Aécio pede a Fachin apuração de vazamento e acesso à delação da Odebrecht

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – O senador Aécio Neves (PSDB) se reuniu com o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, para solicitar acesso à delação da Odebrecht que supostamente trata de conta que o tucano mantém nos Estados Unidos, recheada com recursos desviados de obras públicas.
 
No último final de semana, a revista Veja publicou que o delator Benedicto Junior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, teria citado a conta de Aécio em Nova York, que seria administrada pela irmã do senador, Andreia Neves.
 
Parte dos recursos depositados nessa conta estaria ligados a duas obras: a Cidade Administrativa de Minas Gerais, construída durante o segundo mandato de Aécio como governador, e a usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, que teve a Cemig, estatal mineira de energia elétrica, como membro do consórcio.
 
Segundo reportagem da Folha, a defesa de Aécio entregou a Fachin uma petição com três alternativas: dar acesso integral à delação de Benedicto Junior; dar acesso ao susposto trecho em que BJ fala da conta nos EUA ou, em último caso, emitir uma certidão que ateste a veracidade do que foi publicado por Veja, incluindo dados sobre a conta.
 
Aécio ainda pediu que o STF instaure um inquérito para apurar o vazamento contra o senador.
 
Em nota, o advogado Aberto Toron afirmou que Aécio “foi vítima de um crime previsto em lei, no caso o vazamento de informações protegidas por sigilo” e, por isso, seus advogados solicitaram formalmente audiência com o ministro. O encontro constou na agenda pública de Fachin.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

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  1. Mas espera aí… A apuração

    Mas espera aí… A apuração dos vazamentos sobre Aecim vai à frente de todas as outras que estão pendentes?

    Vai cortar a fila?

     

  2. Adágio bíblico

    Quem com ferro fere….

    Mais um caso da série: “enquanto é no dos outros, é refresco…”

    Ou como diz o ditado espanhol: “Crie corvos e eles te arrancarão os olhos”.

    Ou ainda o famos: “Aqui se faz….”

  3. primeiro passo…

    para inocentá-lo

    inacretável é que Dilma tentou fazer algo parecido, pediu maiores informações a respeito do que estava sendo acusada, e foi negado e foi tratada como já culpada do que nem teve a oportunidade de tomar conhecimento

    1. “primeiro passo para

      “primeiro passo para inocentá-lo”

      Concordo.

      O meu palpite é que o delator, num equívoco,  digamos, programado, indicou conta corrente, banco e país errados.

      Dessa denúncia, então, sai um NADA CONSTA, seguido de um discurso inflamado de um “honesto indignado”.

      Se assim não for, o André Araújo estaria certo ao afirmar que dessa cruzada “moralista” ninguém escapa.

       

       

       

       

  4. Ao invez de criminalizar o

    Ao invés de criminalizar o vazamento, Aécio Neves deveria colocar seu foco em parar de cometer crimes e em pagar, na forma da Lei, pelos crimes que já cometeu. 

  5. Vazamento é crime

    Crime covarde. O que não quero aos meus não quero aos outros.

    Mas nesse caso permito-me uma boa gargalhada. Melhor que isso só quando Álvaro Dias entrar na roda.

    1. A lei para os amigos e para os demais

      Também não acredito em justiçamentos, mas, mesmo condenáveis, em alguns casos são merecidos. Na galeria dos hipócritas concordo em dar ao Senador Alvaro Dias um lugar de destaque. 

      Falando em galeria de hipócritas eu gostaria de ver se construir um prédio para abriga-la. Seria como, se dizia, uma obra faraônica. Decerto em quantidade de concreto competiria com a ponte Rio Niterói, Itaupú e Belo Monte. Deixada a execução na mão dos próprios quiçá a, digamos, não conformidade orçamentária seria tão grande que ultrapassaria todas as citadas juntas. Precisaria de umas 10 lava-jato para investigar e outros tantos Moros 2.0* para julgar.

      * Moro 2.0 – versão livre dos bugs parcialidade, seletividade e lei para inimigos, equipada com um dispositivo antivazamentos e com turn off acionado automaticamente por detectores de câmaras e holofotes.

      PS: . quando se fala em justica do inimigo ou assisto ao funcionamento da justiça no Brasil, sempre lembro de uma frase de uso frequente nos “anos de chumbo”  – Aos amigos tudo. Aos inimigos a Lei.

  6. O Camundongo Janot é que deveria pedir a apuração da acusação

    A melhor defesa é o ataque. Assim, em vez do Janot se empenhar em investigar as acusações contra o Aécio Neves, este é que pede a apuração de vazamentos da Lavajato.

    Quando os vazamentos atingiam os petistas, esse rato de esgoto jamais tirou sua viola do saco.

  7. Como Collor, de triste

    Como Collor, de triste lembrança, estampou em camiseta, “O Tempo é o senhor da razão”, no tempo de ferrar com os inimigos o vazamento é livre, leve e solto, no tempo em que ele ferra com sí e companheiros aí já é demais, não pode, é crime, “o primeiro a ser comido” pelo jeito tambem é o primeiro a gritar “para que ta doendo”.

  8. Temos muitos caras de pau…

    Mas, como esse Aéssim, está para nascer outro. Só podia estar no PSDB e espero que ele enterre o partido mais do que está. Só que poucos sabem disso, pois a “famosa” rede não abre o bico nem a páu contra ele.

    Eita homi de borogodó ! Ou será que ele aprendeu c/ o Çerra a fazer dossiês ?

  9. Toda tragédia só me importa quando bate em minha bunda

    Na música “Classe Média”, Max Gonzaga diz:

    “Se o traficante é quem manda na favela
    Eu não “tô nem aqui”
    Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
    Eu quero é que se exploda a periferia toda
    Mas fico indignado com o estado quando sou incomodado
    Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
    O pára-brisa ensaboado
    É camelô, biju com bala
    E as peripécias do artista malabarista do farol
    Mas se o assalto é em Moema
    O assassinato é no “Jardins”
    A filha do executivo é estuprada até o fim
    Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
    De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
    Eu, que sou bem informado, concordo e faço passeata
    Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
    Porque eu não “tô nem ai”
    Se o traficante é quem manda na favela
    Eu não “tô nem aqui”
    Se morre gente ou tem enchente em Itaquera
    Eu quero é que se exploda a periferia toda
    Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta”

     

    Quando os vazamentos atingiram a bunda do Aécio, os Tucanos se mexeram.

  10. Aécio foi vítima de um crime previsto em lei?
    Ao afirmar que o Aécio “foi vítima de um crime previsto em lei”, o advogado Aberto Toron deixa claro que se formou numa faculdade tabajara.Alguém já foi vítima de algum crime não previsto em lei?Ora, o inciso XXXIX, do art. 5º, da CF dispõe que não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal.Que causidicosinho Burraldo.

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