Aliado de Aécio está disposto a fazer delação, diz jornal mineiro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Senado
 
 
Jornal GGN – O ex-presidente da Codemig (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais), Oswaldo Borges da Costa, mais conhecido como Oswaldinho, estaria iniciando as tratativas com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal para fazer delação premiada. Ele é investigado por recebimento de propina em nome de Aécio Neves, por conta da obra da Cidade Administrativa.
 
Segundo reportagem do jornal O Tempo, publicada na quinta (1), Oswaldinho, investigado em dois inquéritos por causa da delação da Odebrecht, chegou a viajar a Brasília para conversar com Aécio e Andrea Neves. Mas decidiu mudar de estratégia após a PF deflagrar a operação Patmos, a reboque das revelações da JBS. Andrea Neves, o primo de Aécio, Frederico Pacheco, e um assessor do senador Zezé Perrella foram presos na operação.

Por Lucas Ragazzi
 
Em O Tempo
 
Oswaldinho disposto a delatar
 
Investigado por supostamente ter recebido propina em nome do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e suspeito de participar de um esquema de superfaturamento na obra de construção da Cidade Administrativa do governo mineiro, o ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) Oswaldo Borges da Costa tem feito movimentações junto a sua defesa para colaborar, de forma oficial, com as investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF). A informação foi repassada à reportagem, nessa quinta-feira (1°), por interlocutores próximos ao ex-dirigente da Codemig.
 
Afastado da vida pública desde que se tornou investigado no âmbito da operação Lava Jato, o ex-dirigente da Codemig tomou a iniciativa de buscar informações para o acordo de delação depois da deflagração da operação Patmos, da Polícia Federal (PF). A defesa, inicialmente, nega a informação.
 
Deflagrada em 18 de maio, a Patmos afastou Aécio de seu mandato no Senado e prendeu a irmã do parlamentar, Andrea Neves, além de Frederico Pacheco, primo do senador, e Mendherson Souza, assessor do senador Zeze Perrella.
 
Antes da ação da PF, Oswaldinho, como é conhecido, chegou a se encontrar com os irmãos Neves em Brasília. Na ocasião, foi discutida a possibilidade de uma candidatura à Câmara Federal para Andrea em 2018. Atualmente, Oswaldinho responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro diz respeito à construção da Cidade Administrativa durante o governo Aécio.
 
De acordo com delação de executivos da Odebrecht, o senador tucano teria organizado, em 2007, um esquema para fraudar licitações por meio de um cartel de empreiteiras. As obras de construção do espaço onde hoje funciona a sede do governo mineiro foram realizadas pela Codemig.
 
No segundo inquérito, Oswaldinho é investigado por supostamente ter recebido propinas como se fossem financiamentos de campanhas tucanas no Estado. Segundo o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht, Oswaldinho teria atuado como tesoureiro informal de Aécio, como também seria conhecido no meio político
 
Viajante
 
Desde a chegada da Lava Jato em Minas, Oswaldinho tem saído com frequência de Belo Horizonte. O empresário por diversas vezes passava longos períodos nos Estados Unidos, onde tem apartamento em Miami, na Flórida.
 
Sem visitas
 
O deputado estadual João Leite (PSDB) tentou visitar Andrea Neves na prisão. O tucano, que é evangélico, foi ao presídio com um pastor, mas Andrea se recusou a recebê-los.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Precisa de delação pra mandar

    Precisa de delação pra mandar o Abominável pra Papuda? As provas jorram por todos os lados. Pega esse Osvaldinho e manda catar coquinho.

  2. Comentário.

    Somente (sic) com base nas informações já conhecidas, temo que não saibamos o suficiente.

    O tucanato abandonou o aético como boi-de-piranha?

    Bom, tenho a maior curiosidade em saber o que ele, o cunha e o paulinho tanto conversaram…

  3. Se esse muquirana, ladrão,

    Se esse muquirana, ladrão, cheirador, traficante, golpista e menino mimado de 50 anos fosse do PT, já estaria mofando na cadeia.

    Por muito menos Delcídio Amaral rodou.

    Até na hora de entrar em cana os tucanos se dão “bem”.

    Vida longa a esse filho da puta, para que sofre mais tempo na cadeia, por todo mal que fez ao pais

  4. A maior glória!

    Quando este golpista pilantra do Aécio for preso, aí será o dia em que tomarei um porre de felicidade! A maior felicidade dos últimos tempos pra mim será essa!

    Quem dos comentaristas do blog for de Brasília e quiser se juntar a mim nesse dia, para secarmos algum boteco, entre em contato mandando e-mail pelo perfil.

  5. Segundo leio por aí, se

    Segundo leio por aí, se apenas 10% dos mal feitos de Aécio vir à tona, faltará pena para tanto crime. O que se suponha acerca desse playboy perde de goleada quando se contrapõe o que efetivamente ele demonstrou ser capaz. 

    Sai de cena o político decantado em prosa e verso por áulicos e ingênuos como diferenciado(gestor capaz e político hábil) e estreia o mentecapto, o mistificador, o egoísta-carreirista focado apenas nos seus mesquinhos e criminosos interesses. 

  6. esse já era…

    se pegarem o que começou nele e foi descoberto posteriormente fora dele, deve responder também por formação de quadrilha e narco tráfico

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