Após críticas de Temer e pedido de suspeição, Fachin quer posição de Janot

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Marcos Correa/PR

Jornal GGN – Michel Temer considerou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, suspeito para o investigar. O ministro relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, pediu para o procurador se manifestar.

Da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin concedeu hoje (10) prazo de cinco dias para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestar sobre pedido de suspeição feito pela defesa do presidente Michel Temer.

Na terça-feira (8), os advogados do presidente pediram a suspeição do procurador-geral da República para atuar em investigação relacionada ao presidente em tramitação na Corte. A defesa de Temer alega que o procurador age de forma pessoal em ações contra o presidente.

O advogado Antonio Mariz, representante de Temer, acusa Rodrigo Janot de parcialidade nas investigações. “Se ao contrário, assumir de pronto que o suspeito é culpado, sem uma convicção da sua responsabilidade irá atuar no curso das investigações e do processo com o objetivo de obter elementos que confirmem o seu posicionamento prematuro”, argumenta Mariz.

Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot disse que “enquanto houver bambu, lá vai flecha”, uma referência, segundo o advogado de Temer, ao processo de investigação contra o presidente.

“Parece pouco interessar ao procurador se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de Michel Temer, é a instituição Presidência da República; as instituições republicanas; a sociedade brasileira ou a nação”, diz o documento.

O procurador-geral da República ainda não se pronunciou sobre o pedido de suspeição.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. 2 Suspeitos e um só destino

    Se Janot é suspeito para julgar Temer, Temer é suspeito para governar o Brasil. Então fica combinado assim:Janot se julga suspeito como quer Temer e abandona o processo de acusaçãocontra ele , e Temer por outro lado se julga suspeito para governar o país e renuncia imediatamente.

  2. O Lula sofre o mesmo com o
    O Lula sofre o mesmo com o Moro, com muito mais razão.

    Foram feitos vários pedidos de suspeição do juiz coxinha.

    No entanto a justiça caga e anda para os pedido do Lula. Aliás, hoje foi negado mais um .

    Esse golpista ainda tem mais consideração que o Lula no STF.

    Vou te contar !
    Dá uma angústia !!
    Mas tenho certeza que vai passar

  3. O ministério público

    enquanto órgão,  é o encarregado, privativamente, a ação penal pública, entre outras atribuições.

    Deixarem seus representantes  de cumprir seu dever precípuo, constitucional de denunciar é prevaricação.

    Janot, enquanto seu representante máximo, só seria suspeito se engavetasse o processo do senhor das trevas.

    Se os suspeitos sem prova ele foi diligente em denunciar, por que nâo o faria diante de provas tão abundantes do nosso

    lider desinterino?

    O  mal do Lula foi não ter contratado um advogado tão desonesto.

    Já o  presidente escolheu um combinando com o caráter dele, ou seja, nenhum.

    Ele poderia se dar  bem se o Janot fosse ingênuo ou essencialmente ético.(?)

    Vamos ver no que vai dar, porque o Janot pode guardar o travesseiro.

    Enquanto o conde estiver solto, ele não voltará a dormir.

  4. O Fachinha pede para o suspeito se manifestar.

    Já em relação à CERTEZA, não à suspeição, quanto ao PARTIDARISMO do juíz auxiliar da promotoria, da 13ª Vara de Curitiba, o Fachinha continua ACOVARDADO, como bem diagnosticou aquele eminente sociólogo, que sofre a caçada impiedosa, ilegal e criminosa, empreendida pelos seus inimigos políticos, temporariamente alojados em tribunais, escondidos atrás de togas.

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