Ao investigar “rachadinha” de Flávio, MP encontra suspeita em gabinete de Carlos Bolsonaro

Ex-assessor de Carlos, quando era vereador do Rio, sacava o salário na íntegra quando era servidor do filho 02, antes de começar a trabalhar com Flávio

Os filhos de Jair Bolsonaro, Flávio e Carlos Bolsonaro – Foto: Evaristo Sa/AFP/Getty Images

Jornal GGN – Além do esquema da “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), os investigadores levantaram suspeitas da prática do mesmo esquema no gabinete do irmão, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), enquanto era vereador na Câmara do Rio, em 2008.

A suspeita ocorre porque ao apurar as movimentações bancárias do ex-assessor de Flávio, Márcio Gerbatim, no esquema da rachadinha da Alerj, os investigadores detectaram que o funcionário retirava todo o salário, na íntegra, dias após receber o pagamento. Mas não enquanto trabalhava para Flávio, em 2016, e sim para o irmão, anos antes: entre 2008 e 2010.

Segundo divulgou reportagem de O Globo nesta quarta (02), nestes dois anos em que Márcio Gerbatim foi assessor de Carlos Bolsonaro, o filho 02 do presidente da República, Gerbatim retirou cerca de R$ 90 mil. Naquele período, ele recebeu da Câmara como assessor de Carlos R$ 89.143,64 e sacou em dinheiro R$ 90.028,96.

Os investigadores chegaram no nome de Gerbatim porque o Ministério Público do Rio de Janeiro solicitou a quebra do sigilo bancário dele entre 2007 a 2018, para investigar a rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Ele deixou o gabinete de Carlos em 2010 e imediatamente depois passou a trabalhar como servidor de Flávio Bolsonaro na Alerj.

Segundo o jornal, ele tinha como prática sacar o salário poucos dias depois ou até no mesmo dia em que recebia os pagamentos.

O filho 02 de Bolsonaro nega a possibilidade da prática de rachadinha em seu gabinete, enquanto era vereador do Rio. “A pessoa sacar seu salário nunca foi crime! Fato ocorrido há 10 anos! A narrativa destes é tão normal quanto dizer que homem pode ser mulher se quiser! O objetivo sempre foi um só: atingir o Presidente!”, escreveu, nas redes.

Redação

1 Comentário

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  1. Comprar uma faca também não é crime, mas se o comprador esfaqueia alguém é crime.

    O problema não é o saque em si, mas qual a finalidade do saque.

    Essa rachadinha é cova rasa. É só comparar o poder aquisitivo do Carluxo no período em que o Gerbatim o assessorava com a sua renda. Se houver incompatibilidade, havia rachadinhas.

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