… Seja humilde, JB, puxe JD para trabalhar no STF e…APRENDA!

  13. No fim estragou tudo!

    Ele poderia ter dito quase tudo que disse, mas o final foi desnecessário. Poderia ter dito que advogou para barbosa, mas ficou feio contar sobre os honorários. E aquela frase final sobre cobrar de juizes foi a mosca que caiu na sopa. Poderia ter sido uma boa entrevista, que burrada!

  14. As críticas a respeito de

    As críticas a respeito de Barbosa são pertinentes, sobretudo no que diz respeito à execução da pena em si. O trabalho é até mesmo um dever do condenado, na medida de suas aptidões. Dirceu deveria, sim, poder trabalhar.

    Contudo, há limites na crítica. Falar de honorários não pagos e tripudiar com um cliente por tê-lo servido de forma graciosa é algo de muito mau gosto. Pior: foi no mínimo deselegante o que o advogado falou sobre os magistrados. É uma conversa que se leva tranquilamente em um bar, entre juristas, mas não se vocaliza isso aos quatro ventos, em jornal de circulação nacional – sim, a classe dos juízes também merece respeito. Nenhum profissional precisa ficar debochando do fato de profissionais de outra classe serem “pobres”. Num bar você ouve advogados falando com recém formados em direito explicando que jamais fariam concurso para a magistratura por não desejarem “morrer de fome”. Uma que já ouvi: “E eu sou doido de limitar meu salário a R$ 20.000,00?”. Não é uma atitude nobre falar praticamente isso numa Folha de São Paulo da vida.

    O advogado tem todo direito de trabalhar de graça para quem bem entenda, pelo motivo que reputar justo. Barbosa não é vilão por ter sido agraciado pela gratuidade do entrevistado – ele o é por outras coisas, mais especificamente por sua conduta como presidente do STF. Quanto ao advogado, usar de sua caridade para fazer deboche com o agraciado por este ter-lhe desagradado é uma atitude nada magnânima. Fica parecendo que prestou serviços gratuitos por esperar futuros favores. Que não vieram, a julgar pela atitude de quem cobra o favor…

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